- E desde quando paixão é motivo para casamento? – Draco perguntou fitando o filho que sustentou seu olhar – Acordos entre famílias são motivos, idade é um motivo, compromisso é um motivo, amor é um forte motivo – ele acrescentou – Agora paixão? Digo, casamento é um compromisso sério.

- Pai, ouça-me – Scorpius disse respirando fundo – Olhe bem para essa mulher – ele disse apontando para Rose – Ela me irritava muito na escola, brigávamos o tempo todo – ele começou – Sendo assim foi nessa época que comecei a reparar nela, buscando seus pontos fracos, claro – ele sorriu para Rose que sorriu amarelo meio confusa de onde ele queria chegar – E então aconteceu, ela já não era tão irritante, ela ajudava as pessoas, era delicada com todos, gostava muito de torta de framboesa, e tinha o sorriso mais bonito que já vira – ele sorriu novamente para Rose que sorriu em resposta – Mas antes que pudesse conhecê-la melhor, Hogwarts se foi e cada um seguiu seu caminho.

- Até que estava voltando da Gemialidades um dia e trombei com ele na rua – Rose tomou a palavra querendo ajudar na história – Começamos a conversar e ele estava tão diferente do Sonserino arrogante que conhecera que foi como se o redescobrisse – ela sorriu para o loiro – E ele se mostrou alguém tão divertido, companheiro e interessante, que em poucos encontros já estávamos namorando – ela se virou para o seus pais – Ele é a melhor pessoa que poderia ter encontrado, e é com ele que quero estar.

- Assim como eu quero estar com ela, pai – Scorpius disse, ácido.

- E a quanto tempo isso acontece? – Hermione perguntou.

- Há mais ou menos um ano e meio – Scorpius respondeu.

- Mas você não namorava o Oliver... – Hermione não estava convencida.

- Lembra o tempo que eu fiquei muito deprimida com isso? – Rose interrompeu sua mãe – Ele que me ajudou a passar por aquilo, mudar de casa, logo depois ele me pediu em namoro – Rose sorriu olhando em volta.

- Achei que Bell que tinha te ajudado – Ronald disse desgostoso, ele que tinha dado a cachorra para Rose.

- Ela ajudou, pai – Rose revirou os olhos perante o drama do pai.

- Enfim, como desconfiávamos que essa loucura iria acontecer e que vocês não iriam aprovar, decidimos escolher por nos mesmos – Scorpius continuou – Mas esquecemos que essa revista revela para todos quem se casou no mundo bruxo – Scorpius disse com uma raiva genuína da revista que estava nas mãos de sua mãe.

- Por que não queriam nos contar? – Astória perguntou com os olhos um pouco marejados.

- Não é novidade que não sou o melhor filho que podia ser – Scorpius olhou o pai com ressentimento.

- E eu não tão perfeita quanto poderia – Rose deu o mesmo olhar para a mãe.

- Sendo assim, decidimos seguir o ditado: "O que os olhos não vêm, o coração não sente", o que, claro, não deu muito certo – Scorpius deu um mínimo sorriso.

- Sem contar que eu sou uma Weasley – Rose sorriu

- E eu sou um Malfoy – Scorpius disse sorrindo para Rose por um instante.

- Exatamente, como pensa que um Malfoy pode ser bom para você, Rosie? – Ronald olhou para a filha com preocupação.

- Ei, Malfoy's são os melhores partidos que há – Draco defendeu-se.

- Desde quando doninhas azedas são bons par...

- Eu não sei como, papai, mas isso apenas parece certo – Rose disse encarando Scorpius.

- Bom, Rose, se você acha que ele pode te fazer feliz – Harry se pronunciou pela primeira vez, e Rose afirmou com a cabeça – Então fico feliz por você, já ouvi e vi tantas histórias de ódio de transformando em amor que podem contar comigo, e bem vindo a família, Scorpius – o moreno sorriu.

- Sim, fique a vontade, vou adorar ver outro cabelo diferente na Toca – Gina sorriu e se levantou – Agora vamos que já nos metemos de mais nessa briga.

- Espero que seja feliz – Gina sorriu despedindo-se de Rose.

- É o que espero também – Rose sorriu também.

- Cuide bem dela, Scorpius – Harry cumprimentava a mesmo tempo – E lembre-se que eu não sou chefe dos Aurores por nada – ele completou ameaçadoramente.

- Pode deixar – Scopius sorriu confiante, nunca quebraria o coração de Rose, ele nem era seu.

