Cap 10 – Quatro Visões.
Ela pega a espada olha o mapa e sai rápido do depósito. Entra em um dos aposentos que parecia uma cela quarto e lá resolve ler o memorando. Lá estava sobre tudo, ou quase tudo. Sobre Alfonse ter pego a espada, sobre os clones que foram feitos, mas principalmente sobre como o experimento havia dado errado.
"Descobrimos que certas habilidades são coisas da alma das pessoas, os clones não possuem as habilidades que o original possuía. O experimento foi um fracasso e nós não fomos aceitos novamente na I.S.S.P. Apenas um dos clones foi mantido vivo, porém se submete apenas à nossa ordem e não reage a mais nada, é apenas um fantoche." Esse era o final do memorando.
Reno ainda estava sendo interrogado quando o Cientista recebe uma ligação e grita alto:
-Mas como ela fugiu!
Começa uma discussão entre o cientista e a pessoa do outro lado da linha. Por um momento os guardas parecem se distrair ouvindo a discussão. Reno vê a oportunidade perfeita para escapar. Repentinamente dá um pulo, sua mão voa em direção à arma do guarda mais próximo, o mesmo cede e um disparo acerta no guarda da frente que começava a reagir. O Cientista se assusta, Reno em um impulso joga o mesmo para dentro daquele quarto, junto com o guarda o qual havia tirado a arma, fecha a porta e tranca os dois, junto com o que havia levado o tiro, lá dentro. Sai correndo pelo complexo, sabia mais ou menos a direção que Faye havia sido levada.
Dentro do quarto o guarda que havia sido supostamente baleado levanta-se limpa o vermelho em sua roupa e o cientista comenta com alguém do outro lado da linha:
-Sim, ele saiu. Quase tudo completo para o plano B entrar em ação, pode liberar o clone.
Reno corre desesperadamente procurando por Faye, tinham que sair o mais rápido possível dali, alguma coisa estava realmente errada, mas não era motivo para investigar agora.
Faye ainda estava dando uma olhada no mapa, queria alguma pista de onde exatamente estava Reno, sabia que precisavam fugir dali o quanto antes, quando alguém bate desesperadamente à porta, logo ela pensa "Reno" e abre esperançosa, porém não deixa de mirar a arma para quem quer que fosse, mas ela fraqueja, mesmo sabendo não ser ele, era a figura de Spike. O mesmo no começo apenas a olha, um olhar morto sem expressão, porém repentinamente parte para cima da moça tentando tirar-lhe a arma.
Alfonse se levanta do chão, a cadeirada tinha doído, mas nada o impedia de se levantar. Pergunta para si mesmo, diante de toda aquela loucura "Será que eu posso viver com isso?". Não que a ética fosse algo que ele prezasse muito, sua consciência já estava destruída de tantas coisas e segredos que guardava, mas algo o incomodava. Era grande demais tudo o que estava acontecendo naquele dia, os resultados das ações que tinha feito iam ser a tão longo prazo que ele mesmo não veria os resultados, ele não ganharia nada com aquilo e isso começava a o abalar.
O cientista tira de seu bolso uma chave e abre a porta que Reno havia trancado, saca uma arma que estava escondida em seu jaleco e causando uma surpresa atira nos dois guardas que estavam com ele, dois tiros silenciosos, uma arma com silenciador, típica de quem não quer chamar a atenção.
-Uma revolução. Chega de testemunhas.
Reno corria, ele não sabia a localização de Faye, mas sabia estar próximo era mais ou menos por ali que ela havia sido levada.
Um tiro soa no ar.
Alfonse caminha lentamente em direção ao barulho.
Rufos, o cientista, coloca novamente a arma em seu jaleco e sai do quarto.
Reno corre em direção ao som, vinha de algum ponto atrás dele.
