- Olha, Rose, sabia que conseguiam usar isso para viajar distancias no deserto? – ele disse apontando para um disco antigo.

- Mas e os tapetes voadores? – Rose perguntou apontando para a outra parte do museu.

- Antes de inventarem esses – Scorpius balançou a mão.

- Agora vamos a outro lugar? – Rose perguntou se esticando – Já passamos horas aqui.

- Mas e a ala dos mistérios desvendados? – Scorpius olhou em volta.

- Foi a primeira que vimos – ela o pegou pela mão – Vamos, eu escolho aonde iremos agora – Rose disse fazendo careta para o ambiente abafado fora do museu.

- Mas eu tenho o mapa de onde é interessante ir – ele disse pegando um mapa em seu bolso.

- E eu sei onde é legal ir – Rose disse começando a andar pela rua com Scorpius a sua cola.

- Como pode saber disso?

- Porque eu sou legal – Rose jogou o cabelo pro lado, ambos riram.

- Tem uma loja de tapeçaria famosa... – Scorpius começou depois de um tempo andando com Rose olhando em todas as partes.

- Ali! – Rose apontou assustando Scorpius.

- Flor do Nilo? – Scorpius leu a placa em cima da loja – Quitutes e guloseimas? – ele olhou com o canto dos olhos para Rose – Você só pensa em comer?

- Quando estou com fome sim, você ficou muito tempo na exposição – Rose respondeu dando de ombros e seguindo para a loja, Scorpius a seguiu balançando a cabeça.

Rose estava olhando uma estante com vários potes coloridos e então um homem que parecia trabalhador da loja se aproximou e falou algo que ela não entendeu.

- Como? – Rose perguntou com um sorriso mínimo.

- Americana, então? – o homem perguntou sorrindo.

- Inglesa na verdade – Rose sorriu.

- Sim, claro – o homem assentiu – O que estava dizendo é, bem vinda a Flor do Nilo, aqui você encontrará os melhores quitutes do Egito!

- Rose, olha que incrível esse doce! – Scorpius apareceu com um saquinho transparente cujo conteúdo colorido se mexia.

- O que é isso Scorpius? – Rose olhou o saco com nojo.

- Vejo que seu amigo encontrou nossa Cascavel de Goma – o homem que falava com Rose sorriu.

- Sim, são doces de cobra, que se mexem! – Scopius falou animado – O que é aquilo? – ele perguntou olhando para um pacote triangular.

- São biscoitos de nozes – o homem respondeu solicito.

- Parecem deliciosos! – Scorpius comentou.

- E são, perto do caixa há algumas amostras para quem se interessar, se gostar de algo, basta me chamar que eu pego um pacote para você.

- Obrigado – Scorpius ficou ainda mais animado – Melhor decisão Rose!

- Vejo que seu amigo está satisfeito com a nossa loja – o vendedor sorriu.

- Ele está satisfeito com tudo do Egito, na verdade – Rose sorriu de lado.

- E para a senhora, o que deseja? – o homem perguntou solene.

- Eu estou procurando algo salgado na verdade – ela respondeu olhando em volta.

- Nesse caso tenho a mesma sugestão que dei para o outro freguês, lá possuímos uns biscoitos bem saborosos.

- Ok, obrigada!

- Disponha.

Rose caminho para onde Scorpois estava e o encontrou bem indeciso olhando para dois tipos de guloseimas coloridas, uma em formato de bolinha e outra de conchas.

- Problemas no paraíso? – Rose perguntou rindo.

- Oi Ro, só estou em dúvida em quais dessas eu levo para Anne – ele disse ainda olhando para as duas balas.

- Pensei que as cobras eram para ela.

- Você acha que ela vai gostar de cobras de goma? – Scorpius a olhou.

- Anne sempre gostou de aventuras – Rose deu de ombros.

- Certo, vou levar um para ela e um para mim, também aqueles palitinhos brancos e um pote daquele pudim que parece creme – ele disse – Você quer algo?

