Capítulo 4
P.S. O que estiver entre aspas e em itálico é lembrança
23 de agosto de 1196 D.c
Normal POV.
Um vento gélido cortava nas frias e duras paredes de pedra daquela escola, oito meses já se passaram desde o inicio da missão. Muitas informações já foram conseguidas desde o inicio. Os doutores J e W estavam muito orgulhosos com o desempenho dos garotos.
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Sakury POV.
O ambiente já estava todo enevoado, graças ao vapor que saia do Box. Eu aqui tomo um banho calmamente.
Hunf... Odeio neve, me faz lembrar do Yui. Penso comigo mesma, ao mesmo tempo em que encosto a testa no azulejo gelado e deixo a água escorrer por minhas costas. Eu ainda me lembro dos dias frios de inverno, depois de cada missão nessa época tomávamos um bom banho quente juntos. Como eu sinto falta da suas carícias, dos seus beijos, dos seus toques... Que pena que nada dura para sempre.
Percebi que sinto uma leve atração pelo Duo, não posso dizer que estou apaixonada. Aquele sorriso, aqueles olhos... Seu corpo... Não acredito que estou pensando nisso! Eu desejar o Duo? Ter aquele corpinho só para mim? Aff, sou louca mesmo, se eu não tivesse sentido os prazeres do amor tão cedo, talvez estaria pensando menos no Duo.
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Normal POV.
Enquanto Sakury tomava um banho, um Duo estava afrente a porta do banheiro, com um grampo de cabelo tentando destrancar a porta. Um estalo confirmou que ele conseguira, finalmente ele conseguiria ver a Sakury no banho. Ele abriu a porta devagar, com receio dela perceber e quando se podia ver algo, ele só a via de lado enxaguando os longos cabelos, depois disso ela se virou, mostrando suas perfeitas e bem desenhadas costas. Ele não conseguiu ver de início, mas percebeu uma grande e feia cicatriz nas costas dela. Ele se perguntava como ela fizera aquilo. Depois de um tempo de pensamento, Sakury se virou, mostrando toda parte da frente, isso fez que ele ficasse vermelho, o corpo dela por inteiro não era de uma garota de 18 anos, e sim de uma mulher. Ele era bem formado e sensual. Duo passou o tempo todo observando a Sakury tomar banho, ele desejava estar lá com ela, mas não poderia. Quando ela terminou o banho, ele fechou rapidamente a porta e a trancou novamente. Já que era tarde da noite, decidiu ir para a cama e pelo menos fingir que estava dormindo para que ela não desconfiasse.
Cinco minutos depois, Sakury saiu do banheiro já vestida e com seu pijama. Ela olhou atentamente o Duo que parecia dormir, depois soltou um longo suspiro, ela olhou para os lados e viu um tênis jogado ao lado de sua cama e sorriu maliciosamente.
- Ohhh, como o Duo fica lindo dormindo... Tem uma cara de anjo. - ela falou em um tom, para que Duo ouvisse, ao mesmo tempo em que pegava um tênis e mirava bem na cabeça dele. - Que bom que ele nunca tenta me ver no banho, acho que vou dar um beijo nele, como recompensa...
Duo ouviu atentamente o que Sakury falara, e já se preparara para um beijo, umedecendo um pouco os lábios.
Mas nada aconteceu, ao invés de um beijo, ele levou um tênis na cabeça, não foi forte o suficiente para machucar muito, mas foi o suficiente para lhe causar uma dor na cabeça.
- TARADO! - disse Sakury logo após jogar o tênis.
- Qual é mulher! Está louca? - Sakury estava gargalhando muito, quase ficando sem fôlego e Duo estava pasmo, como ela o percebera? Mesmo ele no modo silencioso foi percebido, nem Heero conseguia tal façanha.
- Você achou que eu não ia perceber? Duo, Duo, Duo, você tem muito com o que aprender! - Sakury havia recuperado o fôlego
- Mas precisava me jogar esse tênis? - Duo fez uma carinha de triste, de derreter corações, e teve esse efeito em Sakury.
- Desculpe, é só não me espiar mais que eu não faço mais isso... - Sakury já estava calma
- Hummmm - Duo estava encostado em um canto da cama, fazendo beicinho e desenhando figuras imaginárias no colchão. - Eu só queria ver como você é bonita...
- Duo... - Sakury não pode deixar de se comover com essa cena, Duo a tirava a paciência às vezes mas ele fazia beicinho e ela fazia tudo que ele pedia. - Para com isso, por favor...
- Me da um abraço? - Duo a olhava com uns olhinhos brilhantes, isso a fez corar. - Se você não me der eu conto para a diretora sobre a Tomoe...
