Nota: eu esqueci de esclarecer sobre o feitiço que Lucius conjurou para que o símbolo aparecesse na mão de Harry, no capítulo anterior, tanto que ele está destacado (1) Aparecium é um feitiço usado para mostrar objetos invisíveis aos olhos, não tenho informações se pode ser usado para outras coisas senão somente em objetos inanimados, mesmo assim, resolvi por emprega-lo à fic.
Aos leitores: não pude atender a todos os pedidos, e certamente esse final não agradará a alguns, ou a muitos, mas não tenho como satisfazer a todos, infelizmente. Espero que mesmo assim, eu tenha agradado em parte. Fiz o máximo que consegui e espero que tenha chegado a altura de suas expectativas. Um grande abraço a todos que estão acompanhando!
LEIA ANTES DE COMEÇAR: esse Epílogo sai fora do padrão da fic inteira, mas é para um melhor impacto nos acontecimentos. Para não ficar perdido, vale lembrar que:
Texto entre "aspas" é o POV do Draco.
Texto em itálico são os acontecimentos do passado.
Texto normal é o presente, ou seja, onde eu parei lá no prólogo.
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Epílogo – Vivendo"Relembrando aqueles dias, eu vejo que o mundo caminha para algo além do que esperamos... Os relacionamentos surgem e desaparecem num piscar de olhos e não sabemos nem como começou e quando terminou...
A vida é tão complexa, que nos prega peças e nos faz acreditar que tomamos o controle do que chamamos de destino e o manuseamos ao nosso bel prazer... Mas para nos lembrarmos que somos insignificantes nessa vastidão de universo, e que ainda temos que caminhar muito para alcançar uma faísca de perfeição, nossos olhos são desvendados e o orgulho que carregamos nessa ilusão que consideramos conquista, é mais cruel e fria do que supomos...
Não culpo ninguém pelo que aconteceu... Talvez deveria, mas as coisas não foram somente perdas...
Ganhei confiança... Aprendi a me entregar e não apenas esperar que os outros se sacrifiquem... Aprendi a enxergar além dos meus passos, a aceitar que nem tudo pode ser como queremos... E aprendi, acima de tudo, o que é viver...
Depois daquele dia em que conversamos após Harry ter acordado, tive que tomar a maior decisão de minha vida...
Eu não entendia porque a vida estava sendo tão cruel comigo, a ponto de permitir que alguém colocasse um fim em acontecimentos e sentimentos que eu julgava infinitos...
Uma vez, Harry havia me dito que chegou a odiar o mundo mágico... O mesmo mundo que levou embora seus pais, seu padrinho, seu tutor...
Então, refletindo nisso, aquele dia, percebi que eu sentia o mesmo que ele sentiu... Ódio pelo mundo mágico, por ter me roubado quem eu mais amei nessa vida... Não perdi minha família ou meu padrinho... Mas eu havia perdido ele...
E passei a enxergar os trouxas com outros olhos... No mundo sem magia, não há poções que controlem os sentimentos dos outros, não há como você impor uma vontade em uma alma... E você não tem que ficar cumprindo profecias arriscadas, e sendo marcado por uma vida inteira...
E pela primeira vez... Eu olhei para Hermione e senti inveja do mundo em que ela nasceu...
Mas isso que passei não apenas me mostrou isso... Me mostrou que eu não era diferente de Virgínia Weasley, e que outrora, eu faria a mesma coisa que ela fez... Tentaria impor sentimentos nos outros para saciar os meus... Afinal... Antes de viver aqueles poucos dias ao lado dele, eu tentava destruí-lo...
Durante seis anos tentei destruí-lo por ele não me pertencer... Destruí-lo porque ninguém mais poderia amá-lo, senão eu...
Então eu quis morrer...
Mas Meggy me mostrou que eu não podia desistir... E que eu tinha algo a mais para viver...
Harry também mudou depois daquele dia... Mesmo sabendo que era uma tortura, eu nunca deixei de acompanhar cada passo dele... E via que ele se perguntava dia e noite... O que foi acontecer com a gente.
Eu não podia odiá-lo de me rejeitar se a culpa não era dele...
Eu não podia fazer nada, se a poção do amor não havia cura...
Apenas podia me cobrir com uma manta, e todas as noites caminhar até a sala vazia, onde tivemos nosso primeiro e marcante encontro...
Sentar no chão, perto da porta entreaberta e presenciar sua batalha mental... Jogado no chão empoeirado e olhar sem vida...
Harry nunca chegou a perceber que Meggy e eu o acompanhávamos nesses momentos... Se ele percebeu nunca demonstrou...
E foi numa dessas noites que o primeiro sinal da doença apareceu...
Ele vomitara sangue negro...
Os dias que se seguiram seu estado se agravou a tal ponto, que o internaram no St. Mungus.
Depois que Meggy nasceu, eu sempre notei que ela buscava alguém... Alguém que ela conheceu indiretamente e mesmo assim sentia falta..."
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Harry manteve a mão no rosto, sentindo a carne latejar, mesmo assim, mantinha os olhos em Draco, que sumia pelo corredor.
Malfoy apoiou uma mão na parede, sentindo-se fraco e tonto. Seu corpo começou a tremer e teve a respiração difícil. Não queria passar nervoso por causa da gravidez, mas estava emocionalmente abalado com tudo que aconteceu, que era impossível não sofrer uma reação colateral. Só desejava não sofrer um aborto nessa altura da gestação.
Sentiu ser abraçado, e mesmo não querendo, seu corpo reagiu tão bem a esse toque que acabou por se recostar ao conforto do abraço de Potter, até deslizarem e se sentarem ao chão.
- Draco...
- Me solta...
- Por favor, me entenda... Não sei o que sinto... É tudo tão confuso...E se eu não me afastar de você, será como se eu estivesse te enganando... Não quero fazer algo tão baixo como isso, pois te respeito... Te respeito mais que qualquer um...
Draco apertou os punhos contra a roupa de Harry. As lágrimas que tentava conter já escorriam.
- É por isso que eu não agüento! – gritou, fora de si. – Se ao menos você fosse seco, fosse um canalha, seria tudo tão mais fácil... Eu poderia te odiar, querer vingança... Mas você tem sempre que ser assim... – sentiu ser abraçado mais forte. Harry beijava seu cabelo com ternura. – Sempre tão... Amável... – sussurrou.
- Você disse que Gina é a dona dos meus sentimentos... Mas confesso que não é bem assim... Algo me atrai a ela, mas não sinto o que eu sentia por você... – acariciou os fios platinados, com pesar. – E o que eu sentia por você ficou tão distante... Como se fosse em uma outra vida, mas que eu lembro que foi a mais feliz... Não consigo amar Gina, pois sei que não consigo amar mais ninguém...
Draco suspirou, contendo as lágrimas. Poderia dizer que a garota lhe dera uma poção do amor, mas resolveu por ficar quieto. Não adiantaria nada se Harry soubesse ou deixasse de saber, o que estava feito não tinha mais volta...
Harry não falava mentira... Sentia como se seu coração houvesse quebrado. Era como se sua alma buscasse a lembrança de Draco, mas algo o impelia a olhar para Gina e seu inconsciente se negava. Era um dilema o que estava passando.
