Olá novamente pessoal. Estou aqui novamente pra informar que infelizmente continuo sem possuir os direitos de Harry Potter, então não faturo nem um centavo com nada que escrevo sobre o tema. Apenas me divirto no universo criado por JK Rowling.
Boa leitura pra vocês
Capitulo 2: Retornando ao Largo Grimmauld
Harry acordou no seu quarto na rua dos alfeneiros com Edwiges piando e se agitando na gaiola. Ele acordou com uma sensação de extrema naturalidade, como se tudo não passasse de um longo e complicado sonho. A sensação foi tão forte e reconfortante, que o garoto simplesmente voltou a fechar os olhos por um longo segundo buscando o sono novamente. Porem isso não durou muito, logo as lembranças o atingiram com um impacto de um trem.
Tudo voltou enquanto ele mantinha seus olhos fechados! A guerra, a caça as Horcruxs, o sacrifício que ele vez se entregando voluntariamente a Voldemort, a confusa conversa com Freya e os outros deuses e também o acordo que eles fizeram a contra gosto do deus do tempo.
Harry levantou lentamente de sua cama um pouco tremulo, "não pode ser real, como poderia ser real?" era essas as frases que passavam na cabeça do garoto enquanto olhava para sua coruja viva e um pouco irritada na gaiola aberta.
— Mas parece muito real pra mim
sussurrou Harry enquanto se aproximava cautelosamente da gaiola de sua coruja. Lagrimas começaram a aparecer e o garoto resolveu deixá-las descer sem resistência.
— Que saudades Edwiges
sussurrou Harry enquanto acariciava sua coruja carinhosamente. Edwiges o olhou supressa, provavelmente pelo fato do garoto estar chorando, mas apreciava o carinho.
"Achei que você reagiria assim"
Falou a voz de Freya dentro da cabeça do garoto. Harry rapidamente olhou ao redor procurando pela deusa, a voz foi tão nítida que ele pensou que a deusa estava no seu quarto. Ele não teve muito tempo pra pensar sobre isso! Logo no segundo seguinte ele escutou alguém subindo as escadas. Por puro instinto da época da caça as Horcruxs, Harry rapidamente correu até sua varinha na cômoda e apontou pra porta esperando o provável inimigo.
— São muito limpos esses trouxas — exclamou a inconfundível voz de Ninfadora. —Não é comum
Nesse momento Harry começou a abaixar a varinha. O final da conversa que teve com os deuses brotou em sua mente segundos antes da porta do seu quarto se abrir lentamente, Harry agora sabia que se tratava dos membros da ordem vindo resgatá-lo.
— Abaixe a varinha garoto — cuspiu Moody — vai acabar arrancando o olho de alguém
Harry não pode deixar de ser emocionar! Ele via rostos que tinha certeza que nunca mais veria. Na sua frente e o olhando apreensivos estava Moody, Tonks e Lupin.
— Olá pessoal, o que vieram fazer aqui?
Perguntou Harry enquanto terminava de abaixar a varinha e tentava rapidamente limpar as lagrimas que já enchia seus olhos.
—Você está bem, Harry?
Perguntou Lupin parecendo preocupado.
— Estou sim professor! Só tive alguns sonhos estranhos, só isso
Lupin concordou com a cabeça meio desconfiado.
— Ele é exatamente da forma que eu imaginei... quero dizer a aparecia, não o fato dele estar chorando. — Explicou Tonks sorrindo — Eae Harry tudo bem? Eu sou Tonks muito prazer.
Harry tinha esquecido completamente que foi nessa ocasião que ele conheceu Ninfadora Tonks.
— Prazer
Respondeu Harry coçando a nuca meio constrangido.
— Vamos levá-lo ou ficaremos parados na entrado do quarto do garoto chorando?
Perguntou um nervoso Moody
— Me levar pra onde? pensei que eu estava expulso.
Disse Harry rezando que tenha soado natural e convincente.
—Mas você não foi, ainda não pelo menos.
Respondeu Moody já saindo do quarto e descendo as escadas.
