Capítulo 8

25 de dezembro de 1196 D.C

Duo POV.

A ultima semana de aula, o dia que eu queria que não chegasse está chegando. Eu tinha conseguido estender de 6 meses para 12 meses a missão, já que esse é o ultimo ano que tem na escola. Eu gosto muito da Sakury. Mas se continuar com ela mesmo depois da missão estarei colocando sua vida em perigo. Acredito que Quatre e Trowa estão igualmente chateados.

Mudando de assunto, irá ter um baile de natal hoje e aqueles que estão no último ano deverão dançar. Minha parceira já está confirmada, irei com a Sakury. Quatre irá com Kamara e Trowa com Kaoro. A vestimenta é formal, então terei que alugar um traje. Ainda bem que tenho dinheiro para isso. Os pães duros do J e do W nunca iriam emprestar dinheiro, então tivemos que trabalhar para consegui-lo. W pode ser legal, mas é pão duro.

Enquanto ando pela rua com Quatre, vejo em uma tv uma notícia sobre a DOS.

- Hoje de manhã às nove da manhã. A organização pacifista DOS foi novamente atacada por um gundam. – Fala o locutor

- Esse gundam nunca foi visto antes, alguns especialistas em mobile suits dizem que esse é a nova versão do gundam denominado 02 ou DeathSide, destruído dia 24 de janeiro de 1195.

E então apareceu uma foto do gundam. Ele era totalmente azul metálico com detalhes em prateado. Parecia que havia posado para a foto. O gundam tinha duas asas prateadas e segurava uma foice com a lâmina a sua frente. Não sou especialista em gundans dessa época, mas acho que esse era feminino.

- Estamos com um especialista em móbiles suits que trabalha para DOS conosco. Seu nome é Assad Bark. Diga-me Assad, esse é realmente a nova versão do gundam DeathSide?

Enquanto a pergunta era respondida, olhei para Quatre para ver se era realmente o que eu pensava e a cara de espanto dele foi o suficiente. Bark era o sobre-nome da Kamara, então esse cara provavelmente era o irmão dela.

- Esse gundam com certeza é pilotado por uma mulher e provavelmente o mais avançado e forte existente. Aquela foice é feita de um metal muito superior que o gundanium, e provavelmente o gundam em si seja feito desse mesmo metal. Sua forma é bem leve, capaz de dar mais suavidade e sustentação no vôo e na agilidade. Se for a mesma pessoa do antigo gundam DeathSide a pilota-lo, provavelmente será imbatível.

Enquanto eu prestava atenção na notícia, passou-me um pensamento na cabeça, algo que eu nunca imaginaria pensar. Há a possibilidade da Sakury o estar pilotando? Ela sabe pilotar mobile suits, gosta de azul metálico e prata, sabe bastante coisa sobre gundans, tem desenhos dos gundans de mil anos atrás, ou seja, o meu, o do Heero, o do Trowa, do Quatre e do Wufei. Ela sabe os nomes, as armas e pontos fracos. Seria possível ela saber quem sou ou somos e pilotar esse gundam?

- Não, impossível... – falo para mim mesmo

- O que é impossível? – Quatre me pergunta

- Nada, nada não – respondo disfarçando

Quando voltamos a caminhar meu telefone toca, W estava do outro lado da linha e pedia para nos reunirmos na base secreta, senti uma certa urgência em sua voz. Aceitamos prontamente. Enquanto nos dirigíamos para a base Quatre me pergunta uma coisa que me tinha vindo á cabeça.

- Por que será que sempre que a Kamara, a Sakury ou a Kaoro saem, acontece algo com a DOS? Seria mera coincidência, ou elas tem algo haver com isso?

- Isso também passou na sua cabeça? – pergunto

- Se você fala da possibilidade delas pilotarem uns dos gundam, sim.

- Acho que é só coincidência.

- É, é só coincidência – disse um Quatre mais aliviado

Antes de chegarmos a base checamos tudo para saber se alguém estava nos seguindo ou se havia alguém na área. Quando entramos na base, encontramos com os outros, de certa forma, estávamos curiosos com o que ia acontecer, mas não sabíamos que a notícia nos chocaria tanto.