Antes de ver Malfoy, depois que despertou do seu longo coma, não tinha suas dúvidas quanto gostar da ruiva, mas depois que o viu, depois que a lembrança daquele perfume tão peculiar lhe impregnou os sentidos novamente, depois de rever cada fio platinado, cada detalhe daquele rosto de pele tão branca e macia... Foi como se um turbilhão de sentimentos conturbados o golpeasse.
Gina era ofuscada pelo brilho de Draco, mas ao mesmo tempo, ele era lentamente apagado de sua memória...
- Eu sinto tanto, Draco... Me perdoe... – disse com a voz embargada.
- Eu vou ficar bem... Malfoys sempre ficam bem... – ergueu a cabeça com altivez.
Harry sorriu tristemente. – Eu sei...
O moreno baixou os olhos para a barriga do loiro. Achava tão lindo daquele jeito. Queria poder ver sem o tecido que a cobria, mas depois de tudo, não tinha coragem de pedir algo tão íntimo a Malfoy. Voltou a olha-lo nos olhos e então se surpreendeu com a reação do sonserino.
Draco levantou a túnica, desvendando o ventre redondo, como se lesse seus pensamentos. A pele continuava pálida e imaculada, como sempre. Levou uma mão trêmula a tocar com cuidado e um pouco de medo, mas após sentir a maciez da pele, seus temores foram afastados. Deslizou a palma com carinho, contornando a curva que formava a barriga e sentiu o leve pulsar da vida ali dentro.
Sorriu emocionado.
Nesse momento soube que valeu todos os esforços para conseguir salva-la... Inclinou-se e beijou com suavidade, como se dissesse a ela que ele estava ali e que a amava e protegeria até o fim da vida.
Draco fechou os olhos, recostando a cabeça na parede. Sentia-se flutuar a cada beijo que Harry depositava em seu ventre fecundado.
E queria esquecer que poderia nunca mais sentir isso em sua vida...
oOo
Severus terminou por examinar os batimentos cardíacos do afilhado. Ficou preocupado quando soube da conversa que Draco e Harry tiveram, obrigando o sonserino a fazer uma leva de exames.
- Eu estou bem, tio Sev... – disse com enfado.
- Sim, agora eu acredito. – Snape o cortou. – Mas terá de repousar.
Draco não contestou. Estava pensando em coisas mais graves do que em reclamar sobre os cuidados exagerados do padrinho.
Severus o observava com tristeza. Sabia o que aconteceu com o loiro e apenas podia ficar quieto em seu canto, sem poder fazer nada a respeito, e isso era frustrante.
- A poção do amor tem cura? – Draco perguntou, enquanto ajeitava a túnica, amuado numa poltrona.
- Não... Por isso ela é ilegal... – Snape sussurrou.
- Entendo...
Após deixar o aposento de Severus, Draco se dirigiu para sua Sala Comunal, a fim de cumprir com o pedido do professor de poções e descansar.
Passava frente à sala vazia, onde tudo teve início e parou, percebendo que a porta estava encostada. De passos vacilantes se encostou à fresta e espiou lá dentro, vendo Harry vagando errante, no pouco espaço ao centro.
O moreno tocava a parede com as pontas dos dedos, mantendo a cabeça baixa e os olhos fitos no piso.
Essa não foi a última vez a vê-lo ali. Descobriu que o grifinório passou a freqüentar a sala todas as noites, revendo cada cantinho, cada caco de vidro que estava no chão, em meio à poeira.
Não entendia porque Harry se desgastava passando insônia naquele lugar vazio e escuro, nem porque a cada noite, o brilho dos olhos verdes se apagava, até que escutou um murmúrio tão baixo, que nem parecia ter vindo dos lábios do moreno.
- O que passamos não pode acabar assim... O amor não acaba dessa forma...
Então Harry caiu de joelhos, levando a mão à boca e dentre seus dedos escorreu sangue... Sangue negro...
Draco se desesperou, saindo de seu cantinho escondido, adentrou na sala e o socorreu. Não importou com a mancha que se alastrava por sua túnica branca, quando abraçou Harry de encontro ao peito. Apenas queria leva-lo à enfermaria e saber que ele ficaria bem.
Mas não foi isso que aconteceu... Harry continuou a vomitar sangue e seu estado parecia se agravar cada vez mais. Quase chorou ao vê-lo tão pálido, deitado na cama da enfermaria.
- Ele será transferido ao St. Mungus... – Madame Pomfrey sussurrou.
- Por que isso está acontecendo?
- Não sabemos... Pode ser as seqüelas da guerra... Então achamos melhor interna-lo com profissionais de alto nível...
A última noite que Harry ficou em Hogwarts, Draco permaneceu do seu lado.
A ala hospitalar estava na penumbra, apenas uma vela acesa ao lado da cama de Potter iluminava vagamente o ambiente.
Draco acariciou os fios negros que repousavam no travesseiro.
- Ele está morrendo... – lamuriou baixinho. – Prefiro vê-lo vivo com outra pessoa ao invés de imóvel num leito de madeira...
- Não diga isso, por favor...
Malfoy ergueu os olhos, deparando-se com Gina, então os fechou com cansaço dando um longo suspiro.
- Quer que eu saia?
- Eu vim falar com você, Malfoy... – a voz da garota era tão trêmula, que parecia que ia chorar a qualquer momento.
- Não tenho nada pra falar com você...
- Me ouça então... Eu imploro...
Malfoy apertou a mão e a encarou com frieza. – Fale...
- A culpa é minha... Eu fui uma pessoa imunda... – nessa hora, lágrimas começaram a cair dos olhos da garota. – Eu pensei apenas em mim e não no Harry... Muito menos em você... Eu achei que poderia dar felicidade a ele... Mas... Acabei por dar tristeza e sofrimento... Eu fui cega e queria pedir seu perdão...
- Porquê? – Draco negou com a cabeça – Você fez o que achou certo e eu nunca dei motivos pra você ou qualquer outra pessoa pensar nos meus sentimentos... Confiar em mim... Acho que também estou pagando pelo que fiz durante todos esses anos...
Gina então caiu de joelhos, em prantos. Era uma cena lamentável...
- Zabini tinha razão... Amor imposto sempre será um amor vazio... Eu percebi isso, quando Harry começou a se tornar vazio por dentro... Ele sorria pra mim, mas não havia sentimento... Não havia vida em seu sorriso e em seus olhos... Ele está morrendo por minha culpa...
Draco olhou ao teto, tentando evitar começar a chorar igual a ruiva. – Você é tola... Julga tudo com olhos vendados... Não a culpo já disse... Afinal, você me conhece como aquele que só quer prejudicar Harry Potter e os amigos dele. Você quis protege-lo, mas acabou por prejudica-lo sem intenção... Não precisa pedir meu perdão... Talvez eu faria o mesmo... – respirou fundo, e voltou a olha-la. – A única pessoa a quem você tem que pedir perdão é ao Harry...
Novas lágrimas brotaram aos olhos da ruiva. – Agora eu sei porque ele estava com você...
Draco apenas observou Gina segurar a mão de Potter e a sua, uni-las e sair correndo, envergonhada demais para continuar ali. Antes de sair, ela parou e o olhou nos olhos.
- Foi Pansy Parkinson... Achei que deveria saber... A culpa maior foi minha, pois se eu quisesse, teria evitado tudo isso... Sinto muito...
Sozinho novamente, Draco sorriu.
Vingança sonserina... Quantas vezes não se vingou quando as coisas não aconteciam como desejava? E quantas vezes não se utilizou dos mais fracos, para conseguir seu objetivo?
