Capítulo 2 – O novo Potter

Já havia se passado dois dias desde que Thiago chegou na casa dos Dursley, muitos vizinhos curiosos já haviam perguntado a Petúnia e a Valter Dursley quem era aquele garoto, o qual eles responderam que era um primo de Duda, e até os amigos de Duda viviam lhe perguntando por que ele não havia contado a eles do primo, e ele respondia com um resmungo.

Harry no inicio achava graça do jeito que as pessoas viviam querendo saber sobre seu "irmão mais novo", mas agora ele começou a achar que aquela brincadeira podia trazer problemas para eles.

- Escuta Thiago, acho melhor nós sairmos do quarto enquanto Dumbledore não chega OK? Ah e não se esqueça em todos os lugares que passarmos você deve ficar de olho está bem?

- Esta bem, mas que horas esse Professor chega?

Naquele mesmo instante ouviu-se alguém bater na porta e Petúnia Dursley correr para abri-la.

- Há quanto tempo Petúnia. – exclamou uma voz cansada e rouca que só Harry conhecia.

- Quem é você? O que faz aqui? – perguntaram os Dursley

- Ele é Alvo Dumbledore, o diretor lá da escola, se vocês me dão licença, creio que já podemos ir Professor.

- Um momento Harry, gostaria de conversar um pouco. Petúnia? Vai me deixar esperando aqui na porta?

Nem Valter nem Petúnia responderam nada, apenas saíram da porta deixando o caminho livre.

- Tem vários anos desde a minha última visita... – disse Dumbledore pensando alto – Ah Este deve ser o Duda. – disse enquanto observava o garoto, que descia as escadas, através dos óculos em meia lua.

Duda saiu correndo apressadamente de volta para o seu quarto enquanto Dumbledore se virava para os outros que estavam sentados no sofá. Dumbledore passou o olho em todos parando em Thiago que estava sentado no chão ao lado de harry

- Você, eu não conheço. Como se chama? – perguntou Dumbledore sorrindo.

- O nome dele é Thiago professor – disse Harry friamente – Acho que o senhor gostaria de saber mais sobre ele, espero então que o senhor possa esperar estarmos num lugar a sós. E gostaria também de lhe informar que ele está sob minha proteção e portanto irá para onde eu for.

- Entendo Harry. Só perguntei o nome pois queria por na carta de ingresso a Hogwarts.

- Eu vou para Hogwarts? – perguntou Thiago excitado.

- Mais tarde Thiago. Acredito que o prof. Dumbledore tem algo mais a dizer. – disse Harry ainda frio mas sorrindo.

- Obrigado Harry. – disse Dumbledore balançando a cabeça – Bem, como você deve saber seu padrinho havia deixado toda a fortuna dos Black para você.

- Sim, por isso devo ir ao ministério ainda hoje.

- Devo lembrá-lo que "a casa" também foi deixada para você.

- Não se preocupe, pode ficar com ela para servir de quartel general da Ordem.

- A questão não é tão simples, você sabe, irá encontrar o Monstro para verificar se você é realmente dono daquela casa. No entanto, tenho algo a mais a falar com seus tios, me espere com Thiago lá fora.

Quando Harry terminou de sair Dumbledore começou a falar:

- Agora como vocês já devem saber, o bruxo chamado Lord Voldemort, retornou. A comunidade bruxa esta pronta para entrar em guerra e eu lhes aviso tomem cuidado ao sair de casa. Agora vamos falar sobre o Harry. Eu o deixei em sua porta a cerca de 16 anos, com uma carta explicando que os pais dele haviam sido assassinados e que vocês como últimos parente dele deviam cuidar dele como se fosse seu próprio filho. – Dumbledore fez uma parada enquanto olhava-os seriamente – Mas vocês não o fizeram, o maltrataram, o fizeram de seu escravo. O melhor que podia ter acontecido dói ele não ter virado um marginal como o verme do seu filho.

Os Dursley pararam de se mexer e se olharam corando furiosamente.

- O que meu filho fez? Ele é um garoto tão bom! – disse Petúnia quase chorando.

- Se você chama um assaltante, agressor de menores e por sinal muito arrogante de bom, o problema é de vocês. Meu assunto aqui é outro – Dumbledore respirou fundo e continuou- No mundo bruxo os jovens chegam a maior idade aos 17 anos. Harry irá fazer 17, ano que vem, portanto, não precisaria voltar mais aqui após sair hoje. No entanto, devido a uma proteção Harry será obrigado a passar dois dias aqui para que a proteção dele se torne "eterna" . Bem acho que isso é tudo. Até o próximo verão e tratem-no melhor quando ele voltar.

Dumbledore saiu da sala sem nem ouvir a resposta se Harry poderia passar os dois dias ali, indo se encontrar com os garotos que o esperavam na saída do jardim.

- Bem, não esperava que ele viesse conosco mas se assim você deseja, teremos que mudar os planos – disse Dumbledore fazendo um movimento com a varinha e levando as malas para trás do murinho e fazendo-as desaparecer. E então levantou a mão na direção da rua.

