Nota: Os personagens de Saint Seya não me pertencem, apenas Aishi é uma criação única e exclusiva minha para essa saga.


Boa Leitura!


Caminhos Incertos

Capitulo 3: Sempre Juntos.

I – Um Dia a Dois.

Uhn, era tão bom o calor que sentia a abraçar-lhe de forma tão terna. Mal notou quando acabara por pegar no sono. Sem abrir os olhos, espreguiçou-se manhosamente. Sentiu os lábios macios e quentes do aquariano correndo pela curva de seu pescoço e suspirou.

Abriu os olhos, viu a cascata esmeralda cair sobre seus olhos, quando Kamus ergueu-se ficando sobre si.

-Pensei que fosse dormir o resto do dia; ele falou num sussurro, descendo os beijos até o começo do colo.

-Uhn, não tenho nada pra fazer mesmo; Aishi respondeu casualmente, embora numa leve provocação, vendo-o erguer os olhos em sua direção, com os mesmos estreitos.

-Bem... Então posso lhe dar algumas opções; Kamus começou com um sorriso maroto. Depositando um beijo suave, sobre a testa da jovem, vendo-a fechar os olhos. –Algo interessante que possamos nos ocupar; o aquariano continuou, descendo para a maçã do rosto. –Pelo resto do dia; ele completou, roçando-lhe os lábios.

-Parece tentador; Aishi sussurrou, próximo aos lábios do cavaleiro. –Aonde vamos? –a amazona perguntou, empurrando-o para o lado e levantando-se rapidamente da cama.

-O que? –Kamus perguntou, tendo que se segurar rapidamente na guarda da cama para não cair do outro lado, devido à força que ela empregara para afastá-lo.

-É melhor ir se trocar logo, costumo me vestir rápido e detesto ficar esperando; Aishi continuou ignorando o olhar chocado dele sobre si, embora intimamente se divertisse com o fato.

Kamus abriu a boca como se fosse falar algo, mas mal teve tempo de formular qualquer pensamento, já estava sendo arrastado para fora do quarto, por uma Aishi muito impaciente.

-Vá se trocar e depois volte pra me buscar; ela avisou.

-Aishi; Kamus falou, erguendo a mão, como se fosse indicar algo, mas a amazona já havia fechado a porta. –"Não era bem isso que eu ia sugerir, mas... Agora não tem jeito"; ele pensou, dando de ombros, encaminhando-se para a saída do templo.

Não muito longe dali, duas pessoas extremamente singulares observavam o aquariano deixar o décimo terceiro templo.

-É, parece que se acertaram; Eros comentou, assoprando distraidamente os fios loiros que lhe caiam pela orelha.

-É bom mesmo; Anteros resmungou. –Não queria ter que me explicar ao conselho depois, por mandar um cavaleiro de ouro para o Tártaro; o geminiano falou, alongando as longas asas negras.

-Puff; Eros murmurou com um meio sorriso. –A mana matava você se fizesse isso; ele completou, seguindo-o ao manifestar em suas costas as longas asas brancas.

-Talvez, mas vamos embora logo, antes que o pai dê pela nossa falta; Anteros falou, engolindo em seco, desde a ultima vez que foram ao santuário, Ares estava com marcação serrada em cima dos dois.

-...; Eros assentiu, não demorou muito e os dois desapareceram.

-o-o-o-o-

Finalmente descobrira uma outra utilidade para a velocidade da luz, que não fosse para congelar alguém ou quebrar algumas barreiras; Kamus pensou com um meio sorriso de satisfação.

Chegara praticamente correndo em seu templo, tomou um rápido banho, e vestindo-se em igual velocidade, já estava de volta ao ultimo templo. Intimamente agradecia aos deuses por ter nascido sob o signo de Aquário. Porque ninguém merece ser de Áries. Ficou imaginando como Mú iria se virar se não usasse telecinese para se teletransportar.

Parou atônito no ultimo degrau vendo-a sair de dentro do templo. Engoliu em seco, não havia demorado tanto para se trocar, ou fora ela a realmente ter ido mais rápido.

A amazona vinha em sua direção calmamente, era capaz de ouvir perfeitamente o som do salto da sandália chocar-se contra o chão de pedra. Ela vestia um vestido azul claro, os longos cabelos dourados estavam soltos, balançando com o vento que os tocava ao andar.