Pansy, assim como todos os sonserinos havia se vingado de seu orgulho ferido, quando a largou, indo contra a tradição da família. Não era de se espantar que ela tenha manipulado alguém mais nova e de personalidade fraca como Virgínia Weasley.
Dedos frios acariciaram os seus. O loiro sobre-saltou olhando à Harry. O moreno estava de olhos abertos o observando.
- Estava acordado? – Harry fez que sim com a cabeça. – Então ouviu o que aconteceu...
Harry voltou a acariciar os dedos longos de Malfoy. – Sabe que... Eu perdôo todo mundo...
Draco mordeu o lábio inferior, tentando segurar a tristeza. Se não fosse essa capacidade de perdoar que Harry possuía, nunca teriam ficado juntos...
– Eu sei...
- Você seria capaz... De fazer o mesmo?... De me perdoar?
- Não sei... Eu não tenho um coração de leão, como os grifinórios... – soou divertido, mas mantinha os olhos turvos de lágrimas.
Harry sorriu. – Mesmo eu sendo grifinório... Tenho um pedido bem sonserino para te fazer... Um pedido bem egoísta...
- Qual? – murmurou, sem condições de falar mais alto.
- Me espera...
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Quatro meses depois...
Lucius Malfoy cumpriu dez meses de sua pena imposta após a morte de Voldemort. Estava ciente que ficaria ali durante mais dois meses, quando algo inusitado aconteceu.
Havia sido libertado antes do tempo a pedido de uma pessoa que precisava muito de sua ajuda. Primeiramente pensou que fosse seu filho, ou McGonagall em relação à Hogwarts, mas ao entrar pela porta do suposto lugar onde encontraria essa pessoa, ficou surpreso.
Caminhou ao lado de um auror, pelos corredores impecavelmente brancos do St. Mungus, até um quarto isolado, onde não havia muitos pacientes.
Do lado de dentro encontrou Potter que o aguardava, sentado em sua cama hospitalar e remexendo o lençol, apresentando nervosismo.
A única reação que Lucius teve foi parar abruptamente na porta.
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Tempo atual...
Draco permaneceu um bom tempo na varanda de sua casa, apreciando a paisagem e respirando o perfume das flores.
Relembrar o passado ainda lhe apertava o peito, mas decidira-se a esquecer e ir em frente.
Ouviu o som de passos e sorriu, sabendo exatamente quem era. Segundos depois, Lucius saiu para a varanda, com a neta nos braços.
- Bom dia pai... – Draco lhe sorriu.
- Olá querido...
- Veio cedo hoje... Não agüentou a neta ou terá que sair? – domingo era dia de Meggy brincar na casa de Lucius e só voltava ao anoitecer.
- Como se Margareth atrapalhasse – bufou ofendido. – Vim aqui para ver se precisava de minha ajuda.
Draco ergueu uma sobrancelha, totalmente perdido. Percebendo isso, foi a vez de Lucius arquear uma sobrancelha.
- Estou perdendo algo?
- Draco, você não recebeu o convite? – perguntou com surpresa.
- Oh... Não vi o correio hoje...
- Mas mandaram o convite na sexta-feira.
- Não vejo o correio desde segunda... – confessou um pouco sem graça.
- Deveras!- resmungou o patriarca. – Anda, levante esse traseiro branco daí e vamos urgente para o Beco Diagonal.
- Como se meu traseiro não fosse igual o seu... – retrucou, recebendo uma encarada nada satisfeita do pai. – Desculpe! Mas afinal, pra quê?
- Para ir à festa de um ano da derrota de Voldemort, em Hogwarts.
Draco emudeceu. Seu rosto ficou ligeiramente pálido, mas disfarçou sua perturbação. Falar em Hogwarts era sinônimo em falar de Potter.
- Não sei se vou... – sussurrou, voltando os olhos para as montanhas ao longe.
- Todos estarão lá e querem que você também esteja... – Lucius insistiu.
- Desde quando se preocupa com o que os outros querem? – olhou desconfiado ao pai.
- Desde nunca. Apenas vá porque EU estou MANDANDO que vá!
Ali estava o antigo e não-discuta-comigo Lucius Malfoy. Draco olhou de esguelha ao bastão que o pai sempre levava consigo e que sempre lhe cutucava quando se excedia. Sim, era o mesmo de sempre, só mudava pelo fato de estar carregado uma garotinha fofinha de cabelos alourados, olhos extremamente verdes e de calcinha cor-de-rosa cheio de babados sobre a fralda. Meggy sorriu para Draco, babando na gola da capa de Lucius.
Não agüentou e mordeu o lábio, tentando evitar rir da cena.
- DRACO!
- Certo! Eu irei. Satisfeito?
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A primeira coisa que aconteceu, quando chegou a Hogwarts, foi ser assediado por todos. Professores, ex-professores, ex-alunos, ex-colegas e alunos queriam ver o milagre que se chamava Margareth e era filha do famoso Harry Potter.
Isso lhe causou muito constrangimento e raiva, pois estavam perturbando sua filha. E como todo Malfoy que cuida a unhas e dentes de sua cria, deu um basta, lançando olhares de gelo e palavras bem arrogantes, para que se afastassem.
Meggy não parecia incomodada, tratando a todos com indiferença e mais intertida com sua boneca "Barbie" que ganhara da madrinha Hermione. Mas isso também durou pouco, pois logo ela se esqueceu da boneca e se interessou nas luzes coloridas que flutuavam pelo teto de vidro do Salão Principal.
Quando as pessoas se dignaram a se afastar, apenas se contentando em olhar e comentar sobre Malfoy e a pequena filha, Rony e Hermione se aproximaram para ver a sobrinha.
Eles carregaram, beijaram e mimaram a menina até Lucius chegar e praticamente arrancar a neta deles.
- Vou levar Margareth para ver o Sev – ele avisou a Draco ignorando completamente os outros.
- Seu pai está bem simpático hoje – Rony resmungou entre-dentes, levando um cutucão de Mione.
Draco sorriu, não sabia onde estava com a cabeça para aceitar que Weasley e Granger fossem os padrinhos de Meggy... Talvez estivesse com a cabeça em Potter...
A noite seria divertida e inesquecível, se não fosse pela falta do personagem principal de todo aquele feito... Alguns pareciam lembrar sobre esse detalhe fundamental, outros ignoravam totalmente e apenas curtiam mais uma farra... Mas para Draco, a noite estava sendo bem nostálgica e vazia...
E o que se seguiu foi irreal.
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(N/A: se vc tem a música "When I look into your eyes" prepare o aparelho, aumente o volume e dê asas a imaginação! Será bem mais interessante ouvindo ela!).
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O som da música cessou... Cabeças surpresas indicavam a direção... As vozes se calaram...
A passos incertos, ele caminhou até o palco provisório, onde uma banda bruxa tocava...
Vacilante subiu os degraus e se postou sob a fraca luz...
Todos explodiram em gritos de alegria e os aplausos inundaram o salão...
Harry Potter estava ali, frente a todos e perfeitamente bem.
Ele olhou receoso para a abertura lateral do palco, onde Lucius mantinha-se encostado com Margareth nos braços, a cortina a encobrir sua presença.
- Vai ficar tudo bem... – o patriarca Malfoy sussurrou, enquanto Meggy sorria-lhe e apontava um dedinho ao pai moreno.
