A Única Esperança
Capítulo 3 – O Casamento pelo Complô
Japão, Tóquio
Gritos estridentes ecoavam por todo o castelo, vindos de uma jovem que andava em passos pesados em direção a um dos aposentos enquanto várias criadas tentavam desesperadamente acalma-la.
A garota estancou de repente, não perdendo a expressão transtornada. O motivo estava recostado à parede ao lado da imponente porta.
"Você..."
"Sango, estou tão feliz! Amanhã seremos marido e mulher! Não é emocionante?"
"Seu...FINGIDO! SABIAS DE TUDO NÃO É MESMO? ESCONDERAM DE MIM O TEMPO INTEIRO!"
"Bem, digamos que eu tinha certa consciência do que iria acontecer. Eu realmente queria comunicá-la, mas aparentemente fui proibido de fazer isso. Agora vejo o motivo..."
"Como assim? O que queres dizer com isso?" – A jovem arqueou levemente uma das sobrancelhas, cruzando os braços em torno dos seios.
"Esqueças. O importante é o que o amanhã nos aguarda minha querida imperatriz".
Ela ganhou rapidamente a tonalidade avermelhada em suas faces, perdendo toda sua imponência. Tentou afastar tal reação de si, porém seu corpo não a obedecia.
O rapaz vendo a mudança repentina na garota riu-se por dentro. Aflorou em seus lábios apenas um breve sorriso, andando em direção da jovem.
Aparentemente fora dar um leve beijo em seu rosto, porém ela ofegou de repente. As criadas em torno da jovem enrubesceram violentamente enquanto tapavam a face com as mãos.
Ele a havia lambido despudoradamente em público. A princesa viu rapidamente um lampejo de razão, virando-se e dando um tapa estridente no rapaz.
Ele apenas sorriu abobalhadamente, saindo sem proferir nenhuma palavra que mostrasse raiva ou indignação. Essa atitude apenas a deixara mais nervosa.
"Ele é desprezível!"
Entrou nos aposentos batendo a porta violentamente, deixando para trás as criadas assustadas e surpresas com o que acabara de acontecer. Elas se entreolharam e saíram rapidamente.
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As frestas de sol atravessavam a cortina branca transparente, chegando ao rosto da jovem que instintivamente pegara a almofada e colocara sobre a face.
Ouvia um pequeno sussurro próximo de si e imaginando quem fosse, levantou-se de um salto e partiu para cima da tal pessoa sem notar-lhe as feições.
"Seu pervertido! Nós ainda não casamos sabia?"
"Ora, ora, ora. Vejo que este casamento irá dar certo, né irmãzinha?"
"Kagome! O que fazes aqui?"
"Ainda perguntas? Não podia deixar de presenciar o casamento de minha irmã mais nova! Agora, poderias sair de cima de mim?"
"Oh, perdão. Pensei que fosses..."
"Já sei...não precisas dizer. Venha logo, todos estão a sua espera lá embaixo! Temos muito o que fazer, afinal hoje é seu grande dia!"
"Todos? Não me diga que... Ah não! Até você irmã? Sabias de tudo!"
A mulher a frente riu enquanto colocava uma mão sobre a boca e abraçando a estupefata jovem logo em seguida.
"Se soubesses que o casamento seria tão próximo, irias fazer um escândalo não é mesmo? Lembro-me muito bem de que quase fizera um quando me uni com meu marido".
A garota abaixou a cabeça concordando silenciosamente, porém levantou o rosto andando em direção de sua irmã.
"Mesmo assim não é desculpa. Você, minha irmã que considero tanto, traíste-me desta maneira?"
"Ora, Sango! Pare de drama! Vamos logo, tens que estar impecável! Ai Buda! Tu serás imperatriz!"
A mulher dava pulinhos enquanto sua jovem irmã caia no chão, colocando as duas mãos sobre a cabeça em demonstração de visível desespero.
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"Estais nervoso?"
"E não haveria de estar?"
"Tens razão, afinal estais prestes a casar com a... Sango".
"Sim..."- O rapaz deu um leve e abafado suspiro. – "Porém ela me atrai. Sinto que poderei dominá-la".
O homem postado em frente ao móvel de madeira requintada estava de braços cruzados em torno de si mesmo. Tinha uma longa e sedosa cabeleira negra e os olhos se destacavam na pele alva. Possuía cores incrivelmente incomuns, lilases, como as flores violetas que desabrochavam na primavera.