— Explicaremos tudo no caminho Harry — acrescentou Lupin — porque você não vai organizando suas coisas no malão? Vamos receber o sinal pra partirmos em 15 minutos."
— Eu ajudo ele
Disse Tonks alegremente, Lupin apenas concordou com a cabeça e desceu as escadas assim como Moody.
Harry passou os próximos 10 minutos jogando suas coisas dentro do malão e conversando com Tonks sobre metamorfomago. Foi extremamente estranho para Harry fingir que não sabia do assunto, também era muito estranho ter essa mesma conversa novamente com Tonks, mas a essa altura a única coisa que Harry podia fazer era fingir normalidade. Ele pensou ser a melhor opção até conseguir obter alguma resposta.
Após Tonks e Harry terminarem de guardar os livros e acessórios de Harry no malão, eles descerem e encontraram uma quantidade considerável de pessoas na cozinha dos Dursleys. Harry tinha esquecido da quantidade de pessoas que se voluntariou para levá-lo até a ordem. Ele foi apresentado a todos novamente antes de Lupin entrar na cozinha e anunciar que estava tudo pronto para a partida.
Antes de sair, Harry resolveu beber um longo copo d'água. A verdade é que ele não estava absorvendo tudo muito bem. Rever várias pessoas que morreram por ele ou por causa dele, e o pior, ser obrigado a fingir que todos esses fantasmas não existiam, estava sendo demais pra ele. Harry não tinha certeza se tinha emocional pra montar numa vassoura.
—Você está bem Harry?
Perguntou Lupin que se aproximou sem Harry notar.
— Estou sim! Porque a pergunta, professor?
Perguntou Harry terminando de beber sua água.
—Você parece meio aleio
Observou Lupin. Harry tentou sorrir pra tentar sair do radar de Lupin.
— Estou bem professor! Um pouco supresso, só isso
Respondeu ele enquanto colocava o copo vazio na pia e se encaminhava para a saída.
Lupin apenas observou o menino ainda preocupado. Ele sabia exatamente o porquê daquela frase, mas ele certamente esperava um Harry nervoso por ser confinado nos Dursleys durante todo o verão, mas certamente não chateado.
Assim que Harry chegou no jardim dos Dursleys, Moody repassou a formação de defesa que todos formariam enquanto viajavam. Não demorou muito e todos já estavam no alto voando rapidamente e organizadamente! Todos mantendo uma certa distância ao redor de Harry.
O vento sobre seu rosto ajudou muito a afastar um pouco a ansiedade que parecia tomar conta de Harry. Estava extremamente fácil acompanhar os membros da ordem, então ele conseguiu limpar sua mente e somente apreciar a viagem.
"Olá novamente Harry."
A voz ouvida somente por Harry quase o fez cair da vassoura, fazendo todos da ordem se agitarem pela mudança repentina. Assim que Harry conseguiu recuperar a instabilidade da vassoura, Tonks se aproximou buscando a confirmação se ele estava bem. Assim que Harry confirmou com a cabeça ela se afastou meio desconfiada e retornou sua posição.
Assim que todos voltaram sua atenção para a viagem, Harry começou a se perguntar o que exatamente tinha acontecido, certamente a voz ouvido por ele era idêntica a deusa do amor, mas como respondê-la?
"É só você pensar em uma resposta e eu ouvirei. Estou dentro da sua cabeça! Eu posso ouvir até os pensamentos que você nega pra si mesmo e esconde no fundo da mente.
O coração de Harry disparou novamente quando a voz da deusa atingiu seus ouvidos, mas dessa vez ele conseguiu manter o controle.
"Se eu não estou ficando maluco. Você é a deusa do amor.
Pensou Harry para a deusa. Ele se achou um pouco bobo por pensar em uma resposta, mas logo ele voltou a ouvi a voz da deusa.
"Você pode me chamar de Freya! Deusa do amor é um título e meu trabalho.
"Ok Freya, pode me responder algumas coisas?"
Perguntou Harry cautelosamente.