Quase que ao mesmo tempo no quarto da Sakury e do Duo

Sakury Pov.


Minha missão tinha sido completada com êxito, tirando o fato que tiraram uma foto do meu novo gundam, o DeathSide Custom. A baka aqui foi se exibir pra DOS e acabaram tirando uma foto. O Z vai me matar. Mudando de assunto, mal posso esperar pro baile, dançar com o Duo e exibi-lo pra todo mundo, que ele é somente meu. Pena que só até amanhã, o dia que terei que me separar dele e ir embora. Eu sei que ele é um piloto gundam de mil anos atrás, mas eu gosto dele, realmente gosto dele. Mas a guerra e milhares de vidas são mais importantes que sentimentos.

No baile de natal

O baile está muito bonito, as luzes, as mesas, a decoração e até o palco estavam decorados de acordo com o clima de natal. As mesas postas ao redor do centro do salão criavam uma pista de dança.

O Duo estava demorando, dos meninos ele era o único que não havia chegado. Quatre e Trowa chegaram antes dele e pareciam abalados. Eu comecei a achar que havia acontecido algo. Mas quando começava e realmente me preocupar, ele apareceu ofegante.

- Desculpe a demora – percebi que ele estava bem desanimado, mas não quis comentar nada

- Eu fiquei realmente preocupada Duo, o que houve?

- Erm, bem, eu to aqui não estou? – ele disse me dando um selinho rápido

- Você ta bonita! Nunca havia te visto com o cabelo totalmente solto

Eu havia pego emprestado da Kamara um vestido azul marinho longo com as mangas de cetim azul bebê e havia deixado meu cabelo solto. Logo após eu ter dado outro beijo nele, dessa vez um bem gostoso e longo, Duo me puxou para a pista de dança que no momento estava tocando uma música bem lenta e romântica, ele logo entrelaçou os braços na minha cintura e apoiou a sua cabeça na minha. Esse ano, além do corpo do Duo ter ficado mais maravilhoso, ele cresceu e agora é mais alto que eu. Dançamos a música calmamente, dando uns beijos às vezes, mas o Duo estava desanimado, bem desanimado.

- Duo, aconteceu alguma coisa que você possa me falar? – pergunto preocupada

- Não, não é nada. – ele fala me dando um sorriso amarelo

Duo Pov.

- Duo, aconteceu alguma coisa que você possa me falar? – Sakury me pergunta com um tom de preocupação

- Não, não é nada. – respondo dando um sorriso amarelo

- Duo, então por que você está assim? Você está tão desanimado– ela me pergunta de novo

- Eu já disse que não é nada! – me exalto, a deixando na pista de dança e indo para fora

Sakury Pov.

- Eu já disse que não é nada! – ele se exalta e me deixa sozinha indo para fora

- Duo! – o sigo até lá fora e o encontro atrás do ginásio sentado num banco e de cabeça baixa.

O ver assim me cortou o coração, eu me aproximei lentamente dele e o abracei por trás

- O que está te atormentando? Conte para mim, sou a pessoa mais confiável que você conhece – eu falo com a voz mais doce que tenho

- Eu não sei...

- Conta, eu não vou contar para ninguém. – falo me sentando ao seu lado

- Eu não... Eu não imaginava... Que você pilotasse um gundam – Aquilo que ele me disse me deixou chocada. Como ele ficou sabendo?

- Como, você ficou sabendo? – pergunto tentando manter a calma

- Não interessa como eu fiquei sabendo, mas a questão é que você pilota um gundam

- E você também pilota um

- Você sabe?

- Desde o inicio, você, Quatre, Trowa, Heero, Wufei. Infelizmente seremos inimigos no campo de batalha, mas podemos ser amigos fora dele, não?

- Como assim ser inimigos no campo de batalha e ser amigos fora dele?

- Ah. Sei lá, meu pai sempre dizia isso. Mas podemos agir como amigos fora do campo de batalha e agir como inimigos dentro dele. Entendeu?

- Tendi. – responde Duo num tom infantil

- Então que tal aproveitarmos a festa, depois tomar um bom banho e dormir... Bem, juntinhos – falo calmamente mudando o tom para sensual na última frase.

