Capítulo 22 – Decidindo...

- Arthur, acho melhor você voltar - disse Molly, ainda chorosa.
- É, eu sei. Filho, só tem um problema... - ele verificou se Hilary os observava.
- Se é sobre o meu casamento, não se preocupe: não pretendo casar-me novamente.
- Mas ela é a mãe do seu filho! - disse Arthur, num tom baixo e repreensivo.
- Hermione também não é mãe de uma filha minha? Pai, ela me fez muito mal. Quando tivermos tempo eu lhe conto melhor.
- É bom mesmo o senhor me explicar esta história.
Ele desaparatou um tanto preocupado. Seus antigos conceitos sobre casamento não mudaram e nem fazia idéia do que Hilary fizera, aliás, somente Hermione, Gina e Harry o sabiam.
Rony resolveu, então, subir para conversar com Hilary.
- O que você quer?
- Sua mãe é muito gentil, assim como todas as pessoas da sua família. Porém, sei quando não sou bem-vinda. Você se incomoda com minha presença, humilha-me na frente de todos.
- E como você queria que eu reagisse? Não contei para eles o quanto seu caráter é invejável, apesar de você merecer. Não consegue entender que nunca lhe perdoarei?
- Tudo bem, mas eu sou a mãe do seu filho e...
- Vai me jogar isto na cara o tempo inteiro?
- Escute-me quieto! Será que é tão difícil?
- Sua voz me enoja, desculpe - disse, ríspido.
- Deixe de ser ridículo e infantil! Quero voltar para Back Sunset sem você. Poderá visitar Logan quando quiser, não lhe proibirei. Mas não quero ficar aqui.
- A que devemos esta atitude madura? Tem certeza que não bebeu nada de estranho ou realmente acordou? Só esqueceu de um detalhe: não ficarei sem Logan.
- Querendo ou não, eu sou a mãe. Ele precisa mais de mim.
- E alguém neste mundo precisa da tua útil presença?
- Você precisou e muito! Se não fosse por mim, já tinha morrido! Admita!
- Me chamou pra isso!
- Não! Eu quero ir com Logan e pronto! Fique com a sua noivinha, não é mais meu marido mesmo! Cuspa no prato que comeu e corra pra ela!
- Correrei com toda a vontade, ela é uma mulher para ser amada.
Hilary iria esbofeteá-lo, contudo ele conseguiu contê-la.
- Não me toque. Você sabe que tenho razão.
- Eu perdi o amor de todos, não me tire o de Logan. E sinto que tenho de viver somente para ele. Confesso, ainda te amo, por menos que acredite, e ouvir o que você disse é muito duro. Desde a nossa vinda, me sinto um lixo de pessoa. E começo a pensar que Silas tomou uma sábia decisão, pois a minha vontade era morrer.
- Isto é chantagem ou peça dramática?
- Isto chama-se sinceridade - ela tinha os olhos marejados e falava calmamente.
- Nossa, tem certeza que sabe o que é isso?
- Sempre soube. Mas você me fez esquecê-la.
Ela saiu do quarto para isolar-se, não suportaria ouvir mais nada de Rony. Ele percebera a sinceridade dela e ficara confuso. Conversaria com Harry, certamente o amigo o ajudaria em algo...
- Rony, você pegou pesado.
- Por que me condena? Estou com a razão!
- Quanto você não a perdoar eu não contesto, entendo perfeitamente o que sente. Porém ela merecia o mínimo de consideração. Apenas o mínimo.
- Digamos que eu faça este sacrifício. Deixarei-a levar Logan?
- Diante da situação dela, acho injusto a pouca convivência com Logan. Aliás, não quer mesmo contar para ela a verdade? Quem sabe ela não toma jeito de vez?
- Aquilo é um caso perdido, Harry! E eu não tenho direito de me meter neste assunto.
- Tudo bem, não falo mais nada.
- Desculpe. O que você acha que devo fazer?
- Posso dizer mesmo?
- Pode - disse, um pouco irritado.
- Deixe Hilary ir e quando quiser, vá visitar seu filho. E acho que você está precisando de umas férias. Seus pensamentos estão muito confusos, os últimos tempos foram muito conturbados, sua vida mudou rápido.
- Irei pra onde? Nunca saí daquela cidade e aqui vivo perdido...