"Claro que posso, Harry." Harry deu um pequeno suspiro enquanto tentava organizar sua pilha de perguntas, mas Freya rapidamente voltou a falar. "Vou responder logo as perguntas que sei que você fara. Sim tudo o que você viveu foi real! Sim mandamos você de volta no tempo pra consertar a bagunça que sua linha temporal tinha se tornado e não, você obviamente não pode contar tudo isso pra ninguém. Pelo menos não por enquanto!"
"Sabe o quanto tudo isso é surreal?"
Perguntou Harry tentando ao máximo entender a naturalidade que a deusa falava.
"Eu sei que tudo pode parecer chocante no início, mas logo você se acostumara"
Harry achava bem difícil de acreditar que ele se acostumaria rapidamente com tudo isso.
"Então você está aqui pra me ajudar?"
Perguntou Harry enquanto tentava manter o foco da conversa.
"Exatamente! Na verdade, você pode me chamar a qualquer hora que certamente irei te responder."
Respondeu a deusa alegremente.
"Pode me responder o que exatamente eu tenho que mudar?"
"Não é obvio?"
Perguntou ela com uma voz supressa.
"Seria obvio as coisas que eu mudaria, não sei se essa mesma lógica se aplica a deuses."
Respondeu Harry enquanto seguia os membros da ordem e começava a perder um pouco de altitude.
"Nossa logica é bem parecida Harry. Você deve derrotar Tom Riddle o mais rápido possível e evitar toda a morte que ele causou. Tantas pessoas morrendo fora dos planos dos deuses não é bom nem pra própria morte."
"Como pessoas morrendo pode ser ruim pra morte?"
Perguntou Harry automaticamente.
"Bom, tanta gente morrendo sem planejamento se trata de dias e noites de trabalho para a morte. O fato é que nenhum de nós queríamos que Tom Riddle voltasse tão cedo com você completamente despreparado. Nunca o plano do torneio Tribruxo deveria funcionar. Dumbledore tornou isso possível quando resolveu te usar de isca.
Respondeu a deusa um pouco irritada.
"Eu estava pensando nisso! Como um simples homem como Dumbledore pode intervir na vontade de um ser que se auto denomina Deus do Destino, tipo... Dumbledore também não deveria ter um destino a ser seguido?
Perguntou Harry cautelosamente, ele já tinha visto que o nome Dumbledore costumava irritar bastante os deuses.
Harry ouviu um longo suspiro antes da resposta de Freya.
"Em teoria nenhum ser poderia ir contra a vontade de um Deus, mas com Dumbledore é diferente." Ele deu uma longa pausa que fez Harry questionar se ela já tinha terminado de falar, mas logo ela retornou. "Dumbledore é a reencarnação de um bruxo muito importante. Depois de alguns favores que ele fez para os deuses a centenas de anos atras, foi prometido que jamais nenhum deus poderia influencia na vida das suas futuras reencarnações. Assim nenhum de nós podemos planejar nada que o envolva! Ele é 100% livre pra fazer o que bem entender, mesmo que isso altere completamente o destino de alguém. Você além de ter sido um dos mais afetado é também o único que pode derrotar Tom Riddle, por isso mandamos você de volta. Porem você deve conseguir imaginar que as manipulações de Dumbledore tem estragado o destino de milhares de pessoas. A guerra que por causa dele foi antecipada, matou milhares de pessoas que não deveriam morrer naquele momento. Quantas almas gêmeas foram mortas e deixadas para o esquecimento"
Harry ficou alguns segundos tentando absorver tudo que a deusa lê disse. Ele não sabia muito bem como responder a tudo isso, então resolveu começar do começo.
"Você disse que Dumbledore foi um bruxo importante no passado e que fez favores para vocês, qual era o nome desse bruxo?"
"Vocês o conhecem como Merlin"
Respondeu ela suspirando.
"Dumbledore é a reencarnação de Merlin?"
Perguntou Harry boquiaberto.
"É sim." Respondeu ela num frustrado tom de voz. "por isso ele é intocável. Os deuses sempre cumprem com suas promessas."
Harry deu um pequeno suspiro enquanto absorvia a ideia, mas não deu tempo dele retornar sua conversa com Freya. Os membros da ordem começaram a descer ainda mais e Harry pode observar e reconhecer a rua do Largo Grimmauld.
