Oi!

Desculpem a demora com o capítulo dois! Meu PC tava formatando... E depois o modem ficou com problema ¬¬ Mesmo assim, muito obrigada por estarem lendo essa fic... E eu vou ter que responder os reviews no outro capítulo, ok?

Lembretes:

-Pensamento. -

-Pensamento e pode ter falas depois. -

-Fala do personagem. -

(Notas da autora – N/a)

-o-o-o-o-o-o- Mudança de cenário ou de 1a pessoa para 3a pessoa.

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Capítulo 2

Que ódio... Odeio ficar confusa... Aqui estou eu, dentro do banheiro feminino da escola, pensando se eu uso aquele perfume ou não... E apenas eu estou no banheiro... Diabos! O que eu faço? Peguei o frasquinho cor-de-rosa que estava no bolso esquerdo da minha saia e fiquei olhando para ele. Ai... Bem, por que não, certo?

Espirrei um pouco do perfume em meu pescoço e rapidamente o guardei em meu bolso novamente. Senti o aroma... Era doce... E estranho ao mesmo tempo. Dei de ombros e saí do banheiro, antes que eu chegasse atrasada na terceira aula.

-o-o-o-o-o-o-

Assim que entro na sala, senti um alívio: nenhum professor á vista. Suspirei, um pouco mais calma. Voltei para o meu lugar que, por brincadeira de mau gosto do destino, era ao lado de Hiei. Como estava no começo do ano, ainda não tínhamos lugar fixo. Por isso, os alunos sentavam-se onde queriam. Mas como hoje eu cheguei um pouco atrasada na primeira aula, o único lugar vago era ao lado de Hiei, já que sua irmã Yukina estava sentada ao lado de Keiko. É pra rir ou pra chorar?

Digo... Eu gosto muito dele mesmo! Mas... Ah... Ficar ao lado dele durante as aulas, muitas vezes, não pode ser a melhor opção.

Mas dessa vez, por sorte, ele não estava em seu lugar, o que daria tempo para me acalmar. Olhei bem a sala e acabei o achando conversando com Kurama.

-Botan?

Olhei para frente. Era Keiko.

-Diga.

-Você já falou pra ele?

-Hum?

-Você já falou pro Hiei sobre aquele assunto? –Ela falou o mais baixo que pôde. Droga. Então, quer dizer que Keiko sabia? Fique paralisada por dois segundos e minha respiração vacilou.

-N-não... –Respondi, gaguejando.

-Se você não fizer algo logo, eu vou ter que te ajudar!

-Não se atreva!

-Para os seus lugares! –Ouvi o professor ordenar assim que entrou na sala. Keiko bufou.

-Eu ainda não acabei com você. –Ela disse e depois saiu. Hiei voltou a se sentar ao meu lado. E foi nessa hora que eu senti meu rosto arder levemente... Droga...

-o-o-o-o-o-o-

-Hiei?

Olhei para ele. Kurama me encarava com um olhar sério e calmo.

-Hn.

-Já disse algo para ela?

-Você sabe que não.

-Você é muito lerdo.

Lancei um olhar assassino á ele.

-Será que... Dá pra calar a boquinha? Se você não sabe, não opine. –Respondi ríspido para ele. E ele riu. Maldita raposa.

-Calma. Você sabe que se você não falar nada o mais cedo possível, você pode perdê-la.

-Hn. Se isso não fosse tão difícil, eu já teria dito. E você sabe disso, raposa.

E foi bem nessa hora que o professor entrou na sala. Não sei se eu fui salvo de uma série de sugestões e sermões vindos da raposa ou se Deus me odeia. Por que essa segunda opção? Simples: Essa. Aula. É. De. MATEMÁTICA.

Bufei e fui para o meu lugar, mas sem antes de ouvir um "eu ainda não terminei com você". Essa raposa ainda me paga. Quando me sentei em meu lugar, senti um perfume diferente... Olhei para meu lado esquerdo disfarçadamente. Pelo o visto, o perfume vinha da baka onna. Senti algo estranho dentro de mim... Era como se o amor que eu sentisse por ela... Ficasse maior... Quase insuportável... Ele queria sair. Algo dentro de mim queria que eu falasse para ela o que eu sentia. Não... Mas eu não ia falar.

