16) O ataque de comensais

A última palavra foi dita, mas inicialmente nada aconteceu. Olharam-se confusos, será que as palavras estavam erradas? Pelo menos não tinham morrido... Hermione ia se mexer, quando um barulho enorme foi ouvido. Harry segurou a mão dela automaticamente, o chão começou a tremer. Alguns instantes depois, quase três metros de onde eles estavam, um buraco apareceu e de dentro dele um monumento de pedra foi erguido. Sobre o monumento, que deveria ter um metro de altura, havia uma caixa de vidro e algo brilhava em seu interior. Hermione e Harry se aproximaram da caixa de vidro, ela então constatou:

A varinha de Merlim! - um sorriso imenso brotou do rosto dela - Conseguimos Harry! - ele a abraçou, uma varinha prateada podia ser vista através da caixa que a guardava.

E agora? - Harry perguntou depois do abraço - Podemos pegá-la? - sua mão já estava perto da caixa de vidro quando Hermione a segurou.

Espere! - por pouco a mão de Harry não tocara na caixa - Não pode ir pegando assim - seu olhar de reprovação caiu sobre Harry - Antes de tudo... Que horas são?

Mione, isso lá é momento para essa pergunta? - Hermione revirou os olhos e repetiu.

Harry, que horas são? - ele então entendeu que saber aquilo deveria ser importante.

Onze e meia - respondeu depois de olhar o relógio.

Perfeito! Fizemos nossa jornada no tempo exato - Hermione sorria orgulhosa.

Hermione, eu não acredito que queria saber as horas para isso... - Harry reclamou, Hermione lançou mais um olhar reprovador para ele.

É claro que não, Harry! Eu perguntei a hora para que não morremos ao tentar pegar a varinha antes do tempo - disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

Quê? Mais essa agora... Até a hora é determinada?

Claro! Harry, estamos falando da varinha mais poderosa do mundo, ela não pode ficar exposta sem nenhuma defesa - explicou Hermione - Temos que esperar!

Ok, quanto tempo?

Meia hora, a varinha só está livre de toda sua barreira mágica ao meio-dia - ela falou.

E se não chegássemos a tempo?

Teríamos que esperar até o meio-dia do dia seguinte! - Hermione disse.

Esperaremos então - Harry falou, depois sentou no chão. Hermione fez o mesmo - Está com fome?

Não, fiquei tão nervosa há pouco que minha fome foi toda embora.

Também estou sem fome - ele disse. Harry tirou a sacola das costas e procurou algo lá dentro - Que tal um chocolate? - ele mostrou uma barra de chocolate de tamanho médio.

Não acredito que ainda tenha chocolate! Você trouxe uma reserva para um ano, foi? - perguntou Hermione, desde o inicio da jornada, Harry sempre tinha um chocolate.

Este é o último, meu estoque acabou - brincou ele.

Ah, mas se é o último pode ficar com ele - Hermione disse.

Eu posso dividir com você.

Não precisa.

Eu vou dividir com você, teimosa! - ele disse enquanto partia o chocolate em dois, em seguida, entregou um a Hermione.

Obrigada - ela sorriu e aceitou o chocolate, "Gentil como sempre...", pensou enquanto dava um suspiro. Harry parecia tão feliz ao lado dela... Claro, afinal eram amigos, não é mesmo? "Será que ele nunca me viu de outra forma?".

Minha outra metade por seus pensamentos - disse ele estudando-a, seu chocolate ainda intacto.

Hum? - Hermione não ouvira o que ele dissera.

Te dou minha metade do chocolate se disser o que estás pensando - ele repetiu com um sorriso maroto nos lábios.

Claro que não! - ela ruborizou, pensamentos como os que estava tendo não poderiam ser ditos a Harry.

Por que está vermelha? - perguntou se aproximando da face dela para ver melhor - Está pensando o que, Hermione?

Nada Harry - ela se afastou e levantou.

