Uma Lição de Amor para Não-Crentes
Tradução de Anitta Black
Capítulo 1
As coisas mudam
Life changes
And best friends become strangers
Ele estava se sentindo tão calmo, relaxado, contente – porque o maldito sol tinha que se por no caminho?
James Potter se virou preguiçosamente na cama, sem abrir os seus olhos quentes cor de avelã.
Tentou voltar a adormecer, mas o sol não estava deixando. Ele se virou novamente, tentando escapar aos raios quando sentiu peso no colchão que não deveria ser dele. Não ficou perturbado, nem um pouquinho, já que era um acontecimento habitual para ele. Então, uma macia mão feminina desceu no seu peito.
James abriu os olhos, perdendo o sono para o novo dia. Sorriu quando o seu olhar pousou na bela ainda adormecida ao seu lado, cuja mão descansava no seu peito e cujas pernas se entrelaçavam nas dele.
Lily Evans – a sua melhor amiga desde a infância e a sua amante – ainda que não gostava de chamá-la assim. Ele genuínamente se importava com ela; não só pelo sexo. Ela era uma das únicas mulheres que tinham o seu respeito e sincera afeição.
Eles tinham se conhecido um dia no recreio; ele tinha sete anos, ela quatro. Ela tinha vindo falar com ele. Nesse dia descobriram que ambos tinham nomes começados por 'S' e que faziam anos no mesmo dia. Então, Lily decidira que eles tinham sido feitos para serem amigos e não o tinha deixado depois disso. Daí, a amizade deles só crescera. Tinha sido uma surpresa quando, no seu quarto ano em Hogwarts, ela vira-a entrar no Salão Principal para a selecção das casas. Ao que parecia ela tinha escondido esse pequeno facto ( assim como ele). Ela ficou encantada por finalmente perceber porque ele nunca falava da sua escola e dos seus amigos, e ele encantado por ter a sua 'irmãzinha' por perto todo o ano, e não só no Verão. E então ele adoptou o papel de irmão mais velho, o seu protector (especialmente no que toca a garotos), mas nada mais.
Eles tinham se tornado 'mais' hà poucos anos atrás, quando ela rompera com um namorado que acabara por se tornar um idiota – James não o aprovara desde o começo (na verdade não aprovara nenhum dos garotos interessados nela), mas quando ela chegou a casa, chorando, ele não disse 'Eu te avisei'.
Em vez disso ele a comfortou do único modo que ele conhecia – sexo.
Nenhum dos dois mostrou arrependimento e isso se tornou comum entre eles. A partir desse dia eles se tornaram 'amigos com benefícios'
James sempre se perguntara o que seria tão bom no conceito de 'amigos com benefícios' que os amigos se fartavam de comentar. Para ele, sexo era sempre igual – o que importava se a parceira era uma amiga, uma namorada, ou uma desconhecida?
Mas isso fora antes de dormir com a Lily pela primeira vez.
Com Lily tudo era diferente. E o que o surpreendia mais era que cada vez era diferente da última, e normalmente melhor.
Depois de experimentar o "sexo com uma amiga' ele não podia deixar de antecipar como seria 'sexo com o seu verdadeiro amor' – que se dizia ser ainda melhor. Mas até lá ele se contentava com Lily.
Oh, soava bastante pior do que era na realidade. Eles não eram sem coração, pelo menos não Lily. Eles só o faziam quando estavam ambos solteiros e desesperados – o que em geral estavam. Desesperados, não solteiros.
Bem, James não queria abdicar das outras mulheres. Senão, como ele poderia encontrar o 'sexo com o seu verdadeiro amor'? Mas ele tinha de admitir que sexo com a Lily era melhos que a maioria.
A maior parte das vezes, se não sempre, James era quem não estava disponível, e nem sequer tentava nada com Lily nessas vezes. Ele sabia que ela nunca o deixaria trair uma garota, muito menos com ela.
Mas agora, pensando nisso, ele não conseguia lembrar de uma única vez em que ele estivesse disponível e ela não. Parece que afinal era só ele que tinha o 'benefício' quando queria.
'Mas isso vai mudar' ele pensou, reflectindo sobre o que havia acontecido na noite anterior.
James olhou-a e sorriu suavemente. Ele amava passar o seu tempo com Lily. 'Especialmente na cama', pensou. Ele a puxou ligeiramente, abraçando-a.
Ele deixou sua mente divagar sobre os acontecimentos da noite anterior.
Ontem, ele chegara a casa após um encontro romântico, encontrando Lily no lugar habitual - o computador. Ela estava usando os seus engraçados óculos de leitura, o seu cabelo estava preso por um elástico num desajeitado rabo de cavalo, de modo que muitas mechas ruivas escapavam. Ela estava usando uns shorts que deixavam à mostra as suas elegantes pernas e uma das grandes camisetas dele.
Ela não podia parecer menos atraente, e no entanto, ele a queria.
Desesperadamente.
A visão da sua roupa no corpo dela era surpreendentemente excitante, e as mechas que caíam, envolvendo o seu pescoço estavam aumentando a vonta-de de a beijar.
Era simplesmente frustante que uma simples visão dela o deixasse naquele estado. James não podia deixar de se perguntar se seria normal desejar a sua melhor amiga assim tanto.