Harry e Gina saíram e um silencio se estabeleceu na sala. Rose e Scorpius encaravam seus respectivos pais esperando qualquer coisa e os outros quatro estavam tão absortos pensando em todo o tipo de coisa. Murmuravam desde um "Como ele pode fazer isso sem me contar?" até um "Mas eu alertei desde o dia que se conheceram!".

- Então? – Scorpius perguntou por um veredicto, Rony e Hermione se olharam e parecia que conversavam mentalmente pelas mudanças rápidas de expressão; Draco e Ástoria também se olharam, mas apenas para um confirmar com a cabeça com o outro.

- Ok filho – Ástoria soltou em um suspiro.

- É Rose, mas sem mais surpresas desse porte, por favor – Ronald disse a olhando com os dedos massageando as têmporas.

- Certo, papai – Rose disse e o abraçando – Desculpe pelo susto – ela completou o soltando, Scorpius era abraçado por Astória que agora fazia muitas perguntas sobre o casamento.

- E que susto – Hermione disse enlaçando a filha.

- Esquecemos que aparecia na revista – ela disse culpada.

- Se não aparecesse, imagina quando saberíamos disso – Hermione usava um tom de repreensão, mas então soltou um pouco de da filha para encara-la – Ontem, quando disse aquelas coisas, estava com a cabeça quente, não queria que fizesse algo sobre tão rápido assim.

- Mãe... – Rose começou.

- É que eu sofria vendo você andando por ai tão sozinha, sempre achei que era porque nunca tinha superado – Hermione sabia que Rose a entendera – Mas agora vi que era porque já estava com alguém – a castanha sorriu – E é isso que eu sempre quis, que você encontrasse alguém que além de te fazer feliz, te faz ser louca por ele.

- Eu não sou louca – Rose disse na defensiva.

- Filha – Ronald interveio rindo e abraçando a esposa com um braço – Você se casou com ele sem contar a ninguém da família, isso é uma loucura – Hermione riu também, a cara de Rose caiu.

- Pensando desse modo – ela cedeu olhando para o chão.

- Não esquenta, filhinha – Rose olhou a mãe – O amor é estranho mesmo – a mais velha sorriu e o casal trocou um selinho.

- Muito estranho – Rose disse para aquele momento e seus pais riram.

- Weasley, parece que seremos parentes estão? – Draco falou mais alto para Ronald no momento ficou com as orelhas vermelhas.

- Infelizmente, parece que já somos – Ronald se lamentou.

- Oh, a ironia – Draco riu azedo – Varias gerações de desafetos para partilharmos a mesma família – ele balançou a cabeça – Meu pai não vai gostar nada disso.

- E o meu então? Ter de aguentar Malfoys nas festas de família não será algo muito agradável – o ruivo balançou a cabeça.

- Enfim, não esqueça de aparecer na Toca hoje – Hermione disse abraçando a filha – E leve ele junto, temos que ambienta-lo de uma vez, você não o deu opções.

- Isso vai ser legal – Ronald sorriu dando um beijo na esta da filha.

- Boa sorte filho – Draco sorriu debochando.

Logo todos se despediram e a casa voltou novamente para o sossego.

- Isso foi... – Scorpius deixou a frase no ar.

- Melhor do que pensávamos? – Rose sugeriu com um sorriso.

- Não há descrição melhor – e ambos riram – A casa está de pé, muito melhor do que esperava sabendo do temperamento do seu pai.

- E como você sabe do meu pai? – Rose levantou uma sobrancelha.

- Você tinha que ter vindo de algum lugar, certo? – ele sorria de lado – E não me parece que a chefe de Daniel explodia por nada – ele completou se referindo a mãe de Rose.

- Eu nunca explodo por nada, ok? – Rose disse cruzando os braços, mas desfez isso assim que viu o sorriso impertinente de Scorpius – Vou cuidar da minha cachorra, é o melhor – ela disse e foi para a porta de entrada, Scorpius sorriu e se dirigiu pra cozinha.

- Rose, eu acho que não estou me sentindo bem – Scorpius disse deitado no sofá já vestido para sair e com um saco com gelo sobre a cabeça.

- Não importa se estiver tendo um ataque cardíaco, você vai comigo na toca hoje! – Rose disse chegando na sala com uma bandeja nas mãos – E vamos logo, já está na hora.

- Se vou morrer mesmo – ele disse contrariado levantando e deixando o saco com gelo de lado.

- Você vai assim? – Rose perguntou segurando o riso.

- O que tem? – ele perguntou se olhando, estava com uma calça e uma camisa social e um colete combinando com a calça.

