Nota: Essa é uma repostagem do capítulo 11, onde eu mudei muitas coisas, portanto, para os que acompanham a fic, é bom que ele seja relido.
Capítulo 11 – Uma Tarde Tempestuosa
Passaram-se seis meses desde aquele encontro. O inverno chegou e durante o tempo que passou, Draco ficou se ocupando com os negócios da família, que, aliás, eram muitos problemas para resolver, tentando esquecer Harry.
Adorava neve e resolveu ir para Hogsmead, passear um pouco. Aparatou na cidade e foi primeiro na Dedos de Mel. Era bom relembrar os velhos tempos de Hogwarts.
Harry acordou faminto naquela manhã fria de sábado. Desceu para a cozinha e a encontrou vazia, mas com a mesa do café posta. Pelo barulho que vinha da sala, Sirius e Lupin deveriam estar lá.
Há cinco meses Harry teve uma grande surpresa. Tinha chegado em casa bêbado e enquanto se dirigia ao seu quarto aos tropeços, escutou estranho barulhos vindos do quarto de Lupin. Quando acordou no dia seguinte, com uma ressaca daquelas, e desceu procurando uma poção para curá-la, achou que a bebedeira do dia anterior continuava, pois deu de cara com Sirius tomando café e lendo o Profeta calmamente à mesa como se nada tivesse acontecido.
----- Flashback -----
- Bom dia! --- Sirius acenou. --- Você não devia ter bebido tanto.
- Si-Sirius? Co-como que você... --- Harry estava sem palavras e sem acreditar no que via.
- Não, isso não é uma ilusão. --- ele sorriu. --- Venha, sente-se aqui e vamos curar essa ressaca.
Sirius levantou indo até o armário e tirando um fraco. Deu um pouco para um Harry ainda muito chocado e o fez sentar e aguardaram a ressaca melhorar.
- Sirius, eu não acredito que você está aqui. --- Harry abraçou o padrinho. --- Me conte como foi isso.
- Eu estou muito feliz por estar de volta! --- sentou-se. --- Remus conseguiu descobrir um feitiço capaz de me tirar do véu. Era um feitiço complicado que ele precisou da ajuda de todos.
- Ahhh! Então foi por isso que andaram sumidos..
- Mais ou menos...
- Sabe, eu tive a impressão que te vi no duelo com Voldemort.
- Você não teve impressão, eu estava lá.
- O que? Mas isso faz um mês.
- Eu sei.
- Então você já está livre do véu desde aquela época?
- Mais precisamente daquele dia. O feitiço era de invocação, Como tinha que ser muito forte para me tirar de lá, Remus reuniu todos.
- E por que não me chamou? --- Harry ficou indignado.
- Por que vocÊ estava muito envolvido com o duelo com Voldemort e Remus achou que eles já eram suficiente.
- Tudo bem, mas e por que demorou tanto tempo para aparecer?
- Você tinha perdido a memória e ficamos com medo que você ficasse ainda mais confuso, e também, desde que você e o Malfoy terminaram, você passa a maior parte do tempo fora de casa.
- Ah... Não me fale nisso... --- fechou a cara bebendo o suco. --- E a propósito, como você sabe do que eu tive com o Draco?
- Já me coloquei a par de tudo o que aconteceu. --- ele sorriu. --- Vai desistir assim?
- Ele não quer mais. O que eu posso fazer?
- Não posso dizer que a culpa é inteiramente sua, porque ele deveria ter levado em conta que você estava sem memória, mas também, você foi muito duro com ele. Ainda gosta dele?
- É claro que gosto dele! Só que... Não sei o que fazer...
- Tenho certeza que você vai conseguir, e caso seja muuuuito necessário, quem sabe eu dê uma ajudinha. --- sorriu e piscou.
Harry deu um sorriso falso e continuou a comer. Apesar daquele assunto, estava muito feliz de ter seu padrinho de volta.
