- Então, vou falar logo de uma vez, Marcus eu estou grávida.
- O que? Isso é sério? Oh Meu Deus isso é maravilhoso!! Eu não acredito, eu estou tão feliz meu amor! Um bebê, um bebê!!
Ele abraçou Lisbon forte. E Ela começou a chorar.
- Teresa você está chorando? Porque? O bebê está bem? O que há de errado meu amor, fala comigo.
- Marcus o bebê está bem, não é isso. Disse Lisbon secando as lágrimas.
- Então o que é? Você está me deixando preocupado.
Lisbon respirou fundo mais uma vez.
- Marcus eu estou grávida de 12 semanas já.
- Então quer dizer que esse bebê não é meu?
- Não Marcus o bebê não é seu.
- E de quem é?
Lisbon começou a chorar novamente, ela não conseguia olhar nos olhos de Pike.
- Me fala Teresa quem é o pai?
Lisbon não conseguia dizer uma palavra.
- Espera, você disse que está grávida de 12 semanas, então... Você não precisa me falar eu já sei quem é o pai dessa criança, é Patrick Jane não é mesmo?
Lisbon só conseguiu balançar a cabeça afirmando que sim, que era Jane o pai do seu filho. Pike não sabia o que pensar ele estava atordoado com a notícia.
- Eu preciso ir Teresa.
- Por favor Marcus não me deixe sozinha, eu preciso de você.
- Eu tenho que ir, eu preciso pensar em tudo isso.
Ele saiu da casa de Lisbon a deixando sozinha. Ela não sabia o que fazer, ligou várias vezes para Marcus mas ele não atendia, então ela resolveu dar espaço para ele pensar, não era justo preciona-lo daquele jeito, mas ela estava em pânico, então ligou para Grace vir até sua casa, e Grace veio para consolar a amiga.
Marcus estava em sua casa, pensando em tudo o que estava acontecendo, e um pouco mais calmo colocou os pensamentos em ordem, e quando anoiteceu foi até a casa de Lisbon novamente para poderem conversar direito.
- Marcus que bom que você voltou, eu estava preocupada e com medo de que você nunca mais voltasse.
Lisbon disse essas palavras e caiu no choro. Marcus puxou ela para seus braços
- Ei calma meu amor eu estou aqui, vamos conversar?
Eles entraram na casa de Lisbon e sentaram-se no sofá Marcus começou a falar:
- Eu pensei muito sobre isso, sobre tudo o que aconteceu entre você e Jane, e ele não está aqui, e você nem sabe se um dia ele vai voltar, então se você aceitar, eu vou assumir esse bebê como meu filho. Eu quero ser o pai dele. Ele não precisa saber que eu não sou o pai biológico dele.
- Como assim? Obrigada Marcus, mas se você quer realmente ficar comigo, ao meu lado, eu aceito que você me ajude a criar essa criança, mas ele vai saber que você não é o pai biológico, dele.
- Mas e quando ele crescer o que você vai falar pra ele? Que o pai biológico dele morreu? Porque você sabe que ele não vai voltar.
- Não Marcus eu vou contar a ele toda a verdade, ele não vai crescer em uma mentira, e você não pode ter certeza de que Jane nunca mais vai voltar.
- Ah então você ainda tem esperanças de que ele volte é isso? E se um dia ele voltar Lisbon? Você vai me largar e voltar correndo para ele? Eu vou ter criado essa criança pra depois você me descartar? É isso?
- Não, claro que não Marcus, eu estou com você, e Jane simplesmente desapareceu, você agora faz parte da minha vida, mas se você quiser ficar comigo e com meu bebê terá que ser nessas condições, sempre falando a verdade.
Marcus pensou um pouco...
- Ok eu aceito suas condições, mas eu vou criar esse bebê como se fosse meu filho, mesmo ele sabendo de toda a verdade sobre o pai biológico dele. Eu Amo você Teresa e faria qualquer coisa pra te ver feliz, e já amo esse bebezinho aqui.
Disse Pike abraçando Lisbon e acariciando sua barriga.
- Obrigada Marcus por ser tão compreensivo.
Marcus foi dar um beijo em Lisbon, mas ela teve que levantar e saiu correndo para o banheiro, ela estava com muito enjôo.
Quando ela voltou do banheiro:
- Desculpa por isso, mas você sabe né coisas da gravidez.
- Sim eu entendo meu amor.
Dois meses depois Marcus sugeriu que eles morassem juntos, mas Lisbon não aceitou, disse que era melhor ficar assim por enquanto.
Tudo estava correndo bem, Lisbon estava bem, o bebê também. Só o que era estanho é que toda vez que Marcus chegava perto de Teresa pra lhe dar um beijo, ela enjoava e tinha que correr para o banheiro vomitar.
