24) Singelas diferenças

Ela se mexeu na cama, o despertador a acordara há alguns segundos atrás, mas ela tentou desligá-lo o mais rápido possível para não acordar Draco. Passou as mãos pelos cabelos, a fim de ajeitá-los, depois, mirou o homem loiro que ainda dormia ao seu lado. Deu um pequeno sorriso. Ela deveria estar louca, por estar fazendo aquilo, mas cada momento ao lado de Draco era tão especial que Gina sabia que qualquer loucura era aceitável.

Há alguns meses estavam com aquele romance secreto. Noite passada foi a primeira vez que fizeram amor; e aquilo foi diferente de tudo que já tivera. Sua primeira vez foi decepcionante, Simas a engravidou e quando descobriu a descartou de sua vida; as vezes que fizera amor com Harry foram boas, mas sem paixão ou desejo de ambas as partes.

Draco a amou de um modo singular, o qual Gina jamais esqueceria, caso nunca mais pudesse vê-lo novamente. Sorriu novamente, o que estava pensado? Não há razões para deixar de vê-lo. Era verdade que ambos eram casados, mas aquilo seria fácil de resolver... Em breve, iria se separar de Harry, e como Draco também se separaria de Hermione, poderiam ficar juntos.

Ele abriu os olhos, e a encarou, sorrindo em seguida. Gina se aproximou mais; Draco a enlaçou, ficaram abraçados em silêncio por algum tempo. Até que ele começou a distribuir beijos pelo pescoço dela, fazendo-a sorrir. Ela virou o rosto e o olhou bem nos olhos, Draco encostou os lábios nos dela e a beijou.

- Bom dia – ele disse quando finalizou o beijo.

- Bom dia, amor – Gina respondeu.

- Estava me admirando?

- Por que admiraria um homem feio e sem graça como você? – perguntou ela, com um sorriso maroto.

- Feio e sem graça? – Draco se ajeitou na cama, virando-se em seguida. Prendeu as mãos de Gina e ficou por cima dela – Quer dizer que você me acha feio e sem graça!

- Horrível, eu diria... – ela tentava parecer séria.

- Mas você me ama, certo?

- O amor é cego! – Draco sorri.

- Pois saiba que você também é horrorosa... – ele brincou – Mas meu amor também é cego!

- Que bom – ele beijou-lhe novamente os lábios.

- Agora diga a verdade... Estava me admirando?

- Talvez... Um pouquinho – Gina confessa.

- Confesse, agora, que me acha lindo e gostoso – Draco pediu encarando-a.

- E quem disse que eu acho isso? Sua pretensão me espanta, Malfoy!

- Não seja turrona, Weasley! – ele sorriu lembrando os tempos em que ainda se tratavam pelos sobrenomes – Por que não admitir? Por exemplo,... Pra mim, você é a mulher mais linda, perfeita e sensual que já vi!

- Verdade? – Gina corou um pouco.

- Sim – Draco a fitou por uns instantes – E eu te amo.

- Também amo você, Draco – Gina disse.

- Ah... Mas não esqueça que você é assim em minha opinião. E lembre-se... Eu te amo, e o amor é cego! – ela deu um tapa de leve nele.

- Seu bobo!

- Brincadeira. Qualquer pessoa te acharia linda, porque você é linda. Não só fisicamente... Você é uma mulher incrível, Gina; e eu te admiro muito.

- Eu também admiro você, Draco. Por tudo que você podia ter sido, mas que desistiu a tempo para lutar por uma causa totalmente contrária a tudo que lhe fora ensinado por seus pais.

- E hoje, mas que nunca, sinto-me orgulhoso pela minha escolha – Draco acariciou o rosto dela – Ou não estaria aqui com você.

- Eu amo você... – Gina sussurrou perto do ouvido dele. Draco sorriu, a encarou e beijou novamente.

- Eu também te amo – ele disse bem perto dos lábios dela, mordiscando-o de leve em seguida. Suas mãos começaram a passear pelo corpo dela, enquanto seus lábios se tocavam num beijo cheio de desejo...

A manhã amanhecera chuvosa na Inglaterra. A água caia de maneira incessante, mas era uma chuva fina. O céu, contudo, parecia escurecer a cada instante; o dia tinha começado há algumas horas, mas a pouca luminosidade que passava pelas nuvens carregadas assemelhava aquela manhã a um fim de tarde. Não era necessário ser um metereologista para saber que uma tempestade estava por vir.

Depois que deixara Jack com seus pais mais cedo, e ouvira diversas recomendações da mãe, Hermione seguiu para o Ministério. Tinha um jantar naquela noite com Harry, então seu filho ficaria com os avós até o dia seguinte. Apressou os passos ao perceber que a chuva aumentava; quando chegou ao Ministério seguiu direto para sua sala.

- Bom dia, senhora Malfoy! – Briget cumprimentou.

- Bom dia, Briget – Hermione sorriu.

- A senhora deveria se secar, ou pode pegar um resfriado – a secretária alertou.

- Ah, sim. Cuidarei disso – naquele momento um raio clareou todo o ambiente, e instantes depois, ouviu-se o trovão – Nossa! Parece que o céu vai desabar hoje!

