Aviso: Para pessoas muito devotas da religião Católica peço que não levem a mal esta fic, não ofende nem oprime a liberdade religiosa de ninguém, mas pode ser mais sensível então melhor não ler.

Aviso2: Saint Seiya não nos pertence, e esta fica é simplesmente por diversão e não para fins lucrativos.

Casal: Camus e Milo – Mú e Shaka (secundários)

Genero: AU, romance Yaoi se não gosta não leia!

Deus nos Abençoe

3º Capitulo – o infortúnio

Bateu á porta ouvindo a confirmação de poder entrar, abriu-a e ali estava ele como sempre, estava sentado a ler com jeans e uma camisola vermelha que contratava bastante bem com o seu tom de pele mas também com a silhueta em geral. Camus olha-o não conseguindo esconder o encanto por aquele ser no seu olhar, o convívio com ele estava a deixá-lo louco, aquele corpo delgado, os olhos de anjo, e o sorriso de criança.

- (pensando) o que és tu Milo? O meu anjo de salvação ou o meu demónio de predição.

- Padre Camus? – Pergunta quase sussurrando não querendo atrapalhar

- Não me chama padre, Milo. Entra por favor, senta-te aqui no meu lado. - Milo dirige-se a ele sentando-se na sua frente cruzando levemente a perna, mostrando a coxa, fazendo o baixo-ventre do padre aquecer um pouco. - ahm, bem Milo tu sabes que eu nunca te pedi explicações desde que chegaste aqui…

- ahm, bem…-fica um pouco assustado sem saber o que falar.

- Tem calma, eu apenas te quero dizer umas coisas – Milo consente com a cabeça – não podes ficar muito mais tempo aqui nesta casa se não queres ser padre realmente. Já tens mais de 18 anos por isso, também não podes ir para o orfanato da paróquia.

Olha para Milo que olha para o chão tentando controlar as lágrimas que já rolavam pela bonita face, os cabelos caídos pelo seu rosto destroça o pobre coração do padre. Camus perdido na nostalgia de ver aquela pessoa naquele estado puxa-o para si abraçando-o fortemente. Milo já não expressava a cara triste, mas sim surpresa. O cheiro do seu cabelo era tão gostoso, a pessoa que ele pensava fria com todos, na realidade era quente.

- Milo, não chore, por favor – diz calmo e sedutoramente.

Foi ai que Milo se apercebeu da proximidade dos dois corpos e da temperatura a subir drasticamente, era bastante estranho ter o seu baixo-ventre "acordado", bastante "acordado" daquela maneira, devido aquele motivo.

Camus afasta-o no seu momento de racionalidade ou devia-se de chamar apenas intuição daquilo que deveria fazer realmente feito. O que fazer sobre aquele desejo ardente de agarrar, beijar e acariciar nos seus braços.

- Eu não quero ir, por favor – soluça mais calmo. - Eu não quero voltar…

- Voltar para onde? - Acaricia-lhe o rosto delicadamente.

- Casa – diz ficando com um olhar distante caindo uma lágrima sendo abraçado e acolhido pelo padre.

- Milo se non queres falar agor…..-mas é interrompido

- Eu confio em ti Camus. -acalma-se não saindo do abraço perdendo o sorriso maravilhoso que se tinha formado nos lábios de Camus por tais palavras. - Eu fugi de casa.

- O que? o.0 porque?

- Não aguentava mais aquela situação na minha família. - Suspira apanhando coragem. - Desde dos meus 7 anos até aos 16 o meu pai me violava. - O mundo de Camus parou, como um ser como aquele podiam-lhe ter feito aquilo e logo o seu pai.

- Milo, eu…eu – pára de falar assim que sente a sua mão e a mão de Milo sendo entrelaçadas pelos dedos.

- No entanto, a minha mãe descobriu, e ao em vez de defender-me, me batia, sim aquela vaca me batia, por o meu pai não a procurar mais para aquecer a cama dele, cabrão!

Milo não se controlando mais chorava compulsivamente, as imagens do passado, dos maus-tratos tudo lhe vinha á cabeça parecia que estava naquele momento a viver tudo de novo, a passar por tudo aquilo, as imagens fluíam na sua mente.

- (pensando) o que fizeram com ele meu Deus, que injustiça foi esta para tal criatura? Oh Deus se existes, eu creio que sim ajuda-o, ajuda a única pessoa que me fez sorrir e enfrentar esta vida, ajuda este teu anjo a ter uma vida de amor e carinho. E eu quero dar-lhe esse carinho. Quero ser eu a fazer-lhe feliz e dar-lhe Amor. O MEU AMOR.

- Camus – sussurrando – eu quero ficar aqui, contigo. - Mal se tinha conseguido escutar o contigo. Camus não pensou muito, não havia o que pensar, neste momento.

