Título: Incógnito
Capítulo 8 – Provocações, Perdas e Ganhos.
Draco olhou para Blaise com uma repreensão estampada na face. Não acreditando que ele estivesse fazendo o que estava fazendo. Lembrou-se da conversa que tiveram em seu quarto, no último domingo, de Zabini dizer algo como 'ter contas a ajustar com Potter'. Só não esperava que essas contas a ajustar o envolvia no meio.
- Não me lembro de ter combinado uma festinha particular com você Zabini – comentou com desprezo carregado na voz irritada.
- Mas sempre nós temos nossas festinhas particulares Draco – Blaise sorriu largamente para o loiro.
Harry encarou Draco com um olhar acusador e muito enfezado. Não acreditando que estava ouvindo aquilo. Então, Malfoy realmente dava jus a fama que possuía – o conquistador e insaciável príncipe sonserino.
"Isso não está nada certo..." – pensou, com uma irresistível vontade de tomar satisfações com Draco. "Alguém terá de colocá-lo na linha. Eu irei colocá-lo na linha".
- Escuta Blaise, você bebeu? Se drogou? – Draco estava perdendo a paciência, e ficar sendo usado como bode espiatório para os maquiavélicos planos de Zabini e a acusação irracional nos olhos do grifinório, era demais.
- Não interessa! – Harry disse um pouco mais alto e irritado do que pretendia. – Vocês tinham uma festinha, certo? E Zabini fez questão de me convidar. Pois bem, não tenho nada melhor a fazer, podemos ir? – e fuzilou o loiro com os olhos, antes de encarar Zabini com um sorrisinho cínico.
Blaise retornou o sorriso com desgosto. – É claro, Potter...
- Potter, eu não acho – Draco começou, mas foi prontamente cortado.
- Eu acho maravilhoso. Ou você não quer que eu estrague a diversão de vocês? Se for isso, pode dizer, que eu não irei junto então – e o encarou como querendo arrancar-lhe até a alma. – É só dizer, Malfoy...
Draco travou o maxilar com raiva e empinou o queixo. Era por essas coisas que detestava Harry. Olhou com ódio para Zabini, que esperava com ansiedade as palavras de Draco, para ver Potter ser humilhado e rejeitado, mas as palavras nunca vieram, e lhe indicou que fosse na frente.
Os três rapazes caminhavam calados pelo corredor inutilizado de Hogwarts. Zabini indo à frente como que mostrando o caminho para um preocupado Malfoy e um determinado Potter. No meio do caminho, perto de seu destino, o sonserino moreno olhou para trás, dando uma piscada para Malfoy e um sorriso de sarcasmo para Potter.
- Chegamos – Blaise avisou enquanto empurrava uma porta. – Entrem e fiquem à vontade.
Draco e Harry passaram pela porta para se depararem com uma sala iluminada por velas vermelhas em fundo marrom, o que faziam as chamas dar um ar mais quente ao ambiente. De fundo, uma música estilo tecno genuinamente trouxa batucava com seu ritmo cadenciado. Bebidas e algumas guloseimas se espalhavam pelo tapete, posicionado no meio da sala, aos pés de uma enorme e aconchegante cama de cinzel.
- Posso até imaginar como acabam essas suas festinhas particulares... – Harry balbuciou com sarcasmo, passando a vista pelas velas até a cama, depois para o loiro.
Draco abriu levemente os braços, erguendo os ombros e sussurrando em defensiva. – Não sei de nada. – mas foi interrompido.
- Sente-se Potter – Zabini indicou ao tapete, enquanto enlaçava a cintura de Draco e o puxava para se sentarem também.
Harry estreitou os olhos vendo os dois tão juntos, mas fingiu não se importar.
- Que tal nos divertirmos um pouco? – Blaise dispôs três taças e encheu com firewhisky.
- Claro – Harry pegou a sua e a esvaziou num gole.
Zabini riu de lado, fazendo o mesmo e voltando a encher suas taças vazias.