- Não precisa, eu pago...

- Eu insisto, você está me aguentando bem nessa viagem – ele piscou.

- Sendo assim, vou ver algumas bolachas enquanto você vai pegar suas compras – Rose sorriu.

- Certo, depois só avisar.

Não muito tempo depois, Rose e Scorpius saíram da loja, ele com algumas sacolas e ela com um pacote de pães pequeno em uma mão e alguns biscoitos em uma sacola em sua outra mão.

- E agora? – Rose perguntou depois de engolir um pedaço de pão.

- Como você come isso puro?

- Pão é gostoso, pelo menos o miolinho dele – Rose sorriu.

- Cada um com seus gostos – ele deu de ombros.

- E ai? Para onde agora? – Rose perguntou.

- Ah, vamos andar por ai até você terminar de comer, é chato comer e olhar as coisas – Scorpius disse compreensivo.

- Sei, a próxima atração só não deve permitir pessoas comendo – Rose revirou os olhos.

- Ok, essa é realmente a questão, então sem pressão – Scorpius disse a olhando fixamente em brincadeira.

- Já vou, Scorpius – Rose balançou a cabeça – Vamos andando até lá enquanto isso, e aproveita e se acalma e de uma olhada de verdade em volta, sem ficar correndo.

- Eu estou olhando em volta – Scorpius disse ultrajado.

- Certo, então só vamos dar uma olhada em um ritmo menos frenético – Rose disse sorrindo – Vamos, vamos até o próximo lugar.

- Ok, é um templo – Scorpius disse quando começaram a andar – Um templo que é o que cria toda essa cidade.

- Sério? – Rose perguntou genuinamente interessada.

- Sim, há tempos atrás, quando os magos perceberam que a única resposta para fugir da perseguição dos faraós, que tinham um tipo de policia secreta que buscavam os bruxos para escravizá-los, era criar um cidade escondida apenas para eles – Scorpius explicou – Mas no deserto apenas havia uma imensidão dourada que de nada ajudava-os a se esconder.

- Ou será que não? – Rose riu.

- Sim, um deles convidou o concelho para discutir essa ideia louca de construir uma cidade sob toda aquela imensidão e aqui estamos – Scorpius olhou em volta – Umas das maravilhas do mundo mágico.

- Muito interessante mesmo – Rose o olhou – E como esse Templo tem tanta importância?

- Ah sim, é que você pode perceber q a mágica de um, ou até mesmo de um grupo de magos não conseguiria criar algo tão grande como essa cidade – Rose assentiu – Então um deles que estava sabia um pouco mais sobre poções fez vários experimentos, e criou um liquido tão puro que transbordava magia.

- Nossa e como..?

- Perguntas no final, por favor – Scorpius pegiu sorrindo – Claro que esses experimentos custaram a vida de tal mago, com esse liquido, então, os outros magos regaram algumas arvores que existiam nos fundos da casa do mago falecido – ele fez uma pausa – Essas arvores então foram tomadas de um poder nunca visto antes, e essa é a fonte de tudo isso.

- Essa história é realmente incrível – Rose comentou sincera.

- Dizem que até hoje é possível sentir a magia emitida pelas arvores, e é isso que espero sentir quando chegarmos lá.

- Legal, agora até eu estou animada para ir.

- Viu, como não ficar animado em um lugar como esse?

- Certo, te dou esse desconto – Rose revirou os olhos e comeu o ultimo pedaço de pão em suas mãos – Vamos lá então.

- Na verdade, nós já chegamos – ele disse virando a rua.

Ali estava uma enorme escultura de pedra retangular, na frente grandes estatuas de quatro pessoas que pareciam gravadas na pedra pareciam assegurar a entrada, que estava entre eles. Em cima de tal entrada, uma outra figura humana estava representada, era menor que os outros, mas se destacava por ser toda revestida em ouro.