Lisbon no banheiro conversando com seu bebê:
- O que é isso bebê? Por que você faz isso com a mamãe? Marcus está sendo tão maravilhoso pra gente! Você não gosta dele? Hem? Parece que você faz isso de propósito, só pode ser filho de Jane mesmo, está fazendo travessuras na barriga já.
Lembrando das armações de Jane ela acabou sorrindo, ela sentia saudades daquele tempo.
- Ah Jane onde será que você está? Tem uma pessoinha aqui que seria muito feliz se você estivesse por perto!
Ela se recompôs e voltou até Pike. Ela viu que ele estava triste, desanimado e não era de hoje que ela percebeu que ele estava assim.
- Teresa precisamos conversar
- Claro Marcus, o que houve?
- Teresa não quero que fique brava, mas isso não está dando certo, eu não consigo nem chegar perto de você, que você passa mal, eu não estou me sentindo bem com isso, já faz um tempo que eu estou me esforçando, mas eu não estou aguentando mais.
- Marcus calma, isso é só uma fase logo passa.
- Você já está no seu 5 mês de gestação, isso já deveria ter passado, e sinto que você também não está confortável com essa situação, e nem comigo. Então eu acho que o melhor para nós dois é cada um seguir o seu caminho.
- Você está terminando comigo?
- Sim eu estou, desculpa Teresa, pra mim não dá mais.
- Mas você me prometeu que estaria ao meu lado, que me deixaria...
- Eu sei, mas eu sinto que isso não vai dar certo, você não está nem se esforçando para dar certo, pedi para morarmos juntos, mas nem isso você quis, como vamos criar essa criança separados? E eu sei que você não me ama, não como eu amo você. Então vai ser melhor pra nós dois.
Com lágrimas nos olhos Lisbon respondeu Pike:
- Ok se é assim que você quer... Mas quero que saiba que eu gosto muito de você e desejo do fundo do meu coração que você seja feliz, e obrigada por tudo que você fez por mim e pelo meu bebê.
- Não precisa me agradecer eu fiz porque amo você, e quero que você seja feliz, e sei que comigo você não seria. Boa sorte Teresa, Adeus.
- Adeus Marcus.
Então Lisbon se viu sozinha novamente, bem ela não estava totalmente sozinha, agora ela teria alguém para o resto da vida, ela ergueu a cabeça e seguiu em frente, e se tivesse que criar seu filho sozinha ela o faria da melhor forma possível, ela seria feliz sim, com seu filho. Ela já estava no 5 mês de gestação, e não sabia se seu filho seria menino ou menina, ela preferiu saber apenas quando o bebê nascesse.
Certo dia ela estava tranquilamente descansando em seu sofá, quando bateram na porta, ela foi atender a porta e ficou surpresa, era Peter o antigo amigo de Jane do circo, ele entregou uma carta pra Lisbon, ele se assustou quando viu a barriga já aparente de Lisbon.
- Peter? O que faz aqui?
- Olá Lisbon, eu vim te entregar isso. - estendeu a carta pra ela -
- O que é isso? Uma carta? De quem?
- Veja você mesma, mas não agora.
- Ok, você quer entrar?
- Oh não, eu já estou indo. Vejo que você está grávida, parabéns. De quanto tempo você está?
- Oh sim estou na 20 semana, quinto mês.
- Oh o mesmo tempo em que Jane sumiu.
- Hum... Sim.
- Bem eu já vou indo. Que essa criança venha com muita saúde! Bom te ver de novo
- Obrigada Peter, bom te ver também.
Lisbon estava intrigada com a carta que Peter lhe entregou, foi até seu quarto, se acomodou na cama, abriu a carta e começou a ler:
" Querida Lisbon,
Espero que esteja bem, e leia isso, está tudo bem por aqui, eu tenho minha rotina, o tempo finalmente mudou, está mais fresco, mas longe de ficar frio, o oceano está quente, e com as correntes marinhas de águas quentes, a vida marinha fica incrível, ontem eu vi um grupo de golfinhos brincando tão perto da praia, que eu quase podia toca-los. Acho que você iria gostar daqui..."
Lisbon nem precisou ler até o final pra saber de quem era a carta, seu coração deu um salto no peito, e o bebê deu um chute no seu ventre, Lisbon quase chorou de emoção pois era a primeira vez que sentia seu bebê chutar tão forte assim, parecia que sabia que ela estava tendo notícias de seu pai.
Ela não sabia o que fazer, não sabia se ria ou se chorava, o simples fato de saber que Jane estava bem já era um alívio para seu coração, mas a carta não tinha remetente, isso lhe deixou triste.