Percebo que o tom da pele de Duo muda drásticamente para um meio termo entre vermelho pimentão e pálido feito neve. Nunca imaginaria propor algo assim para o Duo, mas fazer o que? O garoto me conquistou o coração.

- Você q-q-quer dizer... To-tomar banho ju-juntos e dormir juntos?

- É isso ai – respondo da forma mais normal possível estendendo a mão para ele se levantar

- Ta certo, então! – ele disse segurando minha mão e me puxando de volta pra festa

Antes de voltar a dançar com um Duo mais animado, eu precisava contar a Kamara e a Kaoro o que os garotos sabiam, enquanto o Duo se desculpava com eles por contar a verdade a mim. Diferente do que eu achava, as meninas levaram a notícia muito bem. Bem até demais para meu gosto.

Duo conseguiu contar tudo sem problemas e logo depois voltamos a dançar, só que dessa vez com mais animação e paixão.

Quando ele voltou para mim me beijou e me puxou para o centro do salão, na qual dançamos bem juntinhos, sentindo o calor um do outro. Percebi que de tempos em tempos ele depositava um beijo no meu pescoço me causando arrepios, Deus, como ele poderia saber que o pescoço é meu ponto fraco?

Trowa Pov.

Não sei o que dizer, a única mulher que consegue me tirar o fôlego é simplesmente minha inimiga. Mas, não quero pensar nisso, quero aproveitar essa noite. Não precisamos de palavras para expressar o que sentimos, só o olhar é suficiente, não irei desistir de uma boa noite por causa de um empecilho.

Quatre Pov.

Ao longo do tempo que passei com o Duo, pude perceber que ele podia cantar muito bem, mas nunca achei que ele pudesse cantar tão bem. Ele conseguia manter sua voz no mesmo tom da Sakury, ela cantava perfeitamente, sem desafinar nem nada. Pude perceber que seu canto podia ser comparado ao de Kamara, mas não me preocupei muito com isso. Estava mais preocupado com a pessoa que estava a minha frente demonstrando um misto de medo e tristeza. Desde que eu soube que a Kamara pilotava um gundam, comecei a ficar preocupado e bravo com ela. Preocupado, pois ela põe sua vida em extremo risco e bravo por causa que ela prometeu que não manteria segredos de mim, mas não posso reclamar; eu não cumpri minha parte também.

- Espero continuarmos amigos – finalmente ela fala

- E-eu, não sei o que fazer. Simplesmente não sei.

- Saiba que eu nunca menti para você

- Eu também nunca menti para você

- Podemos aproveitar essa ultima noite como namorados? – ela me pergunta

- Podemos – respondo a puxando para um beijo caloroso

Apesar de tudo, eu a amava, e não podia fazer nada contra isso, então era meu dever aproveitar enquanto eu podia. A Kamara não correspondeu meu beijo por um tempo me deixando nervoso. Mas quando entrelaçou seus braços no meu pescoço e mergulhou suas mãos nos fios do meu cabelo, ela me deixou explorar sua boca. Nós nos beijamos de uma forma que nunca havíamos nos beijado antes, com paixão.

- Kamara eu, gosto muito de você – digo quando nos separamos

- Eu também gosto muito de você Quat

- Feliz natal

- Feliz natal – digo e volto a beijá-la

Duo Pov.

Depois da festa nós fomos direto para nossos quartos, como prometido eu iria tomar um banho com a Sakury, mas ao pensar um pouco fiquei hesitante quanto a isso. Ninguém nunca havia me visto sem roupa! Não sabia o que fazer e estava nervoso, por isso eu tentei enrolar. Quando estava totalmente nu e a Sakury me esperava já dentro do box eu andei o mais devagar possível, antes de uma mão me pegar pelo cabelo e me puxar pra dentro do box.

- Vem logo! – diz a dona das mãos

A Sakury me puxa com força e me prensa na parede enquanto fecha a porta do box com os pés

- Calma fofo, você não queria me ver sempre no banho? Agora pode me ver nua de camarote.