- Ao total foram cinco magos que criaram essa cidade, quatro homens e uma mulher, a qual foi a bruxa que se sacrificou portanto a mais venerada entre eles – Scorpius disse apontando para a estatua de ouro – O templo se chama, traduzindo, Pomar de Núbia em homenagem a ela – ele continuou apontando.

- Legal – Rose disse sorrindo e andando com Scorpius até o templo.

Quando atravessavam as grandes portas para o templo, Rose ofegou de repente.

- O que foi? – Scorpius perguntou preocupado.

- Eu não sabia que a magia podia ser tão intensa – Rose disse sorrindo – Não consigo explicar, é só algo invisível que me envolve por tudo.

- Sim, eu também sinto – Scorpius sorriu – Vamos ver como isso fica quando estamos realmente em frente a uma arvore – ele disse pegando sua mão e a levando para mais dentro no lugar.

Rose percebeu que, como os templos trouxas, ali também as paredes eram cheias de hieróglifos coloridos e os corredores amplos, como se fossem feitos para gigantes. A cada passo Rose se emocionava mais e ela não sabia o porquê.

Quando chegaram ao pomar em si, ambos pararam abobados perante o que viam. As ditas arvores não eram simplesmente arvores, o tronco delas era enorme e tanto o tronco quanto a folhagem em seus galhos brilhavam como se o sol estivesse sido capturado por trás das mesmas para sempre, exatamente como a areia acima de toda a cidade.

Pessoas rezavam, andavam de um lado para o outro ou apenas, como Rose e Scorpius, admiravam tal vista, outros até choravam ou abraçavam as arvores.

- Dizem – Scorpius pigarreou – Que nunca uma folha caiu de algum dos galhos.

- É lindo – Rose sorriu se encostando um pouco mais no loiro, o qual a olhou por um momento e então se voltou para as arvores mais uma vez.

- Realmente incrível.

Depois de passarem umas boas horas no templo, a fome fez-se presente e Rose e Scorpius tiveram de ir, com um desejo de voltar novamente ainda naquela viagem. Então, passaram a tarde inteira passeando pela cidade vendo tudo que poderiam, Scorpius parecia encantava-se com tudo e Rose se divertia com ele. Entretanto antes mesmo do sol se por o ônibus deles já estava partindo e agora ambos já estavam no quarto do hotel.

- Não estou com sono – Rose reclamou chegando ao hotel.

- Muito menos eu, esses passeios foram muito curtos – Scorpius chegou depois carregando varias sacolas.

- Mas se fossem menos curtos você já não teria braços para carregar – Rose riu.

- Eu ainda teria os seus – Scorpius levantou as sobrancelhas.

- Ah tá – Rose desdenhou – Enfim, vamos fazer alguma coisa?

- O que quer fazer? – Scorpius perguntou chamando o elevador.

- Vamos à piscina? – Rose disse olhando uma imagem da piscina do hotel perto do elevador.

- Daqui a pouco escurece e a noite aqui é muito fria – Scorpius reclamou.

- Dai aproveito a hidro, claro – Rose riu já no elevador.

- Vai pegar um resfriado – Scorpius reclamou.

- Você decide se vai ou não, eu já estou indo! – Rose disse saindo do elevado e entrando no quarto.

- Você é impossível – Scorpius revirou os olhos a seguindo.

- E você é chato – Rose respondeu já no banheiro se trocando.

Scorpius deu de ombros e foi arrumar as coisas que tinha comprado, a maioria presentes para seus amigos e família.

- Tchau, loiro azedo, se quiser me encontrar estou na piscina – Rose disse passando por Scorpius já em sua saída.

- Loiro azedo? – Scorpius levantou uma sobrancelha, mas Rose já havia saído dali.

Scorpius terminou de arrumar suas coisas e olhou em volta, estava no Egito como sempre qui e tudo estava ocorrendo muito bem. Olhou pela janela e viu um grande sol laranja se pondo, pensou em Rose, pensou que aquela era sua viagem portanto não deixaria que a ruiva se divertisse mais do que ele.

...