O envio de cartas para ela passou a ser mais frequente, ela recebia duas cartas de Jane toda a semana. O que lhe deixava triste era não poder responder a ele, não poder contar que ele seria pai.
Até que um certo dia Lisbon foi convocada a comparecer ao FBI, ela estranhou e foi até lá sem saber o que lhe esperava.
Ela estava sentada em uma sala, quando alguém abre a porta atrás de si:
- Hey - quando ela ouviu a voz deu um salto da cadeira, essa voz era inconfundível, Jane...
- Hey, bela barba, você está ótimo!
- Obrigado, você também está ótima, senti sua falta...
- Eu também senti a sua falta...
Jane estava tão feliz e vidrado nos olhos de Lisbon, que não percebeu que havia algo diferente nela.
Eles se abraçaram, por um tempo, quando então Jane sentiu alguma coisa mexer, foi quando ele se afastou dela, e então viu sua barriga já de 6 meses de gestão. Sim o bebê estava dando chutes na barriga de Lisbon, parecia que ele sabia que era seu pai que estava ali, acho que ele sabia, sentia de alguma forma que era.
- Oh você está grávida?
- É o que parece não é mesmo?
Jane ficou sem jeito, não sabia o que fazer, como reagia, ele realmente não esperava por isso.
- Você está tão... Tão...
- Tão o que? Jane? Gorda?
- Não, gorda não, tão Linda Lisbon, você está linda grávida. É menino ou menina? Quem é o pai?
- Calma Jane uma pergunta de cada vez, eu não sei ainda o que é, eu decidi saber apenas quando nascer, quanto ao pai... É...
- Olá Sr. Jane é um prazer te ver novamente...
O agente Abbott do FBI entrou na sala e interrompeu a conversa deles. Tiveram uma conversa séria, com os termos de Jane e os termos de Abbott sobre como Jane trabalharia para o FBI em troca de sua liberdade, mas umas das condições de Jane era que Lisbon trabalhasse com ele, mas isso mudaria pois Lisbon não poderia ir a campo por conta da gravidez. Mas eles entraram em um acordo que ela ficaria trabalhando e ajudando do escritório do FBI. Então Jane e Lisbon aceitaram as condições estabelecidas, de que Jane trabalharia para eles por pelo menos 5 anos em troca de sua liberdade.
Depois da reunião:
- Lisbon eu acho que precisamos conversar. Tem tanta coisa que eu preciso te contar, esclarecer, pedir desculpas...
- Sim Jane precisamos mesmo conversar, mas não aqui, podemos ir até a minha casa?
- Sua casa, pode ser. Então te encontro lá em uma hora.
- Ok.
Lisbon foi pra casa com a cabeça atordoada com o que estava acontecendo, não sabia como reagir, o que pensar, Jane havia voltado sem avisar, e pegou ela totalmente desprevenida. E logo ele estaria na sua casa, até seu bebê estava agitado em sua barriga, parecia que sabia que tinha algo diferente acontecendo. Como contaria para ele que o filho que ela esperava era dele, mas ela tinha que contar, Jane precisava saber que seria pai. Oh meu Deus ele estava de volta sim isso estava acontecendo, não era mais um sonho que ela tinha, agora era real.
Jane deixou o escritório do FBI e foi para o seu airstream, ele estava confuso com tudo que estava acontecendo, ele estava tão feliz em reencontrar Lisbon, esperou tanto por esse momento, mas ela estava grávida, certamente tinha alguém em sua vida, - quem será o pai desse bebê? - pensava Jane.
Como o combinado Jane estava na casa de Lisbon uma hora mais tarde. Ele bateu em sua porta. Lisbon muito nervosa foi atender a porta:
- Oi Jane entra.
- Oi Lisbon.
- Você aceita alguma coisa? Um Chá, café?
- Um chá está ótimo. Você tem chá agora? Que eu me lembre você sempre preferia café.
- Ainda prefiro, mas por conta da gravidez tive que mudar meus hábitos, muito café não faz bem para o bebê.
- Oh sim claro a gravidez
- Pode se sentar no sofá enquanto preparo o chá.
- Ok.
Lisbon voltou com duas xícaras de chá, e começaram a conversar.
- Lisbon eu tenho tanta coisa pra te falar, que não sei por onde começo...
- Que tal pelo começo?
- Oh sim é uma boa idéia... Bom primeiramente eu quero te pedir perdão Lisbon, por tudo que eu te causei esses anos todos, por sempre te meter em confusão, e você sempre me defendia, sempre esteve ao meu lado, e eu nem sempre fui a pessoa mais fácil para se conviver... E me perdoa por eu ter ido embora daquela forma, sem dizer pra onde eu iria, depois do que passamos juntos, você não merecia aquilo Teresa. Mas eu precisava fugir, você também não merecia sofrer comigo na cadeia, eu não seria o melhor pra você estando lá, me perdoa por favor.