-Demorou; Aishi falou, numa falsa reprimenda.

-Fui o mais rápido que pude; Kamus justificou-se prontamente.

-Uhn! Sei; a amazona murmurou desconfiada.

-É sério; Kamus falou com um sorriso nada inocente.

-Adorei essa camisa; ela comentou, abraçando-lhe um braço, enquanto começava, a descer as escadas.

-Eu sei; ele falou convencido, embora se sentisse satisfeito pelo comentário. Mas não iria admitir que poderia ter ido bem mais rápido se não ficasse alguns segundos olhando para o guarda-roupas, qual seria a peça que ficaria melhor. Estava quase desistindo, quando finalmente encontrou aquela camisa branca e a calça azul-marinho.

-Aonde vamos? –Aishi perguntou curiosa.

-Bem...; Kamus começou, passando a mão nervosamente pelos volumosos cabelos, parou de andar de repente, tendo uma grande idéia. –É surpresa; ele falou com um sorriso maroto.

-Surpresa? –Aishi perguntou, arqueou a sobrancelha, desconfiada.

-Vamos logo; Kamus falou, mais animado, puxando-a para a saída do santuário.

Passaram por Câncer e Gêmeos mal notando seus guardiões. Mascara da Morte olhou um tanto quanto incrédulo à cena, Kamus e Aishi de mãos dadas, como pessoas normais.

-Ele não pode ter me levado a sério, pode? –ele se perguntou, encostando-se de lado em um dos pilares da entrada de seu templo.

-Deu pra falar sozinho agora, sirizinho? –uma voz provocante, falou-lhe ao pé do ouvido.

Mascara da Morte serrou os orbes de maneira perigosa, não era nem preciso virar-se para saber que atrás de si, estava o carma da sua vida.

-Você não tem nada melhor pra fazer do que me irritar, não é? –ele perguntou, voltando-se para trás.

-Não, nada mais divertido; Yuuri respondeu, dando de ombros, nem um pouco incomodada com o olhar mortal dele, a jovem passou pelo cavaleiro, ignorando-o completamente, encaminhando-se para as escadarias que levavam ao templo de Gêmeos.

-Olha aqui; o canceriano falou perigosamente, segurando-lhe pelo pulso, Yuuri voltou-se com tudo para o cavaleiro, chocando-se contra ele. Ergueu a cabeça hesitante, deparando-se com o olhar intenso dele sobre si, engoliu em seco. –Deveria controlar essa língua; ele avisou.

-Ou? –ela perguntou, estreitando os orbes verdes de maneira perigosa.

-Uhn! Ou podemos dar um jeito nisso; ele respondeu, com um sorriso nada inocente nos lábios, que a fez ficar tensa.

-GUILHERME; alguém chamou do outro lado do templo. Mascara da Morte afastou-se da jovem rapidamente, voltou-se para o inconveniente que chegava com um olhar mortal.

-O que quer Filipe? –o canceriano rebateu, deparando-se com o cavaleiro de Peixes em seu templo.

Afrodite estreitou os orbes de maneira perigosa, ninguém o chamava assim e vivia para contar. Já estava conjurando uma rosa piranha, quando a atenção de ambos foi voltada para uma Yuri que ria descontroladamente.

-O que deu nela? –Afrodite perguntou, apontando para a amazona.

-...; Mascara da Morte deu de ombros. –Eu que sei, ela é estranha;

-Não. Não; ela falou, agitando os braços, tentando conter o riso. –Vocês só podem estar de brincadeira.

-...; Os dois arquearam a sobrancelha.

-Não estão? –ela perguntou incrédula. –Guilherme e Filipe? Vocês tão brincando, né? Porque, tipo. Esses nomes definitivamente não combinam com vocês; Yuuri falou com os orbes arregalados.

-Acho que vou começar a colecionar cabeças de novo; Mascara da Morte comentou, aproximando-se perigosamente.

-Será que cabeças servem como adubo para rosas? –Afrodite perguntou, com ar ameaçador.

-Ahn! Tem alguém me chamado; Yuuri falou, antes que os dois pudessem fazer algo, a jovem já havia sumido.

-Culpa sua; o canceriano vociferou.

-Minha? –Afrodite falou indignado.

-Sua mesmo, o que eu lhe disse sobre sair espalhando meu nome por ai; ele rebateu.