----- Fim do Flashback -----
Depois que seu padrinho apareceu, ele conseguiu tirar Draco da sua cabeça durante algum tempo.
Na semana passada, Harry recebeu uma carta de Hogwarts, onde Minerva o convidava a comparecer hoje na escola.Ele se vestiu e saiu.
Duas horas depois Harry sacudiu as vestes do lado de fora da Dedos de Mel, em Hogsmead, e entrou na loja. Começou a caminhar por dentro dela, procurando o que ia comer no momento. Pegou alguns doces e foi para a fila, perdido em alguns pensamentos sobre o que tinha que fazer. Acordou momentaneamente quando alguém bateu nele, e levantando a cabeça murmurou um pedido de desculpas.
- Potter...
- Malfoy. --- Fechou um pouco a cara.
- Já faz um tempo que não te vejo. --- Draco se abaixou pegando o saco que tinha deixado cair.
- É... talvez eu tenha mudado meu ambiente. --- Harry pagou, e saiu da loja. Ficou ao lado de Draco. --- Como anda o namoro?
- Que namoro?
- Ué! Zabini?
- Eu não estava namorando ele! --- Draco pareceu indignado.
- Hummm... Bem que Zabini não é mesmo o cara para se namorar...
- Eu nunca iria namorar aquilo.
- Ainda posso confiar no seu bom gosto. --- Harry deu um sorriso.
Draco esfregou as mãos com luvas. Estava bem frio e pelo jeito ia piorar. Harry percebeu o gesto do loiro, ficou temeroso, mas mesmo assim perguntou:
- Não acha melhor entrarmos no Três Vassouras?
- Pode ser... --- Draco estava com frio.
Harry se sentou numa mesa, que de todas parecia mais aquecida. Tirou seu sobretudo, apoiando-o na perna. Pediu duas cervejas amanteigadas. Draco sentou, ainda com frio e tirou um chocolate, comendo em silêncio. Harry ficou observando os detalhes da mesa, sem querer puxar qualquer assunto. Tinha medo que depois daqueles seis meses, afastasse ainda mais o loiro, mesmo sendo aquela a primeira vez que se encontravam.
- Eu acho melhor pedir outra coisa.
Draco suspendeu as cervejas e pediu wisky de fogo. Harry concordou e aconchegou-se na cadeira.
- O que tem feito, Draco?
- Nada de interessante, e você?
- Trabalhado apenas...
Chegaram as bebidas e Harry percebeu que Draco parecia pouco se importar com ele, e quase se sentia no direito de fazer o mesmo. Mas talvez não. Desde que descobriu tudo que fez com Draco não se perdoou e prometeu mudar isso tudo. Contudo, agora que tinha chance... Não conseguia, por medo. Grifinória? Sentia dizer que o Chapéu seletor havia errado.
Assim que terminou o primeiro copo, Draco se sentiu bem mais aquecido. Pediu outro. Tirando o sobretudo. Harry ficou rodando seu copo, indeciso de tocar no assunto ou não.
- Então, o que estava fazendo aqui? --- Draco perguntou bebendo.
- Fui convidado para dar aula de Defesa Contra Artes Das Trevas em Hogwarts. --- Continuou balançando o copo, meio que perdido ao olhar para o líquido.
- E vai dar aula? --- Pegou o copo que chegou e bebeu um pouco.
- Vou...
O loiro ficou calado e voltou a beber. Harry bebeu um gole da bebida de uma vez e se virou para Draco decidido a começar.
- Eu lembrei de tudo, Draco...
- Eu sei, você já me disse isso. --- o loiro pediu outro copo.
- Antes você queria tanto que eu me lembrasse. O que aconteceu para que mudasse assim tão rápido? --- Harry pediu outro também.
- Eu por acaso disse que não queria que você se lembrasse?
- Agiu como se "tanto fizesse" pra você...
- Você não entendeu o que aconteceu né? --- Draco pegou a bebida, tomando.