— Aonde estamos?
perguntou Harry sorrindo internamente com a visão dos vidros quebrados da cede da ordem da fênix.
Logo Moody estava me mostrando o pedaço de pergaminho e revelando o segredo da localização da Ordem, assim todos entraram rapidamente.
O Largo Grimmauld estava exatamente como ele se lembrava, com corredores escuros e itens minimamente suspeitos, Molly rapidamente tentou fazer Harry subir para o quarto de Rony por conta da reunião que estava pra ser iniciada. Por mais que Harry estava feliz por rever Molly, tinha uma pessoa que ele queria rever o mais rápido possível! pouco importava qualquer reunião que eles estivessem fazendo. Ele insistiu até Molly o chamar.
Assim que Sirius saiu pela porta da cozinha Harry não conseguiu evitar de o abraçar com força, Sirius o abraçou de volta meio supresso.
— Ei, acalmasse Harry, eu não irei fugir
Falou seu padrinho rindo. Os olhos de Harry já enchiam de lagrimas novamente por rever seu padrinho, assim que Sirius notou isso sua expressão mudou do comum brigalhão para pura preocupação.
— Ei você está bem?
Perguntou ele se agachado na escada pra ficar na altura do garoto.
— Melhor impossível — respondeu Harry sorrindo ainda com lagrimas nos olhos. — Só estava com saudades
— Oh, Harry — Sirius o abraçou forte. — Estamos juntos agora.
Acrescentou ele após se separarem.
— Molly me disse que vocês têm uma reunião, pode ir. Só queria te ver antes de subir
Falou Harry após notar a carranca que Molly fazia para os dois. Sirius confirmou com a cabeça e se levantou.
— Rony e Hermione estão lá em cima, eles irão te explicar tudo — disse Sirius sorrindo e se direcionando a porta — a, Harry... é bom finalmente ter você aqui
Terminou ele antes de voltar pra cozinha. Harry apenas confirmou com a cabeça sorrindo.
Molly o guiou até o quarto de Rony apressadamente, pelo jeito Harry deve ter atrasado a tão importante reunião da ordem, ele não poderia está menos preocupado com isso agora.
Harry abriu a porta e entrou rapidamente, instantes após sua visão foi completamente obscurecida por uma grande quantidade de cabelos muito espessos. Hermione se atirara sobre ele em um grande abraço que quase o derrubou no chão, ao mesmo tempo que a minúscula coruja de Rony, Pichitinho, voava excitada, descrevendo círculos contínuos por suas cabeças.
— HARRY! Rony, ele está aqui, Harry está aqui! Não ouvimos você chegar! Ah, como é que você vai? Está bem? Ficou furioso com a gente? Aposto que ficou, eu sei, as nossas cartas não serviam para nada... mas a gente não podia contar nada. Dumbledore nos fez jurar que não contaríamos, ah, temos tanta coisa para lhe contar e você tem coisas para nos contar: os dementadores! Quando soubemos... e aquela audiência no Ministério... é um absurdo, procurei tudo nos livros, eles não podem expulsar você, simplesmente não podem, tem uma cláusula no Decreto de Restrição à Prática de Magia por Menores prevendo situações em que há risco de vida...
— Deixa ele respirar, Mione — disse Rony, fechando a porta às costas de Harry.
Ainda sorridente, Hermione soltou Harry, mas, antes que pudesse falar, ouviu-se um farfalhar suave e alguma coisa branca saiu voando do alto do armário escuro e pousou gentilmente no ombro de Harry.
— Edwiges!
A coruja abriu e fechou o bico e mordiscou com carinho a orelha de Harry, enquanto ele acariciava suas penas.
— Ela esteve muito nervosa — contou Rony. — Quase matou a gente de tanta bicada quando trouxe suas últimas cartas. Vê só...
E mostrou a Harry o dedo indicador direito com um corte quase cicatrizado, mas visivelmente profundo.
— Hum... Foi mal por isso. Acho que foi culpa minha
Respondeu Harry enquanto caminhava até a cama de Rony. Ambos olhavam para Harry supressos.