De repente ouviu-se um estampido e Thiago ergueu as mãos para proteger os olhos da luz repentina e ofuscante. Quando tudo voltou ao normal ele pode voltar a enxergar, viu Harry e Dumbledore sorrindo para ele e um ônibus de três andares, roxo berrante ao lado deles com um letreiro piscando na frente "O Nôitibus Andante".

- Não se preocupe Thiago é apenas o Nôitibus, o transporte coletivo dos bruxos - disse Harry enquanto o condutor descia os degraus.

- Bem-vindos ao Nôitibus Andante, o transporte de emergência para bruxos e bruxas perdidos. Basta esticar a mão da varinha, subir a bordo e podemos levá-lo aonde quiser. Meu nome é Stanislau Shunpike, Lalau, e serei seu condutor por esta noite. – falou Lalau até olhar Harry – Ah! Olá, Neville-Harry!

- Apenas Harry Lalau. –disse sorrindo Harry enquanto apertava a mão dele.

- Ah! Prof. Dumbledore é uma honra revê-lo – disse enquanto chacoalhava as mãos de Dumbledore – E você eu como se chama?

- T-Thiago – disse, furiosamente vermelho, ainda estava envergonhado pela cena que fez.

- Escute Lalau. Precisamos ir para o Ministério urgentemente.

Não se preocupe Professor o Ernesto irá levá-los diretamente para lá.

A viagem foi na medida do possível calma. Harry e Dumbledore estavam se divertindo muito com a cara de susto que Thiago fazia a cada brecada e desvio de casas e edifi8cios que estes faziam para que o Nôitibus passasse.

Cerca de 10 minutos depois eles já haviam chegado à entrada de visitantes do ministério, onde após todos entrarem na cabine, que estava magicamente aumentada por dentro, uma voz suave falou.

- Bem-vindos ao Ministério da Magia Britânico. Por favor, coloquem as suas mãos nas placas de metal a sua frente para podermos identificá-los e digam seus nomes. – Após alguns segundos – Obrigado pela compreensão Srs. Dumbledore, Potter e Thiago, queiram pegar os crachás de identificação na saída de moedas do telefone.

Segundos depois de todos terem prendido seus crachás em suas vestes a cabine telefônica começou a descer. Thiago que não conhecia aquilo segurou forte o braço de Harry , até que a luz voltou a aparecer aos seus pés e Thiago ficou boquiaberto com o que viu.

O átrio estava totalmente reformado e apinhado se pessoas que passavam de um lado para o outro rapidamente.

Enquanto isso, Thiago observava o esplendido Hall, com seu piso de madeira escuro, bem escovado, um enorme quadro de avisos no teto. As paredes, de cada lado, tinham painés de madeira enegrecida brilhante e várias chaminés com bordas douradas de onde a cada poucos segundos um bruxo saia.

No meio do hall a antiga fonte dos irmãos mágicos, que estava destruída divido ao incidente no ministério no ano anterior, se encontra muito melhor já que as estátuas douradas dos bruxos estavam do tamanho natural assim como o centauro, o duende e o elfo-doméstico, que perderam o olhar de adoração para os bruxos, mostrando a realidade do mundo mágico.

- Vamos ? – disse aos garotos que o seguiram para um Hall menor, onde vinte elevadores esperavam atrás de grades de ferro douradas. – O último elevador Harry, o que está atrás da estatua da Fênix.

Quando chegaram na frente da estatua, Dumbledore falou diretamente para ela.

- Somos dumbledore e Thiago acompanhando Harry Potter para leitura do testamento de Sirius Black.

Após alguns segundos a estatua da ave se moveu para esquerda liberando a passagem para o elevador privativo do ministro.

Quando o elevador chegou a visão que os garotos tiveram não foi das melhores. O antigo homem que de certa modo era até vigoroso estava totalmente acabado, sua barba estava descuidada, os olhos vermelhos e via-se queimaduras em toda a extensão da mesa, que estava coberta de papéis, lembrando queimaduras de berradores qeu não foram abertos a tempo. Cornélius Fudge estava acabado.

- Por favor sentem-se. – disse Fudge demostrando cansaço.

- Como vai Cornélius? – perguntou Dumbledore sentando-se ao lado de Harry.

- Estaria melhor se não estivesse com um processo em minhas costas, que você colocou.

- Você está sofrendo esse processo por sua própria responsabilidade Fudge. – disse Harry frio. – você escolheu ficar do lado enganoso da história quando não acreditou em mim, chegando a delirar com a sua sede de poder. Onde já se viu? Achar que Dumbledore queria tomar o seu lugar...

Fudge apenas balançou a cabeça com culpa.

- Primeiro Cornélius, eu nunca quis o seu mal. Você sempre foi um bom profissional, no entanto, se tornou sedento por poder o q fez você chegar a esse ponto. Segundo, nós estamos aqui para a leitura do testamento de Sirius Black. – disse Dumbledore camamente.

- Sim, você está certo. – disse Fudge enquanto pegava um envelope negro lacrado com o brasão dos Black e o nome de Harry na frente. – Estão todos prontos? Então vamos lá.