O tal homem movimentou-se levemente saindo de sua posição anterior, caminhando até postar-se em frente ao rapaz que brigava com suas vestes cerimoniais.
"Se ela for como minha esposa, creio que não irá domá-la tão facilmente".
"Acho que não me conheces a ponto de fazer tal cogitação meu senhor".
Ele riu de tal forma que todos pararam seus afazeres para checar o ocorrido. Lágrimas surgiam nos seus belos olhos enquanto o jovem rapaz ficara sem entender.
"Perdão, não consegui resistir. Eu era igual a você no tempo em que era um jovem inexperiente, orgulhoso e teimoso. Creio que a vida e este casamento irá ensinar-lhe que nem tudo é o que aparenta ser".
"Não entendi".
"Entenderas, brevemente".
De repente um grito se fez ecoar, fazendo o homem enrijecer-se de tal maneira que fez o jovem sentir um frio em sua espinha.
"Inuyasha! Onde estais?"
"Ka-Kagome!"
A mulher de repente virou-se mostrando toda a sua beleza. Era parecida com Sango. Possuía os mesmos cabelos longos e negros, além das belas curvas evidentes no kimono amarelo, estampado de seda pura. Seus olhos eram diferentes dos da sua irmã, pois estes eram castanhos cor de mel.
Sua doce expressão mudara rapidamente, transformando-se em uma completamente assustadora.
"Onde esteve Inuyasha? Estive lhe procurando!"
"Perdão! Eu juro que não foi de propósito!"
A mulher de maneira instantânea arregalou seus olhos, deixando seu marido completamente confuso. Ela virou-se, dando as costas para ele.
"Pervertido!"
O som do soco fez todos se assustarem. Um jovem encontrava-se estirado no chão, totalmente desacordado.
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"Então, desejas tornar-se criada do castelo? Sabes que para isso precisa de experiência não é?"
"Sei sim. Eu tenho todas as qualificações necessárias senhora. Não tenho medo de trabalho e...preciso muito deste emprego".
A garota fez uma cara chorosa perante a ama. Ela era a dama de companhia da jovem princesa Sango e já fora também de sua mãe, a antiga imperatriz Tsukina. Era ela quem se encarregava de tais triviais tarefas de entrevistar novas moças jovens e robustas para se encarregarem do trabalho pesado.
"Perdão, não quis parecer desesperada perante a senhora, porém meus irmãos e minha mãe adoentada precisam de mim, além disso, faz pouco tempo que meu pai morrera e apenas eu posso trabalhar".
"Tentou em outros locais?"
"Sim, mas nenhum aceita uma jovem como eu que provavelmente dará despesa por causa de sua família moribunda".
"Oh minha criança! Eu sinto tanto por você! Venhas pode trabalhar aqui conosco. Serás muito bem vinda!"
"Agradeço muito senhora! Vejo que tens realmente um bom coração".
"Oh! Imagine minha filha".
A ama rapidamente enrubesceu perante o inesperado elogio, encantando-se cada vez mais com a bela jovem diante de si.
"Esqueci-me de perguntar seu nome. Se irás trabalhar aqui devo saber seu nome, certo?"
A garota sorriu.
"Chamo-me Miwa..."
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"Ah! Está absolutamente deslumbrante!"
A jovem rapidamente correu e posicionou-se no espelho enquanto observava-se atentamente, em cada detalhe. O belo kimono branco estampado com sakuras brancas era delineado em seu corpo por uma faixa grossa a apertar-lhe a cintura, seus cabelos foram presos em um coque com pequenas madeixas a cair por sua doce face, levemente maquiada.
Ajeitou alguns pequenos jasmins que estavam formando uma bela coroa de flores. Os sapatinhos brilhavam a luz da lâmpada redonda que enfeitava seus aposentos. Faltava apenas o toque final. O perfume.
As criadas de maneira rápida e que não fora visto pela jovem ainda a olhar-se no espelho, pegaram o mais doce dos perfumes que a garota possuía. O de lírios e rosas. Borrifaram algumas gotas em seu pescoço, nas proximidades de seus seios e em seus pulsos.
Estava pronta para uma nova vida que deveria seguir. Dentro de pouco tempo estaria casada e presa àquele homem a quem desprezava tanto, mas ao mesmo tempo sentia algo incrivelmente tentador. Queria descobrir que sentimento era aquele que a fazia ficar literalmente sem ar.
"Irmã..."
Aquele leve chamado a fez acordar de seu transe enquanto virava-se para deparar-se com a expressão terna de suas irmãs reunidas em volta de si. Uma delas andou em sua direção pegando sua mão e acariciando sua face.