Aquilo bastou para adquirir coragem em enfrentar o público que aguardava, e dentre a multidão, o belo par de olhos prateados.
Respirando fundo, Potter ergueu a cabeça, conjurou um microfone suspenso num pedestal e caixas acústicas trouxa, dispensando o feitiço sonorus e disse firme:
- Não estou aqui para dizer o que aconteceu comigo... Nem para um discurso sobre a vitória na guerra... Nem me desculpar por causar tantas preocupações... Todos sabem que não sou bom em discursar e muito menos me apresentar em público – nessa hora, Seamus Finnigan concordou em voz alta, levando a todos, incluindo a Harry, rir pelo comentário. – Bem... Vejo que concordam comigo... – mais risadas.
Draco também sorriu, notando que os olhos verdes lhe fitavam agora... Verdes esmeralda brilhando de vida...
Harry prosseguiu, agora como se falasse somente ao loiro. – E a principal pessoa que se horrorizava com a minha medíocre capacidade de interagir entre as pessoas, é a que mais pode afirmar isso...
- Você foi pateticamente ridículo no Baile de Inverno – Draco confirmou, mordendo o lábio inferior, sem acreditar que isso acontecia.
Novas risadas se seguiram.
Harry sorriu ainda mais. – Mesmo assim... Eu queria... Te oferecer algo que nunca tive oportunidade de fazer... E queria que você, Draco... Aceitasse e me perdoasse...
Nesse instante, a música começou a tocar...
E para Draco... O mundo parou...
Harry respirou fundo, passou a língua pelos lábios e então começou a cantar...
I SEE FOREVER / EU VEJO A ETERNIDADE
WHEN I LOOK IN YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO SEU OLHAR
YOUR ALL I EVER WANTED / VOCÊ É TUDO QUE EU CONSTANTEMENTE PROCURAVA
I AWAYS WANT YOU TO BE MINE / EU SEMPRE TE QUERO PARA SER MEU
LET'S MAKE A PROMISE / VAMOS FAZER UMA PROMESSA
TILL THE END OF TIME / ATÉ OS FINS DE NOSSOS DIAS
WE'LL AWAYS BE TOGETHER/ NÓS ESTAREMOS SEMPRE JUNTOS
AND OUR LOVE WILL NEVER DIE / E NOSSO AMOR NUNCA IRÁ MORRER
Seus olhos mantendo-se preso aos prateados. Fios negros de uma franja despontada a manchar-lhe a face.
A iluminação mudou de amarelo para um vermelho intenso, retratando paixão e dando ênfase à boca fina e delineada, que movia conforme a letra lhe escapava carregada de emoção.
SO WERE WE ARE / ENTÃO AQUI ESTAMOS
FACE TO FACE AND HEART TO HEART / FRENTE A FRENTE E CORAÇÃO PARA CORAÇÃO
I WANT YOU TO KNOW / EU QUERO QUE VOCÊ SAIBA
WE WILL NEVER BE APART / QUE NÓS NUNCA NOS SEPARAREMOS
NOW I BELIEVE / AGORA EU ACREDITO
THAT WISHES CAN COME TRUE / QUE NOSSOS DESEJOS PODEM SE TORNAR REALIDADE
'CAUSE I SEE MY WHOLE WORLD / PORQUE EU VEJO MEU MUNDO INTEIRO
I SEE ONLY YOU / EU VEJO SOMENTE VOCÊ
Dedos passaram pelos macios fios platinados enquanto o moreno mantinha presa sua mirada... E seus lábios se delinearam num sorriso, fascinado pela inusitada declaração.
Seu coração estava a mil e sua respiração inserta como se fosse parar a qualquer momento, e se perguntava se o coração de Harry estava tão louco quanto o seu...
WHEN I LOOK INTO YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO O TEU OLHAR
I CAN SEE HOW MUCH I LOVE YOU / EU POSSO VER O QUANTO EU TE AMO
AND IT MAKES ME REALIZE / E ISSO ME FAZ PERCEBER
WHEN A LOOK INTO YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO O TEU OLHAR
I SEE ALL MY DREAMS COME TRUE / EU VEJO TODOS OS MEUS SONHOS TORNANDO-SE REALIDADE
WHEN I LOOK INTO YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO O TEU OLHAR
Não importava quantas pessoas presenciavam esse momento... Para Draco, esse era o SEU momento e era único...
Era inesquecível...
I'VE LOOKED FOR YOU / EU TE PROCUREI
ALL OF MY LIFE / POR TODA MINHA VIDA
NOW THAT I'VE FOUND YOU / AGORA QUE TE ENCONTREI
WE WILL NEVER SAY GOODBYE / NUNCA IREMOS DIZER ADEUS
I CAN'T STOP THIS FEELING / NÃO POSSO CONTER ESSE SENTIMENTO
THERES NOTHING I CAN DO / NÃO HÁ NADA QUE EU POSSA FAZER
'CAUSE I SEE EVERYTHING / PORQUE EU VEJO TUDO
WHEN I LOOK AT YOU / QUANDO EU OLHO PRA VOCÊ
Harry deslizava os dedos pelo pedestal...
Semicerrou as pálpebras de modo lânguido e sexy, conforme pronunciava a última frase... Esmeralda irradiando paixão aos prateados submissos e fascinados.
WHEN I LOOK INTO YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO O TEU OLHAR
I CAN SEE HOW MUCH I LOVE YOU / EU POSSO VER O QUANTO EU TE AMO
AND IT MAKES ME REALIZE / E ISSO ME FAZ PERCEBER
WHEN I LOOK INTO YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO O TEU OLHAR
I SEE ALL MY DREAMS COME TRUE / EU VEJO TODOS OS MEUS SONHOS TORNANDO-SE REALIDADE
WHEN I LOOK INTO YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO O TEU OLHAR
Aproveitando o intervalo da música, onde o ritmo tomou conta do salão, tendo a guitarra como melodia, Harry afastou alguns passos do microfone retirando os óculos e o jogando para qualquer lugar.
Seu corpo fervia...
Virou de costas deslizando a jaqueta pelos ombros e se livrou dela jogando longe.
Um corpo bem torneado de músculos proporcionais sob uma justa regata preta e calça de couro tomou forma debaixo de uma luz agora azulada, como se uma aura adornava ao seu redor.
Então ele se voltou à platéia, de volta ao microfone, pernas afastadas, ambas as mãos agarrando aos cabelos e de olhos fechados sua voz fluiu...
OOOHH ..
E Draco sentiu o arrepio rasgar seu corpo, o coração retumbar mais agressivo ao peito enquanto perdia o fôlego...
Nunca Harry estivera tão sexy...
Nunca essa voz foi tão maravilhosa como se imprimisse sensações em suas veias, fazendo o sangue correr mais rápido...
As pálpebras se abriram, desvendando o brilho esverdeado e intenso diretamente a si.
WHEN I LOOK INTO YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO O TEU OLHAR
Harry levou uma mão em punho ao coração, a outra ainda no cabelo...
I CAN SEE HOW MUCH I LOVE YOU / EU POSSO VER O QUANTO EU TE AMO
Sua voz cada vez mais alta, mais desesperada...
AND IT MAKE ME REALIZE / E ISSO ME FAZ PERCEBER
WHEN I LOOK INTO YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO O TEU OLHAR
Seus dedos deslizando lentamente do cabelo até o pescoço...