Olhei para ela de novo. Ela estava concentrada na aula, anotando algumas coisas, com sua franja caindo pelo o rosto. Olhei para trás, para disfarçar. Por sorte estávamos sentados nas duas últimas carteias da fileira do meio. Sem perceber na hora, olhei para ela de novo. Era tão bonito o jeito que o cabelo dela balançava... Mas no que eu estava pensando?

Não sei por quanto tempo exatamente fiquei observando ela. Logo, o sinal tocou; intervalo. Afastei-me de Botan o mais rápido possível, e fui tentar descobrir o que ela havia feito ontem. O primeiro lugar onde ela estava ontem, era a biblioteca. E era pra lá que eu tinha que ir. Quando cheguei lá, a porta estava encostada e não havia ninguém lá. Nem mesmo a bibliotecária. Estranho...

Olhei desconfiado para todos os lados, mas não havia ninguém mesmo. Suspirei. Ótimo... Agora, como eu iria descobrir onde a baka onna tinha ido antes de eu me encontrar com ela ontem á tarde? Me virei para ir embora. Mas foi aí que ouvi algumas vozes vindo do fundo da biblioteca. Rapidamente, encontrei um lugar para me esconder e olhar quem estava ali. Escondi-me logo atrás da penúltima prateleira de livros. Olhei quem estava ali.

Era Haru e... Botan... Comecei a ouvir a conversa deles.

-Então, Botan?

-Eu vou aceitar...

Aceitar? Aceitar o que? Ah não... Droga. Se eu tivesse seguido os conselhos daquela raposa eu já...

-Ótimo. Vai ser muito bom tê-la no nosso grupo. –Ele continuou. Grupo? Bom, pelo menos não é a outra opção... –Espero te ver na reunião hoje, após as aulas.

-Vai ser no mesmo lugar que ontem?

-Isso mesmo. Por enquanto, vai ser lá mesmo.

-Ok. Bom, tenho que ir. Combinei com Keiko de me encontrar com ela.

-Entendo. Nos vemos na sala, então.

-Certo. Até mais.

Haru apenas acenou e sorriu para ela. Ela passou por mim e por sorte não me viu.

-É uma pena... –Haru começou a falar sozinho. –Logo ela que me parece ser uma pessoa tão boa... Mas é disso mesmo que o meu senhor precisa... –Ele passou por mim. Ouvi a porta se fechar. Mas do que diabos ele estava falando? Algo me dizia que Botan entrou em uma encrenca daquelas...

-o-o-o-o-o-o-

O sinal tocou para que todos entrassem. Todos entraram dentro de suas salas de aula, alguns ainda fazendo bagunça, outros apenas conversando... Botan entrou em sua sala, conversando com Keiko. Ambas foram para o fundo da sala.

-Keiko, pode parar de pensar nisso... –Botan parecia desanimada.

-Claro que não! Se você não fizer nada logo, eu vou ter que fazer alguma coisa pra te ajudar!

-Keiko... Não faça, por favor. Ele ta vindo.

-Opaaa... Deixa-me ir. Fala com ele! –Ela murmurou a última parte e saiu.

-O que você fez ontem? –Ele perguntou, sério.

-Ãhn?

-Não minta. Eu vi você conversando com o Haru na biblioteca.

-E daí? –Ela cruzou os braços. –Ta com ciúme? Psicologia infantil: sempre funciona!

-Não! –Ele virou o rosto, que estava meio rubro.

-Ok. Vou fingir que acredito. Isso Botan! Provoque ele! E vamos saber se ele realmente me odeia!

Mas nessa hora, Kurama surgiu ao lado dela, com um caderno em suas mãos.

-Espero não estar atrapalhando. –Ele disse educadamente.

-Não está não. –Hiei saiu.

-Botan, aqui está o caderno de história.

-Ah, obrigada, Minamino-san! –Ela pegou o caderno. –Se precisar de alguma coisa, é só pedir!

-Que isso, Botan, não... –Ele parou de falar. Hiei, que observava tudo á distância, ficou um pouco abalado ao ver o olhar do ruivo: era um olhar sem foco, que logo tornou a brilhar. Era um brilho de alguém apaixonado?

-Kurama? Kurama! –Botan o chamou. –Tudo bem?

-Ãhn? Sim, está. Esse seu perfume é novo?

-Hai. Oh não! Será que ele...? Ai meu Deus do céu!