"Kagome..."
"Sango, você tinha razão. Ele é um safado, cachorro e pervertido".
Todas rapidamente ficaram estáticas com a inesperada frase proferida pela mulher, inclusive a jovem noiva que rapidamente perdera a fala.
"Mas...sinto que assim como eu fiz com o meu marido, você conseguirá mudá-lo aos poucos. Além do que, vocês dois tem uma química e isso já é um bom sinal".
Ela deu uma leve piscadela para a irmã, que sorriu docemente.
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A hora havia chegado e juntamente com o seu futuro marido, a jovem caminhava para o sacerdote. Nunca havia sido tão difícil andar em toda a sua pouca existência.
Ele sorriu perante o seu nervosismo. Segurou-lhe fortemente como uma silenciosa resposta que passasse segurança.
Rapidamente a garota adquiriu novamente toda a sua imponência de futura imperatriz.
Olhou para o lado e teve a ligeira impressão de ver uma jovem esfarrapada dentro da multidão de nobres sair correndo em prantos. Retirou tal idéia de sua mente e continuou o longo caminho.
Os ritos haviam começado. O sacerdote entregara a eles o punhal dourado passado de gerações e utilizado em todas as uniões reais de imperadores e imperatrizes. Significava que o ritual de sangue iria começar.
Miroku pegara o punhal e fizera o corte em sua própria mão sem demonstrar nenhum sinal de dor. Ela também não se deixando abater, cortara sua mão e uniu-se com a dele.
Fora um momento mágico e inteiramente romântico. Por um momento ela havia sido levada por aquele clima embriagante.
Ele, de maneira inesperada, pegara sua mão cortada e lambera o sangue que escorria por ela, sorrindo de maneira encantadora para a jovem. Todos se espantaram inclusive a própria Sango, que controlava as reações estranhas que começavam a regê-la.
O sacerdote ficara claramente raivoso com tal atitude e passara um bom tempo recriminando o rapaz por tal ato.
Finalmente os ritos terminaram, depois de um claro atraso por culpa de Miroku. O sacerdote ainda com a expressão transtornada na face, levantou as mãos no alto e pediu a Buda uma última benção, declarando por fim que estavam unidos.
Assim que a cerimônia fora oficialmente finalizada, um bando de nobres e parentes vieram parabenizar o imperador e sua esposa.
As mulheres rodearam a nova imperatriz dando sorrisos enquanto cochichavam sobre a noite de núpcias. A jovem ficara claramente vermelha, se afastando delas e recebendo um suspiro de protesto.
Sentiu uma mão pegar-lhe o braço e virou-se prontamente. Sorriu ao constatar que era sua querida ama que a chamava para os aposentos.
Saíram de maneira discreta para que não fossem percebidas, deixando Miroku rodeado de homens a sorrir-lhe e entregando-o vários copos de saque.
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"O que foi ama?"
A ama sorriu ternamente, sentando-se com ela na volumosa cama.
"Não tive tempo de falar contigo, minha querida. Hoje é seu dia e as mulheres ficaram em cima de você como se fossem abutres!"
A velha ama fez uma cara de raiva pondo as mãos na cintura, fazendo a jovem rir de sua atitude.
"Além disso..." – A ama deu uma leve pausa sorrindo maliciosamente. – "Devo lhe explicar o que acontecerá nesta noite, pois como sabes é sua noite de núpcias".
A garota rapidamente adquiriu o tom avermelhado em suas faces e escondeu o rosto com as mãos.
"O que devo fazer?"
"Isso irás descobrir por si só, mas vou mostrar-lhe os aposentos e o ritual de purificação que deverás fazer. Como sabes, este ritual é para preparar o corpo da donzela, enquanto seu marido estiver lá fora. Ninguém poderá entrar ou ajudar-lhe, pois isto será violação das regras!"
Ela fez que sim com a cabeça nervosamente.
De maneira rápida a ama pôs-se de pé enquanto era seguida pela jovem através dos corredores até se depararem com a porta ornamentada.
"É aqui. Agora deverás seguir sozinha minha criança. Dentro deste aposento do lado direito tem uma pequena terma onde deverás banhar-se e perfumar-se. Este é o ritual que deves seguir, entendido?"
"Sim, obrigada".
A velha sorriu de maneira gentil enquanto a abraçava. Seria a última vez que deveria vê-la como uma criança, pois a partir daquele instante tornar-se-ia não somente mulher, como também a imperatriz.