— Então como vocês estão?
Perguntou Harry assim que se sentou e continuava a acariciar Edwiges.
— Estamos bem cara. Mas e você?
Perguntou Rony meio sem jeito. Harry olhou para seu melhor amigo e se lembrou automaticamente da conversa que teve com os deuses. Eles não falaram nenhuma novidade, mas deixou Harry completamente sem respostas quando questionaram a qualidade da sua amizade.
Harry não respondeu à pergunta de Rony e parecia perdido em pensamentos enquanto acariciava Edwiges. Rony e Hermione esperavam pacificamente pela explosão do garoto que sabiam que certamente viria.
— Então e as novidades? — perguntou Harry finalmente — como é aqui na ordem?
Rony e Hermione ainda pareciam meio supressos.
— Um pouco tedioso! Mamãe não deixa a gente participar de nenhuma reunião... Ela diz que somos muito crianças pra isso.
Respondeu Rony se sentando do lado de Harry.
— Entendi.
Respondeu Harry parecendo um pouco indiferente.
— Harry, o que aconteceu?
Finalmente perguntou Hermione, Harry apenas suspirou. Ele infelizmente sabia que deveria estar explodindo com seus amigos e por isso a estranheza do momento, mas o fato é que ele não tentaria fingir está nervoso, já estava difícil tentar passar naturalidade mesmo diante dessa situação impossível.
— Tenho certeza que vocês sabem muito bem o que aconteceu. — Respondeu Harry olhando para Hermione. —Dois dementares atacaram Duda e eu, assim me forçado a usar o patrono e agora o ministério quer me expulsar de Hogwarts
Resumiu Harry para seus dois amigos.
— Você não parece muito preocupado
Observou Hermione atentamente.
— É porque eu não estou. — Respondeu Harry sorrindo. —Não me entenda mal Hermione, mas eu tenho total certeza que eu ser expulso de Hogwarts não está nos incríveis planos de Dumbledore
O leve tom de sarcasmo na voz de Harry não pareceu passar batido pelos seus amigos que o olharam supresso.
— Não acho que essa decisão está inteiramente nas mãos de Dumbledore. Certamente ele tentará te ajudar, mas pode ocorrer dele não conseguir.
Respondeu Hermione.
— Acredite em mim Hermione, não existe motivos para se preocupar! — exclamou Harry tentando encerar o assunto. — Me dê notícias do mundo magico, na rua dos Alfeneiros eu não tenho acesso ao profeta diário.
Os dois olharam constrangidos para Harry e ele sabia o exato motivo. Harry queria logo que todos soubessem que ele sabe que agora é o maluco no mundo magico.
— Bom Harry, as notícias não muito animadoras.
Contou Rony.
— Eu não esperava que fossem
Respondeu Harry um pouco impaciente.
— é meio maldosa também
Acrescentou Hermione
— Gente sem rodeios! Falem logo do que se trata
Pediu Harry se lembrando da briga que foi fazê-los contar da primeira fez.
— O ministério está fazendo de tudo para desmentir você sobre o retorno de você-sabe-quem.
Contou Hermione abaixando a cabeça. Harry deu um sorrateiro sorriso.
— Eu meio que esperava que Fudge faria algo parecido — disse Harry suspirando. — O que eles estão fazendo? Me chamando de maluco todos os dias no profeta diário?
— Algo parecido — confirmou Rony — Tem falado que você somente está buscando atenção porque sua fama está diminuindo.
— Foram criativos pelo menos
Respondeu Harry dando uma pequena risadinha.
— O que está acontecendo Harry? — Perguntou Hermione num tom um pouco nervoso. — Pelas suas cartas e pelo tempo que você passou com seus tios, nos imaginamos você um pouco mais nervoso ou irritado.
— Eu até estava — começou Harry desviando o olhar dela. — Mas o tempo foi passando e as coisas foram mudando de perspectiva. Agora não sinto raiva de vocês. Claro vocês poderiam ter pelo menos questionado as ordens de Dumbledore, mas não sei se faria algo tão diferente se a situação fosse inversa.
