A Única Esperança

Capítulo 4 – Os Opostos se atraem

Autora: Mitsuki Tabemashi

Revisora: Sango-Web

Japão, Tóquio

A jovem olhava incrédula para o homem que se aproximava dela. Não, agora este era o seu marido. Seu dono. Enojava-se ao pensar que era um objeto, servindo apenas para dar prazer e conceber novas vidas ao mundo.

Sempre fora independente e mesmo presa ao seu "imperador" pelas leis, jamais se curvaria diante dele. Escondia-se o máximo que podia com suas pequeninas mãos num ato desesperado, enquanto afastava-se a cada passo dado por ele.

Ele riu e estancou, encostando-se nas bordas da terma e olhando divertido para sua esposa. Ela nada entendeu e manteve-se calada. O silêncio torturante de repente reinou sobre o ambiente, antes agitado.

"Saias Miroku. Estais cometendo um tabu. Devo purificar-me só, antes de me entregar".

"Isso é apenas uma idiotice. Não serve para nada, é apenas tradição deste povo preso a águas passadas".

"Não importa se é tradição ou não. Devemos segui-la, pois nossos antepassados assim fizeram".

"Como sabes? Eles poderiam ter violado assim como estamos fazendo".

"Estamos? Você está!".

"Não importa minha imperatriz... deixe-me banhar-lhe, prometo não fazer absolutamente nada".

A garota demonstrou confusão em sua face, antes de balançar positivamente a cabeça de maneira tímida. Sabia que mesmo negando, o homem à frente insistiria até faze-la desistir de lutar.

Ele sorriu, demonstrando satisfação. Aproximou-se da jovem que se virava de costas para ele. Este apenas alargou o sorriso enquanto a abraçava por trás. Sentiu-a suspirar levemente. Pegou uma das essências e a massageou com suas mãos, por toda a extensão do belo corpo cheio de volumosas curvas.

Ela rendia-se, sentindo-se vermelha e quente enquanto ele prosseguia seu banho. Suas mãos a exploravam e mesmo um leve toque a fazia queimar. Estava enlouquecendo, tinha absoluta certeza disso. Vulgar. Era essa a palavra que descrevia a situação onde estavam envolvidos, porém sua mente nada cogitava.

Ele parou e esta abriu vagarosamente os olhos, assustando-se ao sentir-se suspensa no ar por braços fortes que circundavam sua cintura. O imperador, imponente, colocou-a na cama enquanto admirava a beleza daquela presa que emanava temor, porém seu corpo demonstrava excitação.

Ele sorriu pondo-se a beijar seus lábios vermelhos. Ela entregava-se de modo sensual, passeando suas unhas pelas costas do marido. Havia rendido-se por completo. Todas as suas defesas haviam sido esquecidas e parecia que outra mulher havia apossado-se dela.

Gemeu rouca, por conta das carícias ousadas que o experiente esposo dedicava-lhe. Ele tocava seu corpo como se este fosse um instrumento. Suas mãos, seus lábios, sua língua, tudo a fazia gritar de modo que todos no castelo a deviam estar escutando.

"Parece que com o tempo devemos ajustar este volume, não?" – Miroku disse rouco, porém divertido.

"Cale-se...".

Ela havia corado e estava inteiramente vermelha, o que a fez ficar ainda mais sensual. Ele via-se perdido naquele rosto tão juvenil, porém tão maduro ao mesmo tempo. De certo modo ainda era uma criança, pois muitas vezes portava-se como uma, apesar do corpo desenvolvido.

Não devia estar pensando bobagens. Ele agora era o imperador e a jovem, sua imperatriz. Ela o deixava louco e devia cumprir com os deveres de marido.Além do quê, ela estava gostando.

"Vai doer um pouco, mas prometo que farei o possível para que não perlongue".

"Faça-me mulher, eu imploro! Não agüento mais... esta espera está deixando-me doida!".

Ele sorriu e assim como prometido, quebrou a barreira que a prendia há um tempo infantil. Agora, ele a arrastou para uma nova realidade.

Os dois suaram e ofegaram juntos até alcançarem o êxtase máximo e caírem lânguidos. O marido deixou-se descansar no peito de sua imperatriz que se deixava ser arrebatada para o mundo dos sonhos.

