Aviso: Para pessoas muito devotas da religião Católica peço que não levem a mal esta fic, não ofende nem oprime a liberdade religiosa de ninguém, mas pode ser mais sensível então melhor não ler.

Aviso2: Saint Seiya não nos pertence, e esta fica é simplesmente por diversão e não para fins lucrativos.

Casal: Camus e Milo – Mú e Shaka (secundários)

Genero: AU, romance Yaoi se não gosta não leia!

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Deus nos abençoe

4º Capitulo

- Padre Camus – diz seriamente mas com o olhar baixo

- Sim, que queres aqui? – Dirige-se para a sua secretária não o olhando.

- Eu vim cá, anunciar a minha partida – olha para o lado.

- E vais para onde? Para alguma casa da paróquia – diz indiferente exteriormente, mas sentindo o coração a se apertar bastante.

- Não reverendo – aperta o punho, mordendo de leve o lábio

- Então? – Ficando incrédulo com a resposta

- Irei voltar para a casa do meu pai – responde com uma voz melancólica.

Camus fica espantado, o coração apertado ficando cada vez mais pequeno a sua postura continuou fria, os seus olhos sem qualquer emoção ou reacção ficando cada vez mais sem brilho à medida que digeria a noticia tão dolorosa.

- É mesmo isso que queres? É essa a escolha por que optas?

- Foi a única que me deste.

Sai imediatamente com o olhar triste, mas determinado, deixando um padre destroçado ficar para trás e finalmente em tantos anos Camus voltou a sentir o sabor amargo das lágrimas em seu rosto.

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Um mês se passou desde da saída de Milo daquele vilarejo tudo o que estava vivo sem se aperceber caio na mais dolorosa morte, as cores alegres da vida rodopiaram e se tornaram pretas, não existia mais diferença entre a noite e o dia para o vilarejo, a quem o padre queria enganar? ele apenas dizia isso para si mesmo, para não admitir que ele mesmo se sentia assim, a ausência daquela pessoa nem que fosse a andar pela praia ou a sorrir, mais uma lágrima desce mesmo ele pensando que tinha já secado de tanto chorar a ia da pessoa que amava.

- Padre Camus, posso entrar?

- Claro Mú, entre

- Padre Camus não isto não pode continuar assim.

- Se vieste para falar sobre as pessoas da paróquia andarem desgostosas com o meu sermão, eu sei e não quero falar nisso. – Diz com uma voz de pouca paciência surpreendendo o noviço.

- ahum, não era bem isso, mas não é só isso que anda a acontecer o senhor anda distante, não anda a cumprir direito as suas obrigações, as crianças andam com medo de si, por seu olhar frio e sua voz ainda mais. – Falando como se fosse uma tragedia grega

- Não tenho culpa de ser assim, quem está mal que se mude!

- Como fez o Milo não é verdade? – sorri cínico sendo encarado por olhos e tom de voz mortais.

- O que estás a dizer?

- Eu sei de tudo Padre, não se preocupe que eu não o condeno, afinal se Milo me tivesse querido, eu tinha ficado com ele…

- O que estás a disser noviço? ¬¬

- Isso que ouviu, eu se ele me tivesse dito sim, eu não teria pensado duas vezes em ter ficado com ele, mas...

- Mas ¬¬ acabe ¬¬!

- Mas aquele estúpido estava apaixonado por outra pessoa que não soube lutar por ele!

- O.O ele estava apaixonado por quem?

- Por você Camus!

- ...

- Só você desprezando da maneira que fez, conseguiu que ele tomasse a atitude de voltar para casa.

- Ele voltou porque quis, simplesmente isso.

- ACHA MESMO! Acha mesmo que ele queria voltar para um lugar onde era tão mal tratado?

- Então porque teria ido se não fosse por isso?

- Para não sofrer a ser recusado e manipulação da maneira que foi…

- Manipulado? Ôo

- Sim, eu estive a falar com Milo antes de ele ir e como já lhe tinha dito eu sei de tudo, sei do vosso beijo… como conseguiu fazer-lhe isso? – Alterasse um pouco

- Porque eu … eu… eu o amo – diz rouco quase inaudível fazendo Mú sorrir

- Ainda bem, ele espera-o por um mês, está aqui a morada do pai – entrega-lhe um papel

- Mas… mas eu sou padre

- E o que tem? Nós também temos direito à felicidade não? – Pisca-lhe o olho saindo – não o desperdice de novo, ele merece mais, ele merece o seu amor. E se não lutar por ele eu luto.

Camus fica sozinho digerindo todas as palavras que Mú lhe tinha dito, como poderá ter ficado tão cego, sabia o que tinha e ia fazer, não queria acreditar que voltara a cometer o mesmo erro do passado confiado novamente na cabeça e depois no coração.

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Um corpo é arrumar brutalmente para um chão frio, num quarto sombrio pois não havia claridade ou janelas nele, apenas a luz do exterior que conseguia passar pela brecha da porta.

Os olhos da pessoa que se encontrava no chão foram feridos pela claridade da porta a ser aberta e um vulto de um homem bem constituído, alto e bastante robusto começa a ser visualizado.

- O seu pai, quer a sua presença no escritório dele – diz o guarda-costas pesadamente.

