N/A: Finalmente pessoal... o começo do fim' Demorei porque ao invés de fazer um capítulo final, acabei dividindo em dois capítulos e um quase epílogo. Como havia dito que esta seria a última atualização, decidi que só postaria quando tudo estivesse pronto.

Ah, esse daqui é um capítulo que cronologicamente acontece ao mesmo tempo que o capítulo anterior. Mas se o 06 foi prioritariamente EdxWin, agora é a vez de uma overdose de RoyxRiza. Se por algum motivo você não for fã de Roiai, pode partir pro próximo, que é onde está a continuação do 06.

Preparem-se para o fluffy

Festival de Beijos

Roy Mustang apresentou-se a porta do apartamento de Riza Hawkeye impreterivelmente na hora marcada.

Conhecia as mulheres muito bem, podia-se dizer que tinha doutorado no assunto. Com Riza, então, que mesmo depois de tantos anos ainda conseguia surpreendê-lo, o Coronel tomaria todo tipo de cautela possível. A noite deveria ser perfeita.

Havia, entretanto, uma certa hesitação antes de bater na porta. Ele não costumava ficar ansioso antes de encontros amorosos, mas a especialidade daquele dia transformava tudo, uma ansiedade como que gerada quando se está diante de uma passagem de fase da vida. Não que houvesse pretensões de pedi-la em casamento naquela hora, ou mudar definitivamente seu comportamento, mas a partir do instante em que confrontasse de fato seus sentimentos pela tenente, as coisas seriam diferentes.

Nem como amigos, nem como colegas de trabalho, já tinha notado que o apreço dela em relação a ele era de outra qualidade. Seu nome era Roy Mustang e nunca fora cego pra essas coisas. De fato a tomada de consciência dessa situação viera de forma lenta. Riza não era o tipo de mulher para qual ele precisava apenas sorrir e em troca receberia um olhar apaixonado. Ela era complicada de se analisar, dificilmente vacilava, era competente e profissional demais para contaminar o setor com algum tipo de suspiro apaixonado. Além de tudo era inteligente, forte e orgulhosa, não iria se impressionar com as artimanhas galanteadoras do Coronel.

"Talvez ela goste de mim por algum outro motivo" Era uma suposição que deixava Roy curioso e satisfeito, mas que seria melhor ainda se o palpite deixasse o campo das possibilidades.

E enquanto ele a observava cuidadosamente, tentando comprovar suas impressões, descobriu-se torcendo para que estivesse certo. Começou a especular sobre como seriam um casal interessante, e assim se deu conta que queria ficar ao lado dela. Nunca a idéia de um relacionamento sério parecera tão sedutora.

E finalmente a hora da verdade chegara. Roy tinha apenas de bater na porta. Sem mais pestanejar, seu punho fechado fez o movimento.

Imediatamente ouviu-se o barulho da chave abrindo a tranca.

"Pensei que você não iria bater mais." Pronunciou a loira ao abrir a porta.

Riza já estava pronta. Estava num belo vestido preto, simples e elegante, com seus cabelos soltos. Roy sorriu discretamente, lembrando-se do seu projeto sobre mudanças no uniforme feminino.

"Alguma coisa errada?" Indagou Riza.

"Nada demais, só estava tentando me recordar da última vez que tinha te visto vestida para uma festa."

"Foi no casamento de Hughes e Gracie."

"É verdade... Mas, vamos então?" Da forma mais cavalheira possível, Roy lhe ofereceu o braço. "Claro, se você não achar ruim..."

Foi a vez da tenente sorrir. Seria de fato péssimo pra sua reputação andar por aí de braços dados com alguém, ainda mais se fosse Roy Mustang, o mais conhecido sedutor de Ametris.

Suspirou e aceitou a oferta do Coronel. Depois de aprender razoavelmente a dançar, aquilo era um obstáculo muito simples de superar.

"Por que eu veria algum mal num gesto desses?" Completou Riza, numa irônica brincadeira que Roy não deixou de perceber.

"É mesmo... Bobagem minha..."

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Não fazia nem dez minutos que andavam pelo parque quando avistaram um curioso trio de amigos. O tenente Havoc, sua acompanhante Catherine Armstrong e o irmão dela, o major Armstrong. Roy só pôde rir da cena. Parado ao lado do brinquedo "medidor de força" o tenente fumava tristemente o seu cigarro, enquanto Catherine vibrava a cada novo prêmio que o irmão conseguia.

"Yoh, Havoc!"

"Olá Havoc!"

"Coronel? Tenente Hawkeye? Nossa Coronel, eu realmente achei que você não conseguiria."

"Não espalhe por aí, mas tive de fazer uso de minhas prerrogativas de chefe..."

"Ah, imaginei..."

"Mas amanhã mesmo eu devo abrir o processo por assédio sexual" Emendou Riza.

"Ah,... Boa sorte, tenente!"

"Não acha que já é hora de começar a levantar uns pesos? Se continuar assim nunca vai impressionar a dama hehehe..."

"Antes de falar dos outros seria bom antes tentar impressionar a sua dama?"

"Nota mental de Roy Mustang: ordenar que o tenente Havoc fique uma semana inspecionando um mosteiro."

Um desafio pouco confortável, Roy tinha certeza que se o tenente não conseguia, ele, o Coronel, também não teria chances. Ter de pedir que o Major Armstrong conseguisse um prêmio para Riza era uma saia justa pela qual Roy não queria passar. Entretanto era precisamente por situações como aquela que ele sempre andava com sua luva de fricção a tira colo, só precisaria agora de um pouco de mágica pra poder colocá-la sem ser visto.