- Eu Cornélius Fudge, ministro da magia, declaro aberta a leitura do testamento de Sirius Black, o último herdeiro dos Black.

- Quando Fudge terminou de falar as luzes se apagaram, a carta se abriu e um espectro azulado saiu começando a falar.

"Harry,

se você está ouvindo isso é porque eu falhei na minha função de padrinho que era cuidar de voce. No entanto, não quero que você se culpe pela minha morte, você sabe que eu iria e faria qualquer coisa para salva-lo. Bem, para você Harry Potter eu deixo toda a fortuna dos Black que deve estar em torno de doze trilhões de galeões, deixo também todas as propriedades da família Black incluindo a Mansão Black que se encontra no Largo Grimauld. Ou seja, a você Harry deixo toda a herança dos Black, menos as partes que cabem aos outros herdeiros. Lembre-se Harry, você não foi o culpado pela minha morte, nem eu e nem seus pais gostaríamos de saber que você está se culpando.

Abraços do seu padrinho que te ama,

Sirius Black."

Quando o espectro desapareceu a luz retornou magicamente e o ministro voltou a falar.

- Muito bem, Harry. – disse Fudge lendo um memorando que acabara de aparecer em sua frente. – Toda a fortuna dos Back já está sendo transferida do cofre de Black para o seu. Bem, somando os valores... Pelas barbas de Merlim... – exclamou de repente – Harry, você é o garoto mais rico de toda a grã-bretanha!

Harry apenas levantou a sobrancelha, sabia que ficaria mais rico mas daí a se tornar "o mais rico"... isso não seria bom para ele.

- Ok, ministro, é só isso?

- Ah, não Harry. Esqueceu nosso pequeno problema? – disse Dumbledore olhando-o. – Monstro.

- Ah é. Como resolveremos isso?

- Simples Harry. Você irá dar uma ordem a ele, se ele obedecer, prova que você é o herdeiro de Sirius. Está pronto?

Harry apenas balançou a cabeça e Dumbledore chamou Monstro com um floreio da varinha. Ao aparecer Monstro começou a gemer.

- Não, não, não, não... – gemia Monstro balançando a cabeça negativamente.

- Como você percebeu ele está com uma certa relutância em paasar aos seus cuidados. No entanto, dê uma ordem a ele...

- Não, não, não, NÃO, NÃO ...! – gemia aumentando a voz.

- MONSTRO! CALADO! – berrou Harry perdendo o controle.

Pareceu durante um momento que ele havia entrado em choque até que ele se jogou no chão ajoelhado fazendo uma reverência que fez seu nariz tocar no chão.

- Hum, é Harry parece que a casa do Largo é sua.

- Pois é. – disse Harry. – Ah! Monstro, eu te proíbo de dizer qualquer coisa que aconteça naquela casa a não ser a mim. E des..., não, vá para o largo e me espere lá.

Após uma silenciosa reverência Monstro desapareceu com um crack, logo depois Fudge voltou a falar.

- Muito bem. Acho que já foi tudo resolvido. – disse Fudge – Toda a herança dos Black agora é sua Harry. No entanto, alguém pode me explicar porque o Black "matou" os seus pais e deixou tudo dele pra você?

- Nós já lhe dissemos que ele não matou – disse Dumbledore enquanto Fudge torcia o nariz – mas você não acreditou. Então, vamos Harry?

- Espere. Preciso tratar um assunto com o ministro. Será que vocês poderiam nos deixar a sós?

- Claro. – disse Dumbledore achando estranha a súbita vontade de Harry. – Vamos Thiago.

- Não Dumbledore. Preciso que ele fique.

- Está bem, estarei te esperando na sala de Arthur.

Dumbledore saiu quando enquanto Harry se virava para falar ao ministro.

- Muito bem. Acredito que o senhor esteja a procura de algo que fortaleça o seu status de ministro. Além de certo modo protegê-lo das investigações de agora, não?

- Sim, é claro que sim. – respondeu Fudge interessado.

- Muito bem tenho uma proposta para te fazer. Você irá me conceder a guarda do Thiago tornando-o um Potter, em troca da prova que inocenta Sirius.

O ministro pareceu ponderar enquanto analisava a proposta.

- Muito bem, eu aceito. Mostre-me essas provas.

- Será que poderia me emprestar sua penseira? – disse Harry pegando seu pensamento referente à Sirius e colocando na penseira que tinha sido emprestada.

Após todos os pensamentos terem sido analisados por Fudge, ele falou.

- Obrigado Harry, espero que eles sejam de grande ajuda. Abrirei um processo para apurar a inocência do Black ainda hoje. E agora em que posso ajudá-lo?

- Aguarda de Thiago...

- Ah sim, assine estes papéis – disse Fudge pegando vários papéis em suas milhares de gavetas – Pronto Harry estes são os documentos dele. Parabéns Thiago! Você agora é um Potter.

- Obrigado – disse Thiago sorrindo, mas ainda envergonhado.

Os garotos saíram da sala do ministro indo direto para a sala de Arthur Weasley no 2º andar do ministério da magia.