Não ficaria assim se não estivesse pensando em nada!

Nada que você precise saber! - ela disse, Harry ficou de pé em frente a ela.

Por que não? - insistiu ele.

Porque não mudaria o passado, muito menos alteraria o futuro - disse tristemente.

Tem certeza? - Harry olhava bem nos olhos dela, havia algo ali que ele não conseguia decifrar... Tocou-lhe a face com carinho, fazendo Hermione estremecer.

Eu sinto tanto, Harry... Não foi proposital, eu juro! Aconteceu, eu era sua amiga, sim, mas... - agora lágrimas já rolavam sobre sua face, o que estava fazendo? Estava a ponto de contar a Harry que o amava? Perturbado pelo choro compulsivo de Hermione, Harry a abraçou.

Por favor, Mione, não chore - ele pediu. A coisa que mais cortava o se coração era vê-la chorar, vê-la sofrer...

Eu... Eu... - gaguejou naquele momento, mas não desistiria da sua decisão! Sim, acabara de decidir que não guardaria mais aquele sentimento em seu coração, sabia que nunca seria correspondida, mas confessá-lo certamente aliviaria aquele dor.

Shh - ele tocou seus lábios com as pontas dos dedos - Acalme-se, por favor! - beijou sua testa em seguida - Não agüento te ver chorando, Mione.

Harry, eu só queria dizer que... - mas foi interrompida por um despertador, na verdade, o relógio de Harry programado para avisar quando faltassem cinco minutos para o meio-dia acabara de apitar, ou seja, o momento de pegar a varinha chegou. Enxugou o rosto, respirou fundo e forçou um sorriso - Chegou a hora!

Espere - ele pediu segurando-a pela mão - Você não terminou de dizer.

Não é o momento, Harry - ela disse - Eu... Eu... Fui tomada pela emoção, não deveria sequer ter começado a falar sobre isso, me perdoe.

Mione, eu quero saber... Vejo o quanto isso te faz sofrer, e se está relacionado a mim, então talvez haja um jeito de eu fazer isso parar. Por favor, me conte!

Harry...

Por favor!

Ok - ela falou - Um dia eu te conto!

Quando?

Um dia, Harry!

E quando será esse dia? - ele insistiu - Diga que será logo!

Quando tudo isso terminar, digo... Quando Voldemort for derrotado e estivermos todos comerando, eu te conto.

Promete?

Sim, eu prometo - ela deu um pequeno sorriso - Quanto tempo falta?

Um minuto! - respondeu ao olhar o relógio.

Daqui a uma hora, poderemos aparatar, não se esqueça - ela falou, depois chegou bem perto dele e sussurrou - Estou com um mal pressentimento, se acontecer qualquer coisa, não hesite em voltar com a varinha!

Não te deixaria aqui! - ele protestou.

Faça o que for necessário, Harry - ela pediu, mais uma vez o relógio dele apitou - É agora!

Aproximaram-se da caixa de vidro, a varinha prateada brilhava lá dentro. Um raio de luz vindo do céu incidiu no centro do vidro, depois se espalhou pela caixa fazendo-a deixar de ser transparente e fica rósea. Hermione olhou para Harry, como se falasse, está na hora... E então sem nenhum barulho a caixa desmontou. Os cinco pedaços do vidro róseos flutuaram perto do monumento de pedra, permitindo que a varinha entrasse em contato com o ar.

É nossa, Harry! Conseguimos! - Hermione comemorou depois de pegar a varinha - Voldemort está acabado!

Eu sabia que conseguiríamos! - Harry falou.

Não comemoraria antes de tempo, Potter - uma voz estremamente familiar ecoou, Harry virou-se para confirmar suas suspeitas e viu vários vultos se aproximando.

Vou guardar na sua sacola - Hermione sussurrou no ouvido de Harry e depositou a varinha na sacola do amigo, enquanto fazia isso mais vultos se aproximavam.

