Reviews:

Ferry Girl: Ah tá... Era você Oo' Tudo bem xD de qualquer modo, espero que você goste desse capítulo, blz? Continue mandando reviews!

Otaku Koorime: Huh... E usei que demorei... Mas eu fiquei sem telefone por uns tempos XD (época de chuvas fortes) mesmo assim, nesse capítulo, tem mais romance, ok? Você que tava querendo, acho que vai gostar... (mesmo que eu tenha a impressa ode ter acabado com a fic por causa desse capítulo...)

Capítulo 4

--------------------

O dia amanheceu mais rápido do que queria... Eu me sentia estranha... Parece que fica ainda mais difícil quando sabemos o que vai acontecer no outro dia... E o pior é que acho que num vai ter como evitar... Droga!

Bufei e me levantei da cama. Desci para preparar meu café da manhã. Depois do café, subi as escadas, peguei minha toalha e a roupa que tinha escolhido no dia passado e fui pro banheiro. E a porcaria é que eu me lembrei que a Keiko vai estar lááááá... Acho que vou chorar...

Tomei meu banho, tentando pensar em qualquer desculpa pra não ir pra casa de Hiei. Não consegui uma decente... Eu supero isso. O PIOR DE TUDO é que a Keiko vai me obrigar á falar pro Hiei o que eu sinto. Isso ia acontecer cedo ou tarde, eu sei, mas pra mim é muito cedo ainda! E eu não sei o que fazer pra adiar! Ouvi o telefone. Terminei de vestir minha blusa rosa – a minha blusa da sorte – e logo o atendi.

-Alô?

-Botan, é a Keiko. Tudo certo pra hoje?

-Tá... Tudo certo... –Suspirei. Caramba... –Keiko, por que você quer me obrigar á fazer isso?

-Porque eu não agüento mais ver você suspirando por ele! Se você o quer, tem que ir á luta! Com ou sem a minha ajuda!

-Mas Keiko...

-Nem pense em desistir! Eu vou desligar. Tchau e até depois.

-Até. –Infernos! Era incrível como eu sirvo pra um tipo de imã pra desgraças... Como que eu vou fugir dessa?

-o-o-o-o-o-o-

-Pela a última vez: NÃO, YUKINA!

-Você vai falar! Não adianta! De hoje não passa! –Ela saiu do meu quarto, finalmente, batendo a porta. Mas que DROGA! A minha irmã já sabe? Desde quando!

Isso é um problema... Ela quer por que quer que eu fale pra Botan como eu me sinto em relação á ela. E eu não sei o que vou fazer pra escapar de mais uma dessas! Talvez porque não tenha escapatória... Mas eu tenho que dar um jeito nisso! É estranho, mas eu quero e não quero dizer pra Botan... Eu não sei por que, mas parece que esse amor que sinto por ela simplesmente aumentou...! Não sei como, mas isso foi possível! E agora é que eu me ferro... Se a minha irmã fizer o que eu to pensando hoje, eu realmente me ferro...

-Porcaria... –Pensei enquanto me levantava da minha cama. Fechei a revista que estava lendo e a joguei na cama. Tinha que tomar banho antes que Botan chegasse. Uma parte da minha mente pedia, pelo amor de Deus, que eu cancelasse com ela e fizesse o trabalho á sós na biblioteca da escola. Mas a outra parte queria que ela viesse aqui em casa, por mais que Yukina queira que eu diga pra ela o que eu quero, mas tenho medo de dizer.

Não importava as duas opiniões. Já era tarde demais pra cancelar. Agora, era só esperar.

-o-o-o-o-o-o-

Botan caminhava lentamente, olhando para o chão, carregando os livros que escolhera para fazer a pesquisa, como livro de ciências, física e geografia. Suspirou, enquanto ajeitava os livros em seus braços, abraçados ao seu tórax por ambos os braços. Olhou entediada para frente, começando á ter uma idéia do que iria acontecer na casa de Hiei.