- Saco...- Sakury sabia que quando Duo fazia isso, realmente o cumpria. Ela sentou-se ao seu lado, depositou a cabeça dele em seu peito e entrelaçou os braços no corpo dele, ao mesmo tempo em que apoiava o queixo no topo da cabeça dele. Enquanto ele tinha um sorriso satisfatório no rosto, já que não a podia ter, poderia obriga-la a lhe dar carinho e atenção. Até que a Sakury estava gostando, sentir o calor dele era tão reconfortante. Era a primeira vez que ela sentia o calor do corpo dele, sua maciez e o cheiro peculiar de chocolate que emanava dele.
- Você cheira a rosas - disse Duo brincando com a ponta da trança de Sakury
- E você a chocolate.
- Hum... Chocolate.
- Você parece um ursinho de pelúcia, é tão quentinho. - Sakury puxou o Duo mais para perto, o fazendo ficar entre suas pernas. Duo estava pasmo com a forma que a Sakury estava, ela parecia, tão carente que não ofereceu nenhuma dificuldade, ele estava realmente gostando desse carinho, ninguém o havia abraçado assim, só a Irmã Helen.
Os dois ficaram assim por bastante tempo até que Sakury sentiu um Duo já adormecido em seu peito. Ela o deitou delicadamente na cama, como se fosse a coisa mais frágil do mundo. Logo depois o cobriu, aquela noite prometia ser fria. Ela lhe deu um beijo de boa noite na testa e foi dormir, sem perceber que ele abriu um discreto sorriso diante dessa ação.
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24 de agosto de 1196 D.c
Normal POV.
Lá estavam, Duo, Heero, Trowa, Quatre e Wufei, reunidos num laboratório secreto, discutindo uma pequena missão que fariam juntos. A missão era consistida em viajar ao passado, e impedir que soldados da DOS do ano que estão, cumpram algumas missões. Eles iriam para o ano de 1185 depois da colonização. No total seriam cinco missões, um piloto para cada uma.
Cada um receberia uma mini máquina do tempo, em forma de relógio, para voltar para a época que residem.
E então estavam todos prontos e o doutor W digitou as coordenadas que levariam os cinco g-boys para tais lugares. Quando ele apertou o botão para a máquina funcionar, um clarão foi visto e os pilotos desapareceram.
- Ops - fala W
- Não gostei desse "ops"! - responde temeroso J
- Errei as coordenadas...
- ERROU AS COORDENADAS! SEU IDIOTA!
- Hehehe... Pelo menos acertei a data...
- AFEE! Espera deixa eu ver... – J da uma olhada na máquina – Arre! Mas tu é burro hein? As coordenadas estão corretas!
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15
de fevereiro de 1185 D.c
Duo andava por uma cidade simples e pacífica, ele estava em alguma cidade da galáxia americana. Ele teria que achar uma base secreta e destruí-la. Enquanto ele andava em uma rua dessa pacata cidade ouve um grito:
- Voltem aqui suas pestes! – Duo vai rapidamente ver o que estava ocorrendo
- Ladrões! Guardas ladrões!
Um roubo estava acontecendo, parecia que um grupo de crianças havia furtado algumas frutas numa banca. Esse grupo consistia em onze jovens crianças, elas não deveriam ter mais de 12. Essas crianças corriam impressionantemente bem.
- Peguei! – fala um guarda ao pegar uma criança desse grupo. Ao pegá-la, algumas crianças pararam de correr.
-Quer ajuda? – pergunta uma
- Continuem sem mim! Eu já encontro vocês! – responde, tentando se livrar do abraço apertado daquele guarda. Ela era baixa, parecia ter uns 10 anos, era difícil de dizer se era um menino ou uma menina. Vestia um short cinza e uma blusa azul metálico. Na sua cabeça um boné negro e suas mãos eram cobertas por luvas mano a mano negras. Ao julgar pela aparência das roupas e do rosto sujo, a criança era de rua.
- EI! – fala o guarda quando a criança num movimento rápido saiu do abraço apertado, pulando por cima do homem e se pondo a correr.
A criança corria rápido e se desviava de obstáculos com grande agilidade, chegou uma hora em que dois homens carregavam um sofá para um carro de mudança, bloqueando a passagem bem na hora em que a criança ia passar. Mas impressionantemente a criança derrapou por baixo do sofá, literalmente. Quando parecia que a criança ia despistar o guarda, apareceu mais um. A criança continuou correndo e se virou num beco sem saída. Duo ficou preocupado com o que ia acontecer com a criança e se aproximou do beco, a tempo de ver a criança pulando numa extremidade de uma tábua e a outra bater bem no lugar certo (vocês me entendem né?). Logo após se ouvir o grito agonizante do guarda, a criança deu salto incrível de uns dois metros, chutou uma estante de tinta que havia no beco a fazendo cair no guarda e pousar graciosamente num fio fino de arame, do outro lado do muro.