Comensais - ele disse, na verdade, eram muitos comensais...

Viemos buscar a varinha - outra voz bastante familiar falou - Feliz em nos ver, Potter? - era Belatriz Lestrange, e ao seu lado, Lucius Malfoy. Estavam cercados, cerca de vinte comensais encapuzados com varinhas apontadas para os dois. Harry preocupou-se naquele momento, se estivesse sozinho poderia atacá-los sem pensar duas vezes, mas com Hermione ali não deveria se arriscar, tinha que protegê-la!

Harry, não se preocupe comigo, eu sei me defender - Hermione falou como se tivesse lido a mente dele.

Oras, patético como sempre - sibiliou Belatriz - Entregue-me a varinha e prometo uma morte indolor!

Ainda não dá para acreditar que tem um Malfoy casado com uma sangue-ruim - Lucius disse cheio de cólera, seu olhar sobre Hermione era de puro ódio - Pagarás por ter sujado o sangue de minha família com o teu! - Estupefaça!

Protego! - Harry gritou e impediu que o feitiço os atingisse - Não acha que será tão fácil assim, não é Malfoy?

Será mais fácil do que imaginas - disse o homem antes de começar a lançar feitiço em Harry. Os outros comensais fizeram o mesmo, era um duelo injusto, quase vinte comensais contra duas pessoas. Harry tentava atacá-los e ao mesmo tempo mantinha os olhos em Hermione, a mulher defendia-se bem, mas ele não hesitaria em ajudá-la caso fosse necessário.

Não demorou muito para que os comensais começassem a cair. Harry não era considerado o melhor auror a toa, suas habilidades nos duelos eram incríveis, e mesmo enfrentando mais de um inimigo ao mesmo tempo, estava claro que ele estava com a vantagem. Hermione derrubou alguns comensais também, Lucius Malfoy não descolava dela, ele era o único que Harry considerava um perigo para a garota, não só por ser um comensal, mas também pela raiva que o homem tinha por Hermione ter se casado com Draco.

Estupefaça - Hermione gritou, ao se virar, Harry viu caído um comensal que provavelmente ia atacá-lo por trás, Hermione acabara de salvar sua vida.

Obrigado - ele disse, Hermione sorriu e voltou ao seu duelo com Malfoy que naquele momento recuperava-se de um feitiço lançado pela bruxa. Com Harry agora restava apenas três comensais, entre eles Belatriz. Harry ainda sentia enorme raiva pela mulher, causadora da morte de seu padrinho, Sirius Black - Experlliarmus! - ele gritou e a varinha de Belatriz escapuliu de suas mãos, com raiva ela olhou para Harry, antes de perder a consciência devido ao feitiço estuporante que Harry lançou.

Hermione ainda duelava com Lucius, vários comensais estavam caídos, enquanto outros tentavam levantar-se. Harry tratou de conjurar um feitiço para amarrar aqueles comensais que estavam incoscientes, restando apenas seis de pé. A exaustão em todo seu corpo não o fez desistir, faltava pouco agora... A varinha já estava em suas mãos, breve a fundiria com a sua e derrotaria Voldemort, traria a paz para todos! Pensando nisso, arranjou forças para duelar com os comensais restantes, depois de algum tempo, apenas um continuava de pé. Ainda de olho em Hermione, tentou acabar com o inimigo imediatamente, mas este era realmente forte.

Depois que eu acabar com você, seu filho será o próximo - Lucius disse, Hermione estremeceu, pensar naquilo a deixou cega de raiva.

Estupefaça! - ela gritou e o corpo de Lucius voou alguns metros, colidindo com uma árvore.

Maldita - disse o homem depois de se levantar.

Você nunca encostará em meu filho! - Hermione falou aproximando-se do comensal - Nunca!

Matarei aquele moleque imundo como você, depois matarei o traidor do meu filho! - Lucius disse no mesmo tom de raiva que Hermione.