Draco estava tenso, quis pegar a garrafa e encher a cara, mas logo levou uma mão à barriga, lembrando-se que não podia ingerir álcool ou qualquer outra coisa prejudicial. Ficou um pouco confuso e pensando melhor até que não era má idéia perder o filho num aborto espontâneo, ou quase espontâneo. Daria menos dor de cabeça a todos e tudo voltaria ao normal. Então, sentiu-se imundo por pensar assim. Nunca faria uma coisa dessas. E pensou em Harry, que não sabia de nada e que também tinha o direito de decidir sobre as ações a serem tomadas e principalmente, de sentir. Se sentir coisa boa ou ruim, não tinha certeza. Suspirou conformado, era melhor enfrentar e esperar o que Merlin quisesse.
Voltou sua atenção ao redor e manteve os olhos cravados nos dois rapazes, que bebiam e discutiam algo que não chegou a ouvir, quando se distraiu. Viu quando eles abriram espaço no meio deles e passaram a jogar.
- O que estão fazendo? – perguntou ao notar que estava sendo totalmente excluído do jogo.
- Jogando Poker – Blaise respondeu com um sorriso.
- Interessante... E por que não estou no meio? – encarou o colega de Casa.
- Você está no meio, meu caro... – e Blaise sorriu ainda mais. – Só que como prêmio. – e piscou-lhe um olho.
Draco abriu a boca e arregalou os olhos com incredulidade. Olhou para Harry e recebeu uma piscada também, mas acompanhada de um sorrisinho maroto. Ficou ainda mais incrédulo, até o nervosismo começar a crescer e o dominar.
- O que pensam que estão fazendo? – gritou batendo as mãos no tapete. – Como ousam me demarcar como prêmio, como se eu fosse algum objeto?
- Simples, quem perder desiste de você – Harry o olhou com um estranho brilho no olhar. – E eu não vou perder...
Draco corou, perdendo qualquer vontade de discutir. Ver Harry o encarando de modo intenso, falando tudo naquela simples frase, ainda mais na frente de Zabini. Suspirou desviando os olhos do grifinório, tentando parecer insultado.
- Ainda não concordo com isso... – murmurou.
Blaise estreitou os olhos, nada feliz com essa encaração toda. – Eu também não perderei. Jamais perco no jogo.
- Só de mim... – Draco o provocou.
Blaise riu. – Mas Potter não é você.
- Exato, ele é o Potter... Até Você-Sabe-Quem, perde dele – sussurrou ao ouvido de Zabini.
Enquanto o sonserino moreno ficava vermelho de raiva, pela provocação do loiro, Harry também ficava vermelho de raiva, por ver seu Draco, sussurrando algo ao pé do ouvido daquele imbecil. Pigarreou encarando o loiro com olhar nada satisfeito, e recebeu em troca, um sorriso debochado, como quem está adorando vê-lo com ciúmes.
"Provoca Draco... Me deixe pegando fogo que você acabará se queimando inteiro..." – e sorriu de canto.
- Sabia que Draco beija muito bem quando está um pouco bêbado? – Harry desviou prontamente a atenção do loiro ao moreno, sentindo a vista tremer de tanta raiva. – É quando ele perde a compostura e se entrega.
- Oh! Sim, ele beija maravilhosamente bem, quando perde a compostura – concordou dando um sorriso cínico quando foi encarado por Zabini. – Mas nada se compara quando ele beija extasiado – e suspirou teatralmente. – É de tirar o fôlego.
Draco ficou horrorizado. – Vocês poderiam parar de ficar falando essas coisas como se eu não estivesse aqui?
- Ele também sabe deixar qualquer um louco, quando murmura algo obceno entre o beijo – Zabini deu sua jogada e encarou Harry, provocando.
- E quando ele geme entre o beijo, então? – Harry encarou Blaise, retribuindo a provocação.