- Você esta muito almofadinhas, o almoço é informal – ela riu de vez.

- Mas estou informal! – ele disse exasperado se olhando em um espelho atrás da tv.

- Que seja – ela disse olhando no relógio suspenso – Estamos atrasados, vamos.

- Ahh – ele reclamou, mas entrou na lareira com Rose, os desenvolvedores de pó de flu, pensando nas perdas de pessoas em lareiras alheias criaram um tipo de pó que se viajam duas pessoas.

Ambos apareceram na lareira da Toca e todos na sala ficaram em silencio por um instante olhando com curiosidade o casal que acabara de chegar.

- Bolinhos da Rose! – Fred gritou e rapidamente a bandeja que Rose levava não mais estava em sua mão.

- O que foi isso? – Scorpius a olhou com uma sobrancelha levantada.

- Meus primos – ela deu de combros se limpando das cinzas e entrando na sala, Scorpius a seguiu.

- Rose, minha neta traquina! – uma mulher com os cabelos alvos com alguns traços ruivos chegou e abraçou Rose tão forte que nem parecia que a ruiva era uns bons palmos maior que a senhora.

- Oi vovó – Rose disse a abraçando de volta.

- Como prega uma peça dessas, menina? – a mulher a soltou para ralhar com a neta.

- Não foi algo tão calculado assim – Rose disse sorrindo amarelo – Simplesmente aconteceu.

- E onde está o rapaz que fez minha neta tramar tal brincadeira? – ela perguntou olhando além de Rose, Scorpius a olhava com um sorriso mais amarelo que o de Rose.

- Ora, ora – a Sra. Weasley disse o olhando avaliativa – Se não é um belo rapaz, muito bem Rose – ela disse e sorriu esmagando Scorpius também.

- Wow, ele não está acostumado com tano afeto, vovó – Rose disse olhando a cara de socorro de Scorpius.

- Estava mais do que na hora de acontecer algo para acabar com essa rixa familiar, estou muito feliz por vocês – ela disse simplesmente e seguiu para a cozinha.

- O que foi isso? – Scorpius perguntou recuperando o folego.

- Um dos melhores abraços que existem nesse mundo! – ela disse simplesmente – Agora vamos, tem muita gente para...

- Padrinho! – uma menina de cabelos dourados chegou correndo e pulou em Scorpius.

- Anne – ele sorriu abraçando a afilhada.

- Quantas vezes já falei para não sair correndo por ai, mocinha? – Ted vinha com uma face brava.

- Mas eu ouvi o padrinho! – a menina de três anos disse fazendo biquinho.

- Então é verdade – Teddy sorriu para o casal a sua frente – Vocês dois estão juntos.

- É sim – Rose disse fazendo cócegas na menina.

- Cara, nunca imaginaria você nessa casa – Teddy disse ainda sorrindo – Você quase não se encaixa nesse cenário.

- Primo, nós fomos feitos para passar todas as situações! – Scorpius sorriu enquanto sua afilhada se contorcia pelas cocegas da ruiva.

A avó de Ted Lupin, Andrômeda, era irmã da avó de Scorpius, Narcisa, que depois da guerra percebeu o quanto a família era importante e o quanto sentia falta de sua segunda irmã mais velha, sendo assim, depois de alguns anos tentando, finalmente se tornaram próximas novamente.

Nessa aproximação, Scorpius e Ted se aproximaram também e se tornaram grandes amigos, não irmãos, como Ted e os Potter, mas bem ligados mesmo assim. Pensando nessa reconexão com a família da avó, Ted pediu para Scorpius ser padrinho de sua filha, Anne, e, curiosamente, Victorie escolhei Rose para ser a madrinha de Anne, pois pensava que esse contato com uma criança seria bom para Rose.

Tanto Scorpius quanto Rose amavam Anne e a menina realmente se divertia com os padrinhos.

- Imagino que mais eu que você – Teddy disse tornando seus cabelos ruivos.

- De cabelos ruivos já basta minha família – Victoire disse chegando atrás de seu marido.

- Claro amor! – Teddy sorriu a beijando e mudando a cor de seus cabelos para o comum azul esverdeado.

- E quanto a você, mocinha, como apronta uma dessas? – Violet disse seu olhar se voltando para a prima.

- Bom, meio que aconteceu – Rose disse ficando vermelha.

- Nem vem com aconteceu pra cima de mim, vou chamar nossas primas e você vai contar tudinho, tintim por tintim! – ela disse pegando Rose pelo braço.

- Como? – Rose perguntou nervosa.