Seus dois amigos o olharam surpresos. Aparentemente essa era a última reação que eles esperavam.
"Sim, você faria diferente!"
Harry ouvia a voz de Freya dentro da sua cabeça. Mas não teve tempo de responder.
— Questionar as ordens de Dumbledore? — perguntou Rony supresso. — Dumbledore sempre sabe o que faz, aposto que ele teve seus motivos
Falou Rony claramente esperando apoio de Hermione. Harry ouviu uma risada da deusa do amor. Isso acabou pegando o garoto de surpresa e ele acabou esboçando um sorriso divertido nos lábios. Rony automaticamente pensou que ele estava rindo dele.
— Qual a graça Harry? Certamente Dumbledore sabe o que faz
Concordou Hermione, Freya continuava a rir, mas Harry tentou ao máximo ignorar a voz da deusa.
— Lealdade cega é super estimado Hermione — disse Harry sorrindo pra ela. — Pensei que alguém brilhante como você saberia disso.
Hermione corou de leve e desviou o olhar fazendo Harry ter um grande arrepio na espinha.
— Não ligue pra mim pessoa! Eu fui atacado ontem por dementares, minha mente só deve esta confusa por consequência disso.
Desconversou Harry notando o constrangimento de todos. Rony confirmou com a cabeça aceitando a premissa de Harry, já Hermione o olhava desconfiada. Mas não deve tempo de questionar, pois no instante seguinte Fred e Jorge aparataram atras de Harry. Após um curto dialogo, todos foram pra fora do quarto tentar ouvir a reunião. Harry realmente não estava muito animado para tal atividade, afinal ele sabia exatamente o conteúdo da reunião, porem seria extremamente estranho ele não está interessado nisso e já tinha muito pessoa achando que ele estava estranho.
As coisas seguiram exatamente da forma que Harry lembrava, o gato de Hermione estragou novamente a tentativa de todos ouvir a reunião da ordem. Não demorou muito pra reunião terminar e todos serem chamados para a refeição, Harry tentou ao máximo parecer interessado em tudo que estava acontecendo, mas já reunia dezenas de olhares estranhos em sua direção. Aparentemente ele não conseguiu convencer muitas pessoas. Pra evitar mais problemas, ele inventou que estava cansado e que iria dormir mais cedo. Ele compartilhava o quarto com Rony e não demorou muito pra estar encarando o teto do quarto já pronto pra fechar os olhos.
"Você reagiu melhor do que eu esperava"
Harry ouviu novamente a voz de Freya e deu um suspiro antes de responder mentalmente.
"Está brincando ne? Não tem uma pessoa lá em baixo que não tenha estranhado meu comportamento."
"Eles esperavam uma reação muito mais explosiva da sua parte, mas estão longe de desconfiar da verdade"
"A verdade é tão fantástica que até mesmo eu me pego questionando se simplesmente não estou maluco."
"Eu entendo! tudo pode ter sido demais pra você, mas com o tempo você vai se acostumar."
"Então você acha que eu me sai bem hoje?"
Perguntou Harry cautelosamente.
"Considerando a situação atual, sim." Respondeu a deusa sinceramente "Te mandei pra esse dia em especifico pra isso."
"Como assim?"
Perguntou Harry sem entender.
"Eu sabia que você poderia pirar no início, então mandei você para o exato dia aonde você deveria estar pirando com seus amigos. Assim qualquer ataque que você tivesse seria justificado pela sua raiva de ser mantido na Rua dos Alfeneiros."
"Engenhoso" observou Harry impressionado. "Parece que sua estratégia funcionou."
"Claro que funcionou! Eu sou uma deusa, Esqueceu?"
Harry deu uma pequena risada para o teto.
"Você é sempre tão convencida?"
Perguntou Harry rindo.
"Todos os deuses são. Eu não gosto de me gabar, mas sou muito boa no que faço."
Respondeu Freya claramente orgulhosa. Harry parou por alguns segundos lembrando da conversa que teve com os deuses após sua morte, novos questionamentos apareceram na sua cabeça.
