23) Em Berlim
A palestra terminara há alguns minutos, e agora Gina arrumava sua pasta. Viera a Berlim para ministrar uma palestra sobre as doenças epidêmicas da Europa que mais atingiam os bruxos. Os jovens que a assistiram saiam aos poucos, alguns até vieram tirar alguma dúvida com a ruiva. Quando todos deixaram a sala, ela pegou sua pasta e caminhou até a porta. Havia um garoto moreno, de cabelos e olhos castanhos, encostado à porta.
- Com licença – Gina falou, o garoto permaneceu imóvel.
- Foi uma palestra incrível – o garoto falou com um sorriso maroto.
- Agradeço o elogio, agora... Poderia me dar licença?
- Ainda não – o garoto se desencostou da parede e começou a se aproximar de Gina. A mulher deu um passo para trás – Nunca vi uma palestrante tão bonita.
- Se eu fosse você parava por aí – o garoto ficou estático, Gina que já tinha a varinha em mãos, deu um sorriso de satisfação – Não tem noção do perigo que corre passando uma cantada para essa mulher!
- Q-quem é você? – o garoto gaguejou enquanto mirava o homem alto, forte e loiro que aparecera.
- Quem sou eu? Meu amor, ele perguntou quem eu era? – Draco disse engrossando o máximo que pôde a voz, e fazendo expressões de mau. Gina estava fazendo um grande esforço para não rir.
- Perguntou, querido – Gina balançou a cabeça, o garoto olhou apavorado de um para o outro – Por acaso você sabe qual meu nome, ou só estava preocupado com o meu corpo?
- Eu... Eu não sei – o garoto respondeu.
- Gina Weasley Potter – ao ouvir o nome da boca da ruiva, o garoto tremeu. Olhou para Draco e viu uma aliança no dedo dele.
- É... É o se-senhor Po-potter?
- Em pessoa! Não vai querer cometer o erro de dar em cima da minha esposa, vai? – Draco ria por dentro.
- Não, claro que não... Mil perdões senhora Potter – o garoto recuou trêmulo, se bateu na parede e depois saiu correndo. Draco e Gina gargalharam quando ficaram sozinhos.
- Quer dizer que é o meu marido? – Gina perguntou com um sorriso maroto.
- Para aquele garoto, sim... Para os outros, infelizmente não – Draco a abraçou pela cintura.
- Draco, está louco? Alguém pode aparecer – Gina tentou se soltar dele, mas ainda sorria.
- Dependendo de quem seja, posso fingir ser o Potter novamente – ele piscou – Apesar disso não me agradar nem um pouco.
- Sei... Parece que gostou bastante de ter se passado pelo Harry.
- É ridículo o medo que sentem dele – ele revirou os olhos – Ele só enfretou e derrotou Voldemort...
- É... Só isso, não é querido? – Gina deu uma olhada rápida para a porta, depois deu um selinho em Draco.
- Eu mesmo teria derrotado aquele bruxo das trevas, se não soubesse da profecia quando entrei para a Ordem...
- Claro, claro!
- Ah... Corrigindo a senhora Potter... Eu não gostei bastante de ter me passado pelo Potter... Só gostei da parte que éramos casados – Gina sorriu.
- Eu amo você, Draco – sem se preocupar com as pessoas que poderiam ver, Gina o beijou intensamente...
O almoço estava sendo maravilhoso. Harry fizera reservas em um restaurante trouxa, a fim de evitar encontros com bruxos maldosos que não pensariam duas vezes para inventar boatos sobre Harry Potter! Aguardavam o pedido, uma música suave tocava. Involuntariamente, Harry pegou a mão de Hermione que estava sobre a mesa. Ela corou, mas não retirou a mão.
- Às vezes, parece que é um sonho – ela disse baixinho, como se quisesse falar apenas para si mesma.
- Não é Mione, estamos realmente vivendo isso – Harry falou carinhosamente, deu uma rápida olhada em volta, e sem agüentar mais, beijou-lhe a mão, fazendo-a sorrir.
- Então eu jamais me senti tão completa – ela disse.
- Quando pretende falar com o Malfoy?
- Ainda não sei. Eu...
- O quê?
- Não tenho certeza, mas tenho a impressão que o Draco está escondendo alguma coisa de mim – Hermione confessou.
- Como assim? Acha que ele está te traindo? Ah... Se eu pego o Malfoy, eu mato! – Harry se enfureceu. Hermione o olhou incrédula.
- Harry...
- Como pode fazer uma coisa assim? Trair você, Mione? – ele parecia não ouvir Hermione.
- Eu nunca disse que ele estav...
- Isso é imperdoável, eu vou azarar o Malfoy e ele vai...
- Harry! – ela apertou a mão do moreno para fazê-lo si calar.
- Quê?
- Não sei se você lembra, mas... Eu estou traindo o Draco ficando com você – Harry se calou, deu um sorriso sem graça.
- É mesmo! Esqueci desse detalhe – ela suspirou.
- Eu não disse que Draco está me traindo, só tenho a impressão que ele me esconde algo... Mas de uma coisa eu tenho certeza – Hermione falou.
- De quê?
- Isso o deixa muito feliz – a morena sorriu – Harry, eu estou traindo Draco, não posso exigir fidelidade. Mas sinceramente, se ele estiver me traindo, essa mulher está fazendo-o muito feliz.
- Não machuca pensar na traição dele?