- Lupin disse que irá a França comigo, porque terei um jogo lá e ele aproveitará para descansar. Não quer saber de Ministério tão cedo.
- Mas por quê ele está estressado?
- Er... ele é um lobisomem. Snape fazia uma poção para ele, ajudava bastante... mas uma das ervas se extinguiu por causa da guerra, ele sofre com isso. Snape conseguiu elaborar uma poção melhor faz pouco tempo, mas ela tem alguns efeitos colaterais.
- O que por exemplo?
- Dores de cabeça constantes, perda parcial dos poderes mágicos, enfraquecimento. Ele está louco com isso e quer descansar, pensar melhor no que vai fazer daqui em diante.
- Vou falar com ele. Mas não há possibilidade de eu ser morto, né?
- Não! Ele não ataca ninguém, fica consciente durante a transformação.
- Ótimo...
- Esse nervoso todo não é só por causa da Hilary, não é?
Rony continuou emburrado, levantou-se, alisou os cabelos e disse incomodado:
- Por que Hermione deixou a Kimberly com vocês?
- Gina não queria ficar sozinha e ela não sentiu-se à vontade...
- Pra deixá-la com Hilary na mesma casa - a raiva era visível.
- Vocês acabaram de se conhecer, Kim ainda é insegura quanto ao seu caráter. Tem que ser cauteloso e paciente, não se apressar em querer morar com ela, educá-la... Confiança não se ganha assim.
- Hermione tem razão. Por que ela sempre tem?
- Porque ela é muito racional.
- Racional e mal educada.
- Como?
- Nem se despediu de mim ontem e você não me ajuda a entender o motivo.
- Um dia eu tenho certeza que ela lhe contará. Mas eu não posso, entenda.
- Tá, isso é problema dela mesmo. Só que nem se despediu! Nem um tchau, pedir pra alguém me avisar que foi embora. Fiquei sabendo depois de todo mundo! E ainda por cima não conversou comigo sobre a Kim, nem quis saber se eu ia ficar mesmo na cidade ou voltaria...
- Rony, ela estava com pressa - disse, risonho.
- Qual é a graça?
- Você está se preocupando com uma coisa tão boba! Fica aí todo mordido porque ela não quis lhe avisar nada da saída nem do novo emprego.
- Harry, não me enche tá? Você é igual ao Rômulo: vive falando besteiras.
- Talvez você não percebe como se comporta perto da Hermione.
- Olha aqui, nunca me apaixonei por ninguém e não pretendo. Mulher só dá problema e romance é frescura.
- Então eu sou um fresco?
- Sentimentalista demais, às vezes.
- E você não é nem um pouco sensível, quem vê pensa! Está ralhando aí porque Mione não disse tchau, não deixou Kimberly com você e Logan voltará para a Austrália. Um casca-grossa não quereria ficar com os filhos, sendo um deles cego...
- Mas não fico suspirando como um tonto por uma mulher.
- Ah, não? Prometo que da próxima vez que você estiver falando com a Mione eu conjuro um espelho ou tiro uma foto. Você fica mais rubro que seus cabelos!
Antes que Rony explodisse, Edwiges chegara com uma carta. À medida que Harry a lia, seu sorriso alargava-se...
- Que foi? A Chang morreu?
- É muito melhor que isso! Eu e a Gina já podemos visitar o OBA.
- Ah... o orfanato dos bruxos abandonados... Vocês decidiram por adoção mesmo?
- Qual o problema nisso?
- Não é estranho você...? Como posso dizer...
- Cuidar de um filho que não é do meu sangue? Não vejo problema nisso. Tenho Sirius como um pai e ele não tem nada a ver comigo.
- Isto é diferente.
- Não é. Que preconceito... - disse, decepcionado.
- Diga que não é complicada esta situação! Esta criança tem outros pais, e se for grande e perdeu-os? Acha que preencherá este amor? Nunca! Se sentirá um estranho.
- Fique sabendo eu amarei esta criança como se fosse minha. Ou melhor, ela será. A guerra me ensinou mais coisas do que você imagina. Lá não tem sangue puro, pai, filho, irmão. Todos se ajudam ou se separam. Se soubesse quantos órfãos sobraram! E a solidariedade fez com que eles não ficassem sós, terem uma família. Sua mulher pode ser possessiva, mas não negue que ela lhe acolheu e casou com você sem pensar em quem você poderia ser. A família dela foi igual, eu percebi. Caso não tivesse descoberto nada, ainda estaria lá e duvido que alguém lhe expulsaria.
