Disclaimer: Nada mudou: os personagens continuam pertencendo a J.K. Rowling e eu não ganho absolutamente nada com isso.
Obrigada, Marck Evans , beta mais lindo.
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Capítulo 28
Os dias transcorriam tranqüilamente e Harry sentia-se bem mais calmo agora que resolveu deixar as coisas acontecerem. Sirius estava muito empolgado com uns dias de folga que conseguiu em Gringotts na época do Natal e insistiu que deveriam viajar uns dias. Harry relutou a principio, pois não queria deixar Draco sozinho, mas a empolgação de Sirius foi contagiante. Severus não fez qualquer comentário quando contaram a ele e Remus deu todo apoio.
Harry ficou um pouco preocupado com a atitude de Severus, mas no final, decidiu-se por ir. Uns dois dias antes de viajarem, estavam sozinhos em casa discutindo os últimos detalhes da viagem quando se aproximaram naturalmente e o beijo aconteceu. Quando se separaram, Sirius o encarou surpreso e Harry apenas sorriu, beijando-o novamente. A partir daí até o dia da viagem, beijos tornaram-se comuns entre eles quando estavam a sós. Nem um deles falou sobre os motivos para isso, apenas aproveitando a nova etapa do relacionamento que tinham.
Usaram a rede Flu internacional e foram para um hotel que ficava num vilarejo bruxo no México, fugindo do clima frio da Inglaterra. Harry estava distraído observando umas fotografias na entrada quando notou o hoteleiro perguntando sobre o quarto para Sirius.
- Um quarto com uma cama de casal, por favor. – Harry respondeu e sorriu para o atendente.
- Sim, senhor.
Harry olhou para Sirius que exibia um sorriso imenso e os dois trocaram um olhar bastante significativo, carregado de promessas.
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Aquele tinha sido o melhor Natal de todos os tempos para Harry. Aqueles dias longe de casa foram uma boa oportunidade para agirem mais livremente. Difícil seria manter as aparências para Severus e Remus, mesmo Harry duvidando seriamente que algum daqueles dois se deixasse enganar por toda aquela aparente amizade entre Sirius e ele. Antes da viagem, os Weasley e Hermione já os tratavam como a um casal. E seria desgastante para eles continuarem a farsa. Já era difícil estarem juntos e não tocar em nenhum assunto referente ao futuro ou a Draco.
Mas nos dias que passaram no México, divertiram-se muito e quando retornaram, Sirius ainda usava um poncho colorido por cima das roupas de inverno. Entraram em casa rindo e encontraram Remus e Severus confortavelmente instalados na sala com a lareira acesa. Ignorando a carranca de Severus, Sirius fez apenas um aceno com a cabeça pra ele e abraçou Remus sem a menor cerimônia. Harry sorriu e cumprimentou os outros dois homens.
- E então, divertiram-se muito? – Remus disse, tranqüilo. – Como foi?
Harry deixou a encargo de Sirius contar as novidades e fez menção de sair da sala, mas Sirius o impediu, perguntando:
- Aonde vai? Não vai ter a mesma graça contar sem a sua participação.
Apesar de saber que Sirius ia empolgar e contar quase tudo sem a sua ajuda, Harry disse:
- Vou ver como Draco está e já desço.
- Não precisa, Harry. Pode perguntar direto pra mim.
Harry virou lentamente, o som daquela voz tão familiar penetrando aos poucos em sua mente. Encarou o sorrisinho de lado, levemente arrogante e sussurrou:
- Draco.
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A ironia da situação não passou desapercebida a Sirius. Na verdade, ele não deveria se surpreender. Era sempre assim com ele. Quando estava mais feliz, acontecia alguma coisa e estragava tudo. E naquele momento, sua felicidade se esvaía por culpa do Malfoy que exibia um sorriso arrogante. Sentiu seu peito se apertar de tristeza quando viu a imobilidade de Harry e a expressão de choque dele quando disse o nome do outro.
- Que cara é essa, Harry? – Draco se aproximou. – Até parece que não ficou feliz em me ver.