- Não mesmo.
- Eu perdi a confiança em você. --- o loiro repondeu olhando para o copo.
Harry arregalou os olhos, aturdido com aquilo.
- Por que?
- Por que? --- Draco perguntou indignado. --- Perdeu a memória de novo?
- Pode falar coisas que não sejam pela metade? Droga!
- Pelo jeito esqueceu do que fez quando estava sem memória.
- Seja claro, Draco!
- Chega! Eu já cansei disso! --- Draco se levantou, mas Harry segurou seu pulso.
- Inferno! Será que você não me ama o suficiente para me dar uma chance? Droga! Não errei porque quis. Não sabia o que sentia... E se você sentasse e conversasse comigo, saberia bem o porquê. --- Harry estava irritado e ainda segurava o pulso de Draco.
- Eu já sentei e conversei com você a uns seis meses e não deu em nada. Você não se preocupou nem um pouco quanto a isso, nesse tempo que passou. --- o loiro respondeu secamente.
- Sinceramente, Draco Malfoy. --- Harry se levantou ficando perto dele. --- Você acha realmente que eu não me preocupei? O que você pode falar disso? Você não estava do meu lado para ver ou saber disso... Pelo que eu saiba, a primeira coisa que você fez foi estar com Blaise. Droga! A primeira coisa que quis fazer quando descobri que estava supostamente curado foi contar a você. Nem eu mesmo confio em tudo que falei antes.
- Depois daquilo eu perdi a confiança em você e tenho meus motivos pra isso.
- Inferno, Draco! Eu amo você. Não foi só desejo. Custa acreditar que eu tive medo de assumir, droga!... Quer saber? Custa a você acreditar no que quiser.
Harry deixou um dinheiro para pagar as bebidas e saiu dali. Draco vestiu o sobretudo e foi atrás dele, encontrando-o do lado de fora. Segurou no braço dele, falando baixo:
- Durante toda a minha vida todos ficaram comigo porque sentiam desejo por mim, e não porque gostavam de mim. Por isso é tão difícil pra eu acreditar no que você diz.
O loiro o soltou, virando as costas e foi andando para o lado contrário. Harry puxou Draco pelo braço, e aproximou seus lábios dos dele para beijá-lo. Mas parou, lembrando: "Toda a minha vida todos ficaram comigo porque sentiam desejo por mim". Ficou apenas olhando os olhos do jovem loiro a sua frente.
- E agora que você tem a chance de mudar isso, vai jogar pela janela?
- Como eu vou saber que você não está me enganando de novo?
- Sinceramente, Draco. Acha que eu viria até aqui, seguraria seu braço, não beijaria os seus lábios, se sentisse apenas desejo por você? Pior... acha que insistiria?
- Eu... não sei...
Harry suspirou pesadamente. Conseguia ver claramente a insegurança nos olhos de Draco.
- Ok... --- Harry o soltou. --- Não posso ficar forçando você, certo? Eu vou deixar você em paz e faça como quiser. Eu tentei, não há como dizer que não fiz isso. Tentaria de novo, mas há limites... --- Ele beijou a testa de Draco. --- Até outro dia.
- Até...
Harry saiu dali, querendo muito uma resposta, mesmo que negativa. Aquele "não sei" havia sido muito para ele. Botou o sobretudo e saiu de Hogsmead, indo para casa. Ainda não tinha noção do que fazer dali por diante. Nunca imaginara seu futuro sem Draco, isso era o mais estranho. A possibilidade de continuar parecia muito remota.
Draco chegou em casa e só então lhe ocorreu que tinha deixado um monte de coisas na casa de Harry. Achou melhor ir buscar logo, aproveitando que o encontro estava recente.
Harry foi até a cozinha guardar os doces, e foi para seu quarto, a fim de arrumar uns livros para sua nova vida, de agora em diante. Ouviu a campainha e foi até a porta abrindo. Se surpreendeu ao ver Draco a sua frente e abriu espaço para que ele entrasse.
