15) A varinha de Merlim

Apesar de ter prometido a Gina que converssariam assim que a reunião de emergência da Ordem terminasse, Draco não pôde. Não que ele não quissesse, mas simplesmente porque não puderam, naquele dia, tanto Jack quanto Vick não dormiram um minuto sequer, e eles não queriam conversar na frente das crianças, tudo que Draco pôde dizer foi que, por enquanto, acreditavam que Harry e Hermione estavam bem. Só à noite, quando as crianças finalmente pegaram no sono, eles puderam conversar. Estavam na sala da Ordem da Fênix.

Nossa, eu estou exausta - Gina comentou enquanto jogava-se no sofá, Draco sorriu.

Finalmente podemos conversar, não é? - ele perguntou, sentou-se ao lado da ruiva e a puxou para perto de si enlaçando-a com um de seus braços.

Sim - Gina ruborizou um pouco, mas aconchegou-se sobre o peito de Draco e encostou sua cabeça no ombro dele - Conte-me primeiro sobre a missão.

Certo - Draco pausou, em seguida deu um leve suspiro - Voldemort sabe sobre a varinha, a Ordem agora está certa disso.

Eles correm perigo? - aquilo foi mais uma constatação que uma pergunta, Gina preocupou-se com os amigos.

Muito - Draco fechou os olhos, o carinho que nutria pela esposa o deixava preocupado, temeroso por sua vida - Por mais que Potter seja um ótimo auror, se muitos comensais estiverem atrás deles a chance de conseguirem é mínima.

Não diga isso Draco - Gina afastou do peito dele e o encarou, seus olhos estavam cheios de lágrimas.

A última coisa que quero é que algo aconteça a eles, meu amor, mas é a realidade - disse tristemente, Gina o abraçou forte - Hermione é muito especial para mim, ela é a mãe do meu filho! Não quero que ela...

Vai dar tudo certo - ela o interrompeu, Gina não queria nem escutar aquela possibilidade. Hermione também era sua amiga, apesar do afastamento, ainda gostava muito dela. Além disso, tinha o Harry... Também não queria pensar na possibilidade da morte do amigo.

Gina... - Draco também queria que tudo ficasse bem, mas as chances eram tão remotas.

Temos que confiar neles! - a ruiva falou, Draco lembrou das palavras de Dumbledore.

Está certa - beijou carinhosamente a testa dela - Desculpe ser tão pessimista!

Eu confio neles, tenho certeza que logo tudo isso vai acabar - uma lágrima rolou sobre o rosto da ruiva.

Você é incrível, sabia? - ele sorriu enquanto enxugou o rosto dela - Eu amo você! - em seguida deu um beijo nela, como era maravihoso beijar Gina, pensava.

Eu também te amo - ela respondeu depois que terminaram o beijo.

O que você queria falar comigo? - ele perguntou.

Bom... Eu... - Gina corou de leve, enquanto desviava seu olhar do dele.

Ei, por que a vergonha? - Draco levantou o rosto dela, delicadamente, pelo queixo, e a fez encará-lo.

Queria falar sobre a gente - ela respondeu enquanto olhava os olhos acinzentados dele.

Sente vergonha de nós?

Não, claro que não... Quer dizer - Gina atrapalhava-se nas palavras.

Eu também não estou feliz com nossa situação - Draco falou, a ruiva sorriu... Como em tão pouco tempo ele já conseguia ver através de seus olhos?

Eu te amo - ela não parecia mais nervosa, Draco conseguia transmitir-lhe segurança - Mas é errado o que estamos fazendo.

Eu sei, também não gosto da idéia de trair a Mione. Como disse, eu tenho um grande carinho por ela e não queria fazê-la sofrer!

É como me sinto em relação ao Harry... Jamais gostaria de vê-lo sofrer! - Gina falou.

Entretanto... - ele pausou e olhou para aquela que agora era a dona de seu coração - Eu não posso negar o que sinto, eu amo você!

Também não posso negar ou mudar o que sinto... Merlim! Eu não quero te perder! - ela o abraçou novamente, Draco correspondeu ao abraço enquanto passava as mãos pelos cabelos dela.

Você não vai me perder - ele afirmou, Gina se afastou e voltou a encará-lo.

Mas nós...

Você estaria disposta a se divorciar? - perguntou.

Como?