-...; Afrodite deu de ombros sem se importar. –Problema seu, mas se repetir o meu de novo, te mato;

-Puff, dá pra falar logo o que quer?

-Ah sim, viu Kamus e Aishi passarem por aqui? –Afrodite perguntou curioso, viu o canceriano assentir concordando. –Bem, aonde será que eles vão?

-Não sei e não me interessa; Mascara da Morte respondeu.

-Hei, só queria saber pra ajudar; Afrodite se defendeu.

-A ultima vez que você tentou fazer isso, quase virou decoração da Toca do Baco junto com o idiota do Saga, deixe que eles se entendam sozinhos; ele avisou, encaminhando-se para sua casa.

-Mas, eles não precisam ficar sabendo; Afrodite continuou, com ar infantil, vendo o cavaleiro parar pouco antes de chegar à porta.

-Continue; Mascara da Morte falou interessando.

Afrodite abriu um largo sorriso. Só assim para convencê-lo a lhe ajudar. Precisava de alguns aliados para juntar aqueles dois de vez, antes que alguém pudesse fazer algo para atrapalhar e se bem conhecia Kamus, certamente que o dia terminaria com alguém congelado.

II – Dançando no Gelo.

-Aonde vamos Kamus? –Aishi perguntou, enquanto o mesmo lhe puxava pelas ruas de Atenas.

-Já estamos chegando; Kamus avisou, mas mal terminou de falar, parou olhando para a entrada do local que estava procurando.

-Uhn? –Aishi murmurou, ergueu os olhos, vendo um letreiro imenso cujo pisca-pisca anunciava o seguinte nome; -Dançando no gelo; ela murmurou.

-Vamos entrar; ele falou, puxando-a para dentro.

A temperatura mudou rapidamente ao cruzarem a porta, porém a amazona não se importou, normalmente o templo de Aquário era bem mais gelado do que aquele lugar, não que fosse algo ruim, é claro.

Caminharam em direção ao balcão principal. Encontrando uma Sra de certa idade, olhando vagamente para a pista de gelo vazia, não muito longe de onde estava.

-Com licença; Kamus chamou-lhe a atenção.

-Kamus, como vai meu jovem? –A Sra perguntou animada.

-Bem; ele respondeu sorrindo.

-Vejo que dessa vez esta acompanhando, quem é essa bela jovem a seu lado? –A Sra perguntou interessada.

-Aishi, essa é a Sra Sophie; Kamus apresentou.

-Je perçois que vous elle est français, est un plaisir le sait (Percebo que a senhora é Francesa, é um prazer conhecê-la); ela respondeu sorrindo, estendendo-lhe a mão.

Kamus arregalou os olhos, fitando a jovem, confuso. Desde quando ela falava francês?

-Oui, je suis (Sim, eu sou); Sophie respondeu sorrindo. -Mais, comment vous savez (Mas, como você sabe?); ela perguntou animada, dificilmente encontrava alguém que falasse francês e que fosse ali, isso é claro, além do cavaleiro.

-J'ai passé une bonne saison là, ainsi que mes frères (Passei uma boa temporada lá com meus irmãos); Aishi respondeu, fazendo uma pausa. - J'identifie français quand je vois un (Reconheço um francês quando vejo um); ela completou, com um sorriso maroto.

-Kamus; Sophi chamou, voltando-se para o cavaleiro que estava de boca aberta, olhado de uma a outra.

-Uhn? –ele murmurou, voltando-se para ela.

-Ce lui est Marie (Case-se com ela); ela falou.

-O QUE? -os dois gritaram, a face de ambos em um milésimo de segundos, atingiu ao tom escarlate.

-Isso mesmo; Sophie falou, como se fosse a coisa mais normal do mundo. –Você não encontraria outra pessoa como Aishi, nem que ela tivesse uma irmã gêmea; ela brincou.

-Ahn! Bem...; Ele começou, passando a mão nervosamente pelos cabelos.

-Mas mudando de assunto, vieram patinar? –Sophie perguntou, notando o desconcerto dos dois.

-...; Kamus assentiu.

-Podem ir, Kamus você sabe o caminho; Sophie falou, entregando aos dois, duas chaves. –Lá nos vestiários, vocês podem pegar os patins;

-Obrigado; o cavaleiro agradeceu, enlaçou a jovem pela cintura, puxando-a para o vestiário.