Naquele instante o destino dos dois já estava selado.

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Os raios da manhã ensolarada invadiam o rosto da mulher estirada na cama, fazendo-a acordar. Ela levantou-se e direcionou seu olhar para o lado, encontrando o marido dormindo profundamente.

Reparou naquele instante no dragão em suas costas, que estavam a mostra devido a sua posição. Era grande e ocupava toda a extensão dela. Cada detalhe em uma perfeita tatuagem que demonstrava poder. Combinava com o seu imperador.

Trôpega, afastou os lençóis dando passagem ao seu corpo nu. Viu a marca de sua virgindade no pequeno círculo de sangue, que manchava os mesmos lençóis que havia afastado há instantes.

Olhou-se no espelho e notou-se diferente. Havia um brilho a mais em seus olhos claros. Seu corpo estava cheio de marcas de beijos, demonstrando a ferocidade da noite anterior. Acariciou a si mesma, passeando suas mãos delicadas pelo pescoço, onde havia maiores marcas.

Ouviu um ruído e virou-se para deparar-se com o esposo a olha-la com certo ar de interesse e um malicioso sorriso. Ela fez desdém e não escondeu o corpo do campo de visão dele. Ele a olhou com gula enquanto levantava-se e num pulo parando a pequenos centímetros dela.

"O que queres?" – Sango perguntou simplesmente seca, porém estava ansiosa por dentro e recriminava-se por isso.

"Vim dar-lhe prazer querida".

"Dispenso".

"Não me convence. Olhe para si própria! Você está completamente excitada. Vamos Sango, admita, és quente e sabes disso".

Rapidamente ela o empurrou na cama e sentou-se por cima dele. Ela sorria enquanto ele fazia uma expressão assustada.

"Eu sou? Pode ser. Mas eu estou no comando agora... querido".

oOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOoOo

A jovem criada andava em seus aposentos simples, porém arrumados, de maneira inquietante. Seus olhos estavam marejados enquanto apertava suas mãos com força descomunal. Talvez os aldeões estivessem certos ao seu respeito quando esta saiu de seu local de nascimento. Estava louca. Ensandecida.

Olhou-se no pequeno espelho e sorriu. Não estava louca. Era apenas uma mulher ferida e disposta a se vingar. Começou a murmurar sua triste história para si mesma, querendo convencer-se de que era normal, porém cheia de mágoa por todo o seu coração.

Assim que o relato acabou, esta se pôs a chorar. Não por conta das lembranças amargas, mas pelo ódio que a consumia. Tinha sede de vingança. De ver as pessoas que a fizeram mal, sofrer dolorosamente e sem piedade.

A porta rangeu e ela levantou-se assustada, limpando os olhos rapidamente com as costas das mãos. Preocupou-se de que a tal pessoa que entrava em seus aposentos havia ouvido seus murmúrios. Se isto estivesse acontecido, poderia sofrer altas punições.

O homem frio, de cabelos longos e negros, pele alva e olhos escuros, sorriu para ela. A sorte o estava felicitando. Ele sorriu, mostrando os dentes perfeitos enquanto fazia um leve aceno de cabeça, demonstrando respeito e educação.

Ela nada entendeu e continuou estática sem saber que tipo de reação tomar. Não esperava isso. Um homem belo e de visível porte na casa real, havia demonstrando afeição por uma pobre criada e este se sentava em sua cama enquanto mostrava que a queria fazendo o mesmo.

"Ouvi sua infeliz história. Teve uma relação íntima com o imperador e me pareces bem disposta a vingar-se".

Ela retesou-se, abaixando os olhos com medo.

"Não fiques assim. Você é exatamente o que procuro, minha cara".

A criada o olhou confusa e ele acariciou-lhe a face enquanto sussurrava em seu ouvido.

"Farei de você esposa do imperador, mas não imperatriz".

Ela gemeu.

"Como pretendes fazer isso?".

"Deixes comigo. Eu tenho interesses no posto de imperador e você é perfeita para infiltrar-se e acabar com o reinado da família Ushida".