WE WILL AWAYS BE TOGETHER / NÓS ESTAREMOS SEMPRE JUNTOS
AND OUR LOVE WILL NEVER DIE / E NOSSO AMOR NUNCA IRÁ MORRER
Olhos verdes brilhando de emoção... De amor e desejo...
WHEN I LOOK INTO YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO O TEU OLHAR
I SEE ALL MY DREAMS COME TRUE / EU VEJO TODOS OS MEUS SONHOS TORNANDO-SE REALIDADE
Draco apoiou o corpo trêmulo contra uma mesa, a respiração escapando apressada pelos lábios entreabertos...
WHEN I LOOK INTO YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO O TEU OLHAR
O mundo não existia... O tempo não existia... Pois sempre que aqueles olhos prateados estivessem brilhando para os seus... Não havia sofrimento... Não havia tristeza...
Só existia amor...
WHEN I LOOK INTO YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO O TEU OLHAR
Naquele momento, quem ousasse a dizer que não havia como se apaixonar duas vezes pela mesma pessoa seria um inconseqüente e não sabia o que estava dizendo, porque para Draco, havia se apaixonado novamente pela mesma pessoa...
E para Harry, nunca reconquistar tivera um significado e um sentindo universal em sua vida... Quanto ao amor? Nunca havia deixado de amar. Apenas sua consciência estivera comprometida, mas cada pulsar do seu coração, não...
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Lucius sorriu orgulhoso. Beijou a bochecha de Meggy e seguiu até o jardim, onde Severus o esperava, sentado num banco.
- Isso supera seus fantasmas do passado? – o carrancudo professor perguntou com divertimento.
- Perfeitamente... – sorriu um pouco mais. – Acho que Margareth ficará conosco até eles se acertarem melhor...
- Lucius... – Snape lançou um olhar divertido ao loiro. – Não me diga que... Foi você?
O patriarca ergueu o queixo com arrogância. – Nada é impossível a um Malfoy... Nem mesmo ensinar canto a um desafinado e sem talento como Harry Potter.
Severus riu abertamente. – Então era esse o motivo dele pedir sua ajuda? Não acredito!
Os olhos de Lucius se suavizaram. – Em parte... Ele quis me pedir perdão por fazer meu filho sofrer tanto...
- Típico grifinório... – Snape bufou bem humorado.
- E... Meu divórcio já saiu... Vou morar no chalé de verão, perto das montanhas... Será um ótimo lugar caso Draco queira passar o verão com a família... E é um bom lugar para escrever um livro...
Severus o olhou surpreso. Havia dito a Malfoy que estava pensando em escrever seu próprio livro de poções, baseado em suas descobertas, incluindo sobre a poção do amor.
- Está me convidando?
- Eu não convido... Eu ordeno, mando... Exijo... – Lucius deu seu melhor sorriso sacana.
- E eu obedeço... – reclamou.
Sem mais palavras, o loiro se inclinou e selou seus lábios aos de Severus, vendo o olhar negro tremer de emoção.
- Exatamente...
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Harry se aproximou de Draco, mantendo seus olhares, e Malfoy tinha sempre um olhar tão frio, para quem o repara superficialmente ou a quem se é mirado com indiferença, mas para aquele que consegue uma atenção especial a essas esferas prateadas, se pode ver o turbilhão de emoções que por ele se passa... Emoções do íntimo...
Sorriu como um tolo, mas não se importou com isso...
Há muito deixaram as pessoas para trás, curtindo a festa, enquanto caminharam até o corredor das masmorras, e viu como o ex-sonserino se recostava à parede, sem afastar-lhe a mirada.
- Acho que sei porque estamos aqui... – disse o loiro, ao mesmo tempo em que empurrava a porta daquela sala abandonada.
Harry estendeu a vista, finalmente desviando do rosto aristocrático de Malfoy, até o interior escuro do lugar. Sorriu, ao lembrar-se como encontrara aquele lugar e quem o acompanhava naquela hora.
Draco foi o primeiro a entrar, olhando a sala quase vazia. Ainda se mantinha do mesmo jeito que outrora. Harry o acompanhou de perto, mas não via nada além do rapaz à sua frente.
Tanto tempo sem senti-lo... Sem respirar esse cheiro que se desprendia suavemente da pele pálida e estava louco por saborear seus lábios...
- O tempo passa tão depressa... Parece que foi ontem que tudo começou... – ouviu Malfoy balbuciar vagamente, enquanto apreciava a velha e esfarrapada poltrona.
- A última imagem que eu tenho... – começou, um pouco receoso por suas próprias palavras. Draco girou o corpo e o olhou nos olhos, prestando atenção ao que dizia. – A última imagem que eu tenho, é a de um loiro extremamente lindo, mas tragicamente marcado pela tristeza... E gerando um ser perfeito, como se fosse parte de si... Como se fossem um único pulsar de vida...
Nesse momento, a sombra da amargura encobriu os olhos verdes. Draco franziu o cenho com pesar e se aproximou de Harry, tocando suavemente sua face, num carinho terno e compreensivo. Não disse uma palavra, apenas esperou que o moreno desabafasse.
- Por minha culpa... – sussurrou, enquanto fechava os olhos e sentia a carícia que lhe era feita com tanta doçura.
Fazia tempo que esperava por esse toque... Por um único – e que mesmo lhe fosse curto – toque dos dedos delgados e levemente frios de Draco.
- Sabe que a culpa não foi sua... Não se culpe por isso, Harry... Vê? Estou bem... Estamos bem...
- Meggy é linda... – voltou a abrir os olhos e finalmente um sorriso adornou os lábios de Potter, um sorriso ao qual Draco se recordava tão bem. Cheio de vida e de alegria. – Foi amor a primeira vista! Aquele cabelo tão Malfoy, aquelas bochechinhas rosadas e os minúsculos dedinhos... Não acreditava que era parte minha... Quando Lucius a trouxe-
- Lucius? – Malfoy o cortou com surpresa.
- Sim... – Harry sorriu ainda mais, pelo visto, o patriarca cumprira seu pedido e não disse nada a Draco, sobre a ajuda que lhe pedira enquanto estava internado no St. Mungus. Queria fazer essa surpresa a Draco, e se declarar como se fosse o início de uma relação... Um início que nunca realmente tiveram. Desejava enlaça-lo com algo inesperado, cheio de amor e intenso... Algo que demonstrasse o quanto o amava e para que nunca houvesse dúvidas quanto a veracidade dos seus sentimentos.
- Não acredito... Meu próprio pai! – indignou-se, agora sabia o motivo do pai querer ficar a sós, curtindo a neta em todos os domingos.
- Não o culpe, fui eu quem pediu segredo, pois queria fazer-lhe uma surpresa... – acompanhou suas palavras com um singelo e tímido toque a camisa de Draco, onde o pescoço estava à mostra, convidativo. – Ele me ajudou muito... A me recuperar e a... Ter mais auto-estima... – desconversou, envergonhado.
- Meu pai freqüentou a extinta aula de Canto e Música de Hogwarts... Deveria saber que Harry Patético Potter nunca teria esse dom... – disse com ar sarcástico.
- Nah! Mas eu não cantei tão mal assim! – fez bico.
Draco parou de rir, vendo os inconfundíveis gestos e reações graciosas do ex-grifinório e que eram suas marcas registradas de simplicidade e carisma. Então percebeu que sentia muito mais falta de tudo isso, do que imaginava sentir.