Após pronunciar essas palavras ela apóia a cabeça no meu ombro e me abraça, essa ação me deixou preocupado, mas mesmo assim eu a abracei. Consegui sentir todos os detalhes de seu corpo, detalhes bem delicados, contando com a cicatriz. Depois que ela me soltou, me olhou com malícia e me deu um beijo bem quente e aproveitou pra me puxar para a corrente de água que caia do chuveiro. Aproveitei para explorar todo seu pescoço, fiquei mordiscando e beijando essa área sensível do corpo dela. Pude perceber que ela inclinou a cabeça pro lado para me dar mais acesso e deu um gemido abafado. Nós só ficamos nas carícias simples e nos beijos, nada mais aconteceu. Logo depois do banho fomos direto para cama, e é claro dormimos juntos.

Quatre pov.

Depois da festa fomos direto para o nosso quarto, Kamara estava mais animada, nunca havíamos nos beijado tanto quanto hoje, mas valeu a pena, acredito que o gosto da boca dela nunca sairia da minha. Enquanto arrumávamos nossas camas, percebi que ela havia pegado um embrulho e quando perguntei o que era, ela me disse que era meu presente de natal, fiquei feliz com o presente, que era um boneco de pelúcia feito por ela mesma com a minha cara. E foi então que decidi fazer algo que sempre quis fazer. Peguei na mão dela e a puxei pra minha cama, para dormimos juntos. Na hora ela ficou vermelha, a primeira vez que a vejo assim. Mas aceitou prontamente.

Trowa Pov.

Depois da festa fomos para nossos quartos, igual aos outros, agora que estávamos sozinhos podíamos fazer qualquer coisa. Enquanto aproveitávamos o tempo sozinhos, a Kaoro me intigou tanto com sua voz e olhares sensuais que a prensei na parede do banheiro e a beijei fervorosamente. Quando finalmente retomei a minha sã consciência estávamos nus numa banheira, com ela aninhada no meu peito. E então a abracei orgulhoso da jóia que havia encontrado.

Normal pov.

26 de dezembro de 1196 D.C.

O dia da separação tão temida chegou, os garotos receberam ordens para ir embora cedo, então quando acordaram logo arrumaram suas coisas. Duo, Quatre e Trowa, estavam muito deprimidos, tanto quanto as meninas. Mas sabiam que iriam se reencontrar. Se não fosse na rua, seria no campo de batalha. Um grande problema era: como eles agiriam no campo de batalha. Tentaram chegar num acordo com as meninas enquanto esperavam a carona, e não chegaram a uma decisão. Quando a carona chegou era a hora da despedida. Os garotos e suas namoradas, tirando o Trowa e a Kaoro, se abraçaram e se beijaram.

- Ei Duo, nesse papel está meu e-mail e celular. Se precisar de algo, qualquer coisa, não hesitarei em ajudar. – disse Sakury entregando um papel com as informações ao Duo.

- Sakury, não terminamos, ok? – após essas palavras os dois se beijam

- Quatre, tome cuidado nas missões, a DOS é muito mais perigosa que se imagina. Se precisar de qualquer coisa, vá a L4, eu fico a maior parte do tempo lá

- Certo – fala um Quatre deprimido

- Bem, isso não é um adeus – fala Trowa a Kaoro

- Não, não é.

Algum tempo depois a carona chega e os garotos vão embora.

- Bem, eu tenho muitas coisas a resolver ainda, preciso ir – diz Sakury pegando sua mochila e colocando atrás das costa e sentindo a Tomoe subir em seu ombro

- Sakury... Não se atreva a sumir de novo, entendeu! – fala a Kamara

- Claro – responde a Sakury dando um abraço na Kamara e acenando para a outra enquanto ia pra direção oposta a delas.

Continua...

Bando de traidores, só 15 visitas no cap anterior e nenhuma review. Eu quero reviews! Se não eu choro!

E ai? Gostaram das cenas quentes? Se posso chamar de quente ¬.¬ Bem, quero reviews! Não posto outro cap. sem reviews! E lembrando as reviews são respondidas no meu blog, cujo o endereço está no meu perfil. Ele está no perfil e não no link "homepage".

Estou pensando em fazer uma fic de Gundam Wing Yaoi UA na qual os g boys participam de uma peça de teatro intitulada Romeu e Julieta. Será que vocês leriam se eu fizesse?