Draco realmente estava ficando nervoso. Não pelos comentários, que aumentava seu ego, mas por perceber que o clima ali estava pesando. E ficar no meio do fogo cruzado entre Harry Potter e Blaise Zabini, não era muito saudável. Não se sabia quando um deles poderia se cansar daquela disputa inofensiva e das agressões verbais, para passar a algo mais perigoso e de conseqüências desastrosas. Ele era Draco Malfoy, irresistível e sabia muito bem disso, nesse momento poderia estar se gabando, por haver duas pessoas literalmente competindo por si, mas lá no fundo, sabia que só queria ser de uma única pessoa. Talvez fosse isso que o estava deixando nervoso. Essa certeza de que queria ser dele... E se entregar a ele, poderia resultar em sofrer o resto da vida. Afinal, ele estava marcado para morrer e estava fadado a uma luta desigual que certamente, se saísse vivo, sairia tremendamente machucado, senão, irreversivelmente machucado.
- Você está blefando – Zabini sibilou entre dentes.
- Sobre Draco? – Harry se fez de desentendido.
- Lógico! Duvido que tenha experimentado tudo isso – estreitou os olhos com desconfiança.
- Quem dera não ter experimentado do pecado, seria mais fácil não cair na tentação e desejar ardentemente o inferno, como se fosse o paraíso... – Harry suspirou enquanto olhava com desejo aos lábios de Draco.
O loiro disfarçou o sorriso com uma tosse, não acreditando que Harry Potter estava falando algo assim. Porém, ficou bobo quando o grifinório abriu as cartas na frente deles.
- Apesar que não preciso me segurar para não cair na tentação, já que não tenho motivos de abrir mão desse pedaço de mal caminho – e encarou Draco de cima a baixo de modo possessivo e sensual.
Malfoy evitou corar ainda mais deixando de olhar para Harry e encarando Zabini, que estava perplexo olhando as cartas.
Blaise deixou cair suas cartas das mãos. Mataria Susan Bones por tê-lo enganado quando buscou saber coisas sobre Potter. Ela havia garantido que o ingênuo e tímido rapaz, só jogava xadrez bruxo com o Weasel e Snap Explosivo com Neville e Gina. Então, como diabos foi ganhar dele, um dos mais expert da Sonserina, que só perdia de Malfoy, no Poker?
Ingênuo? Potter não parecia nada ingênuo ao falar de beijos e gemidos. Tímido? Muito menos! Onde estava o tímido ao se expressar sobre os beijos de Draco e o modo como o olhava?
- Maldição... – murmurou.
- Acho que agora eu posso me divertir, na nossa festinha particular... – Harry comentou maliciosamente, ainda encarando Draco. Depois, olhou para Blaise. – Poderia se retirar?
Blaise olhou a Draco como se pedisse ajuda, mas o loiro apenas deu de ombros. – A idéia foi sua...
Zabini percebeu claramente que Draco estava com raiva dele, por tê-lo envolvido em seu plano furado. Olhou para Harry, com um sorriso afetado, mas antes que fizesse um movimento, o grifinório estendeu a varinha.
- Não confio em você Zabini, portanto, saia agora – ordenou sem mais um pingo de paciência e o olhar fulminante.
- Está se divertindo não é mesmo Potter? – disse se levantando e seguindo em direção à porta.
- Muito!
- Só resta saber até quando isso vai durar. Garanto que não será muito – e bateu a porta com raiva, ao sair.
Harry aproveitou a varinha em mãos para conjurar uma tranca a prova de sons.
Sozinhos...
Harry olhou a Draco perdendo toda e qualquer coragem e domínio que até então possuía. Voltaram a ficar sozinhos numa sala abandonada, como da primeira vez, e isso estava o deixando tenso.
Respirou fundo, lembrando-se da satisfação que queria tomar, mas pensando melhor, não tinha o direito de tomar satisfação nenhuma, já que eles não haviam se comprometido.