-Mas que droga... Por que logo comigo? –Reclamou por pensamento, enquanto tentava tirar esses pensamentos de sua mente. Para se distrair, acabou se lembrando do dia anterior, quando havia ido á casa de Haru. Sorriu ao se lembrar de ter visto uma de suas vidas passadas. Isso ela tinha que admitir: isso é coisa mais que rara. Só se vê isso uma vez na vida. Mas sabia que, se continuasse "estudando" com Haru, iria ver mais disso. Agora acreditava plenamente em reencarnação.

E também se lembrou do que Haru ensinou á todos. Era algo sobre "Outra Parte", também muito conhecido como "alma gêmea".

"-Tem uma outra coisa que vocês precisam saber: o que é Outra Parte.

-Hein? –Indagou um dos garotos.

-Outra Parte nada mais é do que a alma gêmea. Bem, quando vocês reencarnam, sua alma se parte em duas partes: um homem e uma mulher, ás vezes, pode-se repartir em três partes. Vejamos... É simples: o amor nada mais é do que a união da sua Outra Parte. Quando você a encontra, é chamado de amor. Claro que você pode se apaixonar por outras pessoas, mas nada se compara com o amor que você sente quando encontra sua Outra Parte.

-Ah! Já ouvi falar disso em algum lugar! –Miriam disse, como se estivesse entendido uma matéria difícil.

-É provável. Quando vocês forem iniciados, poderão ver o ponto luminoso no ombro esquerdo da sua Outra Parte. Poderão saber finalmente quem é a sua alma gêmea. E poderão saber quem é a alma gêmea dos outros, porque a áurea que os acompanha fica da mesma cor quando estão perto. E vocês também poderão ver áureas quando iniciarem. Mas não irei falar muita coisa sobre isso e quero que anotem a minha explicação em seus Livros das Sombras.

Botan olhou para o chão da sala, encarando seus pés. Sentia-se até feliz por saber que logo saberia quem é a sua alma gêmea, ou como disse Haru, sua Outra Parte. E desejou do fundo do coração que fosse Hiei.

-E por que precisamos saber disso, Haru? –Ouviu um dos garotos perguntarem.

-Porque logo vocês irão saber quem é a sua Outra Parte e vocês tinham que saber que, quando forem iniciados, poderiam ver um ponto luminoso na Outra Parte. Se eu não explicasse isso á vocês, e vocês vissem esse ponto luminoso, poderiam perder a sua Outra Parte por não saberem o significado desse ponto luminoso. Entenderam?

-Ah tá... Ok.

-Isso pode ser interessante... –Murmurou Botan."

-Outra Parte... –Botan sussurrou. –Ai droga! –Praguejou enquanto tropeçava em uma pedra. Conseguiu se manter de pé graças á um muro baixinho, onde segurou-se fortemente, derrubando seus livros. Suspirou aliviada ao ver que não havia ninguém na rua e que não tinha caído. Pegou seus livros e continuou á andar, até chegar na casa onde Hiei mora.

Tocou a campainha, sentindo seu corpo se encher de impaciência e nervosismo. A porta se abriu, revelando Hiei, com a camisa meio aberta e com uma calça jeans escura justa. Botan teve que se controlar para não ficar vermelha com a cena. Ele deu espaço para que ela pudesse entrar.

-Entre. –Disse enquanto terminava de fechar sua camisa.

-Oi, Hiei. Tudo bem? –Perguntou ela enquanto entrava.

-Agora que vi você, meu mundo caiu. –Ele sorriu, sarcástico.

-Vou interpretar isso completamente ao contrário do que você falou. –Ela deu á ele uma piscadela de olho e um sorriso. –Yukina-chan está?

-Ela está tomando banho. Venha por aqui, por favor. –Ele praticamente engasgou as duas últimas palavras. Tinha que ser educado apenas o mínimo. E só se submetia á essas palavras quando o assunto é educação. Ela riu pelo o jeito que ele pronunciou as duas últimas palavras e o seguiu. Chegaram até a varanda, onde tinha uma mesa de madeira bem no centro, com seis cadeiras. Hiei se sentou em uma das cadeiras, e puxou seu livro de geografia que já estava aberto em cima da mesa. Botan se sentou em frente á ele, meio tímida, e colocou seus livros em cima da mesa.