- Isso mesmo, já estavam todas te esperando mesmo – ela deu de ombros.

- Mas tenho que mostrar Scorpius à família – Rose tentou.

- Você tem muitos anos para fazer isso, mas nós não podemos esperar! – Violet disse a levando.

Rose lançou um último olhar preocupado para Scorpius e viu que o mesmo parecia apavorado, sorriu minimamente com isso e sumiu pelo corredor com a prima.

- Vish, primo, parece que foi deixado a própria sorte nessa toca de leões – Teddy ria de Scorpius.

- Ah, cala a boca troca-troca! – Scorpius disse o chamando pelo apelido que lhe dera quando eram menores.

- Bem, vamos, acho que poderiam usar uma mão a mais lá no jardim.

- O que você acha, ouvir a tia Rose junto com as outras tias ou ajudar os outros tios? – Scorpius perguntou para a loirinha em seus braços.

- Tenda, tenda! – ela disse alegre.

- Ela nunca se cansa de ver magia – Teddy sorriu para a filha – Vamos, é por aqui.

- E nessa confusão de conta ou não conta, Scorpius sugeriu que cassemos logo que daí não teria o que nossas famílias contrariarem – Rose contava em um banquinho encostado na parede.

Mais cedo, Rose e Scorpius tinham combina uma história de como se conheceram, como se casaram e as datas básicas de seu "romance". Sua mãe, avó, todas suas tias e quase todas suas primas a olhavam interessadas enquanto o jantar era preparado magicamente ao fundo.

- Oh – as espectadoras exclamaram.

- Sim, daí ele me falou para encontrar o vestido de noiva perfeito e encontrá-lo em sua casa e foi isso que eu fiz – Rose sorriu – Mal cheguei e ele logo aparatou comigo em uma praia já decorada com um altar e nossas testemunhas, lá mesmo ele me pediu em casamento e casamos logo em seguida.

- Queria estar lá – Roxanne exclamou sonhadora e então muitas mulheres começaram a questionar Rose em sua decisão de não chamar ninguém.

- Se acalmem! – Rose disse – Foi um erro não chamar vocês, mas foi tudo no impulso, como contei a vocês.

- Oh, Rose – Hermione a olhava um pouco triste – Mas pelo menos há fotos, não? – seu olhar se acendeu.

- Oh, fotos! – Gina sorriu, e logo todas ficaram agitadas novamente.

- Sobre elas... – Rose disse incerta olhando para os lados.

- Onde esta todo mundo nessa... – Dominique chegou gritando com um livro grosso verde nas mãos – Opa, vejo que já alugaram nossa querida novidade!

- Na hora certa – Rose soltou a respiração.

- Entrega especial – Dominique disse passando o livro para Rose.

- Bom, vocês estavam perguntando sobre fotos – Rose sorriu amarelo estendendo o seu álbum de casamento para sua mãe.

- Não acredito que Dominique e Albus foram! – Lilian disse ferida, outras primas começaram a protestar também.

- O segredo não era tão secreto assim, Violet era minha melhor amiga, portanto sabia e disso não demorou muito para seu noivo, o Al, descobrir – Rose se explicou, não podia chamar Dominique de melhor amiga na frente das primas, elas ficariam chateadas – E Domi, ela vive fuçando nas nossas vidas, vocês sabem.

- Ei! – Dominique exclamou emburrada vendo suas primas concordaram.

- Então, um dia Scorpius estava em casa e ela acabou descobrindo também, não era para ninguém saber – ela reforçou.

- E esses outros? – Hermione perguntou apontando para a imagem de todos juntos no altar.

- São amigos do Scorpius que acabaram descobrindo também, do jeito que ia até o final do ano metade de vocês já saberiam, mesmo sem a revista – Rose improvisou na hora.

- Mas se não tivéssemos descoberto, Scorpius nem saberia como montar tudo – Dominique riu cruzando os braços.

- Tenho certeza que essas rosas no arco de casamento foram sua ideia, filha – Fleur sorriu para sua filha.

- Clichê, com certeza é ideia sua – Victoire zombou e Dominique a olhou feio.

- Achei delicado! – Lucy, a caçula entre todas que, com Louis, iria entrar em seu último ano de Hogwarts.

- Oh, Lucy – Dominique abraçou sua prima.

- Parece que aproveitaram a noite, hum? – Angelina sorriu para a última foto em que Rose e Scorpius ressonavam perto de uma arvore, sendo que o homem estava cheio de marcar de batom pelo rosto e gola, eles ressonavam tranquilos.