- Olá, Draco.
- Olá... er.. só agora me ocorreu que eu deixei um monte de coisas minhas aqui. --- disse claramente sem graça.
- Ah! Claro... --- Harry entrou na frente. --- Deve conhecer a casa --- Sorriu. --- Pode pegar o que deixou aqui. Quer ajuda?
- Se não for te atrapalhar... --- Draco disse meio tímido. --- Seria bem mais rápido.
Harry balançou a cabeça em negativa, e começou a subir as escadas em direção ao seu quarto.
- Sinta-se em casa.
- Obrigado --- Draco subiu atrás
Abriu a porta do quarto, que estava arrumado, e entrou, deixando que Draco fizesse o mesmo. Manteve a porta aberta.
- Eu não mudei nada de lugar. Então acho que não vai ser muito difícil achar tudo. --- Sorriu, botando as mãos na cintura.
- Tudo bem! --- o loiro tirou o sobretudo e o cachecol, colocando sobre a cama e começou a juntar as coisas.
- Quer uma bolsa para levar?
- Ah! É mesmo, esqueci...
Harry abriu seu armário, e pegou uma bolsa para Draco. Fitou bem o loiro. Havia algo de diferente nele, que já tinha notado, mas achou ser impressão por não o ver a muito tempo.
- Você cortou o cabelo? – Harry arregalou os olhos.
- Hã? Cortei, aquele cabelo comprido tava me cansando. Deixei como ele sempre foi. --- pegou a bolsa. --- Obrigado.
- De nada... Mas ele era tão bonito daquele jeito. --- Harry sentou na cama, observando Draco procurando e arrumando as coisas.
- Cabelo comprido dá muito trabalho, ainda mais pra ficar do jeito que eu quero. Assim é melhor. --- dobrando umas roupas.
- Fazer o quê... --- Deu de ombros, passando a mão pelos cabelos.
Draco terminou com as roupas e passou para alguns objetos. Harry ficou sentado na cama, olhando para ele arrumar tudo, sem saber o que fazer para ajudar. Algum tempo depois Draco terminou.
- Finalmente! --- o loiro sentou na cama. --- Não sabia que tinha deixado tanta coisa.
- Viu se não esqueceu nada no banheiro.
- Acho que peguei tudo. --- voltou a sentar descansando.
- Quanta coisa! – Harry olhou para a bolsa que parecia cheia.
- É mesmo.
- Bom! Quer tomar alguma coisa? --- Harry sorriu.
- Eu aceito. --- Draco sorriu de volta.
Harry saiu do quarto indo pra cozinha, abrindo a geladeira.
- Tem algo quente? --- Draco foi atrás.
- Tem no bar... Escolhe lá, que eu preparo.
- Pode deixar que eu faço. --- Draco foi até o bar.
- Ok! Tô indo lá pra cima continuar a arrumar uns livros. Passa lá quando acabar de preparar seu drink.
- Tudo bem.
Harry subiu para a biblioteca que estava montando e continuou a arrumar os livros em prateleiras, que estava especificando. Era um trabalho para quem, no momento, não tinha o que fazer. O caso dele.
Draco terminou de fazer, bebeu, lavou o copo e guardou, subindo em seguida.
- Eu to indo. --- Draco apareceu na porta.
Harry foi até ele, deixando de lado os livros.
- Quer ajuda para levar as coisas lá pra baixo?
- Não, tudo bem, eu uso um feitiço de levitação. --- Draco virou as costas indo pro quarto.
- Ok! --- Harry Desceu na frente, para poder abrir a porta. --- Diz uma superstição, que se o dono da casa abrir a porta, a pessoa volta. Se o visitante abrir, ele não volta mais. Então... --- Harry abriu a porta, e viu uma coisa típica naquela época do ano: Tempestade de neve. Fechou os olhos e praguejou baixinho. --- A não ser que as superstições não queiram deixar você ir... Draco se encolheu com o vento e a neve que entrou. Fechada a porta o moreno voltou a olhar para Draco...