- É... A senhora teve sorte, mais uns minutinhos... E chegaria ensopada – ambas sorriram.

- Graças a Merlim! Estarei em minha sala, falto apenas duas pastas para encerrar aquele caso – Hermione encarou a mulher – Assim que terminar, a chamo para que assim, a senhora entregue ao Ministro.

- Está certo – Briget assentiu. Hermione caminhou até a porta, mas antes que a abrisse, Briget a chamou de volta – Senhora Malfoy?

- Sim?

- Chegou uma encomenda para a senhora – a mulher avisou.

- Uma encomenda? – perguntou Hermione sem entender.

- Sim, foi entregue há pouco mais de quinze minutos atrás. Pelo visto, o senhor Malfoy não consegue ficar muito tempo longe da senhora... Certamente, fica morrendo de saudades – Hermione corou ao ouvir aquilo.

- Do que está falando?

- Não vou estragar a surpresa. Entre... Está em sua mesa – Briget sorriu para Hermione.

- Está bem. Obrigada por avisar – Hermione agradeceu.

- Ah... Perdoe-me, mas a senhora tem um marido maravilhoso – a outra comentou. Hermione ficou completamente sem jeito. Naqueles momentos, a culpa por estar traindo Draco causava um enorme peso em sua consciência.

- Agradeço o elogio – ela meio que envergonhada, entrou antes que a secretária tecesse mais elogios ao marido.

Fechou a porta, encostando-se a ela. Olhou em direção à mesa, sorrindo em seguida. Havia um enorme buquê de rosas brancas. Andou até lá, ao se aproximar notou que a surpresa não se limitava ao buquê. Próximo às rosas, estava uma caixa de médio porte, forrada de veludo azul marinho. Abriu a caixa, lá, um lindo pingente com um brilhante acompanhava um colar dourado. Era realmente maravilhoso, pensou. Voltou-se às rosas novamente, pegando o cartão que estava preso a elas.

"Hermione,

Imagino que a senhora Malfoy tenha muitas jóias lindas, as quais seriam perfeitas para a noite de hoje. Contudo, nesse jantar especial, quero esquecer o sobrenome que carrega e pensar que pelo menos naquele momento, você é apenas minha Hermione Granger. Aceite meu presente e use-o especialmente hoje à noite, na nossa noite. Estou contando os minutos para estar contigo. Espero que aprecie o presente.
Amo você,

Harry Potter.

PS: As rosas? Bem... Depois que comprei o colar, passei por elas, e no mesmo instante você me veio à mente. Não pude resistir..."

Hermione sorriu sozinha, enquanto sentia o coração bater mais rápido, só por ter lido aquele bilhete. Briget estava errada, não fora Draco quem lhe presenteara. Entretanto, Hermione não poderia confidenciar-lhe a verdade. A culpa foi completamente esquecida, restando em seu coração apenas a vontade de encontrá-lo logo. Jogou-se na cadeira e releu o bilhete de Harry. Aquilo se repetiria por mais dúzias de vezes naquele dia...

O tempo não melhorara no decorrer do dia. A chuva continuava, embora, às vezes mais forte; outras mais fracas. Algumas vezes relâmpagos iluminavam tudo, trovejando forte em seguida. Ao sair do Ministério, ventava muito e chovia torrencialmente. Os poucos minutos que precisou andar ao sair do Ministério até poder aparatar em casa, deixaram-na completamente ensopada. Eram seis e meia quando chegou.

Rumou direto para o quarto, precisava de um banho quente. Começou a preparar a banheira, enquanto tirava as roupas molhadas. O contato com a água quente fez seu corpo esquecer o frio devido à chuva que recebera. Recostou a cabeça na borda da banheira e fechou os olhos. Instantaneamente, Harry veio à sua mente. Sorriu; em poucas horas estaria com ele.

Deixou o banheiro quase meia hora depois. Abriu o guarda-roupa e escolheu algo que combinasse com o colar que ganhara de Harry. Optou por um vestido azul marinho, que ia até o joelho. Suas costas ficavam a mostra, e havia um decote em forma de V que deixava parte de seu colo a vista. Colocou-o em cima da cama, perto dele, as sandálias.

Arrumou primeiro os cabelos, enxugou-os e alisou-os com um feitiço simples. Puxou uma parte e prendeu uma prisilhia. Uma leve maquiagem foi feita em seu rosto, quando terminou pegou o colar que Harry lhe dera e colocou em si. Voltou-se novamente à cama, pegou o traje escolhido e vestiu-se. Em pouco tempo, estava pronta para sair. Agora o relógio marcava vinte para as oito; ainda tinha um tempo antes que Harry chegasse. Desceu; para passar o tempo, pegou um livro qualquer que estava na sala. Hermione perdeu a noção da hora, e foi quando ouviu a campainha foi que notou que já eram oito horas.

- Boa noite – ela disse ao abrir a porta. Harry sorriu, repousou as mãos na cintura dela e a trouxe para perto de si.

- Boa noite, meu amor – ele beijou-lhe levemente os lábios – Você está maravilhosa.