- Jane eu sei exatamente como você é, eu sempre te defendi sim, sempre estive ao seu lado, mas você simplesmente desapareceu, você me deixou sozinha, depois do que vivemos, mas eu te entendo, eu não sei se suportaria ver você novamente na cadeia, e dessa vez seria por muito tempo. Eu perdôo você Jane.
- Oh Teresa vem cá...
Jane puxou Lisbon para um abraço apertado, quando uma pessoinha, deu um chute na barriga de Lisbon que até Jane sentiu mexer!
- Hey tem alguém nervoso aqui em baixo hem! Eu posso? - Lisbon afirmou com a cabeça e Jane pousou a mão na barriga de Lisbon - Hey bebê não precisa ficar bravo não, eu prometo que não vou machucar sua mamãe.
Oh Jane estava conversando com seu bebê? Era isso? Sim ele estava, vendo essa cena os olhos de Lisbon se encheram de lágrimas... Mal sabia ele que ele era o pai de seu filho.
- Mas como você e o bebe estão? Você tem alguém? Quem é o pai do seu filho? Ele está aqui? De quanto tempo você está?
- Nossa calma Jane, são muitas perguntas.
- Desculpa eu sou curioso
- Então, eu e o bebê estamos ótimos, sim eu tenho alguém, - Nessa hora o sorriso de Jane se desmanchou - e esse alguém está aqui dentro da minha barriga, - Jane sentiu um alívio - e sim o pai do bebê está aqui agora. E eu estou grávida de 6 meses Jane.
- Onde ele está? Eu posso conhecê-lo?
Jane se levantou do sofá preocupado e nervoso, Lisbon levantou junto com ele.
- Hey calma, ele está aqui sim, mas não precisa ficar nervoso, - Lisbon pega a mão de Jane e coloca em sua barriga - ele está aqui bem na minha frente agora.
Jane ficou olhando para Lisbon sem entender nada, ele olhava para os olhos dela e simultaneamente para sua barriga.
- Como assim Lisbon? Eu não estou entendendo nada, eu estou na sua frente agora... Espera... você disse que está grávida de 6 meses? Esse foi o tempo em que eu... Em que nós...
- Sim Jane esse é exatamente o tempo que nós dormimos juntos.. é você Patrick Jane você é o pai do meu bebê!
- Oh Meu Deus eu não acredito, eu vou ser pai novamente? Teresa eu não mereço isso... Eu...
- shiiii Jane não fala mais nada...
Jane simplesmente ajoelhou na frente de Lisbon e começou a beijar sua barriga e falar com o bebê.
- Oi bebezinho, eu sou seu pai, talvez você estranhe minha voz, porque eu não estive com você desde o começo, mas eu prometo, que nunca mais eu sairei de perto de você meu amor, eu serei o melhor pai pra você. Ele abraçou a barriga de Lisbon e encostou seu rosto nela, e o bebê começou a chutar e a se mexer.
- Nossa acho que ele gosta de você hem papai!
- Você acha mesmo que ele gosta de mim, mesmo eu estando longe todo esse tempo?
- claro que sim, eu sempre falei de você para ele, e ele nunca mexeu tanto assim.
- Eu estou tão feliz Teresa você não imagina o quanto. Me perdoa por ter te deixado sozinha no momento em que mais você precisou de mim. Mas eu te prometo que nunca mais eu vou embora.
- Olha Jane não foi nada fácil, saber que eu iria ter um filho, e que eu iria ter que criar ele sozinha, sem saber se você algum dia iria voltar. Mas eu te perdôo sim.
Jane levantou e abraçou fortemente Lisbon, e olhando em seu olhos ele falou:
- Lisbon por um bom tempo eu esqueci de agir, como um ser humano normal, Eu menti, enganei as pessoas a maior parte da minha vida, para evitar a verdade dos meus sentimentos, e a idéia de deixar alguém se aproximar é assustadora por razões óbvias, mas a verdade Teresa é que eu Te amo. Ahh você não sabe como é bom dizer isso em voz alta, mas isso me assusta, mas é a verdade, é a verdade do que eu sinto. Eu te amo Teresa, eu te amo.
- Jane você está falando sério? Isso não é brincadeira.
- Sim Teresa eu falei sério, cada palavra.
- Oh que bom, porque eu sinto o mesmo.
- Que sorte...
- Diz de novo?
- Dizer o que?
Nesse momento Jane levanta o rosto de Lisbon e a beija com carinho, um beijo longo cheio de amor, enquanto o bebê de Lisbon e Jane pula em sua barriga.
Esse era só o começo de uma vida cheia de alegrias...