-Ah... Então, até mais... Botan... –Ele disse o nome dela de um jeito sensual e a olhou de cima pra baixo. (N/a: Ahhhh+desmaia+)

Ela corou e olhou para o chão, de queixo caído – literalmente.

-Não... Ele não... O melhor amigo do Hiei não... –Ela murmurou, enquanto ia sentar-se novamente em seu lugar. Sentou-se, colocou o caderno em baixo da carteira – tudo automático, ainda com o queixo caído, e com uma expressão assustada.

-Hey... Tudo bem? –Ouviu Hiei perguntar enquanto sentava-se ao seu lado.

-Eu não sei mais, Hiei.

-Está passando mal? Parece que viu um fantasma. –Ele disse até de um jeito normal.

-Cara... Eu acho que vou vomitar... –Disse, assim que uma imagem de ela beijando Kurama e Hiei vendo tudo lhe veio á mente. Sentiu sua mão tremer quando sua mente produziu a imagem de Hiei atacando o melhor amigo. E tudo por causa dela. Balançou a cabeça, tentando afastar tais pensamentos. –Yuck... Eu acho que vou vomitar mesmo. Com licença, Hiei.

Ela se levantou, correu até o professor. Cochichou algo á ele e saiu. Hiei viu ela sair e ficou meio confuso.

-Mas... O que será que deu nela? –Ele se perguntou por pensamento. Deu de ombros e pegou um livro de sua mochila.

-o-o-o-o-o-o-

Botan corria por um corredor longo da escola.

-To quase no banheiro... To quase... Agüenta! Cheguei!

Abriu a porta do banheiro e viu que estava vazio. Correu até um lugar vazio, trancou a porta e... Lá se foi seu café da manhã... Levantou-se e deu descarga.

-O que deu em mim...? –Murmurou. –Kami-sama! O que diabos deu em mim! –Exclamou. Respirou fundo. Geralmente não passo mal assim... Apesar de que a situação que eu pensei foi mesmo meio... Forte... Ai meu Deus! E seu o perfume fez efeito em Kurama! Vou é ter que esperar pra ver.

Saiu do banheiro e voltou para sua sala. Bateu na porta duas vezes e entrou.

-Com licença. –Pediu, meio desanimada.

-Está se sentindo melhor, senhorita Botan? –Ouviu o professor perguntar. Nem sequer olhou para ele. Respondeu que 'sim' e voltou para seu lugar. –Tem certeza de que está bem?

-Tenho. –Ela sorriu. Um dos seus mais falsos sorrisos.

-Se caso acontecer de novo, você está autorizada para ir embora.

-Acho que isso não vai acontecer...

-Você quem sabe. Abra seu livro de geografia na página vinte e oito, por favor.

-Hai.

Ela pegou seu livro e o abriu na página; era um questionário sobre alguma coisa. O professor estava explicando algo sobre o monte Everest. Mas ela não estava nem aí; havia feito um trabalho sobre o Everest no ano retrasado e se lembrava muito bem, já que teve que apresentá-lo. Ficou apenas olhando para o livro, fingindo estar lendo. Na verdade, estava pensando. Logo, o professor a chamou.

-Botan, quantos metros tem o monte Everest? É a pergunta número três.

-Tem 8.850 metros.

-Isso mesmo. Próxima pergunta... Yukimura, onde...

A partir dali, Botan já não ouvia mais nada. Voltou a pensar.

-o-o-o-o-o-o-

Merda! Estou olhando pro rosto dela de novo!

Algo de estranho está acontecendo... Geralmente, eu não olharia. Sempre a amei e nunca fiquei tão idiota á ponto de ficar olhando-a toda a hora! E esse perfume parece que só está piorando as coisas...

Vi ela suspirar. O jeito que o cabelo dela balançou e o jeito que o uniforme se moveu no corpo dela foi tão... Pára com isso, Hiei! Que tipo de idiota você está se tornando!

-Droga... –Murmurei.

-o-o-o-o-o-o-

O sinal bateu, anunciando o término das aulas. Botan se despediu de seus amigos e fingiu ir embora. Quando praticamente todos os alunos saíram, voltou para sua sala. Abriu a porta. Lá estavam os mesmos garotos e garotas de ontem, junto com Haru.

-Olá. –A menina de olhos verdes e cabelos castanhos a cumprimentou.

-Oi, Miriam. Oi, Dalila. –A garota de cabelos negros apenas sorriu. –E olá Jay. –A garota de cabelos loiros disse um 'oi' com um sorriso. –Oi, Haru, oi Jonathan e oi Fabrício.