-Quem vai pesquisar o que?

-Eu já to na parte de geografia. Você pode pesquisar sobre a pressão do ar. Depois, colocaremos as conclusões na cartolina.

-Pode ser.

Ela pegou seu livro de física no sumário e procurou por pressão do ar. Achou e o abriu na página certa. Leu um pouco e olhou para Hiei disfarçadamente, por cima do livro. Lembrou-se da "conversa" que ela teve com ele antes de Kurama vir pegar o caderno com ela e acabar atrapalhando. Hn... Será que Hiei tava com ciúmes do Haru? Resolveu brincar um pouco com a mente dele.

-Hiei?

Ele olhou para ela.

-O que? –Até que a voz dele saiu de um jeito educado.

-Ano... Sabe aquele dia que a gente tava conversando e o Kurama chegou e acabou atrapalhando a conversa? –Ela deitou o livro na mesa e olhou para ele.

-Onde quer chegar?

-Quer dizer que você lembra. Pois bem, naquele dia, você não me respondeu direito.

-O que?

-Você tem ciúmes do Haru quando ele tá perto de mim? Será que eu fui clara até demais?

Ele desviou o olhar.

-Do que você tá falando, onna?

-Isso não é uma resposta afirmativa.

-Eu não tenho ciúmes dele.

-Ah, qual é! Claro que tem! Senão você não teria desviado o olhar hoje e nem naquele dia!

-Eu não tenho ciúmes dele!

-Hiei, meus olhos são aqui em cima. Minha boca é aí em baixo. Olhe proas meus olhos e diga o que você acabou de falar, então.

-Você quer saber a verdade?

-Quero.

Ele se levantou e deu a volta, parando ao lado dela. Olhou bem dentro daqueles olhos rosados e disse:

-Sim, Botan, eu tenho ciúmes dele. Eu odeio quando qualquer cara chega perto de você e lhe diz um "oi" sequer. Eu tenho raiva do cara que te olha de cima pra baixo ou do cara que te passa uma cantada. Eu tenho vontade de socar o desgraçado que toca nos seus cabelos quando você não tá olhando e tenho vontade de socar, também, o filho da mãe que já passou a mão em você na festa de aniversário da Keiko. Eu vi. Você não conseguiu ver quem era, mas eu vi. Eu quase fui lá discutir com ele, mas o Kurama me segurou. E fique sabendo que até do meu melhor amigo eu sinto ciúmes quando tá perto de você. E sabe por quê? Porque eu... Porque eu te amo. –Ela arregalou um pouco os olhos. –Se eu pudesse, eu te afastaria de todos os homens pra que você pudesse ficar apenas comigo. Mas é claro que eu não posso. Botan, eu amo você. Eu te amo.

Ela o puxou e o beijou. Da porta da varanda, Yukina e Keiko observavam a cena.

-E eu nem a ajudei hoje... E eu nem sei o que ele disse pra ela... Na próxima, eu venho mais cedo! –Keiko cruzou os braços. Yukina colocou uma de suas mãos no ombro dela, com um sorriso.

-Vamos deixá-los á sós. Eles têm muito que conversar. Vamos ficar lá no meu quarto, por enquanto. Aliás, os meus livros estão lá.

-Tá bom, tá bom...

Ambas saíram. Botan se separou dele lentamente, olhando-o com um sorriso.

-Eu sabia que você tinha ciúmes dele. –Ela sorriu vitoriosa. –E esse beijo, Hiei, quis dizer que eu sinto o mesmo por você. Mas desde quando você gosta de mim?

-Não sei te responder. Talvez foi desde o dia que eu te conheci.

-Desde quando a gente tinha... Sete anos! –Ele apenas sorriu. –Caramba! Putz! Zuou, né?