- Sabia que esse sol combina exatamente com seu cabelo? – Rose ouviu uma voz conhecida enquanto tomava sol – Mas pelo menos a tocha que você chama de cabelo dura até a noite.

- Melhor do que combinar com o sol do meio dia, aquele que só de olhar você fica cego de tanto exagero – ela riu abrindo os olhos e tirando os óculos – O que está fazendo? – ela perguntou notando que ele se abaixava para ficar na altura dela com um sorriso travesso.

- Nada – ele disse, mas a pegou no colo subitamente, ela gritou.

- Scorpius, me põe no chão! – ela demandou batendo em seu peito com a mão livre que não estava segurando no pescoço dele.

- Calma, estou fazendo um experimento – ele disse sério, mas então correu e pulou na piscina, ela gritou novamente.

- Malfoy! – ela gritou quando se levantou na água.

- Queria ver se a agua apagava seus cabelos, não deu certo – e ele riu quando ela o olhou, raivosa.

- Mas você quer guerra, terá guerra! – ela disse jogando agua na cara dele assim que ele tirou o excesso de água na região dos olhos, e novamente quando ele refazia o movimento e por mais algumas vezes.

- Rose! – ele gritou tentando, mesmo sem enxergar a conter seus braços.

- Eu! – ela disse inocente e Scorpius foi a sua captura.

Ficaram um tempo nesse pega-pega até Scorpius pedir para parar e ir boiar para descansar. Rose não pensou duas vezes antes de acabar com essa tranquilidade, afinal ele que decidiu provocar, por um tempo ficaram apenas se irritando e se divertindo, até que o clima começou a esfriar e Rose sugeriu o que já falara antes, ir a hidromassagem que era em um lugar coberto e quente, Scorpius a seguiu.

- E então, Scorp, como sua família tem tanto dinheiro? – Rose perguntou de repente não querendo ficar quieta ali – Digo, depois da Guerra o pessoal continuou comprando com seu pai? Não que ele tivesse feio algo de muito ruim, mas meio que fez. Quer dizer, é que eles meio que odiavam...

- Segredo de família – ele riu a interrompendo – Mas digamos que ninguém bruxo vive sem nosso produto principal e nenhuma outra empresa consegue fazê-lo.

- Hum, segredos! – ela disse com os olhos brilhando – Mas quero lembrá-lo de que agora sou sua esposa, portanto sou família, pode confiar – ela piscou.

- Você não será mais "família" em dois meses – ele disse fazendo aspas – Sinto muito.

- Sente nada! – Rose emburrou – Maridos não servem mais para nada hoje em dia.

- Pare de drama – Scorpius a cutucou, mas ela continuou de braços cruzados, e ele foi cutucando e cutucando até ela sorrir com as cócegas.

- Você joga baixo! – ela acusou conseguindo controlar a mão do loiro.

- Nunca! – ele riu se rendendo.

- Acho que viajei com o Malfoy errado, cadê aquele Malfoy reservado que não fala quase nada a não ser coisas para me irritar? – ela perguntou batendo de leve nele com o ombro.

- Ficou em Hogwarts – ele riu.

- Imagino como você é no hospital – ela disse revirando os olhos.

- Sou o melhor doutor que existe – Scorpius riu – Mas e você, no que trabalha mesmo?

- Na administração da Floreios e Borrões – ela esclareceu – 30% de desconto em qualquer livro! – ela comemorou e Scorpius riu.

- Achei que a loja estava com problemas, já que o dono morreu sem herdeiros – Scorpius lembrou.

- Estamos estabilizando – Rose suspirou – Mas não quero falar sobre isso.

- Ok, fale sobre sua família – Scorpius pediu e ela a olhou com uma sobrancelha levantada – Como é ter uns três times de quadribol como família andando por ai? – Rose não pode deixar de rir, achava que ele perguntaria de seu padrinho.

- Dependendo do momento legal ou chato – Rose riu – E, como você já sentiu, privacidade é inexistente – ambos riram.