- Não, porque eu não o amo como... Amo você – ela corou de leve, fazendo-o sorrir – Se você me traísse, bem... Aí eu ficaria arrasada!
- Ei! Nem pense isso... Demorei tanto tempo para descobrir que você me correspondia, não estragaria ficando com outra pessoa – ele falou – Eu te amo, Hermione.
- Também amo você – eles se aproximaram e si beijaram. Alguns minutos depois, o garçom trouxe os pratos – Você vai comigo até o Ministério?
- Sim. Queria sair com você essa noite, mas não posso. Vou jantar com os Weasleys – Harry comentou – Que acha de jantar comigo amanhã à noite?
- Tudo bem, deixo o Jack com meus pais... Estou precisando arranjar uma babá, não quero ficar incomodando meus pais o tempo todo.
- Se quiser posso pedir a Sra. Weasley alguma recomendação.
- Eu adoraria, Harry. Estava de licença no Ministério durante esses últimos meses, mas preciso voltar. E como Voldemort já foi destruído, sinto-me mais tranqüila em deixar meu filho com alguém – ela disse.
- Tentarei encontrar alguém pra você – Harry sorriu – Mione...
- Que foi?
- Eu também queria ter um filho – ela sorriu.
- Você quer dizer outro filho... – Hermione corrigiu. Harry deu um sorriso, mas nada disse. Amava Vick como se fosse sua garotinha, mas ele sabia que não era... Queria aquela alegria de ouvir da mulher que amava que ia ser pai...
- Você me daria uma criança? Nossa criança? – perguntou ele segurando novamente a mão de Hermione.
- Claro, Harry! Quantos filhos você quiser – Harry deu um largo sorriso – Amo você! – ela sorriu.
O beijo já estava deixando-os sem ar. Pareciam ter pedido o controle e esquecido que estavam num auditório, em Berlim e que a qualquer momento alguém poderia surpreendê-lo. Quando ela finalizou o beijo, completamente ofegante, foi apenas porque precisava de uma pausa, e não porque se lembrara do perigo...
- Já terminou os negócios que tinha pra resolver? – ela perguntou olhando-o fixamente.
- Os que estavam marcados para hoje sim – ele deu um sorriso maroto – Tenho a tarde livre para nós.
- Tem certeza? Só pra nós?
- Exatamente. Tem algo em mente? – ele perguntou.
- Podíamos dar uma volta por Berlim – Gina sugeriu – Depois... Namorar bastante, que acha?
- Acho perfeito – Draco segurou a mão dela – Vamos começar agora.
- Pra começar, poderíamos almoçar, estou morrendo de fome!
- Certo – eles deixaram o lugar da palestra.
Draco a levou para um conhecido restaurante alemão. O almoço foi divino; a comida era maravilhosa e ambos sentiam-se confortáveis com a presença um do outro. Era como se namorassem há séculos, não eram muito conhecidos na Alemanha, então podiam ficar de mãos dadas ou trocar beijos sem medo de esbarrar com algum conhecido.
Ao deixar o restaurante, passearam pelo centro de Berlim, como um casal apaixonado. Quando o sol estava quase se pondo, se dirigiram para o hotel. Apesar dos negócios de Draco serem numa cidade vizinha, ele fizera reserva no mesmo hotel de Gina. Para não levantarem suspeitas ali, onde eram reconhecidos pelos seus sobrenomes, cada um pegou sua chave na recepção e rumou para o quarto. Encontrariam-se em dez minutos no quarto dela.
Decorrido o tempo que estabeleceram, Draco deixou seus aposentos e caminhou cautelosamente até os de Gina. Bateu na porta, e ouviu a voz de Gina pedir-lhe que aguardasse um pouco. Instantes mais tarde a porta foi aberta. O quarto estava parcialmente iluminado, o loiro não a encontrou quando deu uma olhada rápida pelo local. Só quando sentiu as mãos dela abraçarem sua cintura que a encontrou.
- Hoje será um dia muito especial para nós – ele disse. Gina ficou de frente para Draco.
- Será, muito especial – ela falou sorrindo. Draco a olhou de cima a baixo, vestia uma camisola curta vermelha, por estar sem sutiã, ele podia ver o contorno de seus seios.
- Você está linda – Draco sussurrou no ouvido dela. Depois, deu um demorado beijo em seu pescoço, fazendo-a se arrepiar.
- Eu te amo... Te amo – ela dizia baixinho enquanto sentia as mãos dele percorrer seu corpo.
- Também amo você, Gina – Draco a encarou por alguns instantes, depois a beijou cheio de desejo...
N/A: Começo com as costumeiras desculpas, ehehehehhe... :D Gente, mil perdões, sei que prometi que atualizaria com mais freqüência, mas o problema dessa vez foi o próprio pc... Minha placa mãe pifou e tive que comprar uma nova, pra completar foi justamente perto do carnaval, então tive que esperar o feriado passar... Estava agoniada, louca p escrever, não só essa mais minhas outras fics e até algumas novas... ¬¬ Mas tive que esperar... Finalmente td foi resolvido e agora estou de volta. Sei q esse capítulo foi pequeno, mas a quebra do pc bagunçou meus horários, juntou com um problema pessoal meu, além da matricula da universidade que ta chegando e tenho vários papeis pra acertar... Minhas sinceras desculpas! Se continuar td como está, em breve eu volto com atualizações! Ah... Espero que curtam o cap... Sei q foi mais DG, mas... Aguardem... ; ) O próximo vai ter bastante HH:D
