- Vamos, Scorpius, pare de empacar! – Rose reclamou puxando Scorpius pelo corredor em direção do avião em que seguiriam para o Egito.

- Ainda não acredito que concordei com isso! – Scorpius reclamou – É metal que voa sem magia – Scorpius olhava Rose como se fosse um absurdo.

- Já conversamos sobre isso, é o meio mais rápido de ir – Rose revirou os olhos.

- Uma chave de portal... – ele resmungou.

- Não conseguimos autorização por não ser um assusto urgente – Rose o puxou novamente – Você não quer ir ao Egito? – ela perguntou.

- Sim, mas...

- Sem mas, apenas entre no maldito avião! – Rose disse o puxando novamente e entrando na cabine, sua mãe fez questão de dar primeira classe aos dois e a ruiva estava animada por andar na primeira classe pela primeira vez.

- Você é muito mandona – Scorpius reclamou.

- E você é muito infantil – Rose respondeu.

Uma atendente apareceu para indicar os assentos deles e eles ficaram em poltronas confortáveis lado a lado.

- Acho que esqueci de falar para os seus pais que a Bell corre muito, melhor voltar antes que eles se machuquem – ele disse ficando tenso na poltrona.

- Relaxa Scorpius – Rose disse vendo a tensão do loiro e tentando não rir – Papai conhece bem a Bell, ela estará bem.

- Acho que eu deixei a luz do meu quarto acesa, não quero pagar uma fortuna de...

- Depois ligo para irem verificar.

- Não acho que...

- Scorpius – Rose o empurrou para se encostar na poltrona, ele a olhou – Se acontecer qualquer coisa, basta usar a varinha – ela lembrou.

- Fácil falar – Scorpius desdenhou, Rose apenas revirou os olhos – Deviamos aparatar.

- Não dá para aparatar tão longe e você sabe disso – Rose revirou os olhos – Dorme que você nem sentira as horas – Rose sugeriu.

- Como se estivesse tranquilo para isso – ele respondeu ainda pilhado.

- Toma, bebe isso e relaxa – Rose disse pegando uma taça de bebida com uma aeromoça e adicionando algo que estava em sua bolsa, ele nem notou olhando pela janela.

- Não estou no clima.

- Bebe, te fara bem – ela empurrou a bebida nele, ainda agitado Scorpius bebeu e em um minuto estava dormindo.

Rose sorriu e se aconchegou para assistir algo. Depois da refeição notou que Scorpius dormia tão bem que ficou com sono também e o imitou.

...

- Rose, Rose – alguém a balançava, ela abriu os olhos sonolenta – O que colocou na minha bebida? – Scorpius perguntou desconfiado – Você me drogou?

- Não, foi apenas uma poção relaxante – ela disse fechando os olhos e se aconchegando na poltrona.

- E por acaso você tomou também? – ele ainda a cutucava.

- Não, relaxa Scorpius – ela reclamou.

- Mas já chegamos – ele disse e ela abriu os olhos em alerta – E somos os únicos restantes aqui.

Essas palavras despertaram Rose que se levantou de supetão tendo uma rápida vertigem, percebeu que as aeromoças a olhavam meio emburradas e Scorpius a olhava divertido.

- O que está olhando, vamos então! – ela disse pegando a mão do loiro e arrastando para fora do avião. Uma vez fora, Scorpius explodiu em gargalhadas.

- Não precisa ficar tão vermelha, ainda nem pegamos sol, Rose! – ele segurava a barriga, ela bufou.

- Vamos pegar nossas malas – Rose resmungou e o puxou pela camiseta mesmo.

- Ei, eu consigo andar sozinho – o loiro disse se soltando dela e arrumando a camisa amassada.

- Pois então o faça – ela disse seguindo o corredor.

Rose era pouco mais baixa que Scorpius, mas ele teve de se apressar para ficar ao seu lado, já que ela andava bem rápido para longe do avião.

...

- Finalmente – Rose sorriu se jogando na cama do hotel em que estavam – Descanso! – ela comemorou.

- Nem pensar, temos muito a ver, as pirâmides, a enorme cidade sob o deserto, os museus, as esculturas o... – Scorpius parou de falar quando um travesseiro acertou seu rosto.

- Amanhã nos vemos tudo! – ela reclamou.

- Mas ainda está claro! – Scorpius disse cutucando as costas da ruiva.

- Mas daqui a pouco vai escurecer – ela disse se mexendo incomodada com as cutucadas.

- Temos muito a ver! – ele disse intensificando as cutucadas.