-Não sabia que patinava; Aishi comentou, enquanto seguiam por um largo corredor.

-E eu não sabia que você falava francês; ele respondeu, ainda intrigado.

-Então você esqueceu; a jovem comentou com um sorriso divertido, diante da expressão confusa dele.

-Lembrança-

-Quem é a srta? – ele perguntou rouco embora o sotaque francês sobrepujasse o russo, chamando-lhe a atenção. O mais curioso fora o fato dela entendê-lo perfeitamente como se fosse lhe uma conterrânea. Em vez de assustar-se, ela apenas lhe deu um belo sorriso, que por algum motivo ainda desconhecido, fê-lo corar.

-Me chamo Aishi; ela disse lhe estendendo a mão, que logo ele aceitou, retirando o braço de baixo das cobertas.

-Muito prazer. Me chamo Kamus; ele respondeu.

-Eu sei; foi a única coisa que ela disse, dando-lhe um olhar misterioso.

-Fim da Lembrança-

-...; Kamus ficou em silencio, não se esquecera, pelo contrario, fora à única lembrança que conseguira conservar consigo durante todas aqueles anos. –Não, pelo contrario; ele murmurou como resposta.

Entraram no vestiário, encontrando uma série de prateleiras com vários pares de patins. Caminharam até lá, para procurarem os pares que usariam.

-o-o-o-o-

Entraram praticamente correndo na pista de patinação, seguindo o casal apenas pelo cosmo. Olharam para todos os lados os procurando, mas não encontraram nenhum dos dois.

-Será que estão realmente aqui? –Afrodite se perguntou, enquanto ele e Mascara da Morte ainda procuravam avista-lo.

-Ahn, tem um balcão ali; o canceriano apontou.

-Vamos lá; Afrodite falou, praticamente correndo até lá. –Com licença Sra; ele falou cordialmente.

-O que deseja, Srta? –Sophie perguntou, enquanto limpava distraidamente os óculos de lente meia lua.

Mascara da Morte desatou a rir, vendo o cavaleiro fechar a cara e começar a conjurar uma rosa vermelha.

-Mi perdona la signora, estamos procurando por um casal de amigos e achamos que eles entraram aqui; Mascara da Morte falou rapidamente, ao vê-la colocar os óculos, tomou a rosa da mão de Afrodite, entregando a Sra.

-Quanta gentileza. Muito obrigada Sr; ela agradeceu encantada com o italiano.

-Então, a Sra poderia nos dizer se eles estão aqui? –Afrodite perguntou, serrando os dentes.

-Nossa, onde foi aquela mocinha que estava aqui muito parecia com o Sr? –Sophie perguntou, apontando para Afrodite, enquanto ajeitava os óculos de meia-lua sobre os olhos.

Mascara da Morte virou o rosto, tentando não rir descaradamente do pisciano.

-Por favor, por acaso viu nosso amigos? –Afrodite perguntou pausadamente.

-Vocês estão falando de Kamus e Aishi? –Sophie perguntou, vendo-os assentir. –Vão patinar no gelo; ela respondeu.

-Uhn; Afrodite murmurou pensativo.

-E agora gênio, qual o plano? –Mascara da Morte perguntou, rolando os olhos, impaciente.

-Ahn, do que exatamente os Srs estão falando? –Sophie perguntou, curiosa.

-Bem, temos que juntar esses dois até o final do dia; Afrodite respondeu, recebendo um olhar retalhador do canceriano. –Podemos ir até a pista, mas não vamos patinar; ele avisou prontamente.

-Claro, se é para juntá-los fiquem a vontade; Sophie falou empolgada.

-Obrigado / Grazie; os dois falaram, encaminhando-se para a pista.

-Uhn, mas aonde foi aquela mocinha? –Sophie se perguntou, olhando para todos os lados, procurando a suposta 'mocinha' que havia sumido quando ela colocou os óculos.

Continua...

Domo pessoal

Mais um capitulo chega ao fim. Sinceramente espero que esteja gostando. Muitas coisas ainda vão acontecer até o final desse dia, então, preparem-se.

Deixo um obrigada especial a todos que acompanham essa fic e deixam seus comentários. Fico muito feliz com isso.

Até a próxima pessoal

Kisus

Já ne...