- Hermione Granger agradece o elogio – ela fala encarando-o. Harry nota que assim como ele, Hermione está sem a aliança.

- É bom ter você comigo, Mione – Harry sussurrou bem perto do ouvido dela.

- Posso dizer o mesmo, Harry. Ah... – ela o surpreendeu com um beijo intenso – Obrigada pelos presentes.

- Não precisa agradecer – ele segurou a mão dela – Pronta para o jantar?

- Sim, podemos ir – um trovão soou forte naquele momento; chovia forte.

- Fiz reservas num restaurante trouxa – Harry disse – Não poderemos aparatar lá.

- Isso significa que ficaremos encharcados antes mesmo de chegar ao restaurante – eles sorriram.

- Se preferir... Podemos ficar. A verdade é que tudo que importa é estar com você, Mione.

- Bom... Vou avisando que não sou tão boa cozinheira – ela avisou.

- Não tem problema, eu cozinho – Harry disse.

- Adorei essa parte – ele sorriu. Hermione o levou até a cozinha, lá, prepararam algo não muito complicado para o jantar.

Ainda chovia, e parecia que não ia parar tão cedo. Quando terminaram o jantar, ficaram conversando, abraçados na sala. Eles se alternavam durante a conversa, ora um falava sobre sua vida, ora o outro. Então, Harry começou a beijar o pescoço de Hermione. Ela se virou, ficando de frente pra ele. Encaram-se por algum tempo, até que seus lábios se encontraram.

- Eu te amo, Mione – Harry sussurrava entre os beijos – Sempre amei!

- É tão bom ouvir isso, é como se meus sonhos tivessem virado realidade – ela falou – E eu confesso que achava impossível algo assim acontecer.

- Eu também – ele sorriu.

- Ontem... Ontem, nós não fizemos amor no escritório, porque queria que nossa primeira vez juntos fosse especial – Hermione dizia – Acho que agora é o momento perfeito – ela entrelaçou a mão esquerda dela na dele, como em sinal de que naquele momento, eles eram livres.

- Eu concordo – Harry a olhava bem nos olhos.

- Vem comigo... – ela levantou, e de mãos dadas, seguiram para o andar de cima.

Hermione o guiou até o sótão. Jamais levaria Harry para o quarto que dividia com Draco. O lugar aonde chegaram era um dos refúgios de Hermione naquela casa, depois da biblioteca. Na parte mais alta da casa era possível ouvir ainda mais a chuva; além disso, as janelas grandes de vidro mostravam o tempo lá fora. Harry a abraçou por trás, e por algum tempo ficaram apenas parados, em silêncio, ouvindo as gotas baterem contra a janela.

- Eu adoro vir aqui em cima, principalmente à noite – ela confidenciou. Hermione ficou de frente pra Harry – Estar aqui com você é melhor ainda.

- Eu amo você, minha linda – Harry aproximou seus lábios do ouvido dela, mordiscando-o em seguida.

- Eu também te amo – ele segurou o queixo dela e a beijou.

Ao finalizar o beijo, eles se olharam e sorriram. Hermione pegou a varinha e conjurou cobertas e almofadas. O aposento estava parcialmente escuro, e quando relampejava clareava tudo. Eles sentaram sobre a coberta, e iniciaram um novo beijo. As mãos dele percorriam o corpo de Hermione com nervosismo e desejo ao mesmo tempo. Seria a primeira vez que faria amor com ela.

Harry a deitou e ficou a fitá-la por algum tempo. Hermione estava corada, mas ele não podia notar isso. Com cuidado, ele abriu o vestido dela; em seguida, começou a espalhar beijos por todo o colo de Hermione. Seus corações batiam acelerados naquele instante, queriam muito passar um ao outro o quanto se amavam. Harry acariciou o rosto dela com carinho, enquanto repetia "Eu te amo". Hermione fechou os olhos quando sentiu os lábios dele tocarem os seus; então, pela primeira vez, eles fizeram amor...

N/A: ¬¬ Hum... Demorei um pokito, mas como havia prometido, esse cap foi cheio de HH \o/ Naum sei se ficou muito bom, mas espero que tenham gostado. Como sou péssima com NCs, resolvi poupá-los, ahauhauahaa... Foi um cap bem romântico, bem estilo Pink! Eu sei que drama tb é bem estilo Pink ¬¬ Mas romance tb eh, neh:D . Como disse... Espero que tenham gostado! Breve tem mais... Ah... A fic está perto de acabar : ( Entretanto, não sei exatamente qts caps faltam... Talvez uns dois... Três no máximo (eu acho), dependerá da criatividade! Peço compreensão de vcs em relaçao a demora... Mas qd a fic ta cabando, Pink fica meio que com bloqueios... Sem falar do pânico pré-ultimo-capítulo (sinto-me um desastre em caps finais ¬¬ ). Esse cap demorou de sair n só pq tinha outras coisas p fazer, mas tb pq naum sabia como colocar minhas idéias no Word... ¬¬ Minhas sinceras desculpas, tentarei atualizar o mais rápido possível, mas caso demore, vcs já sabem... Pink com problemas com a criatividade...