- Hum... Acho melhor acender a lareira e você ficar mais um pouco.
- Concordo. --- Draco deixou a bolsa perto da porta e foi junto.
- Faz o seguinte... Acende a lareira. Vou preparar chocolate quente e trago os meus doces que sobraram.
- Tudo bem. --- Draco acendeu a lareira e sentou no sofá, esperando.
Harry começou a preparar o chocolate, enquanto descia os doces do armário, e botava num potinho. Acabou tudo e foi para a sala.
- Toma - Estendeu o copo para Draco e se sentou ao lado dele.
- Obrigado --- pegou tomando em silêncio.
Ficou sentado ao lado de Draco bebendo, observando o fogo crepitar na lareira.
- Cadê todo mundo? --- o loiro perguntou estranhando o silêncio.
- A família Weasley está toda na Toca, vem aqui de vez em quando. Lupin está viajando. O resto continua sua vida por aí.
- Pensei que ele estivesse dando aula.
- Lupin? Não... Parece que o novo professor sou eu. --- Sorriu. --- Mas eu não moro sozinho. Sirius mora comigo.
- Sirius Black? Ele não tinha morrido?
- Tudo indicava que sim, mas ele voltou, graças à ajuda de Lupin. --- Sorriu mais ainda. --- Cara! Meu padrinho está de volta...
- Que bom... --- Draco voltou a tomar o chocolate olhando para o fogo.
- E você? O que anda fazendo? --- Harry tentou puxar assuanto.
- Cuidando das coisas da família. --- Draco fez cara de tédio.
- Menino dedicado...
- Não tenho escolha... --- Draco deu de ombros.
- Por que? – Harry olhou preocupado para ele.
- Porque eu herdei tudo.
- Boa sorte. Cuidar da herança Malfoy deve ser um trabalho e tanto.
- E é...
- Não há ninguém para ajudá-lo? --- Harry ia se oferecer, mas achou melhor ficar calado. Voltou a fitar o fogo.
- Não... Será que a tempestade passou? --- Draco olhou pra janela. --- Pelo jeito não...
- Se for o caso, pode dormir aqui... --- Harry terminou o chocolate, apoiando na mesa à frente do sofá.
- Obrigado...
- Bom! Vou voltar aos livros lá de cima... Sinta-se à vontade.
- Ok!
Harry deixou o copo na cozinha, para depois subir e continuar a arrumar os livros. Draco ficou sentado olhando o fogo.
O moreno chegou na sala, olhando para os livros. Não sabia bem porquê havia saído de perto de Draco. Só não podia ficar ali por muito tempo. Sentia ímpetos de agarrá-lo, e beijá-lo, não para mostrar seu desejo, mas para provar que o amava tanto. Não agüentava ficar perto dele, sem poder dizer isso a ele.
O loiro ficou um tempo olhando sentado, olhando o fogo e a tempestade lá fora, até que adormeceu.
Harry desceu, achando difícil ficar longe de Draco, enquanto o mesmo estava em sua casa. Quando olhou para o sofá, o viu dormindo. Ficou parado observando a cena, encantando. Pegou o jovem loiro nos braços e subiu com ele. Deitou-o na cama, tirando os sapatos dele, e forrando-o com o lençol. Depositou um beijo na testa dele, e puxando uma cadeira, ficou observando Draco dormir.
Alguns minutos depois Draco acordou num salto, estranhando o lugar onde estava. Harry acabou cochilando na cadeira e Draco levantou indo até ele.
- Potter --- Draco colocou a mão no braço dele.
Harry se remexeu na cadeira, e abriu os olhos devagar. Fitou Draco.
- Desculpe, eu acabei cochilando...
- Deita na sua cama.
- Hum?
- To falando pra você deitar, eu vou ver se a tempestade passou.