Harry parou de fazer manha ao notar que Draco se calara e o olhava tão compenetrado, tão perdido em si mesmo, que se preocupou.
- Pode me perdoar Draco? – Harry voltou a sussurrar, segurando a mão do loiro, que ainda estava em seu rosto e a trazendo para os lábios, depositando um suave beijo.
Malfoy piscou confuso, sentindo um arrepio desde a pele onde o beijo de Harry foi depositado, até a raiz dos cabelos. Então um sorriso enigmático se formou em seus lábios.
Sem duvidar, encurtou a distancia que os separava e mergulhou no sabor da boca do moreno. Um beijo cheio de ânsia e saudade... Um beijo carregado de palavras acumuladas e que há muito deveriam ser ditas, mas que mal tiveram a chance de pronunciarem.
Esse singelo tocar de lábios logo se transformou num beijo mais cálido, mais intenso. Harry contornou com a língua a carne macia que sugava e saboreava, exigindo um contato mais profundo. Draco o atendeu abrindo a boca e permitindo a invasão. Suas línguas se tocaram, se contornaram e brincaram, satisfeitas em se sentirem novamente, e um suspiro de prazer se misturou dentre o beijo.
Era tanto amor acumulado, tanto carinho a ser dispensado... Tantas palavras impossíveis de se dizerem...
Então decidiram não pronunciarem uma única palavra, e não mediram esforços em transbordarem de afeto, toques, beijos, abraços, respirações ofegantes e gemidos incoerentes...
Draco apertou o corpo de Harry em seus braços, enquanto este lhe atacava o pescoço. Mal havia notado que estava prensado contra a parede, contra a mesma parede... Roçou os lábios na orelha de Harry, gemendo baixinho e levou a mão a afagar-lhe o cabelo revolto. Seus dedos serraram aos fios negros e gemeu mais alto, quando Harry cheirou seu pescoço com gosto, aspirando sua essência como querendo gravar no fundo da memória.
- Senti saudades... Senti tanto sua falta...
- Eu também Harry... Eu também... – o confortou com suavidade, puxando o rosto afogueado do moreno e o mirando nos olhos. – Acho que tenho um pouco de grifinório... – sorriu, para confusão do outro.
- Como assim?
- Cumpri com seu desejo egoísta de sonserino e te esperei...
Harry abriu um largo sorriso, mas que durou pouco, pois Draco fez questão de borrar esse maravilhoso curvar de lábios recém sugados, o sugando e mordiscando novamente, num lento e interminável beijo.
SO WERE WE ARE / ENTÃO AQUI ESTAMOS
FACE TO FACE AND HEART TO HEART / FRENTE A FRENTE E CORAÇÃO PARA CORAÇÃO
I WANT YOU TO KNOW / EU QUERO QUE VOCÊ SAIBA
WE WILL NEVER BE APART / QUE NÓS NUNCA NOS SEPARAREMOS
"As pessoas dizem que nossa vida é feita por etapas e que em cada etapa, é como cada capítulo de um livro. Algumas vezes, os acontecimentos perduram por vários capítulos, outras, se encerram num único.
Meu primeiro capítulo foi minha infância, e esta se seguiu até o próximo capítulo, quando entrei em Hogwarts... Mas quando pude conhecer a Harry, eu soube que a etapa de minha vida de estrela, que é o centro das atenções, como se eu vivesse sobre um palco e fosse o personagem principal, se acabaria ali.
O segundo capítulo se deu entre novos sentimentos e novos personagens... Rivalidade, ciúme, raiva, rancor e... Admiração... Deixei o pedestal e passei a ocupar as cadeiras das platéias para ver Harry Potter atuar no palco...
Creio que ele nunca soube que eu gostava e apreciava sua atuação... Nunca lhe disse e talvez não venho a dizer-lhe... Orgulho sempre foi o meu forte e a classificação do sobrenome Malfoy...
Então me apaixonei pelo astro principal...
Ali estava o fim do segundo capítulo e o início do terceiro...
Amor e ódio se mesclando em cada gesto meu... A cada vez que cruzávamos pelos corredores de Hogwarts ou em sala de aula...
A cada noite eu deixava de detesta-lo para admirá-lo...
E a cada novo amanhecer eu voltava a odiá-lo...
Sempre o mesmo jogo duplo... Sempre o mesmo roteiro infalível...
E assim se seguiu por mais dois anos, até que o fim do terceiro capítulo se fez, quando nossos olhos se encontraram mais uma vez, porém de um modo especial... Sem a venda cinzenta que costumamos nos enxergar...
Naquela mesma sala vazia, naquela noite inesquecível, seus olhos brilharam como legítimas esmeraldas e eu pude compreender que pela primeira vez, você via a verdadeira cor dos meus olhos... E o que trago dentro deles...
Estamos aqui novamente, de olhos nos olhos, coração contra coração, batendo no mesmo compasso, sentindo a mesma emoção...
E aprofundando nesse mar de verde, não existe dúvida nem arrependimento, só existe a certeza e a satisfação... Creio que os meus dizem o mesmo...
Assim o véu cinzento caiu para sempre... E junto dele tudo de errado e doloroso que passamos...
Então eu te pergunto: Será para sempre? E seu sorriso me responde: Eternamente...
NOW I BELIEVE / AGORA EU ACREDITO
THAT WISHES CAN COME TRUE / QUE NOSSOS DESEJOS PODEM SE TORNAR REALIDADE
'CAUSE I SEE MY WHOLE WORLD / PORQUE EU VEJO MEU MUNDO INTEIRO
I SEE ONLY YOU / EU VEJO SOMENTE VOCÊ
E tudo que eu não acreditava, passei a acreditar... Tudo que eu julguei nunca fazer na vida, eu fiz e continuarei fazendo...
Como me entregar... Acreditar e deixar me levar por um sentimento, uma intuição ou um simples olhar...
Pois nem tudo se pode ser palpável... Nem tudo há tempo para que seja comprovado...
Não deixei de ser um sonserino, ainda tenho minhas dúvidas, minhas incertezas e minhas contradições, ainda mantenho minha crença de que nem tudo o que aparenta é verdade, e também não confio em tudo que vejo ou ouço...
Mas sei que quando for preciso... Saberei ser um pouco imprudente de vez em quando, e deixarei que os outros se mostrem, antes de levantar totalmente minhas barreiras...
E tudo isso, talvez eu devo a você... Mas você não precisa necessariamente saber disso...
E lá no fundo me sinto renovado... Minha crença e meus sonhos voltando pouco a pouco...
Agora ainda mais completa... Quando eu olho pra você..."
I SEE FOREVER / EU VEJO A ETERNIDADE
WHEN I LOOK IN YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO SEU OLHAR
Draco retirou a venda de Harry que ao abrir os olhos se deparou ao azul prateado que tanto amava. Sorriu, meio entorpecido por esses olhos feiticeiros. Então, Draco sorriu-lhe de volta e saiu de sua frente, mostrando-lhe a mais bela moradia que já tinha visto em toda sua vida.
Ficou boquiaberto com tamanha magnificência do terreno, da paisagem e da arquitetura renascentista.
Era como haviam desejado, sem pôr nem tirar uma única peça, uma única folha seca caída sobre a grama verde.
E só teve mais certeza disso, quando foi apresentado ao jardim interno...
Draco não havia se esquecido de um único detalhe que havia sonhado com ele, um ano atrás, e tudo era ainda mais perfeito, pois havia o toque especial de Draco...