Não deixarei que mate nenhum deles! - Hermione gritou, um pouco distante Harry observava a cena, implorando em pensamento que Hermione se afastasse do inimigo, algo que era considerado extremamente perigoso.

Crucio! - Malfoy disse, e o corpo de Hermione caiu contorcendo-se de dor, a mulher não esperava o ataque. O coração de Harry disparou e sem pensar duas vezes atingiu o comensal com o feitiço mais forte que conhecia, deixando-o incosnciente e partiu para auxilio de Hermione.

Petrificus Totalus! - Harry gritou e Lucius caiu petrificado no chão. Correu até Hermione - Mione! Mione! - Harry chamou, com esforço, a mulher abriu os olhos - Você está bem?

Estou, orbigada - ela disse com um sorriso.

Você não deveria ter chegado tão perto - ele reclamou.

Desculpe, mas... - ela lembrou das palavras de Lucius.

Não se preocupe - Harry a abraçou - Está tudo bem!

Expelliarmus - Lucius Malfoy gritou, enquanto levantava. A varinha de Harry voou de sua mão - Não achou que um feitiço tão simples me deixaria incosciente muito tempo, achou? Estupefaça! - Harry foi lançado para longe de Hermione.

Petrificus Totalus - Hermione disse apontando a varinha para o comensal.

Protego! - Luciu defendeu-se - Você não tem chance, sangue-ruim! Hoje será seu fim, depois o de seu filho e seu marido! - Malfoy falou aproximando-se de Hermione, Harry tentava desesperadamente achar sua varinha, foi então que ele ouviu - Darei-te uma morte lenta, para que sofra o bastante por ter sujado minha nobre família! Hemotopus!

Maldito! Moliarmium! - gritou Harry, Lucius Malfoy caiu incosciente no chão. Correu até a amiga e confirmou o que temia... Hermione fora atingida pelo feitiço, ainda estava consciente, mas as conseqüências do feitiço já eram visivies, de sua boca começava a sair sangue, manchas roxas espalhavam-se pelo seu corpo... Se não a tirasse dali o mais rápido possível, seria impossível reverter o feitiço e Hermione morreria - Mione...

Harry, não deixe... - ela parou de falar, Harry pôde ver a expressão de dor em sua face - Não deixe ele matar meu filho, Harry... Proteja-o, ajude Draco...

Shh, não fale, Mione - ele pediu, lágrimas rolavam por sua face por ver a amiga naquele estado.

E se Draco... Se Draco morrer também...

VOCÊ NÃO VAI MORRER! - ele gritou.

Harry... Se Draco morrer também, cuide do meu filho - ela pediu, o sangue não parava de sair pela sua boca, mais manchas roxas apareciam em seu corpo.

Eu não vou fazer isso porque eu não vou deixar você morrer! Você vai cuidar do seu filho, você vai viver muitos anos ainda!

Eu te amo, Harry - ela disse, estava quase incosciente. Estava tão desesperado que sequer entendeu o significado daquelas palavras. Não era o amor de amigo que ela se referia naquele momento...

Eu também amo você, Mione! Por favor, não me deixe - disse tocando-lhe a face, Hermione, porém, não ouviu, desmaiara naquele momento...

N/A: Primeiro as desculpas: )) Sei que demorei um bocado para postar o capitulo, mas como sempre a culpa foi dos estudos, aulas extras e talz! Hehehehhe! Sorry! Segundo, não me matem por parar o capitulo ai, eu ia colocar mais coisa, mas ai ia ficar muito grandeee, então deixo para o proximo: ) Terceiro, não sei se o capitulo ficou muito legalz naum, então prometo que tentarei melhorar nos próximos, oks! Ah... Os dois ultimos feitiços foram inventados por mim, ahuahauhauaha, n sei de onde tirei esses nomes, mas foi pq eu n conhecia mais feitiços, então... : )