- Scorpius! – Rose reclamou se virando e segurando a mão dele.

- Ótimo, agora que você acordou – ele disse sorrindo – Vamos dar uma volta.

- Se eu ficar com muito sono você vai me carregar no colo – ela disse se espreguiçando na cama.

- Topado, você não deve pesar nada mesmo – ele debochou, desde a escola zoava Rose por ser, naquela época, uma tabua.

- Melhor não me fazer mudar de ideia! – ela disse pegando uma de suas malas e trocando por algo mais fresco, Scorpius já estava vestido para sair nas ruas quentes do Egito – Por que você não pode ir sozinho mesmo? – ela bocejou.

- Porque é chato sair sozinho – ele disse simplesmente – Vamos logo!

O casal saiu sem destino certo, a programação que Scorpius montou realmente começava apenas no dia seguinte. Andaram pelas ruas e conforme escurecia viam as luzes que tomavam conta da escuridão, Rose não queria admitir, mas se divertiu passeando por todas as lojas que vendiam tudo que podia imaginar.

- Tantas formas de entalhar o ouro – Scorpius disse observando aas joias de uma loja.

- E ai, estou bem local? – Rose perguntou experimentando um lenço na cabeça em uma loja mais a frente, de tecidos.

- Com essa pele pálida? – Scorpius debochou.

- Você já se viu no espelho? – Rose rebateu deixando o lenço e sorrindo para a vendedora.

- Nunca disse o contrário – ele disse observando os pulsos claros.

- Nossa, está ficando frio – Rose disse passando as mãos nos braços.

- É, a noite a temperatura cai – Scorpius disse a abraçando de lado – Que tal voltarmos? – ele sugeriu a vendo bocejar novamente.

- Finalmente – ela brincou – Acho que o sono é tanto que vou desmaiar – ela disse fechando os olhos e sorrindo encostando-se ao ombro do loiro.

- Nem vem, você ainda está andando – ele a sacudiu.

- Chato! – ela reclamou.

- Falsa! – ele disse num tom leve.

- Fofo – ela disse se aconchegando nele.

- Ei, isso são músculos!

- Com gordura! – ela riu e ele revirou os olhos.

- Vai dormir que você ganha mais!

- É só você me deixar que já estou do mundo dos sonhos – ela fechou os olhos, mas tropeçou logo depois – Ei, era para você me guiar!

- E estou basta apenas você não tropeçar no chão – ele rebateu.

- Você é inacreditável! – ela revirou os olhos.

- Melhor do que a realidade! – ele sorriu pomposo.

- Mais estranho do que poderia ser – ela retrucou.

- Fica quieta Weasley! – ele a cutucou.

- Force-me, Malfoy! – ela retrucou.

- Você não iria gostar dos meus métodos.

- Tenho – ela bocejou – Certeza que sei lidar com eles.

- Você ainda está acordada? – ele perguntou quando ela fechou os olhos.

- Claro, com um loiro irritante na minha orelha – ela respondeu.

- Já estamos chegando – ele disse e atravessou uma rua.

- Tão cedo – ela ironizou.

- Ainda são nove horas! – ele riu – Degraus – ele alertou enquanto subiam para a recepção do hotel.

- Não para o meu relógio biológico.

- Depois eu sou o impossível – ele apertou o número do andar em que estavam hospedados no elevador.

- Que bom que sabe – ela sorriu e chegaram no andar de seu quarto, Scorpius andou com Rose ainda encaixada nele e a empurrou para a cama – Delicadeza mandou... oi – ela disse bocejando, mas se arrumando na cama.

- Você ainda está de sapatos! – ele alertou, mas Rose já ressonava tranquila.

Scorpius revirou os olhos e retirou o sapato de Rose a deixando mais confortável. Olhou ao redor e viu um carrinho com champanhe e flores. O loiro riu guardando a bebida no frigobar e seguindo para tomar seu banho, fora um dia cheio, mas pelo menos agora estava no lugar que mais desejava ver desde criança, sorriu feliz.

...

- Scorpius! – o loiro ouviu alguém o chamando, mas estava muito sonolento para responder – Não de uma de dorminhoco! – ele sentiu alguém o cutucar e se virou de barriga para cima – Há, sabia que já estava acordado! – ele sentiu um peso sobre seu abdome – Vamos, o café vai acabar! – ele resmungou – Scorpius – gritaram bem perto de seu rosto.

- Me deixe dormir, Rose – ele pediu.