"Ah, sem dúvida alguma eu consi...Vejam! A Maria Ross está beijando o Brosh"

Com um alerta daqueles, todos imediatamente olharam na direção apontada pelo Coronel, curiosos para ver o casal.

"Aonde? Aonde?"

"Aquele casal ali? A Tenente Ross jamais ficaria numa posição de tão pouco pudor" O major Armstrong logo interferiu.

"De fato não são eles... Não se parecem nenhum pouco com os dois"

Riza olhou desconfiada para o Coronel, mas Roy já havia tido tempo suficiente pra colocar em prática sua idéia. Quando Armstrong resolveu continuar o jogo de medir força, o dono do brinquedo o interrompeu.

"Parece que houve um curto circuito."

"Que pena... desculpe Riza, não vou conseguir te impressionar aqui..."

"Ah, Senhorita Hawkeye, mas acho que você nem precisa do Coronel pra te arrumar um prêmio. Tem uma barraca de tiro ao alvo no próximo corredor." Agora era o major Armstrong que muito solicitamente deixava Roy com cara de tacho. "Só pode ser um complô" pensou o alquimista das chamas.

"Ah... muito obrigada, Major! Vamos... Roy!"

O parque de diversões nunca pareceu tão divertido para Riza. Dali a alguns segundos estava com um rifle nas mãos e seis chances para despedaçar uns simpáticos patinhos de papel.

"Posso começar, Coronel? Ou você teria alguma coisa contra?" Disse Riza, com a malícia máxima que sua personalidade lhe permitia ter.

Roy ponderou rapidamente. Se ele tentasse, provavelmente conseguiria um ursinho médio, já Riza com toda certeza alcançaria o melhor prêmio.

"Por que eu acharia ruim um gesto desses? Eu nunca fui contra iniciativas de independência feminina...E acredito plenamente na minha capacidade de tirar proveito de qualquer situação"

A Loira então sentiu-se autorizada a usar seu melhor estilo de atiradora de elite. O dono da banca até estranhou uma mulher tão elegante empunhar tão firmemente um rifle, e na seqüência, admirou-se ainda mais a quantidade de tiros certeiros. Nenhum patinho sobrou vivo.

Roy sorriu ao perceber que uma pequena platéia se formara para acompanhar os disparos de sua tenente. Mas antes que Riza desfrutasse de sua súbita popularidade, o Coronel se aproximou dela, o que bastou para alertar aos demais senhores presentes que aquela moça não estava desacompanhada. Ela pegou o prêmio e se afastaram dali sem que nenhum dos observadores se pronunciassem

"Coronel, aqui está o seu presente!"

Ele recebeu aquele urso enorme, super peludo, desses que servem como reservatório de ácaros e arma mortífera contra pessoas alérgicas. Mas Roy não tinha nenhuma alergia, o maior problema daquele urso era servir de objeto para sua tenente brincar com seu orgulho masculino. Mas Roy também não tinha nenhum problema com quem brincasse com seu orgulho de macho, desde que fosse a loira, provável mulher de sua vida e que com esse gesto lhe entregasse de bandeja a oportunidade que precisava.

"Meu presente? Ah... Você não acha que está querendo um pouco demais? "

Dessa vez o Coronel a pegara. Ele sabia que as mulheres tinham o dom de imaginar as coisas mais absurdas quando não sabem no que um homem está pensando.

Teria exagerado na brincadeira? "De forma alguma." Será que havia se enganado com o Coronel? "Talvez." Vai ver que abrira muito a guarda e o Coronel agora achava que ela era uma qualquer... "Muito provavelmente". Foi imaginando hipóteses cujo desfecho piorava em progressão geométrica. Riza chegou a engasgar para responder aquele questionamento relativamente simples.

"Co... Como assim, senhor?"

Estava tão embaraçada que Roy ficaria com a consciência pesada de colocá-la naquela situação. Mas estava tudo sob controle.

"É que... Eu não posso aceitar, se não puder dar algo em troca..."

O Coronel tomou o urso com uma das mãos, com a outra, segurou firme a mão de Riza e olhou de forma sincera dentro dos olhos dela. Ela entendeu o que todo aquele ritual queria dizer."Malditos alquimistas e sua troca equivalente. Maldito, Roy que me tira de mim."

"... E, se me permite, Riza, há algo que há muito tempo preciso fazer..."

"Há coisas, Coronel, que não precisam de permissão."

Ela tinha razão. Roy sabia, pelo olhar que ela lhe retribuíra, que já estava tudo pronto e aconteceria como deveria ser. Quando os lábios se tocaram de forma suave, perceberam que suavidade não era suficiente. Mesmo que não admitissem para si mesmos, estavam apaixonados e deveriam se beijar como tal.

Mas era algo que só é possível de se descobrir no momento em que se beija. Naturalmente os dois perceberam que estavam fazendo da forma errada não havia necessidade de mais formalidades e, para corrigir, como apaixonados permitiram-se beijar.

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Roy e Riza agora andavam de mãos dadas pelo parque, com um sorriso de cumplicidade estampado no rosto.

"Aquele ali ao lado da Roda Gigante não é o Alphonse?"

"Sim... Mas onde está o Edward?"

"Ele é tão baixinho que a gente não consegue enxergar..."

"Roy..."

Continua

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N/A: Não era pra ser alternaverse, mas RoyxRiza é provavelmente o único casal que eu deixo as emoções falarem mais alto na hora de escrever. Ficou OOC, mas vamos combinar... não dava pra terminar essa história sem beijo e a Fabi gostou, a opinião dela conta muito ò.óv E enfim... eu também gostei rsrs Por favor encarem como um Royai fanservice heuheuh