-Acha que eu brincaria com coisa séria? –Ele voltou a se sentar em seu lugar.

-Ãhn... Precisamos resolver essa situação, Hiei. –Ela sorriu e disse com uma voz doce. –Eu quero saber o que vamos ser daqui pra frente.

-O que você acha que é melhor?

-Joga a responsabilidade toda pra mim? Tudo bem! Certo, nesse caso... –Ela sorriu e mordeu o lábio inferior. –O que você acha... –Ela pensava enquanto brincava com uma de suas mechas de cabelo que contornavam seu rosto, enrolando-a em seu dedo indicador. –O que acha de namorarmos?

-Essa é a sua solução?

-A única decente que arranjei.

-Então tá certo.

Ele voltou a ler e ela ficou confusa.

-Você aceita? –Ela perguntou. Ele olhou para ela.

-Baka. É claro que sim.

Ela sorriu e se levantou. Correu até ele e o abraçou.

-Esperei tanto pra isso! E eu não sabia que você podia ser tão doce...

-Hey... Eu tenho sentimentos também, ok? –Ele murmurou. Inspirou lentamente o perfume de flores do cabelo dela. Era tão gostoso... Ela se afastou um pouco para olhá-lo nos olhos com um sorriso. –Botan... Há muitas coisas sobre mim que você poderá descobrir á partir desse momento...

-Isso pode ser interessante... –Ela sorriu como se estivesse propondo um desafio á si mesma. Sentou-se na cadeira ao lado dele. –Vamos fazer esses trabalhos. Quanto mais cedo acabarmos, mais tempo livre teremos depois.

-Tanto faz.

Ela riu.

-O que foi?

-Nada não, Hiei. É só... O jeito que você fala. Sei lá... Ãhn... To lendo! Não me interrompa! –Ela pegou o livro que estava do outro lado rapidamente e continuou á lê-lo. Ele arqueou uma sobrancelha, depois deu de ombros e continuou á ler.

-o-o-o-o-o-o-

Algumas horas se passaram e Hiei e Botan terminaram o trabalho. Botan fechava seu livro de física e o juntou aos outros dois que trouxera, enquanto Hiei enrolava as duas cartolinas.

-Eu só não entendi por eu o professor de Física deu um trabalho de geografia... –Botan disse mais para si mesma do que para Hiei.

-Sei lá. O importante é que fizemos.

-Aliás, ele é meio louco. De qualquer modo, vamos fazer alguma coisa á mais ou eu posso ir embora?

-Eu não sei... O que quer fazer?

-Qualquer coisa... –Ela olhou para seu relógio. –Ainda são três e meia. Tá meio cedo pra eu ir embora. E Keiko também ainda está lá em cima. Eu vou lá ver ela.

Ela se virou para ir e quando estava perto da porta, sentiu Hiei segurá-la por um dos braços. Olhou para ele.

-Que foi?

Ele simplesmente se aproximou e iniciou um beijo lento e molhado. Ela correspondeu, abraçando-o. Ele parou o beijo.

-Mas... O que foi isso?

-Não foi nada. –ele respondeu, afastando-se um pouco. –Agora você pode ir.

-Hn... Baka. –Ela sorriu e saiu. Ele a olhou subindo as escadas e viu novamente aquela mesma sombra em forma de mão nos ombros dela, mas dessa vez, as mãos se moveram até envolver o pescoço da garota.

-Nani? –Ele bufou. –Mas o que diabos aquela baka fez? Desde aquele dia ela não me respondeu. Mas eu dou um jeito pra ficar sabendo.

--------------------

Agora, sei de onde eu to tirando "forças" e inspiração pra essa fic: várias idéias são retiradas do livro "Brida", de Paulo Coelho" Espero que não se importem n.n

Eu acho que estraguei a fic com esse capítulo XP Continuando, eu to planejando uma coisinha... E pra essa idéia acontecer, eles têm que estar juntos, belez? Deixem reviews onegai n.n

Kissus.