Sirius sabia que era egoísmo e não devia pensar daquele jeito, mas uma parte dele rosnava a cada passo que o loiro dava em direção a Harry, gritando que 'não, ele não estava feliz com aquilo'. Mas manteve-se calado, tentando se controlar. A tristeza só aumentou quando a expressão de choque foi substituída por alegria no rosto de Harry, e Draco o abraçou e beijou. Os olhos de Sirius se encontraram momentaneamente com o de Remus e ele viu todo pesar pelo que acontecia ali. Pena era mais que Sirius poderia suportar naquele momento. Mas não podia simplesmente sair. Podia? Não ia ficar assistindo aquilo e resolveu sair, não se importando com o que dissessem, mas o 'casal' se separou naquele momento, e Harry perguntou confuso:
- Como? O que aconteceu?
Draco se afastou e puxou Harry para se sentar ao lado dele no sofá. Nada na postura arrogante, nas roupas ou na expressão dele, indicavam que tinha passado quase um ano doente.
- Severus. – disse simplesmente.
A raiva de Sirius finalmente encontrou um alvo. Se um olhar matasse, Snape já estaria carbonizado no chão. Como se não bastasse tirar Remus dele, o desgraçado ainda tinha que atrapalhar sua vida com Harry. A raiva era tanta que as palavras dos outros pareciam apenas um zumbido em seus ouvidos. Concentrou-se para ouvir a explicação e ter uma boa justificativa para matá-lo lenta e dolorosamente.
- ... e encontramos essa poção por acaso. – Remus contou. – Foi muita sorte, mesmo não tendo encontrado nada que ajude com a minha condição, descobrirmos essa poção que complementava o feitiço que Sirius usou. O estado de coma era um dos efeitos daquela azaração mal feita da Bellatrix.
- Por que não nos contou sobre isso? – Harry perguntou.
- Porque só soubemos nessa última vez que estivemos fora. E não tínhamos certeza de nada. – Remus disse tentando ser conciliador.
- E você parecia ter outros interesses no momento. – Snape completou, seco.
A injustiça daquela acusação fez a raiva de Sirius ir as alturas. Quantas vezes Harry não ficara debruçado sobre aquele maldito livro tentando encontrar algo para ajudar Malfoy? Quantas vezes não vira o rapaz conversando com Pomfrey, Hermione ou qualquer pessoa que pudesse ajudar? Estava tão furioso que voou para cima de Snape, dizendo:
- Seu desgraçado. Como tem coragem de falar uma mentira dessas?
Mas antes que pudesse alcançá-lo, Harry o impediu, segurando-o firmemente com a ajuda de Remus. Tentou se soltar e quebrar a cara daquele sujeito que exibia um sorriso sarcástico. Olhou para Malfoy e viu um sorriso similar. Sentiu um prazer imenso ao imaginar que teria uma desculpa para arrancar aquela expressão do rosto do rapaz. No entanto, bastou à voz de Harry, muito baixa, para impedi-lo de continuar.
- Sirius, por favor...
Sirius olhou para Harry e viu uma expressão entre triste e decidida no rosto dele. Com muito custo, controlou-se e se afastou daqueles dois.
- Draco, por favor, podemos ir até o quarto?
O desejo de quebrar a cara de Malfoy voltou triplicado quando Sirius viu o modo como ele sorria e a confiança que ele disse 'claro'. Antes mesmo que Harry saísse da sala, Sirius também saiu. Queria sumir daquela casa e esquecer. Mesmo sabendo que aquilo aconteceria mais cedo ou mais tarde, não estava preparado ainda. Nem tinha certeza se algum dia estaria.
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Muito obrigada a Maaya M, Mathew Potter Malfoy, Avada Kedavra Ridlle, Hermione Seixas, Lilibeth, Fernanda Kuhn, Bibis Black. E no LJ: Nicolle Snape, Paula Lírio. Vocês são tão fofos. "Ivi abraça todo mundo".
Bem, ta acabando. Só falta mais um capítulo. "festeja" E ele está seqüestrado u.u Só posto se receber muitas reviews hahahahahaha
Brincadeirinha. Mas reviews podem ser um estímulo para ele vir mais rápido kkkkkk
Até mais!