- É, eles nos pegaram depois da festa – Rose disse encarando Dominique que segurava uma risada.

- Deve ter sido uma ótima noite – Molly disse sorrindo e voltando sua atenção para as panelas.

- E Rose, acho melhor ir resgatar seu marido dos nossos Weasleys – Audrey disse sorrindo enquanto olhava pela janela para a cara angustiada de Scorpius.

- Acho bom eu ir mesmo – Rose sorriu, mais porque estava livre de perguntas do que por Scorpius.

- Hum, então esse é o cara que conquistou a Ro – Scorpius ouviu assim que saiu da casa, genuinamente se impressionou com a quantidade de homes ali, uma reunião de sua família não teria nem metade da dos Weasleys.

- É o meu padrinho, Scorp – Anne disse sorrindo e correndo para Fred, o que havia visto Scorpius.

- E já está levando essa pequena também! – Fred disse pegando Anne e fazendo cocegas nela.

- Não é... – Scorpius começou.

- Um sangue puro, então? – James perguntou.

- Esse negócio de sangue é furado, James – Harry repreendeu seu filho.

- Como conseguiu conquistar Rose? – Louis perguntou.

- Uma poção? – George se pronunciou.

- Um feitiço? – Gui não tinha muitos problemas com o garoto, mas não poderia perder aquela chance.

- Quem sabe um ritual? – Carlinhos se encontrava na mesma situação que o irmão mais velho.

- Garanto que não alterei em nada as percepções de Rose com magia, eu ap... – Scorpius começou novamente um pouco apavorado com tantos homens bem mais encorpados que ele o questionando.

- Rose não se apaixona por qualquer um, sabe – Fred colocou seu braço pelo ombro de Scorpius.

- E é por isso que amo nossa família – Rony olhava a cena, divertido.

- Mas ele é seu genro, não seria melhor ajudá-lo – Harry perguntou, mas também se divertia.

- Não posso tirar a novidade deles – Rony piscou.

- O jardim precisa ser desgomisado – Percy exclamou cobrindo uma mordida.

- Oba! – Anne sorriu saindo do colo de Fred.

- Vamos lá – Teddy chamou Scorpius que sorriu saindo da mercê dos Weasleys por alguns instantes.

- Hum, o que é desgomisar? – Scorpius perguntou baixo, nunca passara por aquilo na mansão.

- É muito legal, você tem que procurar gnomos, quando acha-los você gira eles para ficarem tontos e joga longe! – ela disse divertida fingindo girar um gnomo.

- Mais cansativa que divertida, mas... – Teddy deu de ombros e Scorpius se entregou na tarefa.

Haviam poucos gnomos ali, portanto a tarefa foi fácil e rápida, claro que seria mais rápida de Anne não gritasse todas as vezes que via um gnomo fazendo-o se esconder novamente, mas logo voltaram a tenda onde a mesa já estava montada.

- Scorpius, meu cunhado favorito! – Hugo exclamou assim que viu a cabeleira platinada se aproximando, finalmente haveria alguma diversão por ali.

- Ele tem outro? – Louis perguntou a Albus que apenas deu de ombros.

- Estávamos a sua espera, pensamos sobre você e nossa querida prima e não achamos que você conseguiria conquistar Rose tão facilmente – Fred disse e Scorpius engoliu em seco.

- Mas já que parece que Rose realmente se casou por livre e espontânea vontade – Hugo disse, Fred tinha-o guiado para uma cadeira no meio da grande mesa que arrumaram para o jantar.

- Temos que te contar como ela funciona, para te ajudar, claro – James sorriu.

- Parem de enchê-lo! – Rose chegou ao jardim e falou com os braços cruzados.

- E quem disse que estamos enchendo-o? – Hugo perguntou olhando com uma faze desafiadora para a irmã.

- Eu estou dizendo – ela respondeu – Vamos Scorp, vou te mostrar o lugar – ela disse o puxando de pé.

- Podemos mostrar! – Fred se ofereceu e Hugo confirmou.

- Esqueçam – Rose disse puxando Scorpius dali.

- Sabe, Rose, eles iam começar a me contar seus podres – Scorpius disse com um sorriso de canto depois de um tempo.

- Haha, provavelmente iam contar mentiras sobre mim – ela disse cruzando os braços o olhando com desdém.

- Será que a conversa seria muito longa?

- Claro que não, sou um livro aberto – ela disse sorrindo superior.

- Então creio que todos sabem se sua tatuagem de fênix na clavícula? – ele disse com um sussurro.

Rose arregalou os olhos e o empurrou para dentro da garagem de seu avô.