Valeu valeu valeu kyaroriinapelo comentário. Eu sei que é só um comentário, mas eu estou muito feliz em tê-lo. E por causa desse unico comentário eu continuei a história, então esse capitulo é pra vc! Ah, e pro meu amor que embora não leia fic e não goste tanto da fantástica fábrica de chocolate. André, I LOVE YOU, embora você cometa erros demais...
Capítulo 2
Que coisa estranha... Acordar às vezes pode ser muito estranho. Eu acordei e não fazia idéia de onde estava. Olhei em volta pra ver se lembrava de alguma coisa, mas não lembrava de nada. Então resolvi sair da cama. Só então percebi que não sabia andar. Tentava ficar em pé e logo perdia o equilíbrio e caia. Mas porque aquilo estava acontecendo?
Passei um bom tempo tentando ficar em pé. Finalmente consegui, mas quando fui dar meu primeiro passo, perdi novamente o equilíbrio e cai. Eu não estava agüentando aquilo. Como eu não poderia saber andar! Continuei tentando até que finalmente consegui, mas não perfeitamente.
Então percebi que tinha uma porta, fui até ela e tentei abri-la, mas estava trancada. Tinha outra porta. Era um banheiro. Achei engraçado quando me olhei no espelho. Não lembrava de ter aquele rosto. Não fazia a mínima idéia de quem eu era. Então eu era uma menina de cabelos longos e brilhantes. E isso era tudo que eu sabia sobre mim agora.
Mas é claro que eu fiquei desesperada. Eu quis meus pais. Tentei chamar por eles e ninguém veio. Eu também não sabia se eu tinha pais. E eu não agüentava mais ficar trancada naquele quarto. Queria sair dali. Queria saber quem eu era. Medo tomou conta de mim.
Eu passei a procurar alguma coisa que pudesse me quem eu sou, pois se aquele era meu quarto, então devia ter alguma coisa minha. E procurando fiz muito barulho. Não achava nada e o medo só crescia. Se não tinha nada meu, nenhuma foto, nada, não devia ser meu quarto, e eu não poderia estar segura em algum lugar que me deixam trancada dentro de um quarto.
Então ouvi uma chave ser colocada na porta que estava trancada. Meu coração disparou. Medo. Era a única coisa que eu sentia. Peguei qualquer coisa dura que vi primeiro e fiquei do lado da porta. Ela abriu, e antes mesmo que a pessoa entrasse completamente, a acertei com o que eu tinha na mão. O homem foi para o chão desacordado.
Olhei bem para ele. Não consegui sentir medo dele, não parecia perigoso. E ainda mais agora desacordado, parecia uma criancinha dormindo, ele tinha um ar gracioso como uma criança, embora seu corpo já estivesse formado e não mostrasse mais sinais de ser criança.
Admirei aquele rosto um tempo. Não sei porque, mas alguma coisa nele acalmava meu medo, e me senti mal em ter atingido-o. Mal conseguindo andar, o arrastei para a cama, e depois de algum esforço o coloquei em cima dela. Então perdi o equilíbrio e cai no chão. Ouvi ele suspirar e se mexer em cima da cama. Fechei meus olhos para tentar imaginar com esse suspiro a voz que ele possuía. Então tomei forças para levantar a fim de acorda-lo e descobrir quem eu era, mas quando fui levantar, não consegui. Tinha muitos homenzinhos em volta de mim me segurando e eles me amarraram. Meu medo voltou. Talvez eu não estivesse segura ali. Talvez eu tivesse me enganado a respeito do homem a qual eu tinha acertado. Eu estava com muito medo agora. Amarrada e indefesa. Eles podiam me matar, e eu nem me lembrava de ter começado a viver.
Colocaram-me em cima de uma poltrona e me deixaram ali. O homem estava acordando, e dois homenzinhos vestidos de branco foram até o homem, que agora estava sentado na cama com cara zonza. Examinaram a cabeça dele e lhe fizeram um curativo. Então o homem olhou para mim. E quando eu vi aqueles olhos violetas, senti nuvenzinhas em meu estômago. E fiquei perdida nas profundezas daqueles olhos, até que percebi que ele estava parado na minha frente, a uma certa distância, e me falava.
A voz dele era bonita, e transmitia um ar mais infantil. Eu ouvi o que ele falava, mas não entendia. Não consegui prestar atenção. Só deixei me levar pela doçura de sua voz. Então ele terminou de falar. E ficou me olhando. O que eu devia fazer? Será que devia responder alguma coisa? Mas eu não sabia se ele tinha me perguntado alguma coisa. Resolvi perguntar o que eu mais desejava saber.
-Quem sou eu? – Ouvi a mim mesma dizer.
Quem sabe ele não podia me responder? Embora não parecesse que ele soubesse. E agora parecia menos ainda. Ele me olhou completamente confuso.
-O quê? – Disse ele, sua voz falhando.
-Eu só queria saber quem sou eu.