- Hum... – tossiu um pouco, não sabendo exatamente como quebrar aquele silêncio.
Draco ergueu os olhos, estava quieto, encostado na cama. Sorriu um pouco ao ver como o moreno estava constrangido e perdido nas próprias ações.
- É verdade? – preferiu ele mesmo quebrar o silêncio.
- Verdade? – Harry ficou um pouco surpreso.
- Tudo o que disse – Draco ergueu a cabeça estreitando os olhos. – Ou estava apenas provocando Zabini?
Viu o grifinório sorrir e corar. – E se eu disser que foi ambos?
- Então prove... – sussurrou com malícia.
Harry não esperou mais nada, tirou os óculos, o colocando de lado, diminuiu a distância entre eles e o beijou. Uma mão na nuca, o puxando para mais perto, enquanto a outra deslizava pelo cabelo loiro. Foi correspondido com a mesma intensidade e pressa, e teve o rosto também preso por mãos cuidadosas.
Lábios macios se envolvendo, línguas se tocando, salivas se misturando, respirações se perdendo em suas bocas, em cada movimentos, tentando se sentirem melhor. Se separaram numa chupada que estalou e se perdeu ao som da música. Buscaram ar para se beijarem novamente, beijos mais curtos, porém com a mesma intensidade e sensações. Beijos que estalaram em suas bocas uma, duas, cinco vezes... Hora no lábio superior, hora no inferior, uma vez no cantinho da boca, outra pegando por inteiro... Olhos fechados, se concentrando apenas no sentido do tato.
Se separaram um pouco, e se olharam com desejo. Parecia que estiveram longe uma eternidade e a necessidade de se tocarem e se sentirem era quase dolorosa.
- Me sinto estranho... – Draco murmurou, ainda tendo o rosto bem próximo ao de Harry, sendo acariciado carinhosamente na bochecha. – Senti sua falta...
Harry sorriu. – Também senti sua falta. – e voltou a beijá-lo, mas se separou antes que o beijo se tornasse mais profundo, arrancando um protesto do loiro. – Espera, quero te pedir uma coisa.
Draco o olhou sem entender.
Harry tomou fôlego, decidira-se a isso desde quando se lembrou do que aconteceu naquela já distante noite quando tudo começou, desde que assimilou seus sentimentos perante o sonserino, nas noites mal dormidas, pensando nele. E era tudo o que mais desejava e queria fazer direito.
- Quer namorar comigo? – perguntou um pouco envergonhado.
Draco ficou encarando as esferas verdes com distinta surpresa, depois, saído do choque inicial causado pela repentina e inimaginável pergunta, começou a rir.
- O que foi? – Potter estava ficando tenso, esperava tudo, menos um ataque de risos.
- Desculpe – Draco disse, após se recuperar das risadas. – É que você ficou tão fofo...
- Draco! É sério! – Harry abriu um leve sorriso e o apertou nos braços.
- Eu sei, mas não esperava ser pedido em namoro por um rapaz, eu esperava ter de pedir alguém – o loiro sorriu, se esclarecendo.
- Oh! – o moreno voltou a apertá-lo de encontro a si. – Isso te deixou...
- Está tudo bem Harry... Eu gostei – ergueu os olhos, voltando a mergulhar no verde intenso, aproximou seus lábios e sussurrou dentre um tímido beijo. – Eu adoraria, namorar você...
Harry sorriu, sentindo os lábios macios contra os seus se abrirem levemente, o chamando, o convidando a se embebedar novamente, e foi o que fez. Devorou aquela boca com ardor, querendo extrair o máximo de prazer possível, num único beijo.
Draco gemeu, estava ficando sem ar, mas ao mesmo tempo não queria que parasse, envolveu o corpo de Harry com os braços, agarrando as mechas negras. Mais um pouco e desfaleceria por falta de oxigênio, mas pouco importava, só que Harry pensava diferente, partindo o beijo e os depositando na pele alva e quente que se arrepiava conforme descia a boca até o pescoço do loiro, se atendo na curva entre o ombro, subindo até alcançar a orelha, mordiscando de leve e voltando a descer em beijos molhados até o peito, abrindo caminho pelo tecido da roupa, puxando, quase rasgando tomado pela pressa de dar mais prazer, de ter mais prazer.