Afastou Milo do abraço e puxa-lhe o queixo para um beijo leve esperando ser afastado e recusado. E assim foi no início quando o pequeno ainda via o seu pai e os seus sentimentos e emoções ainda rodavam na ininterrupta dor das sensações, mas acordou quando o padre prensou ainda mais os corpos, correspondendo ao beijo aumentando um pouco a intensidade deste afastando-se proveniente da falta de ar.

- Camus – diz um pouco penoso – eu não quero a tua piedade, apenas quero fica aqui – olha cabisbaixo.

- Milo, é melhor falarmos amanhã – levanta-se voltando a falar friamente – esqueça o beijo, apenas foi para o consolar e nada mais. – observa Milo a derramar uma lágrima.

- Como podes dizer isso? Eu pensei que …

- Eu gostasse de ti?...háhá eu sou um padre esqueceu – gargalha seca e irónica – acorda Milo apenas queria saber o que o teu paizinho tanto desejou. Agora recolhe-te aos teus aposentos. – Retira-se deixando Milo destroçado no sofá.

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No dia seguinte Camus levanta-se da sua cama indo para o banheiro agradecendo a Deus por não lhe ter dado um belo par de olheiras pela noite tão mal dormida, sabia que sentia algo pelo loiro, mas o que poderia fazer era padre a melhor coisa era tentar que ele fosse embora e seguir a sua vida com alguém que o pode-se amar como ele merecia. Tocou mais uma vez os lábios se lembrando dos de Milo sobre os seus, aquela boca quente e macia, tinha sido tão momentâneo mas tão gostoso e extasiaste.

- Oh Deus – olha para baixo e viu a uma erecção bastante intensa – acho que vou ter de tomar um banho bem gelado – suspira – ele vai ter de ir embora Camus, tu sabes bem disso – olha mais uma vez para o espelho com um olhar distante.

---oOo---

Duas semanas se passaram o que antigamente era emotivo agora estava em cinzas como uma fogueira apagada, as outrora provocações e olhares se tornaram em indiferença, distancia e dor.

O ar em volta de todos estava em baixo, nem o divertido e sempre alegre Milo conseguia sorrir mais, apenas sentia que a sua beleza era uma praga não sabia o motivo dela lhe trazer em vez de alegrias apenas uso e tristeza. Sabia que seu amor era impossível, mas se lembrava do sorriso dele isso lhe fazia desejar viver apenas nem que fosse para o ver… sim sabia o que estava a pensar…estava apaixonado por um… um padre.

Não aguentava mais aquela situação, dirigiu-se a um lugar que não entrava á anos a sua crença em Deus era nula e agora ele ainda o afastava da pessoa que amava mesmo ela não o amando, mas se ele não fosse padre talvez ele pode-se. Neste misto de pensamentos ouve a voz de Camus a entrar com as crianças da catequese, observa-o belo, um olhar triste e cansado, simpático e numa tentativa de ser amável. Vendo isso perde-se de novo em pensamentos.

- Como ele pode ser assim? Eu não aguento mais esta situação, ele mudou radicalmente comigo, lá por ele não me amar…isto é o teu castigo né Deus? Se é isso eu prefiro ir embora.

Milo sai da igreja indo para a biblioteca esperando o seu anfitrião com as suas coisas devidamente arrumadas. Umas horas depois ele chega cansado deparando-se com aquela imagem de Milo estar na janela com os cabelos a baloiçar levemente devido a brisa fresca do anoitecer, os seus olhos claros a olhar o mar não conseguindo saber quais dos dois eram os mais azuis, a pele levemente morena lhe dava o ar de ter sido não queimada mas acariciada pelo sol.

Camus engoliu em seco não apenas o seu desejo de agarrar aquele ser ali mesmo, mas aquele anjo não lhe fazia bem com ele por perto a sua razão não lhe obedecia. Nisto o "anjo" percebe a presença dele.

- Padre Camus – diz seriamente mas com o olhar baixo

- Sim, que queres aqui? – Dirige-se para a sua secretária não o olhando.

- Eu vim cá, anunciar a minha partida – olha para o lado.

- E vais para onde? Para alguma casa da paróquia – diz indiferente exteriormente, mas sentindo o coração a se apertar bastante.

- Não reverendo – aperta o punho, mordendo de leve o lábio

- Então? – Ficando incrédulo com a resposta

- Irei voltar para a casa do meu pai – responde com uma voz melancólica.

Continua…

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N/A: oi gente desculpem o atraso!

Eu não andava com muito tempo para escrever e também não sabia muito bem o eu fazer, a fic vai levar uma reviravolta nova… aguardem por isso ;)

Esta Yuki Saiko não tem juízo nenhum, meus caros…ok eu sou mesmo sem juízo u.u

Reviews pleasee ..'' quero saber o que acharam

Beijos Yuki Saiko