- Haha! Ninguém consegue derrotar Shinigami! – disse a criança dando um salto em comemoração, mas isso foi uma má idéia, ao pousar o arame arrebentou, a fazendo cair numa pilha de lixo e no que parece um gato, por causa do miado que foi ouvido.
Duo decidiu seguir a criança, ele não a perdeu de vista por um segundo, ele não sábia o porque de segui-la, mas sentia uma ligação muito forte com ela. Ele a seguiu até uma mansão abandonada, bem velha e caindo aos pedaços. Quando a criança entrou na mansão viu uma placa semidestruída onde estava escrito: "Orfanato Maxwell, construído por Duo Maxwell em 28 de agosto de 200 depois da colonização". Duo ficou chocado com o que leu. Seria ele quem construiu esse lugar? No passado?
Duo decidiu entrar escondido no orfanato, ele entrou sem dificuldades, já que a porta estava destruída. O lugar era escuro e frio, meio destruído e cheio de pó e teias de aranha. Ele andou até o cômodo que mais parecia movimentado e se escondeu. O cômodo era grande, parecia ser o mais limpo e quente do lugar. Nele estavam as crianças que ele viu no roubo e mais cinco pequenas, de mais ou menos seis anos e uma de oito anos. Parecia que aquele grupo era composto de crianças órfãs, Duo sentiu muita pena das crianças, tão novas e devem viver na rua. A criança que quase tinha sido capturada pelos guardas parecia ser a líder, já que parecia a mais velha.
- Ufá, quase fui pega – disse a criança.
- Sakury, você anda se arriscando demais, imagine se você fosse pega, você seria presa ou eliminada na certa. – disse uma garota, que aparentava ter oito anos, ela não parecia de rua. Tinha uma roupa de moletom branca com detalhes em roxo e dourado, e seu rosto e mãos eram todos machucados e seus lábios eram vermelho sangue. – Essa guerra não pouca ninguém!
- Sakury... – disse Duo para si mesmo, num tom bem baixo
- Eu sei Kamara, mas todos nós precisamos comer, especialmente você. Você está doente, e ainda por cima machucada – respondeu Sakury com uma nuvem de tristeza nos olhos e tirando o boné revelando seu cabelo negro, até seu ombro. Agora Duo conseguia ver, os olhos de Sakury estavam de uma cor e forma diferentes da que ele conhecia, os olhos eram iguais a de um gato e eram de um roxo metálico – Seu maldito pai te fez tudo isso... Eu juro que ele irá pagar!
Duo estava pasmo, como uma garota tão doce, poderia ter sofrido na infância, ele já viu que ela é bem parecida com Quatre e deve ser por isso que ele gosta dela.
- SAKURY! VOCÊ VOLTOU! – disse uma garota que havia aparecido agora. Ela era idêntica a Sakury e vestia um conjunto de moletom branco. A única diferença é que seus olhos eram normais e brancos.
- Oi Katara, não precisa escândalo... Cadê o Yui? – perguntou Sakury com um sorriso no rosto
- Estou aqui – diz um garoto, que aparentava ter 12 anos, ele tinha um cabelo negro, bagunçado, uma pele branca como a neve e olhos iguais aos da Sakury só que ao invés de roxo, dourado. Ele vestia uma blusa de gola alta negra, um cachecol branco que cobria sua boca e sua calça era branca.
- Puf... Só agora percebi, apesar de você ter dez anos Sakury, parece que tem doze. E o mesmo se aplica para Kamara, ela tem dez, mas parece que tem oito – comenta Katara
Duo não queria mais espiar, ele tinha uma missão para cumprir e tinha que sair dali. Ele conseguiu sair facilmente, e foi para a base, onde ocorreria a missão.
A missão ocorreu bem, Duo a completou facilmente.
CONTINUA...
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E ai gostaram? Já chegava de romance Quatre x Kamara, agora foi Duo x Sakury e o Duo conheceu a infância dela e da Kamara.
A gente, se algum personagem lembrar um outro de outro anime, me desculpem. Eu às vezes baseio os personagens na minha coleção de imagens (imaginem eu tenho mais de 300 imagens só de cg-art e de animes que não sei de qual são XD)
E quanto a pergunta das meninas serem parentes dos g-boys, haverá uma sim, não contarei quem e de quem.
Mandem REVIEWS!