"Minha linda, saibas que és como uma filha para mim. Sempre estarei ao seu lado".
A garota sorriu, reprimindo as lágrimas que insistiam em descer por seu rosto.
Separou-se da ama e entrou no aposento nupcial. Arregalou os olhos em resposta a sua surpresa ao ver o tamanho e a magnitude daquele lugar. O chão era coberto por pétalas brancas, que simbolizava a pureza, e pétalas vermelhas, que simbolizava a paixão e a fertilidade. A cama era o dobro de tamanho da sua e era coberta por vários metros de seda de diversas cores.
Atravessou vagarosamente indo em direção à terma. Desamarrou as vestes sentindo-as deslizar até o chão enquanto entrava e sentia o doce calor das águas a invadir-lhe toda.
De repente estancou, ao ouvir sons de passos e virou-se para ver o tal intruso. Ele entrava lentamente na terma indo em direção a ela.
"Miroku! O que fazes aqui? As regras..."
"Danem-se as regras!"
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Mais um capítulo para está saga incrivelmente atrasada! XD
Perdão pessoas! Época de provas, ninguém merece Ç.Ç
Finalmente aqui está o terceiro capítulo especialmente para vocês! Aeew!
Realmente agora as coisas estão esquentando né? HOHOHO...O QUE SERÁ QUE O HENTAI DO MIROKU TEM EM MENTE? o.O'''
Ele realmente não tem jeito mesmo! Pobre Kagome, foi vitima dele neste cap...HOHOHO!
Beijos para vocês gente e vamos agora para as respostas!
nathBella: Oi nath! Iai? Gostou deste capítulo? Yay, espero que sim!XDNossa fico muito feliz que esteja gostando tanto assim desta fic! Demorei um pouquinho realmente Pouquinho?hohoho com este capítulo, mas ele saiu! ALELUIA! Não me mate por favor, pelo menos espere eu acabar está história...XDD Beijos pra vc e acompanhe por favor! São seus reviews e os de todos aqui que me fazem ficar com vontade de escrever! .
Sango-Web: Olá e Ohayo pra você Sango-chan! FICOU MELHOR QUE O OUTRO, SÉRIO? Ç.Ç Yay! QUE BOM! Você não descreve cenas assim...CAHAN...Sango-chan eu estou armada...posso usá-la sabia? (música de psicose! XD) Saiba que eu amo a Yuki no Haru...mas eu to mô aterefada e quase eu abandonava está fic! Mas como eu sei que eu seria morta antes disso hohoho resolvi desistir dessa idéia! XD To bem atrasada nos capítulos da Yuki no Haru...Ç.Ç Mas como eu hoje consegui fugi dos estudos, assim que postar este cap. vou correndo ver! AHH! (ok...ok...menos ¬¬''') .
(Mitsuki entra no banheiro e depara-se com Miroku com o pote de sorvete de creme)
MT: SORVETE DE CREME...EU QUERO! (Miroku sai correndo e se esconde no armário)
S-W: Entra na fila, Mitsuki-chan! ¬¬''
MT: Nyu...u.u
Hauhauhau...beijos Sango-chan e até o próximo capítulo (se referindo a Única Esperança e Yuki no Haru)
Haruka-chan: Nihao (olá em chinês) Haruka-chan! Hauhauhua…que bom que você está gostando tanto assim! Espero ter cumprido com suas expectativas deste capítulos (hohoho) XD. Adoro quando você me envia um review! Beijão e continue acompanhando você também viu? Õ.o XD
Lyla Higurashi: O que achou da aparição do Inu e da Kagome neste capítulo! (hohoho) Vou colocá-los em mais capítulos pode deixar! Gostou do cap.? Que bom XD! Fico muito feliz! Quem sabe, eu também não coloco o Sesshy e a Rin? Beijos e continue acompanhando, por favor!
CyberTamis: Oiii! HOHOHO! Quem sabe? A Sango tem tudo pra dominá-lo né? Sim ao poder feminino! XD Nem me fale! A Sango fazendo joguinho? Hauhauhau...pobre do Miroku! XD Nuss, obrigada pelos elogios XD. Mas sinceramente eu não me acho lá essas coisas, por exemplo...nunca me compare com a SANGO-WEB (Caham...Mitsuki-chan aponta para cima). Comece a escrever também! Saiba que eu serei sua primeira fã! (Mitsuki-chan na fileira de frente gritando: "Vai Cyber-chan!"). Hohoho XD. Beijinhos pra você e obrigada pela review! XD