- Até posso deixar, mas se você dormir não vamos ir ao passeio de hoje, algo relacionado a uma cidade magica sob o deserto, muitos dizem que é a melhor obra magica de arquitetura já vista, mas creio que você não...

- Cidade de Are... Ai – Scorpius disse ao levantar de supetão e bater sua cabeça na de Rose que estava em cima dele com o rosto bem perto.

- Ótimo, você acordou, é hora do café! – ela disse pulando de cima dele e sorrindo – Estou morrendo de fome! – ela colocou a mão na barriga com uma expressão sofrida.

- Se não está com sono, está com fome, você faz algo além de comer e dormir? – Scorpius perguntou se espreguiçando.

- Bom, basicamente são essas duas coisas – Rose deu de ombros massageando o nariz – Cabeça dura, não Scorpius?

- Você não é menos delicada – ele disse levanto a mão a testa – Também, sua ideia de me acordar é ficar em cima de mim – ele reclamou.

- Mas deu certo, não? – ela perguntou – Vá se arrumar logo, com tanta pele exposta tenho certeza que vai se queimar ao pisar sob o sol – ela disse apontando para seu peito sem camisa.

- Creio que vai odiar ter de se privar desta visão, mas acho que tem razão – ele disse pegando uma muda de roupa e seguindo para o banheiro.

- Acho que você não acordou direito, ainda sonhando? – ela ironizou.

...

- Não acredito que estou mesmo aqui! – Scorpius estava com um de seus maiores sorrisos enquanto tentava olhar tudo que havia ali.

Ambos tinham acabado de atravessar um templo aparentemente fechado para reforma e agora se encontravam em sob as areias do Saara. As ruas eram de pedra assim como a maioria das construções meio arcaicas. A areia deslizava há muitos metros de suas cabeças como se estivessem contidas por um teto mágico e deixavam apenas uma claridade diferente de tudo que já viram entrar.

Era como se fosse dia, mas um dia diferente e mais brilhante, para todo lado que olhavam pessoas iam e vinham, pessoas vestidas quase totalmente o que o casal achava curioso. Uma confusão de conversas se estendia por todo o local e para todo lado pessoas iam e vinham apressadas, como em uma cidade normal.

- A Cidade de Areia! – Scorpius disse animado – Onde devemos ir primeiro, ao Mercado Central? Ao Grande Templo? À casa do Grande Construtor? À praça... – Rose segurou a boca do loiro o fazendo a olhar.

- Vamos seguir o mapa e ir no que estiver mais perto, ok? – Rose disse divertida – E vamos voltar aqui outros dois dias, veja tudo com calma! – ela o soltou.

- Ok – ele disse mais calmo.

- Certo, qual o mais perto? – Rose disse estendendo um mapa.

- É o...

- Com licença – Foram interrompidos por um homem de cabelos castanho – Poderiam tirar a nossa foto, por favor? – ele perguntou estendendo uma câmera, um dos novos modelos bruxos.

- Claro – Rose sorriu pegando a máquina, o homem então seguiu para uma mulher que segurava uma criança sorridente.

A pequena família sorria e fazia brincadeiras sob o arco de entrada da cidade enquanto Rose tirava o máximo de fotos que podia, então a ruiva se aproximou para devolver a máquina.

- Tire fotos deles também! – a mulher mandou observando a máquina pendurada no pescoço de Scorpius.

- Oh, não precisa! – Rose respondeu ao mesmo tempo em que Scorpius entregava a máquina – Ok! – ela resmungo saindo de perto e cruzando os braços enquanto Scorpius seguia para posar sob o arco.

- Ei, vá junto! – a mulher mandou apontando para Rose se juntar na foto, Rose fez gestos que não, mas a mulher insistiu. Assim, Rose e Scorpius se divertiram irritando um ao outro enquanto tiravam fotos.

- Obrigado! – Scorpius disse pegando a máquina de volta.

- Sem problemas – o homem sorriu.

- Sorvete! – o menino nos braços da moça pediu.

- Você acabou de tomar café da manhã, sorvete só depois! – ela disse enquanto saiam em direção da cidade.

- Quer que tire algumas de você sozinho? – Rose perguntou.

- Não, tudo bem – ele recolocou a máquina no pescoço – Vamos, a Casa dos Artefatos é aqui do lado!

- Sim capitão! – Rose se divertia com a animação do loiro.

...

N/a: Oi, Andie Jacksonn, obrigada pelo comentário. Ai está o começo da "Lua de Mel", hehe, e ainda tem muita coisa para acontecer. Sim, o Lucius e o Chalie ainda terão histórias para contar. Bjs, Bibi