- Sim – se tenta levantar, mas o peso do corpo era pesado demais para o conseguir sozinho

- Eu o ajudo – levanta-o – porque se sujeita a isto todo o dia?

- Porque ele é o único que pelo menos um dia me amou – diz deixando uma lágrima cair deixando-se ser levado por o outro físico forte.

- Isso não é amor Milo – vê-se Milo se encolher um pouco no peito dele como se não quisesse escutar ou pensar nisso… ou nele… quem ele queria tanto esquecer.

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Camus encontra o endereço dado por Mú, uma mansão enorme com um jardim, que mais parecia o Éden de tão belo e majestoso que era, no centro uma fonte com um belo Cupido e estátuas gregas, se vendo que era uma família de tradição, o jardim era bem tratado, a relva não muito grande, com rosas, tulipas, camélias, com arvores e arbustos de grande e pequeno porte, um lugar magnifico de visão celestial.

O caminho para a entrada era de pedra granítica clara fazendo umas escadinhas até a uma entrada que parecia um templo com duas colonas de mármore coladas no chão a suspender a casa em pé, bateu no portão com uma avançada tecnologia, onde um mordomo o esperavam, um mordomo com os seus 40 anos.

Perguntou o básico e as suas perguntas deram-lhe as respostas desejadas, foi guiado pela entrada pelo mesmo homem que lhe abriu o portão. Camus pediu então ao senhor se poderia falar com o ou com a dona da casa devido ao assunto, o senhor anunciou que a senhora se encontrava naquele momento fora e que o senhor estava no escritório, que o iria anunciar e que seria chamado dentro de momentos, para ele ficar á vontade no sofá da sala de visitas.

Flashback

Camus ficou estático por momentos, o que faria? Não se pensa, apenas se age, não voltaria a perder uma ovelha do seu rebanho, a quem queria enganar? Segurou o braço de Mú.

- Como eu faço para chegar até ele?

- A senhora Scorpio é muito religiosa por aquilo que ouvi dizer, e num anúncio que li no antes de ontem na paróquia que a senhora andava a procura de um padre, com alguma experiência para a sua comunidade.

- Isso quer dizer concretamente…que? – Estava a ficar bastante impaciente, nada lhe passava pela cabeça, o raciocínio parou com o que ouvia ele só queria uma maneira.

- Que se você for escolhido pode muito bem passar o dia todo com o seu queridinho, discretamente sem que ninguém note, afinal o senhor padre só vai salvar aquela pobre alma "do paraíso" não é verdade? – Se afasta depois de um sorrisinho irónico nos lábios – boa sorte senhor padre, ah isso se quiser ir claro.

Final do Flashback

Cansado de esperar, não pelo tempo mas pela impaciência que há muito não lhe atingia com tanta facilidade. Se volta para o hall vendo algo que lhe despedaça o coração, vendo Milo num perfeito mal estado, de olhos fechados, o cabelo sem brilho, a pele mais pálida, com alguns hematomas pelo rosto, mas o pior foi o ver tão frágil segurando aquele corpo superior como refugio.

Logo, logo o seu corpo foi levado quando o homem que o segurava falava para o mordomo acabaram a conversa inaudível, mas o que ele conseguiria ouvir com aquele ser num estado de pós-guerra. O mordomo se aproximou do padre indicando o escritório onde seria recebido.

Toda a casa era decorada com um tremendo bom gosto, alta sociedade misturada com o classicismo e posse em uma época de distanciamento social, onde a classe média era uma ilusão para as pessoas que comiam na rua.

Entrei no escritório, estantes onde relíquias em papel, ouro e tintas repousavam para serem admiradas, uma árvore de cerejeira trabalhada onde papeis, uma foto de Milo com não mais de 5 anos a rir-se. O padre sorriu interiormente ao reconhecer aquele sorriso, ao poder um jovem depois de tudo o que acontecera ter aquele sorriso de criança estampado no rosto.

O homem que se encontrava no seu ângulo de visão era o pai de Milo, aquela aberração, alto, forte, bem constituído para uma idade de 45 anos mais coisa menos coisa, cabelo preto curto, olhos verdes cristalinos não devido a uma pureza na realidade o seu interior era muito ofusco, um ar malicioso juntamente com um sorriso falso fazia o semblante daquela criatura que tanto ódio, raiva, rancor por ele um ser imundo, podia ter.

- Boa tarde, senhor padre suponho – dá um sorriso enigmático depois de ter olhado várias vezes de alto abaixo Camus.

- Sim senhor

- Por favor sente-se

- Muito agradecido – Camus senta-se reconfortante na cadeira reconfortantemente, quando alguém bate na porta.

- Pai?

- Entra meu querido filho. – Assim que o tom de ironia se fez ecoar pelo escritório, a porta começou a ser aberta.

Continua…

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N/A: oii gente desculpem a demora ú.u na realidade não era para demorar tanto mas tive uns percalços, bem espero que tenham gostado… no próximo capitulo vai haver uma grande reviravolta D perparence para emoções bem fortes principalmente naquele escritório, mas eu não sei de nada hohoho

Beijos a todos, espero review please ó ò

YUKI SAIKO