"Freya... hum..."se enrolou Harry causando uma rápida risada da deusa "No jardim você disse que eu deixei almas gêmeas pra trás. Com os outros deuses você disse que eu tinha duas possíveis almas gêmeas. Pode me dizer quem são elas?
"Desculpa Harry, não posso" respondeu ela tristemente. "Eu não posso simplesmente te contar quem são elas, pode render complicações que você nem imagina. Mas não se preocupe! Elas estão ligadas a você por mim. No fundo da sua mente você sabe quem são elas... Mesmo se você não nunca tivesse trocado uma palavra com elas."
"Porque eu tenho duas pessoas vinculadas a mim? o que exatamente significa ficar junto da sua alma gêmea e como funcionar para pessoas com mais de uma?"
Perguntou Harry
"A maioria das pessoas tem mais de uma alma gêmea. Você não necessariamente precisa fazer par romântico com nenhuma delas! Porem estamos falando de pessoas 100% ou 90% compatíveis uma com a outra. Fazer as almas gêmeas ficarem juntar além de ser meu trabalho e razão de viver, é também algo que até os outros deuses param pra admirar. Estamos falando de amor verdadeiro."
"Isso é incrível" admirou Harry "mas porque as pessoas precisam de mais de uma?"
"Você obviamente só pode ficar romanticamente com uma! Mas mesmo a amizade de duas almas gêmeas já é extremamente vantajosa! Estamos falando de pessoas que se amam mesmo antes de interagirem. Não existe somente o amor romântico, uma amizade entre duas almas gêmeas é algo muito bonito e leal. É com certeza uma amizade pra vida toda.
"Entendi. Então uma pessoa pode manter uma relação romântica com uma alma gêmea e uma forte amizade com a outra?"
"Exatamente Harry" exclamou a deusa "Esse seria o cenário ideal... Não é sempre que consigo fazer isso acontecer. Às vezes Moros faz um destino tão diferente pra duas almas gêmeas que nem mesmo eu consigo juntá-las, é exatamente por isso que é tão importante uma pessoa ter mais de uma."
"Acho que entendi." Disse Harry tentando acompanhar tudo. "mas porque você não pode simplesmente me contar quem são as minhas almas gêmeas?"
"É contra as regras." Disse Freya após um pequeno suspiro. "até mesmo nos deuses temos leis que devemos seguir. Não cabe a mim simplesmente falar para ninguém suas almas gêmeas. Meu trabalho é fazer você as notar sozinho com somente pequenos impulsos. Mas fica tranquilo Harry, como eu disse antes, no fundo da sua alma você já sabe de quem se trata."
Harry apenas deu os ombros meio frustrado.
"Acho que com o passar do tempo vou entendendo melhor certo?"
"Exatamente Harry."
Confirmou a deusa
"falando em futuro! Você me disse que tenho que derrotar tom Riddle o mais rápido possível! O que exatamente eu tenho que fazer?"
Perguntou Harry pensativamente.
"Você conhece seu adversário melhor do que ninguém! Logo você descobrira que tal conhecido vai facilitar muito nessa batalha. Eu sugiro que você aproveite que está no Largo Grimmauld e já coleta o medalhão que está com monstro. Ele vai ficar receoso, mas é só você avisar que vai destrui-lo e ele certamente lê entregara."
"Posso pedir ajuda do Sirius também! Ele com certeza me ajudara e monstro nem pode recusar uma ordem dele."
"E como você explicaria o conhecimento sobre o medalhão?"
Perguntou Freya parecendo confusa.
"Eu planejava contar toda a verdade a Sirius." Explicou Harry. "Certamente eu posso confiar nele e ele pode ser muito útil nessa luta contra Riddle."
"Harry eu falei que não iria proibir você de contar tudo para seus amigos, mas certamente não é o momento certo pra contar pra ninguém! Todos são extremamente leais a Dumbledore! Você vai tem que preparar seus amigos para essas informações, a maioria só vai ficar preocupado pensando que você enlouqueceu e vai pedir ajuda para o velho bastardo. E isso certamente incluí Sirius"
"Isso é um absurdo! Sirius irá acreditar em mim!"