Harry piscou, se ajeitando na cadeira. --- Tudo bem... Me avise se estiver indo. --- Foi para cama se deitar, mas permaneceu acordado.
- Ainda continua... --- darco foiçou olhando pela janela.
- Quer se deitar? --- Harry levantou.
- Não, tudo bem. --- Draco sentou-se na cama e ficou calado um tempo. --- Harry... Desculpe...
- Pelo que? --- Harry arregalou os olhos, fitando Draco sem entender.
- Por não confiar em você... --- o loiro respondeu olhando para o chão.
- Draco... Não posso culpar você.
- Eu gosto de você, mas eu não consigo...
- Eu não posso mudar os seus medos, mesmo querendo curá-los. Eu nunca magoaria você, sendo que isso magoa a mim mesmo. Amo você, isso não é desejo. Entende? Se fosse desejo, Draco, não teria subido para a biblioteca e ficado longe de você... Se fosse desejo, não me importaria com você. Me preocupo com você o suficiente para não querer vê-lo magoado. --- Draco ficou calado olhando pro chão e Harry segurou suas mãos. --- Ao mesmo tempo em que quero que você volte para mim, não posso forçá-lo. Não imagino você comigo dessa forma.
Draco olhou pra ele, que sustentou o olhar, fitando-o diretamente. Queria passar toda sua confiança, toda a sua coragem, mas tinha medo. Draco tinha seu coração nas mãos e a qualquer hora poderia despedaçá-lo com uma simples frase.
Draco aproximou o rosto e o beijou. Harry não soube o que fazer, a não ser abraçar o loiro junto a si. Tentou provar ali, que não queria desejá-lo, queria tê-lo por inteiro como sempre teve, e como sempre se deu. Draco passou os braços pelo pescoço dele, beijando. O moreno se rendeu ao beijo dele, sem nada mais o que fazer. De repente o loiro se afastou e ele abaixou a cabeça, mantendo os olhos fechados.
- Estava com saudades disso... --- o loiro confessou.
- Mas não quis chegar perto para saciá-la... Não entendo você... --- Harry olhou, sorrindo.
- Eu sei, sou complicado de entender... --- Draco deu um sorriso tímido.
Harry o abraçou, beijando-lhe os cabelos loiros.
- Mas eu quero entender... --- Harry continuou abraçado a ele. --- E agora? Como vai ser?
- Você sabe que eu...
- Hum?
- Eu tenho medo...
Harry suspirou. Por um momento queria que tudo acontecesse rápido, e Draco superasse, mas sabia que não seria assim.
- Tudo bem...
- Podemos tentar novamente... --- Draco sorriu pra ele.
Harry sorriu de orelha a orelha... --- Tentar? Não! Nós vamos conseguir. --- Segurou as mãos de Draco --- Eu amo você, vou provar isso.
- OK! --- Sorriu e levantou.
- Aonde você vai? --- Draco perguntou.
- Buscar umas coisas. Já volto. --- Harry saiu e voltou rapidamente, trazendo doces para Draco. --- Você gosta, não é?
- Claro, ou você acha que eu tava fazendo o que na Dedos de Mel? Comprando livros? --- o loiro sorriu com seu sarcasmo habitual.
- Não sei... --- sorriu feliz em escutar aquele tom de voz.
Draco pegou os doces da mão dele e Harry voltou para a biblioteca. O loiro ficou deitado e olhou pra janela e viu que a tempestade parou, então foi até a biblioteca. Harry estava metido numa grande pilha de livros, carregando uns cinco para por numa prateleira.
- Harry, eu vou indo.
Harry se atrapalhou na prateleira, e quase caiu com tudo no chão. Apoiou-se na mesa.
- Já?
- A tempestade passou. --- disse o loiro da porta.
- Hum... --- Harry depositou a varinha em cima da mesa, chegando perto dele.
- E é melhor eu ir agora, antes que comece de novo.
- Fazer o quê... Deixo você lá embaixo. --- Harry sorriu.