Ela sorriu enquanto levantava a barra do simples kimono e desamarrava as fitas que o prendiam ao seu corpo. Ficou inteiramente nua diante dele.

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Os dois ofegavam de lados distintos da cama, enquanto a jovem o olhava de lado e levantava, deixando-se ser observada por seus olhos detalhistas.

"Como irei tornar-me esposa de Miroku? Ele conhece-me e não sou dama". – Terminou sua frase enquanto encostava-se na penteadeira.

"O imperador foi seu primeiro homem?"

"Sim".

"Então o resto deixe comigo. Mas antes, terás que aprender a portar-se como dama da sociedade".

"Já lhe disse. Ele sabe que eu não sou".

"Confie em mim. Tenho interesse nisso tanto quanto você".

"E eu tenho escolha?".

Ele sorriu maquiavelicamente.

"Não".

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A jovem imperatriz andava pelo castelo, organizando-o como deveria. Era o seu dever deixar tudo absolutamente impecável. Apesar de não se sentir satisfeita fazendo isso, sabia que se não o fizesse, ninguém faria.

Assim que terminou de mandar nas criadas, reclamar com algumas e mostrar-se forte diante de todos, ela dirigiu-se para o grande jardim de inverno. Era incrivelmente belo e poderia orgulhar-se dele, já que fora a sua mãe quem se dedicara dia após dia, pessoalmente, a ele.

Agora era a sua vez. Jamais deixaria alguém toca-lo que não fosse ela. Aquele jardim trazia uma bela lembrança de sua amada mãe quando ainda era viva. Cada folha e árvore que ela podava, cheia de carinho.

Os olhos marejavam e num impulso deitou-se sobre a grama, observando o céu límpido. O vento brincava com suas madeixas lisas e acariciava seu rosto. Sentiu como se sua mãe a estivesse acariciando.

De repente levantou-se, mantendo-se sentada. Pôs uma de suas mãos no ventre, como modo de protege-lo. Não estava grávida, como poderia estar? Afinal passara apenas uma noite com o seu marido. Porém alguém ou algo lhe sussurrava que estava. Por um momento sentiu-se rígida.

"Maldição... Família Mokashi... Não deixe".

Saiu correndo assustada. Resolveu não acreditar em sua mente. Sim, deveria ter sido sua mente. Não estava louca, mas o que aquilo queria dizer? Maldição? Que maldição? Buda, o que faria?

Por fim, decidiu esconder tal fato e não comenta-lo com o esposo. Era uma besteira, tinha convencido-se que era. Manteve-se calma e percebeu que ainda estava com a mão no ventre. Retirou-a de lá rapidamente. Não estava grávida!

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Entrou cansado no quarto, sentindo todo o peso de seu primeiro dia como imperador. Havia sido difícil, todo o reino encontrava-se cheio de problemas e todos o viam como a solução. Não poderia desapontar, portanto esforçou-se ao máximo.

Assim que adentrou o recinto que estava sob a meia-luz da lamparina, viu sua imperatriz sentada na borda da cama com o olhar perdido. Nem percebeu que ele havia chegado. Estava bela como nunca. A pequena camisola de seda caia-lhe perfeitamente, destacando suas curvas. Os cabelos soltos, longos, desciam pelas costas.

Ela sentiu-se observada e virou-se para encarar o marido, que estava praticamente hipnotizado. O olhou cansada, pois assim como ele esforçou-se para fazer o melhor de si naquele primeiro dia. Não se sentia disposta a discutir ou a conversar.

Ele nada disse, apenas retirou as roupas ficando nu em sua frente. Ela rapidamente, num impulso, pegou uma almofada da cama e a jogou em sua cabeça. Ele desviou, porém agarrou a almofada e a olhou intrigado.

"O que significa isso?" – Ele perguntou apontando para a almofada em suas mãos.

"Seu desavergonhado! Eu não estou acostumada a este tipo de coisa!".

Ele sorriu enquanto a imperatriz ganhava tonalidades vermelhas na face, resultado de sua raiva.

"Então... ainda tens vergonha? Depois de ontem?".

Sango o olhou de modo assassino, pegando outra almofada e a jogando ainda mais forte. Ele novamente a pegara e rira de sua esposa. Ela possuía uma personalidade forte e Miroku adorava isso.