Rony olhou para o chão, sentindo-se diminuído perto do amigo.
- Harry, eu não tenho seu espírito de herói que faz tudo pelo bem dos outros, nem seu senso de justiça, solidariedade e capacidade de não ter ódio. Enfim, um Harry Potter.
- Não sou perfeito. Senti ódio sim, matei homens e mulheres, nunca perdoei Voldemort, já desconfiei de Dumbledore, cometi vários equívocos, machuquei quem não devia.
- Mas é bom. Eu não sei se conseguiria fazer a mesma coisa que você e a Gina.
- A maturidade chega para todos. Um dia você entenderá os nossos sentimentos, não se preocupe - deu dois tapas nas costas de Rony e ouviu quando Gina aparatou.
- Oi, tudo bem?
- Tudo - disse Rony, azedo.
- Pela sua resposta tá tudo mal, Rony! O que foi?
- Nada, é que nós estávamos conversando.
- Atrapalhei... desculpem! É que a Kim esqueceu o livro dela...
- Ela está com você?
- Primeiro estava comigo, depois Jorge quis levá-la um pouco para a loja e eu deixei.
Gina esbarrou na carta, que estava em cima da mesa...
- O brasão... Harry, nós já podemos então?
- Sim. Autorizaram-nos a visita hoje e amanhã.
Ela abraçou Harry e eles se beijaram. Rony incomodou-se e ficou na janela, pensativo.
- Eu amo você, sabia?
- Não, você não tinha falado isso nenhuma vez hoje...
- Seu bobo! E precisa?
- É sempre bom.
- Está muito carente!
- Ficarei longe de você justo agora! Que tal você vir comigo pra França?
- Harry, e a Kim?
- Hilary vai embora logo, Hermione não terá mais com o que se preocupar.
- Você sabe que não é só esse o problema.
- Sei, mas eles precisam conviver um pouco. Amor não nasce do nada!
- Mandarei uma coruja para ela hoje mesmo. E pensarei sobre viajar contigo.
- Madame Malkin não se incomodará, tente falar com ela. E tem outra: não acho conveniente você trabalhar para alguém se temos dinheiro suficiente para...
- Você tem dinheiro - afirmou, séria.
- É nosso. Quantas vezes tenho de repetir? Dá para você ter um negócio próprio, é o seu sonho! Deixe de ser orgulhosa e aceite minha ajuda, Gina...
- Conversamos outra hora. Acho que nem poderei trabalhar tendo uma criança em casa! Mas é só nos primeiros meses.
- Teimosa! Podia viver sossegada...
- Eu não estou acostumada com regalias, não sou aquelas bruxas metidas que se preocupam com festas e status.
- E é isso que eu mais admiro em você, contesto porque quero somente o seu bem- estar.
- Compreendo e adoro esta super-proteção. Não suportarei esperar até amanhã, vamos hoje? Peço para o Jorge cuidar da Kim, falo com Malkin e vamos.
- Para mim, está ótimo. Também estou ansioso!
Gina finalmente livrou-se dos braços e mãos bobas de Harry para notar o irmão, desligado do mundo.
- Rony, por que a tristeza? – vendo que ele não a ouviu, repetiu mais alto: - Rony?
- O que você falou?
- Quero saber o que está acontecendo com você.
- Nada de importante. Ah, o papai me contou que conseguiu "me ressuscitar".
- Que bom! Agora oficialmente o Roniquinho voltou!
- Gina, Roniquinho não...
- É brincadeira. - riu-se - Harry, não demorarei, tá?
- Mas você não vai almoçar?
- Perdi a fome. Tchau, Rony - beijou o irmão e foi antes que Harry interviesse.
- Ela é teimosa! Nem almoçar vai e não me escuta.
- É o sangue Weasley, Harry! E a Kim vai ficar com quem?
- Você ficou surdo mesmo, hein? Com o Jorge na loja.
- Vou dar uma passada lá.
- Aproveita o dia livre, conversa com o Lupin e... manda uma coruja pra Mione. Ela vai gostar.
- Agora eu tenho que virar puxa-saco dela sendo que ela nem quer saber de mim?