Você se divorciaria do Potter e casaria comigo? - insistiu na pergunta.

Sim - respondeu sinceramente.

Não quero continuar com esse sentimento de culpa, não quero ficar me enganando ou enganando a Mione - ele disse - Tenho certeza que ela me entenderá!

Também não acho que o Harry vá negar o divórcio, mas... Será que não seria suspeito se depois a gente se casar? Poderiam relacionar...

Esperaremos! - disse sorrindo - Eu espero o tempo que for para ficar com você!

Eu amo você - ela disse também sorrindo - Draco...

Sim?

Vamos falar com eles, assim que voltarem? - ela perguntou.

Eu acho que quanto antes, melhor - ele disse.

Tudo bem - em seguida ele a enlaçou de novo, e Gina apoiou sua cabeça contra o peito dele. Ficaram ali por muito tempo, fazendo planos para o futuro...

Harry e Hermione caminhavam para o local sagrado. De acordo com a tradução, seria questão de minutos chegarem à varinha de Merlim. Caminhavam em silêncio, Hermione parecia perdida em seus pensamentos, e Harry a observava. Como era possível amar tanto alguém como ele a amava? Perguntava-se naquele momento. E por que amar logo alguém que não te ama? Aquelas perguntas não saiam de sua mente, e por não estar prestanto atenção no caminho, acabou torpeçando e caindo de cara no chão, o qual estava lamacento, visto que chovera a poucos instantes atrás. Hermione começou a gargalhar quando viu um Harry todo sujo de lama.

Não tem graça - ele levantou irritado, enquanto passava as mãos no rosto para tirar a lama, sua roupa também estava suja.

Tudo bem como você? - Hermione perguntou entre risos.

Sim! Hermione quer parar de rir! - ele pediu, acabou rindo de si mesmo.

Você tem que concordar comigo que você está muito engraçado - ela apontou para Harry, que tentava limpar os óculos.

Realmente! Concordo que estou muito engraçado todo sujo de lama - ele começou a si aproximar dela.

Não estou gostando do seu tom de voz - ela o olhou, desconfiada.

Oras Mione... Eu só quero que você fique engraçada também! - depois disso ele segurou Hermione, deixando os braços dela com lama.

Harry Potter, não ouse! - ela alertou.

O que? - ele colou seu corpo no dela, sujando agora a roupa dela - Está se recusando a abraçar seu amigo?

Harry, me solta - ela pediu dando risada, estava começando a ficar nervosa, aquela proximidade era muito perigosa...

Por que eu soltaria? - ele continuou abraçado com Hermione, "Como é bom tê-la em meus braços", pensou Harry.

Porque precisamos continuar a missão! - ela respondeu, Harry fingia pensar no assunto ainda abraçado à ela.

Ok - disse ele soltando-a. Harry afastou-se dela com um sorriso superior nos lábios, afinal, ela poderia não estar tão suja quanto ele, mas agora ele não era o único que precisava de um banho. Distraiu-se tirando a mochila das costas e não percebeu que Hermione depois de colocar a sacola dela no chão, pegou um pouco de lama com as mãos.

Não deveria ter me sujado - ela gritou enquanto jogava lama na cabeça dele, Harry não esperava por aquilo e quando olhou para Hermione, a viu correndo para longe dele.

Isso não vai ficar assim, Hermione - abaixou-se e pegou lama também, depois começou a correr atrás de Hermione, a qual ria naquele momento. Harry atirou lama nela, sujando-a nos cabelos também.

Harry - ela reclamou, parou de fugir e pegou lama também. Começou, então, uma guerra de lama. Depois de algum tempo, era impossível identificar quem estava mais sujo, eles riam divertidamente, como há tempos não o fazia, era como nos tempos antigos, só que ao invés de guerra de neve, era guerra de lama.

Você perdeu, Mione - disse Harry, quando ela ia pegar mais lama acabou escorregando, e caiu sentada no chão, fazendo-o rir mais uma vez.

Você está rindo, não é? - ela puxou o braço dele e Harry caiu também, riram juntos por algum tempo... Estavam exaustos e sujos - Essa foi a coisa mais boba que já fizemos juntos!

Ah, foi divertido Mione - ele falou - Confesse que você gostou!

Tudo bem, eu admito, eu gostei! - ela confessou.

