Capítulo 1 – Inalcançável

InuYasha julgou ser poderoso o suficiente para não sentir nada, nem mesmo o mais puro e nobre sentimento, o qual seria considerado o amor, também o que pode nos fazer sofrer mais.

Considerava-se um meio-demônio muito melhor que outros, pois era imune a qualquer veneno, imune aos seus sentimentos e as criticas que a população da cidade empunha sobre ele.

Mas, as pessoas mudam e seus conceitos também, imune ao mundo, mas não ao próprio coração, e quem disse que o coração não prega peças?

Imune às maldades que o mundo lhe dirigia, entretanto, não era tão inalcançável para que a pureza não o atingisse, ela poderia atingi-lo...

A beleza de algum lugar, a pureza de algum ser, isso sim o atingia, pois sabia não haver nada disso nele, nada dessas coisas tolas, as quais ele prometera viver sem.

Sentimentos: tantas vezes reprimidos, tantas vezes esquecidos, porém os mais puros.

Classificações: Inabalável, inalcançável, inigualável.

Era isso que ele era, apenas um ser que resistia, mas não vivia, desistira dos sorrisos, desistira das lágrimas, sua vida se resumia em mostrar-se indiferente quanto às criticas do mundo.

O objetivo de apenas manter-se, apenas manter-se acordado por mais algum tempo, era isso que ele era.

Sempre insensível, sempre tendo um próprio modo de agir.

Assim ele mostrará a vocês as três classificações que mais o condenaram a solidão...O Inalcançável, inabalável e o inigualável...

OoOoOoOoOoOooOOooOoOoOOoOoOoOOoOooOoOoOoOooOoOoOoOOoOoO

Arrumou sua bolsa e seguiu para o colégio a expressão indiferente continuava a iluminar-lhe a face, já iluminada pelo nada.

Chegou em sua sala e sentou-se na carteira de sempre, ninguém ousava passar por perto, não queriam nem deveriam, pois o hanyou não estava com vontade de aturar implicâncias sem que a pessoa recebesse um soco de troco.

A aula começou e logo uma nova aluna foi apresentada, Higurashi Kagome, aquela a qual sentaria do lado do jovem estranho e quieto.

A menina calmamente sentou-se lá e a professora marcou os trabalhos a serem feitos em dupla, juntando-a com ele.

Tentara não dar um fora nela, nem soca-la até faze-la parar de irrita-lo como estava fazendo, mas era impossível...

#Cala sua maldita boca – Falou o meio-demônio, irritado.

#Oh, perdão – Falou a menina, ofendida e arrependida...

Isso o tornava inalcançável, as pessoas sempre tentariam se aproximar, porém ele nunca as deixaria chegarem perto o suficiente para que depois pudessem sem querer feri-lo.

Era como uma estrela, brilha lá no céu, onde todos podemos ver, mas onde ninguém poderá encostar, ninguém poderá machucar ou conseguir atingir com insultos, pois está longe de mais, não só em distância, como na inteligência e perspicácia.

Era como as ondas, sempre indo e vindo, mas nunca ninguém poderiam impedi-las de cumprirem seu objetivo, ou ao menos faze-las pararem.

Ao término do trabalho ela lhe olhou com um pouco de raiva, sem medo ou nada, porém, no fim, deu-lhe um sorriso como se tivesse entendido tudo, e falou que o entendia, o que só resultou como mais uma bronca dele...

#Você não entende!Vocês não entendem, por que você, que mal me conhece, me entenderia? – Falou, dando um passo para frente, entretanto, sem ter o sucesso de assusta-la.

#Por que você não tem medo como os outros?POR QUE NÃO ME INSULTA COMO OS OUTROS? – Perguntou o meio humano, tendo pela primeira vez demonstrado a sua dor.

#Você...Você é Inalcançável, certo?Ninguém nunca chegou a você, mas eu vou tentar, só vou desistir...Se algum dia você me mostrar odiar-me.

A jovem saiu andando com suas botas, deixando o jovem sendo observado pela professora, visto que sua explosão chamara a atenção desta.

Inalcançável, sua primeira característica e sua primeira condenação...

Ele era e sempre seria inalcançável.