Suas mãos se confundiam subindo e descendo pelos seus corpos, arrancando botões, desfazendo nós, amarrotando e arregaçando entre toques e arquejos.
Mais beijos, agora de lábios sonserinos, percorrendo uma trilha molhada do pescoço ao ombro, descendo por um braço, enquanto acariciava o peito forte, levemente talhado do grifinório, com a outra mão.
Harry passou os dedos pelo meio das costas de Draco, descendo suavemente, mas causando um arrepio à pele branca, até alcançar o cós da calça, e num movimento meio bruto, meio cuidadoso. Arrancou-lhe a peça inteira, junto com a roupa íntima, deixando completamente exposto.
O loiro sorriu em resposta, quando foi devorado com os olhos. Empurrou Harry com o pé, o obrigando a se afastar e deixando-o confuso. Ergueu-se com sensualidade, como um felino que sabe que domina, como uma serpente que sabe que seduz, e caminhou sem pressa até a cama, olhando aos olhos verdes, como se o prendesse apenas com esse olhar. Correu as mãos pelo colchão, deslizando o corpo em seguida, sobre a seda carmim do lençol, até se deitar por completo, de bruços, mostrando a curva que delineava dos ombros até as nádegas, a depressão das costas como uma trilha que leva ao paraíso, perdida entre os dois montes macios e convidativos, que compõe o quadril estreito até o início das coxas torneadas, levemente afastadas.
- Vai ficar só olhando? – provocou.
Harry sorriu mordendo o lábio inferior, aquilo era provocação demais, já mal agüentava a excitação. Tirou a calça e a cueca, e foi em direção ao loiro, que o secava de cima a baixo com olhos mercúrio líquido, obscurecidos de desejo e satisfação no que via. Debruçou-se sobre seu amante, apoiando as mãos em cada lado do corpo sob si, depositando beijos na pele suave de suas costas, começando no ombro e descendo o caminho que a espinha traçava.
- Você me enlouquece... – sussurrou no meio de cada beijo. – Me faz esquecer de tudo... – mais beijos. – Me faz desejar somente você...
Draco respondeu com um ronronar, estremecendo com o toque que queimava sua pele. Serrou os dedos no lençol quando sentiu ser acariciado na cintura e beijado num lado das nádegas, depois do outro. Gemeu ao receber uma mordida que marcou sua pele com um vermelho intenso, mas foi sanado por novos beijos. Beijos que desceram para a coxa, e voltaram a subir mesclando chupadas na parte interna da outra coxa.
- Harry... – se retesou em antecipação, tentou se mover, mas as mãos que acariciavam sua cintura o manteve imóvel.
Seu corpo tremeu inteiro ao receber um beijo molhado em sua entrada, um grito misturado com gemido se embolou na garganta enquanto a língua do moreno o preparava. Passando por suas pregas mais escondidas e abrindo passagem pela entrada apertada. Seu corpo se enrijeceu, mas aos poucos foi cedendo. Abriu os olhos para notar que estava de quatro, os joelhos e os cotovelos fincados no colchão, as pernas apartadas. Dedos ágeis deslizaram pelo lado de seu corpo, e se firmaram, envolvendo seu membro, masturbando-o.
Harry se encostou ás costas de Draco, curvando sobre ele e se posicionando. Penetrou com cuidado, fazendo pressão e recuando aos poucos, ritmado e sem pressa como quando fizeram da primeira vez, e completamente consciente, mesmo que quase insano pelo prazer que aos poucos o tomava e o levava para os confins da luxúria, sem aquela estranha necessidade louca e descomedida que o tomara quando o viu. Fazia tudo não pelo impulso, mas porque queria e ansiava fazê-lo. O cheiro de Draco ainda era forte e o dominava a cada vai e vem, mas não como outrora. Era um cheiro mais pessoal, mais característico e envolvente, não animalesco. Amava o cheiro dele, a textura da pele pálida e o som dos gemidos, que se misturavam à música de fundo.