O sentia em cada canto daquela mansão, até mesmo nos botões de rosas que nem se desabrocharam.
Voltou a olhar aos olhos prateados, que o observavam atentamente e cheios de alegria mal contida e sorriu o mais amplamente que pôde, demonstrando o quanto havia adorado o lugar.
- Bem vindo de volta Harry... – o loiro sussurrou.
E realmente se sentia em casa... Sua verdadeira e definitiva casa...
YOUR ALL I EVER WANTED / VOCÊ É TUDO QUE EU CONSTANTEMENTE PROCURAVA
I AWAYS WANT YOU TO BE MINE / EU SEMPRE TE QUERO PARA SER MEU
O porta-retrato finalmente foi erguido e recolocado em seu devido lugar... Harry e Draco felizes em seus uniformes de escola, sorrindo e se beijando com paixão...
Com um sorriso Draco passou o dedo sobre a imagem de Harry, vendo o quanto ele era apetitoso.
Seu coração deu um salto mais violento em seu peito, mostrando que sempre o desejou e ele sempre seria seu... Apenas seu e de mais ninguém...
Sempre tivera de tudo, mas mesmo assim, algo lhe faltava... E era essa falta de algo que o incomodava, só não sabia o que fazer para se sentir completo...
Então Harry lhe mostrou que o que lhe faltava, não era material, e sim emocional...
Faltava amor...
Agora voltou a estar completo...
Aquela foto não mais estaria sozinha, e o que sempre quis, desde quando havia tirado aquela foto, era encher a casa de milhares delas.
Onde olhasse queria ver Harry e Meggy… Os dois amores de sua vida...
LET'S MAKE A PROMISE / VAMOS FAZER UMA PROMESSA
TILL THE END OF TIME / ATÉ OS FINS DE NOSSOS DIAS
WE'LL AWAYS BE TOGETHER/ NÓS ESTAREMOS SEMPRE JUNTOS
AND OUR LOVE WILL NEVER DIE / E NOSSO AMOR NUNCA IRÁ MORRER
Muitas coisas foram ditas, depois da festa em Hogwarts, e dentre elas, o que aconteceu com Harry.
A poção finalmente havia uma cura, e essa cura provinha exclusivamente e somente da pessoa que a ingeria, ou seja, da vítima.
Era algo doloroso e cansativo, tendo que lutar dia e noite contra o veneno do falso amor. E inconscientemente Harry fizera isso.
A poção do amor fazia vítimas fáceis, principalmente naqueles que não estavam amando, ou os que mal sabiam de seus próprios sentimentos e tinham dúvidas quanto às próprias emoções. O que não era o caso de Harry.
A poção dominava a razão e a consciência, fazendo com que a vítima acreditasse que amava aquele que seus olhos prontamente pousavam, fazendo com que abrisse seu coração e ficasse receptivo à conquista do manipulador, uma espécie de caminho para acontecer de verdade, fazendo tanto a vítima acreditar que amava ou sentia amor pela outra, que esse sentimento surgia em realidade.
Lutar contra a poção do amor era como lutar contra a imperdoável Impérius...
Não foi à toa que Harry começou a sofrer, a morrer interiormente e a vomitar sangue envenenado até expeli-lo por completo de seu organismo e voltar a ter domínio do que realmente sentia.
Era sobre essa descoberta que Snape escreveria em seu livro e passou a pesquisar outras poções ilegais, no intuito de achar suas respectivas curas.
Quando Draco perguntou como Harry conseguiu achar forças para lutar contra a poção, este não tardou em responder...
- Por você... E pela certeza de que nosso amor nunca irá morrer...
I CAN'T STOP THIS FEELING / NÃO POSSO CONTER ESSE SENTIMENTO
THERES NOTHING I CAN DO / NÃO HÁ NADA QUE EU POSSA FAZER
Harry olhava as estrelas, recostado nos travesseiros do banco de jardim, uma das pernas esticadas no decorrer do assento e a outra mantendo apoiada o pé no chão, enquanto Draco estava aconchegado entre suas pernas, as costas apoiadas em seu corpo e a cabeça descansando em seu peito. Meggy dormia tranqüilamente, deitada de bruços sobre o peito de Malfoy.
Com os dedos o moreno brincava com os fios platinados, hora de seu amado, hora de sua princesinha.
Seus olhos percorriam cada ponto luminoso que enfeitava a noite, mas seus pensamentos voavam ao passado, se lamentando não ter tido a oportunidade e a felicidade de acompanhar a gestação de sua filha. De apoiar e cuidar das necessidades de Draco...
Tinha que admitir que foi um pai e um marido ausente, mesmo que isso soasse um tanto constrangedor e esquisito, já que se tratava de dois homens e naturalmente, homens não podiam gerar filhos.
Voltou a realidade ao sentir Draco estender o braço e pegar uma xícara que estava no chão sobre uma bandeja perto do banco. Ficou o olhando levar o conteúdo aos lábios e absorver metade do chocolate quente, depois passar a língua por eles, recolhendo uma gota fugitiva.
Corou profundamente, com peso na consciência. Tentou ficar calado, mas estava incomodado, afinal, era um grifinório.
- O que te aflige Harry? – ouviu a pergunta de Draco, antes desse virar um pouco a cabeça, para olha-lo nos olhos.
- Por que pergunta? – ficou um tanto surpreso.
- Sua respiração... Senti a mudança da sua respiração – arqueou uma sobrancelha desconfiado, enquanto depositava a xícara de volta na bandeja. – Que aconteceu?
- Eu estava pensando... E... Bem... – gaguejou enquanto corava.
- E? – insistiu.
- Eu me sinto um pouco triste por ter perdido os nove meses que você...
- Oh! – Draco corou.
- E não tem chance disso acontecer uma segunda vez na vida... Não é? – Harry concluiu, ainda muito perturbado.
- Posso te consolar? – o loiro sorriu com carinho, se erguendo com Meggy em seus braços.
- Melhor não... Quero dizer... Está tão bom aqui, assim... – o moreno ficou ainda mais perturbado.
- Não quero te ver assim... – sussurrou-lhe ao ouvido. – Vou colocar Meggy no berço...
'CAUSE I SEE EVERYTHING / PORQUE EU VEJO TUDO
WHEN I LOOK AT YOU / QUANDO EU OLHO PRA VOCÊ
A luz da lua cheia adentrava pela janela e banhava o leito como uma cascata de prata, deixando o ambiente fantasmagórico e ao mesmo tempo fazia com que o corpo pálido sentado sobre si tomasse um matiz puro e suave, brilhante como que molhado pela branda claridade.
Fios platinados refletindo chispas conforme deslizavam para frente assim como o colar prata lampejou pendendo ao pescoço em direção a si, num vergar sensual do corpo esguio, até seus lábios se unirem num beijo quente e úmido.
Harry deslizou os dedos pelas coxas pálidas, sentindo a maciez e os contornos dos músculos. Sorriu, de olhos presos aos olhos prateados, mas logo soltou um suspiro de prazer, quando Draco fez o primeiro e lento movimento.
Se entrelaçaram os dedos de ambas as mãos, olhos ainda fixos um no outro, sorrisos carinhosos e gemidos baixinhos...
E a dança de Draco tomou uma cadencia irresistível e rítmica, ao som da música de seus corpos...
E o perfume inconfundível e irresistível desse anjo louro lhe invadiu os sentidos.