Rebateu Harry um pouco nervoso.
"Será que vai? Você acredita 100% nisso? Não se esqueça que eu tenho acesso ao seu subconsciente.
Harry respirou fundo. Ele sabia que ela estava certa, mas a ideia de esconder tudo isso de todos o assustava muito.
"Você terá todo o meu apoio pra contar quando você verdadeiramente acreditar que é seguro. Como eu disse, tenho acesso a sua mente, sei tudo o que se passa com você."
Harry suspirou novamente.
"O que exatamente terei que fazer pra tornar seguro? Até aonde eu sei, eu e todos os meus amigos permanecemos leal a Dumbledore até o fim."
"Isso será mais fácil do que parece Harry. Você tem dezenas de argumentos e feitos questionáveis que Dumbledore já vez ou fara num futuro próximo. Use essas coisas."
Respondeu a deusa animada novamente.
"Explica isso melhor"
Pediu Harry um pouco incomodado.
"Veja bem, tem um monte de pessoas que eu recomendaria você contar a verdade. Hoje você já demonstrou não ser cegamente leal a Dumbledore, continua fazendo isso! Sempre tente demonstrar sua insatisfação com o velho, e claro vai acrescentando os motivos de tal insatisfação. E motivos é o que não te falta." disse ela mantendo o tom de voz tranquilo e alegre. "só toma cuidado para não revelar informações que você não deveria saber ou que não aconteceram ainda. Se você deixar algo escapar pode ser difícil explicar."
"Entendi" respondeu Harry pensativamente. "pelo menos por enquanto só tenho intensão de contar pra duas pessoas, estou meio receoso quanto a terceira."
"Eu sei quem é terceira!" respondeu a deusa rapidamente provando a Harry que não adiantava tentar esconder nada de alguém que literalmente acessa sua mente "Não posso te proibir de contar se você realmente quiser, mas posso aconselha-lo. Nesse caso em especifico acho que nem preciso! Acredito que você sabe muito bem minha opinião sobre Ronald Weasley e boa parte da sua família."
Freya mudou bastante seu corriqueiro tom alegre, agora parecia um pouco mais nervosa a citar a família Weasley.
"Você não gosta mesmo deles ne?"
Perguntou Harry sorrindo para o teto.
"Não gosto de pessoas que utilizam poção do amor." Explicou ela irritada "Não existe insulto pior pra mim"
"É natural que você fique irritada, afinal você é a deusa do amor, não consigo pensar em nada mais ofensivo que isso" Concordou Harry. "Mas isso se aplica a Gina. Rony pode ser meio imbecil as vezes, mas é um bom amigo.
"Nem sobre a Gina você está 100% convencido que foi entoquicicado por poção do amor." respondeu a deusa frustrada "Mas não se preocupe, você verá! Sobre o Ronald, eu não irei me meter! Você pode continuar sua amizade com ele, é só você ignorar meus comentários constantes sobre o ruivo imbecil."
"Então se eu quiser eu posso contar a verdade pra ele?"
Perguntou Harry receoso.
"Ele se enquadra nas mesmas regras de todos os outros... você deve realmente acreditar que é seguro contar pra ele. Que ele é leal a você e que não irá te abandonar quando você mais precisar."
Harry entendeu bem o porquê ela acrescentou essa última parte justamente falando sobre o Rony. Ele apenas deu uma risadinha irônica e se virou com a intensão de terminar a conversa e tentar dormir.
"Não se esqueça Harry, eu estarei com você até você conseguir cumprir a vontade dos deuses. Nunca se sinta sozinho, logo você descobrira que tem mais amigos do que pensa."
Harry sorriu já com os olhos fechados.
"Boa noite Freya." Disse Harry terminando de relaxar. "obrigado por tudo isso! a possibilidade de rever e poder salvar meus amigos é algo que jamais poderei pagar a você."
"Você não nos deve nada Harry! Você está tentando concerta algo que era nossa obrigação evitar. Moros e eu que estaremos em dívida com você." Respondeu ela na mesma voz tranquila e relaxante de antes. "Boa noite Harry"