- Oh! Harry! – Draco gemia embalado nessa dança, na pressão quase insuportável que o tocava no fundo quando ele se arremetia dentro de si, ao alívio quase vazio e angustiante, quando ele recuava quase se retirando. Sucedendo-se cada vez mais rápido, mais implacável sacudindo seus corpos e extraindo suor. Colidindo-se com rudez, e envolvendo-se com ternura.
- Draco! – Harry gemeu em seu ouvido, o abraçando pela cintura e o puxando de encontro a sua virilha. Um movimento brusco e selvagem, dois, três e se desfez. Gozaram no mesmo intante.
O corpo de Draco amoleceu e tombou, levando consigo o corpo de Harry. Ofegaram durando alguns minutos, até o moreno rolar para o lado, deixando espaço para que o loiro se virasse de costas, buscando melhor o ar que faltava depois de tanto exercício físico.
Olhos pratas se abriram lânguidos e fitaram olhos esmeraldas. Se aproximou encostando o corpo suado ao corpo amante. Apoiou a cabeça no peito de Harry e fechou os olhos, sonolento, como se agora, naquela posição e sendo abraçado pelo namorado, podia relaxar e dormir sem pensar no amanhã.
Era o mesmo que Harry pensava, não importava o amanhã, estando com Draco em seus braços. Não entendia como isso foi acontecer, como a rincha passou a amassos, como o ódio passou a amor, mas já não se importava.
Nada mais importava, a não ser...
- Draco – chamou, se esforçando a manter os olhos abertos, fitando a cabeleira loura sobre seu peito.
- Hum? – nem abriu os olhos, só queria dormir e aproveitar as sensações que ainda vagavam pelo seu corpo.
- Depois eu quero saber... – bocejou e acariciou as costas do namorado. – O que você está me escondendo...
- Claro... Harry... – e adormeceu, sem pensar em mais nada.
N/A: demorei um pouco para postar esse capítulo, mas finalmente saiu! Obrigada a todos que estão acompanhando e desculpe os erros gramaticais e de escrita.
Agradecimentos a: Marinacriss – Obrigada, espero que acompanhe sempre! Bjus! Milinha-potter – Olá, vai ter um pouco mais de Lucius pela frente. Bjus! Ia-Chan – o Harry vai ter uma conversinha c/ Lucius e vai saber algumas coisinhas sobre seu papi Bjus! Amy Lupin – Harry terá uma conversinha c/ Lucius e vai descobrir certas coisinhas, e o Draco vai malhar no próximo cap para contar a novidade pro Harry. Bejus! Lika Malfoy – obrigada! Não será bem um mistério o caso do Lucius, é só pra dar mais ênfase nos acontecimentos. Da cena interrompida, espero q a desse cap compensou. Bjus! Bela Youkai – olá moxa! Quanto tempo! Tava c/ saudades docê! Pode azarar o Zabini sim, todo mundo, até o Draco está louco pra isso e o Harry irá ficar muito agradecido! Bjus! Obrigada a todas que comentaram!
N/A 2: eu esqueci de comentar isso no capítulo anterior! Quem se interessar, eu estou contando a vida de Lucius e James na fic DESPEDAÇANDO. Eu comentarei sobre o relacionamento deles aqui sim, mas será só o necessário, sem aprofundamentos, já na outra, será tudo desde o começo até o fim. Não há necessidade de ler Despedaçando, pois não interfere na Incógnito. É só pra quem gosta desse shipper e quiser saber como os pais do Harry e do Draco se conheceram, se relacionaram etc.
É isso e até o próximo capítulo!