Desceram as escadas e Draco pegou a bolsa, enquanto Harry abria a porta.
- Então até.
- É né? Fazer o quê... ---Harry respondeu dando de ombros.
- Hum? --- Draco não entendeu o que ele quis dizer.
- Bem que a tempestade podia durar né?
- Mas é melhor eu ir logo, tenho que resolver algumas coisas. --- Draco saiu.
- Ok...
- Tchau --- Draco deu um beijo no rosto dele e Harry beijou sua testa Draco.
- Tchau...
Draco saiu da casa e aparatou.
Harry ficou olhando Draco ir embora, e depois que ele aparatou, entrou tentando se concentrar na biblioteca. Sentou numa mesa, e ficou refletindo tudo que aconteceu. Será que Draco se arrependeria? Resolveu trabalhar... O único que poderia tomar uma decisão ali era Draco, já que ele ficaria com o loiro o quanto pudesse. Era melhor esquecer no momento, pois Sirius acabara de entrar na biblioteca e o olhava bem insatisfeito.
- O que foi? --- Harry perguntou sem entender a expressão dele e o que ele estava fazendo em casa.
- Mas você é mesmo uma besta! --- Sirius cruzou os braços inconformado.
- O que eu fiz dessa vez?
- Eu fiquei aqui me esforçando pra fazer aquela tempestade pra ver se vocês dois se ajeitavam, e o que você faz? Deixa o Malfoy sozinho pra ficar mexendo com um monte de livros velhos! Ninguém merece!
- Então foi você? --- Harry perguntou surpreso.
- É claro que fui eu! Eu disse que ia ajudar. --- Sirius foi até ele e sentou ao seu lado. --- Agora me responde, no que você tava pensando heim?
- Ah... Eu achei melhor ficar longe dele, pra não agarrá-lo e ele começar a confundir tudo de novo...
- Entendi... Mas pelo que eu vi houve algum progresso não?
- Uhum, ele disse que podemos tentar de novo. --- Harry sorriu.
- Agora só depende de você. --- Sirius levantou-se para sair da biblioteca.
- Sim, eu sei. --- sorriu. --- E a propósito, obrigado pela ajuda!
- Disponha.
Sirius saiu, deixando um Harry esperançoso, que voltou a arrumar a biblioteca.
Draco chegou em casa e foi para o quarto deixando a bolsa no chão. Deitou na cama e ficou penando.
Quando foi até a casa dele, não pensou que iria acontecer o que aconteceu, mas não conseguiu resistir e apesar de Harry parecer estar sendo sincero, ele continuava muito inseguro.
Por que não tentar? Ele merecia uma 2ª chance, devido à situação.
Ok, ele se decidiu, mais uma chance. Começariam tudo de novo.
Continua...
Nota da autora:
HI-HO!
Eu sei o que vocês devem estar pensando: "Essa vaca demora séculos e quando a gente pensa que ela vai atualizar, ela apenas refaz o capítulo!" Não se zanguem muito! A verdade é que eu reli esse capítulo e achei uma porcaria, então resolvi refazê-lo, mas já aviso que o próximo capítulo já está pronto e eu só preciso digitá-lo faz festa.
Já vou agradecer desde já pelos comentários, afinal foi por causa deles que percebi que o capítulo tava horrível. Também quero me desculpar pela demora e pelos erros! Morre Isso não vai acontecer de novo!
Espero que tenham gostado das mudanças que eu fiz e também um recadinho para a Srta Black: "Você tinha toda a razão. Reencontro totalmente broxante! Espero que goste agora!" E isso serve pra todo mundo. Todos podem fazer sugestões, que elas são muito bem vindas. -abraça todo mundo-
Acho que por hora é só, em breve o próximo capítulo ta aí e já vou adiantar uma coisinha: Pode ser o último! -faz suspense- huahuahuahuahuauhahua
Bloody Kissus
K-CHAN