Provavelmente iremos embora ainda hoje - Harry disse tristemente, aqueles meses foram os mais maravilhosos de sua vida.

Sim - ela o olhou, conhecia Harry há tanto tempo, sabia que estava tão triste quanto ela - Em breve, conseguirás derrotar Voldemort facilmente!

É uma das coisas que mais desejo em minha vida.

Que mais? - ela perguntou.

Que mais o quê? - Harry não entendeu a pergunta.

Que mais você deseja em sua vida? - Hermione fitava aqueles lindos olhos verdes.

Infelizmente, algo que jamais poderei ter - ele respondeu, em sua mente a resposta imediata foi: "você", mas ele não poderia dizer isso.

Não pode me contar? - ela insistiu, "O que Harry desejaria que não pode ter?", perguntava-se Hermione. Harry não respondeu, apenas balançou a cabeça negativamente - Tudo bem! Melhor tomarmos um banho, não acha?

Certo - Hermione pegou a barraca e a abriu. Ela foi a primeira a tomar banho, demorou para tirar toda aquela lama do corpo, mas conseguiu. Assim que acabou, Harry tomou o dele.

Depois deste pequeno "incidente", voltaram a caminhar pela floresta. Hermione conferia na tradução se estavam no caminho certo. Quase meia hora de caminhada foi o tempo necessário para chegarem ao local sagrado. Ela deu uma última olhada nos pergaminhos.

É aqui! - ela disse.

Aqui? Hermione, não há nada aqui! - Harry disse confuso, Hermione sorria de satisfação.

Você não achou que a varinha ficaria exposta, não é? - ela andou pelo local - Olha só, é exatamente aqui o local sagrado, mas quem não sabe disso pode andar livremente por aqui que nunca encontraria a varinha! - Hermione pegou os pergaminhos com a tradução novamente. Olhou à sua volta, lá estavam as três arvores cujos galhos apontavam para a mesma direção.

O que vai fazer? - Harry perguntou, enquanto via Hermione se afastar um pouco dele.

Harry, fica ao meu lado - ela pediu, Harry fez o que ela disse - Já estamos na marca exigida, em frente à árvore do meio - Harry olhou para trás e viu três imensas árvores, não notou nada de diferente, para ele, aquelas árvores eram iguais à todas que havia ali.

Por que temos que ficar aqui?

As três árvores sagradas apontam juntas para a varinha - ela disse, foi então que Harry notou que aquelas árvores realmente pareciam apontar para algum lugar.

Entendi.

Agora eu preciso das palavras mágicas - ela respirou fundou - Foi a parte mais difícil da tradução, se uma delas estiver errada...

O que acontece? - perguntou preocupado.

As defesas são ativadas - ela o olhou - E morreremos instantaneamente!

Eu confio em você! - foi tudo que ele disse, o suficiente para enchê-la de coragem!

Vamos conseguir! - ela sorriu, com o pergaminho em mãos, Hermione começou a falar as palavras mágicas pausadamente. Seu coração, assim como o de Harry, estava acelerado naquele momento... Tudo dependia deles agora!

A última palavra foi dita, mas inicialmente nada aconteceu. Olharam-se confusos, será que as palavras estavam erradas? Pelo menos não tinham morrido... Hermione ia se mexer, quando um barulho enorme foi ouvido. Harry segurou a mão dela automaticamente, o chão começou a tremer. Alguns instantes depois, quase três metros de onde eles estavam, um buraco apareceu e de dentro dele um monumento de pedra foi erguido. Sobre o monumento, que deveria ter um mentro de altura, havia uma caixa de vidro e algo brilhava em seu interior. Hermione e Harry se aproximaram da caixa de vidro, ela então constatou:

A varinha de Merlim! - um sorriso imenso brotou do rosto dela - Conseguimos Harry! - ele a abraçou, uma varinha prateada podia ser vista através da caixa que a guardava.

N/A: ¬¬ Hum... Esse capítulo ficou horrível, n foi! Sorry! Eu sabia que quando tivesse q escreve-lo não seria legalz! Bom... Achei melhor parar ai nessa parte, hehehhehehe, acredito que o proximo capítulo vá ser bem melhor e mais emocionante que esse (eu espero!). Desculpa também a demora, mas é pq estou sem tempo... Como sempre muita coisa p estudar, aulas extras... Agradecimentos a todos que leram, comentaram e votaram na fic!