O fez torpe e delirante...
Gemeu mais alto e profundamente, assim como seu companheiro fizera instantes antes...
- Te amo... – ouviu-se a voz rouca e prazerosa de Draco.
Uma única gota de sêmen bastaria, mas lhe inundou o interior aconchegante com seu leite...
O som de suas respirações descompassadas e intensas tomou o silêncio do quarto. Seu anjo louro repousou o corpo exausto e molhado contra o seu, a cabeça em seu peito, tentando voltar à normalidade das batidas de seu coração.
- Também te amo... – Harry sussurrou, enquanto deslizava os dedos gentilmente pelo ventre firme e suado de seu companheiro.
Draco que estava quase a adormecer abriu os olhos e se sentou... Prata fulminante contra esmeralda sonhadora...
Harry, você não... Aquele chocolate quente que você me trouxe não era... – estava começando a se sentir aflito.
Calma... – o moreno lhe sorriu, se perdendo em seus olhos, o olhando como se fosse a primeira vez que se viam, seu dedo contornando o umbigo amante, com travessura.
Draco relaxou e lhe retribuiu o sorriso.
- Pode me perdoar? – perguntou com doçura na voz, soando como um apelo irresistível.
No instante seguinte estava pra fora do quarto, nu... Logo Draco lhe atirou na cabeça um travesseiro para lhe fazer companhia e uma coberta.
Viu a silhueta imponente e perfeita de Malfoy recostada na porta. – Lamento Harry, mas não sou nenhum grifinório e se quiser meu perdão, terá que se humilhar muito, para consegui-lo. – e bateu-lhe a porta.
De volta á cama, Draco desabou sobre o colchão e abraçou o travesseiro, jogando uma perna sobre as cobertas. Novamente tinha a cama toda para si. Fechou os olhos e tentou consiliar o sono, apreciando o vasto espaço, mas ao mesmo tempo sentia o frio, sem o corpo de Harry lhe fazendo calor. Se encolheu e cobriu a barriga num longo suspiro, até que a voz baixinha, do outro lado da porta, chegou a seus ouvidos.
- I see forever... When I look in your eyes… Your all I ever wanted... I aways want you to be mine… Let's make a promise... Till the end of time... We'll aways be together, and our love will never die…
Quando Draco deu por si, tinha um sorriso nos lábios e prestava atenção á musica. Inconformado consigo mesmo, tratou de tampar a cabeça com o travesseiro, evitando assim a voz suave que lhe chegava como uma melodia inesquecível.
Harry encostou-se na porta e como não obteve nenhuma reclamação, mas também nenhum sinal de que podia voltar ao lado do loiro, continuou, um pouco mais alto.
- I want you to know, we will never be apart…
Draco abriu a porta num rompante, fazendo com que se desequilibrasse e quase caísse. Ficou um pouco assustado e envergonhado, mas manteve os olhos aos do ex-sonserino.
- Você pulou uma parte – soou entediado.
- É que não estávamos frente a frente... – pendeu a cabeça para um lado e seus fios negros deslizaram um pouco, depois mordeu o lábio inferior, fazendo charme ao loiro. – Mas se desejar, eu canto tudo desde o começo... No seu ouvido e bem baixinho, enquanto você dorme...
Draco estreitou perigosamente os olhos. Agarrou Harry pela nuca e o puxou para dentro do quarto, de encontro a si e a um beijo sufocante que lhe fez perder a noção do tempo.
- Te odeio, sabia? Testa rachada – resmungou ao se separarem.
Harry apenas sorriu, enlaçando a cintura de Draco e o conduzindo de volta a cama, para nina-lo, cantando baixinho ao pé d'ouvido e lhe afagando os cabelos.
Era por isso que amava esse arrogante loiro...
oOo
"Não importa quantas dores eu tive que suportar, ou quantas decepções enfrentei...
Não importa o quanto as pessoas me feriram, ou o quanto eu me arrependi de muitos dos meus atos...
Um dia a gente aprende...
Então daremos valor ao que não damos por negligência...
Saberemos aproveitar cada instante e deixar gravado cada momento, pois muitos podem não voltar nunca mais...
Agora eu olho aos meus dois amores, brincando dentre as flores do jardim... Harry dançando e rodando com Meggy nos braços, ambos sorrindo sob os raios do sol... E acaricio meu ventre, sentindo pulsar...
Um dia maravilhoso e iluminado, que tempos atrás eu mal sabia poder ressurgir em minha vida...
Não sei do futuro... Mas sei que estarei mais consciente em enfrenta-lo do que há um ano atrás eu estaria...
E basta aquele olhar esverdeado pousar sobre mim... Cheio de vida... Eu saberei que mesmo na tormenta mais violenta, eu não estarei só...
Pois quando encontro o seu olhar... Eu posso ver o quanto eu te amo... Eu vejo todos os meus sonhos tornando-se realidade... Porque eu vejo tudo... Quando eu olho pra você...".
WHEN I LOOK INTO YOUR EYES / QUANDO ENCONTRO O TEU OLHAR
oOo
N/A: mel e açúcar eu sei, e sinto se vc não gosta de fics assim, mas era dessa forma que eu queria escrever essa fic.
Música "When I Look Into Your Eyes" de uma das minhas bandas favoritas FireHouse, e se vc não conhece, eu tentei colocar num site que vc poderá ouvi-la, mas demora uma eternidade pra carregar (já vou avisando), então, se vc quer mesmo ouvir, terá que ter uma paciência enorme até carregar a página.
http (doispontos) (barra barra) br (ponto) geocities (ponto) com (barra) music(traço)harryfics (barra)
Obrigada a todos que acompanharam, a todos que comentaram desde o prólogo e a todos que leram e não quiseram comentar.
Agradecimentos a: Nicolle Snape (adoro seus reviews! Me fazem rir muito! Espero q tenha gostado do final!), milinha-potter (sempre acompanhando minhas fics e nessa, acho que comentou em todos os chaps! Adoro muito seus comentário, linda!), Lilly W Malfoy (outra q vem me dando muito apoio! Demorei em postar, mas não teve jeito! Sorry!), Fabi (minha outra fonte de inspiração! Sempre junto comigo em cada chap!), Dark Princess (Sorry! Não foi como vc queria, mas quem sabe eu faça uma fic drama q o Harry sofre horrores e o Draco fique c/ alguma garota linda! Bjus pelo review!), Pandora III (acho q é a primeira vez q comenta nessa fic, fico super feliz q tenha dedicado um tempinho pra ela!), flor da aurora (minha outra fonte de inspiração, vc é muito gentil lindinha! Obrigada por acompanhar mais essa fic!), Gabi Potter-Malfoy (uma das primeiras a me apoiar nas fics! Obrigada pelo comentário!), Hermione Seixas (ainda vou ler o novo chap de Minha Vida! Não tive tempo, mas lerei e comentarei sem falta! Bjinhos linda!) e Daphne Pessanha (primeira vez q recebo um review seu e agradeço muito q tenha dedicado um tempinho para comentar! Isso me deixa muito feliz! Obrigada pelas palavras!). A todos, um super beijo, muito obrigada em acompanhar cada capítulo, mesmo eu demorando uma eternidade em postar, e aos comentários inspiradores que me fazem ter mais vontade de continuar escrevendo!
E obrigada àqueles anônimos que chegaram até aqui...
Um grande beijo!