-Você só pode estar brincando! – Os olhos dele pareciam aflitos. Ele deu uma risada sem graça e meio forçada. – Isso é o que eu te perguntei!
-Não... – Eu disse baixando. Afinal ele não sabia quem eu era. Minhas esperanças de descobrir quem eu sou sumiram completamente. Desapontada olhei para baixo. Meu cabelo caiu na minha cara. E quando olhei para frente novamente ele não queria sair. Ouvi o homenzinho perguntar ao homem se devia me soltar.
-SIM! – exclamei sem querer. Meus pulsos já estavam doendo de tanto ficar amarrada.
Ouvi a movimentação a minha frente. Sabia que todos deviam ter virados suas cabeças para mim naquela hora.
-Ela entende o que a gente fala? – Ouvi um homenzinho perguntar.
-Mas é claro! – Eu disse um pouco estressada. Ficar amarrada já estava me cansando. – Será que vocês podem me soltar logo?
-Você entende o que eles falam! – exclamou o homem. – Mas... como?
-Como assim como? E por acaso eles falam outra língua? – Eu quis saber. As cordas já estavam impedindo a perfeita circulação do meu sangue e eu sentia meu corpo formigar.
-Mas é claro que falam! Eles falam Loompês. (N/A: Ah, eu precisava de um idioma para os Umpas Lumpas oras!). Embora também entendam o inglês...
Ele ia continuar falando, mas eu tive que cortar ele. Minha voz já nem saia direito, e eu pedi por favor pra me soltarem.
-Você não pretende me atacar de novo, não? – ele perguntou.
Eu não respondi. Era óbvio que não se ele não fizesse nada que me ameaçasse.
Então finalmente pude esticar meu corpo. Sentindo meu sangue em cada veia. Meu corpo ainda formigando. Massageei meus pulsos. Como estavam doendo.
-Vocês não precisavam tê-la amarrado tão forte! – Exclamou o homem. Então se voltou novamente para mim – Você não está mentindo, está?
-Mas é claro que eu não estou mentindo! – Parecia irritada? Eu estava irritada. Queria tanto saber quem eu sou, e agora estava com o corpo doendo. Apesar da voz dele me acalmar um pouco.
-Então provavelmente você também não sabe onde você mora e o que estava fazendo invadindo a minha fábrica hoje de madrugada.
-Não. – Apenas confirmei – Peraí... eu estava... invadi... fá... fábrica? – Gaguejei. Só o que me faltava agora era ser presa.
-Sim, você invadiu a minha fábrica. – Ele afirmou meio seco.
-Não me lembro de nada – disse baixinho. Sai da cadeira e me sentei na cama. Estava tão triste. Talvez fosse a hora de ir embora. Ali eu não teria respostas e sim mais perguntas. Porque afinal eu invadi uma fábrica? – Fábrica do quê?
-De chocolate! – Ele exclamou.
A idéia de estar numa fábrica de chocolate me animou, embora eu não lembrasse de já ter comido chocolate, ou saber se eu gostava. Mas um sorriso involuntário apareceu na minha boca, e o homem de olhos violeta deve ter percebido.
-Quer conhecer a fábrica? – Ele perguntou, sendo gentil comigo.
-Não precisa se incomodar. – Disse a ele.
-Não, pelo contrário. Estou precisando de uma distração, e isso vai ser bem divertido. – Disse ele empolgado, o tom de voz cresceu quando ele disse divertido.
-O que vai ser divertido? – Uma voz de criança perguntou.
Eu me virei para a porta e lá tinha mesmo uma criança. Será que era filho do homem de olhos violeta? Não parecia muito com ele embora os dois tivessem os cabelos da mesma cor, um marrom muito lindo.
-Quem é? – Perguntou o menino para o homem me apontando.
-Não sei. Nem ela sabe. – Ele respondeu.
Eu dei um sorriso sem graça. O menino se dirigiu a mim.
-Foi você que invadiu a fábrica? – Ele perguntou.
Nossa como eu estava sem graça com aquilo. Dei os ombros. De qualquer forma não lembrava de ter invadido nada.
-Sou Charlie Bucket. – O menino disse e me estendeu a mão.
Eu apertei a mão dele falando que era um prazer conhece-lo.
O homem de olhos violeta pareceu lembrar então de falar seu nome. Ele chamava Willy Wonka. Mas não estendeu sua mão para apertar a minha. Mas eu tentei não ligar para isso.
-Então, o que vai ser divertido? – Perguntou Charlie.
-Vamos mostrar a fábrica pra menininha! – Disse Willy dos olhos violeta, empolgado, quase dando pulinhos de felicidade.
Eu ri disso. Foi tão bom rir.
Quando parei de rir, estavam os dois me olhando admirados.
-Você sorri muito bonito estrelinha. – Disse Willy dos olhos violeta.
E se tem mais alguém que leu, por favor comenta! De que outro jeito eu vou saber oq vcs estão achando? Se quiser mandar e-mail também, meu e-mail é