-Olá. –Os garotos responderam. Botan colocou sua mochila em uma das carteiras que já estavam afastadas para que o pessoal pudesse formar um círculo.

-Eu vou ensiná-los á fechar a estrela com as palavras mágicas. Quero que anotem depois.

-Ok. –Disseram.

Haru começou a desenhar uma estrela com giz branco no chão, dizendo algumas palavras estranhas. Assim que terminou, a estrela começou a brilhar.

-Agora, entrem no centro da estrela. –E assim fizeram. Haru foi o último a se juntar á eles. –Fiquem de costas um para o outro. Isso. Fechem os olhos. Agora repitam comigo: "Caia o que fez o inferno que era a Terra esfriar.".

-Caia o que fez o inferno que era a Terra esfriar. -Disseram, com fé.

O tempo começou a fechar de repente. Logo, puderam ouvir barulho de trovões e uma chuva um pouco forte começou a cair. Todos olharam fascinados para a chuva.

-Nós fizemos aquilo? –Perguntou Dalila, apontando para a chuva.

-Fizeram. –Respondeu Haru. –Esse é um ritual para fazer chover. Por favor, não saiam da estrela ainda. Estiquem suas mãos para frente e fechem os olhos. Finjam que estão concentrando todas as suas energias em suas mãos.

O brilho da estrela ficou mais forte e a chuva, ficou um pouco mais fraca, quase virando uma garoa.

-Agora, ergam as suas mãos e digam: "Diminua, pois o inferno já se apagou".

-Diminua, pois o inferno já apagou. –E com isso, a chuva parou definitivamente e as nuvens negras foram sumindo pouco á pouco.

-Agora entendi! –Exclamou Fabrício. –Dizem que, no começo de tudo, antes de haver vida na Terra, o planeta era uma grande esfera de fogo. Depois, foram surgindo as chuvas por causa do calor e por aí foi indo.

-Isso mesmo. –Haru concordou. –É exatamente isso. Agora, vou dizer umas palavras e terminaremos esse ritual.

Haru disse algumas palavras mágicas e a estrela parou de brilhar.

-Pronto. Podem sair. Esse ritual pode ser feito sozinho ou com mais de uma pessoa.

-Isso foi incrível! –Disse Jay alegremente.

-Há um ritual para fazer com que as colheitas rendam. –Haru comentou. –Querem fazer?

-Claro! –Responderam todos.

Meia hora se passou. Haru havia ensinado mais dois rituais, logo após o ritual das colheitas – um que faz o ar ficar mais puro e um que afasta uma tempestade muito forte. Ele apenas ensinou os dois últimos e mandou seus 'pupilos' anotarem, já que não precisariam de nenhum desses rituais por enquanto e não daria para fazerem ali e agora. Ele apenas explicou como devem falar as palavras e fazerem os gestos e mandou todos anotarem.

-Agora, eu quero que vocês arranjem um caderno próprio para escreverem magias e para anotarem o desempenho de vocês. Antigamente, esse caderno era chamado de Livro das Sombras, pelas bruxas e feiticeiras. Podem fazer isso até amanhã?

-Sim. –Responderam.

-Agora, vamos arrumar tudo isso, ok?

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Cheguei em minha casa. Subi as escadas correndo, joguei minha mochila na cama e logo, me joguei na cama também, sem me importar em amassar minha saia do uniforme. Estava feliz em ter arranjado um caderno novinho e em ter feito um ritual. Tinha que passar á limpo as lições que Haru deu hoje pro Livro das Sombras. E ainda tenho que emcapá-lo de preto e desenhar uma estrela. Fácil!

Mas foi aí que eu me lembrei do que houve na escola hoje... O Hiei ta desconfiando de alguma coisa...

E isso me fez lembrar do Kurama e daquele olhar... Acabei soltando um gemido e um arrepio correu por toda a minha espinha. Socorro... Logo o melhor amigo de Hiei...?

-Ai meu DEUS! A raposa ta apaixonada por mim! –Acabei quase gritando. Por sorte, meus pais ainda não haviam chegado em casa...

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Capítulo 2 end! Yaay! Espero que tenham gostado XD

Acho que nem tenho comentários... Agora, cliquem no GO! Aí em baixo e me deixem feliz! XD

Kissus!