'Bem, qualquer homem no planeta seria louco se não a desejasse.' Ele pensou
Mas pelo amor de Merlin, era a sua melhor amiga! Ele até podia entender que os seus genes de macho não o deixariam não a desejar, mas tinha que desejas tanto?
James suspirou, resignado ao facto de que, sim, aparentemente ele tinha que a desejar assim tanto.
Ele se encostou à ombreira da porta, a olhando enquanto ela trabalhava. Na verdade ele adorava ficar a olhando. Fosse quando ela sorrisse, ou estivesse distraída, ou simplesmente pensando. Ou quando ela estivesse dormindo... e especialmente quando eles estavam transando... ou melhor – quando ela atingia o orgasmo.
Era uma visão tão fantástica que ele não podia evitar ficar a observando. Com as outras mulheres ele simplesmente lhes dava o que elas queriam, mas com Lily era diferente, e ele não sabia como aquilo tinha chegado áquele ponto.
Ele suspirou novamente, e dessa vez ela deve ter ouvido porque se virou na cadeira e sorriu para ele.
"Você sabe que eu odeio quando você fica me olhando. É desconfortável." Ela disse, docemente, a sua voz melódica o deixando tonto.
"É por isso que eu adoro fazê-lo. Isso e a visão de você, é claro." Ele disse, sorrindo.
"É claro." Ela retorquiu, seriamente, mas um pequeno sorriso estragou o efeito. "Então, como foi o seu encontro?" ela perguntou, mordendo o lábio.
'Eu também quero' ele pensou, enquanto avançava para ela.
Lily olhou confusa à sua falta de resposta,e os seus olhos se abriram quando ela teve uma visão completa dele. Ela ergueu uma das sobrancelhas, em modo de interrogação à visível excitação dele, mas ele não disse nada, apenas a levantou nos braços e começou a beijar o seu pescoço, o que ele sabia ser o seu ponto fraco.
"O que você está fazendo?" ela perguntou, quase sem fôlego.
"Te seduzindo," ele respondeu simplesmente, enquanto a levava em direcção ao seu quarto.
"Mas... e Sara? James, você sabe o que eu penso disso," ela disse, tentanto se libertar; ele não deixaria.
"Não estava resultando. Nós acabámos, eu juro.", e era verdade.
James estava começando a se preocupar acerca da sua vida amorosa. Parecia que todas as mulheres com que saía, se mostravam erradas para ele, cada vez mais cedo.
Desta vez durara apenas duas semanas. Ele não tinha planeado, mas quando chegaram ao restaurante e começaram a conversar, James percebeu que Sara estava definitivamente errada para ele.
Depois disso, não demorou muito tempo para chegar a casa e ver Lily. Ele mergulhou nos seus cabelos ruivos, inspirando o intoxicante perfume de morango, sentindo-a relaxar, e então, voltou ao beijos.
Agora, isto estava certo, e não podia ser melhor. Ele realmente precisava de despi-la e deitá-la na cama.
Uma vez que ela não estava tentando fugir, ele continuou carregando-a até ao quarto.
"Você não acha que deveríamos esperar? So passaram... duas horas?" Lily disse, mesmo sem tentar pará-lo.
Ele fez um gesto de negação e fechou a porta.
"Hum... James... tem... uma coisa que eu preciso te contar." Ela disse.
"Pode esperar," ele disse, tirando a camiseta dela. 'Porque eu com certeza não posso' ele pensou. Encantado com o facto de que ela não estava usando soutien, ele focou a sua atenção nos seios da ruiva.
"Não, não pode esperar... Jake, ele me convidou para sair e eu aceitei."
"Tudo bem" James disse enquanto a deitava. Algures no fundo da sua mente ele sabia do que ela estava a falar – Jake, um colega de turma dela, tinha-a convidade para sair. Após o primeiro encontro, ela seria o fruto proibido.
Ele forçou a sua mente a esquecer esse facto. Afinal, naquele momento, ela ainda era só dele.
E assim seria até à manhã seguinte, Lily dormindo, e James pensando apreensivamente no seu último envolvimento.
Lily não conhecia Jake assim tão bem. Ela tinha-lhe falado dele algumas vezes, mas tudo o que ele sabia era que Jake tinha 21 anos e tinha quase todas as aulas com Lily.
Além disso, nada mais sabia, o que o preocupava.
'Parece que vou ter que pesquisar sobre esse cara' ele pensou.
Nesse momento Lily começou a abrir os olhos.
"Bom dia" ela disse, com um sorrriso.
'Merlin, ela ainda fica mais bonita quando acorda' ele pensou.
"Bom dia" ele respondeu, dando-lhe um beijo na testa, e levantando-se para se vestir.
N/t – Antes de mais queria pedir desculpas pelo atraso na actualização. Para já estou atualizando essa fic, mas não sei quando posso postar as outras...
Este é o 1º capítulo de Uma Lição de Amor para Não-Crentes, espero que tenham gostado, e continuem deixando reviews...
Obrigada a Dynha Black, Larissa, dark angel, GreenWaterMermaid, Mah Clarinha pelas reviews, e a todos os que leram.