"Ora, não me faça rir! Seu desempenho ontem à noite... nem foi lá grandes coisas".

Ela virou-se pegando as cobertas e deitando-se na cama. Ele ficou estático, sentindo a raiva subir-lhe a cabeça. Pulou na cama prendendo o pequeno corpo de sua esposa com o seu peso. Ela o chutava e esperneava-se.

"Meu desempenho? Não fui eu que fiquei gritando a noite inteira! Todos a ouviram, sabia?".

Sango parou de lutar, arregalando os belos olhos. Tentou abrir a boca para protestar, porém sabia que era verdade. Calou-se. Seu orgulho estava ferido e não conseguia mudar este fato.

Sentiu que o silêncio reinou e viu-se perdida nos olhos azuis dele. Novamente sua mente parara de raciocinar e mais uma vez sentiu-se dependente, frágil. Características que antes pensava jamais pertencer a ela.

Se não estivesse grávida, provavelmente estaria em breve. Se sua relação com Miroku continuasse resumida apenas a isso, seria a primeira imperatriz a ter o maior número de filhos da história. Isso a assustou por um instante, porém depois das carícias do marido, tudo se tornou irrelevante.

Antes de esquecer-se do mundo, um pensamento tomou-lhe a cabeça. Que maldição seria aquela? Teria sido somente imaginação num momento de fraqueza? Ou será que o futuro guardava mais segredos do que pensava?

Continua...

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Desculpem leitores, pela demora da atualização! Antes estava completamente atarefada por conta das provas de fim de ano e assim que me vi livre tive que atualizar minha outra fic há muito atrasada. Agora pude dedicar-me a escrever o capítulo quatro.

Novidade! Sango-Web (a autora de Yuki no Haru) se dignou a ser a revisora desta fic! Que feliz! Valeu Sango-chan!

Espero que tenham gostado do capítulo! Muitas novidades e intrigas vão vir à tona. Além do mistério desta maldição. O que será ela? Será que Sango imaginou ter ouvido isso? Só o tempo pode responder...

Beijos e obrigada a todos pelos reviews! A cada comentário novo, fico mais extasiada e pronta para escrever!

Vamos às respostas!

nathBella: Oiii nath! Iai menina como tem passado? Gostei desse cap? Nossa cv me assustou o.O! aahahhaha XD. Mas é claro que você pode me chamar de miga! Já te considero uma! Valeu mesmo pela força e por gostar da fic! Muitos beijos pra você e continue a acompanhar viu amiga? XD

Sango-Web: Ahhhhh minha revisora desta fic! E então Sango-chan? Estou entusiasmada com sua nova história viu? Poste logo! Estou tão feliz tendo você como revisora! Ç.Ç Que emoção! Te adoro muito viu? Não deixe de comentar, mesmo você já lendo a história antes de coloca-la online! XD Beijos!

CyberTamis: Yay! Amei seu review! Surpreendente! XD "Ih fudeu!" adorei isso! AHAAHAHA! Valeu por gostar tanto assim da história! To muito feliz de que você ta gostando desta humilde fic! Realmente eu acho que vou gostar desse tal Felipe! XD Beijões Cyber-chan! Continue acompanhando ta?

Haruka-chan: Hai Haruka-chan! Tô muito feliz com o seu review! Que bom que cumpri suas expectativas! Muito feliz com isso! Valeu por acompanhar as minhas duas histórias! Valeu mesmo! Beijos e espero que tenha gostado desse cap.!

Jaque-chan: É agora as coisas vão esquentar! XD Pobre Kagome, com certeza! A Miwa agora trabalhando no castelo é confusão na certa! Muitas coisas ainda estão por acontecer! Obrigada por tudo! Valeu por estar comentando e gostando da minha fic! Fico realmente feliz! Beijos e continue acompanhando, por favor! XD

Anna Lennox: Oie Anna! Que bom que gostou e concordo com você! A Sango é ótima e o Miroku um completo perdido! XD Espero que continue acompanhando! Me sinto indigna de estar recebendo um review seu, já que você é a autora de "Por Amor". Amo sua fic de paixão! Beijos pra você e valeu a review!