- Faça o que você achar melhor. Eu desisto de persuadir-lhe.


Gina estava nervosa ao extremo. Harry mantinha as mãos frias, receoso. E assim foram ao OBA. Frida Butterfly, um tipo de assistente social, os recebeu.
- Vejo que estão ansiosos...
- Muito - disse Gina, olhando timidamente para Harry.
- Disseram que não há preferência por idade, isto facilitou o nosso trabalho. Deixarei que vejam as crianças, conversem e passem o dia caso queiram. Os acompanharei, mas sintam-se à vontade para investigarem a personalidade delas sozinhos, isto é, me expulsarem!
- Imagine, Frida. Tem sido atenciosa conosco e não saberemos como lidar com as crianças, mesmo que eu tenha me preparado para isso. Esqueci tudo o que eu podia fazer e tinha planejado. - disse Harry.
- Vamos dar um passeio, então? Assim você se lembra dos ensaios. - disse, calma.
No berçário ambos encantaram-se, Gina caíra na tentação de pegar um dos bebês no colo e niná-lo. Harry, mesmo tendo experiência com isso, preferiu não arriscar-se por medo de fazer alguma besteira. Depois seguiram para outras partes separadas em faixas etárias, até Harry aproximar-se de um garoto com um pomo de brinquedo na mão.
- Harry Potter! - depois da surpresa, veio a carinha de decepção - Acho que não posso falar com você, desculpe...
- Por que não?
- Meu pai não ia gostar.
- Se você tem um pai, por que está aqui? - perguntou, cauteloso com o tom.
- Ele disse que não pode me criar, que posso ter uma família melhor - a tristeza do garoto era comovente.
- Ele deve ter motivos. Vocês tem uma boa convivência?
- Eu mando cartas pra ele, mas ele demora e às vezes nem responde.
- Qual é o seu nome?
- Augustus. Você pode... me dar um autógrafo?
- Claro - sua insegurança diminuíra.
Gina conversava com Frida sobre uma menina e elas olharam para Harry, dando a entender que seria melhor ele não estender a conversa.
- Eu vou torcer pra você! Tenho certeza que vai ganhar daqueles franceses metidos!
- Me esforçarei pra isso! Tchau, Augustus - ele bagunçou o cabelo do menino, que sorria e tinha os olhos negros brilhando.
- Gostou do Augustus? - perguntou Frida.
- Ele aparenta ser alegre, ativo. Mas me surpreendeu quando disse que não podia falar comigo por causa do pai.
- Então os pais são vivos? - perguntou Gina.
- Augustus é um caso sério. O pai é um problema, teimoso como nunca vi. Mas até compreendo-o um pouco. O menino conformou-se que ninguém quereria adotá-lo por ter 9 anos, queria ter contato com o pai...
- E a mãe?
- Morreu na guerra.
- Ele é uma graça mesmo. E lembra-me alguém - disse Gina.
- Aquele olhar é familiar para mim também. Afinal, quem é o pai dele?
- Por questões éticas, não posso lhes dizer. Só posso garantir que caso queiram adotá-lo, o pai não reivindicará nada, pois nem dera seu sobrenome ao Gu.
- Gu... é, eu gostei dele. - disse Harry, animado.
- Não quis me aproximar de imediato, vi a Anna e quis conhecê-la...
- Quem é?
- Aquela lindinha de cabelos castanhos e vestido azul. É simplesmente doce - derreteu-se.
- Acham que precisam andar mais?
- Sinceramente, não - respondeu Harry para Frida.
- Acho que precisamos discutir e refletir. Queria visitar Anna mais uma vez.
- E eu, Augustus.
- Ótimo. Vamos para a minha sala e darei os dados deles, isto facilita a escolha.
Frida procurou a ficha de Anna e Augustus. Começou com a menina...
- Os pais morreram em um trágico acidente, mas ela ainda era bebê. É tímida, reservada, cuidadosa e adora cantar, por incrível que pareça! Tem 7 anos e nenhum problema de saúde crônico além da alergia à flores.
- Não tem mais nenhum parente?
- Não.
Gina olhou para Harry esperançosa e satisfeita. Gostara muito de Anna e aquilo era perceptível.
- Agora, Augustus. - Frida ficara mais séria quando pegara a ficha dele - Como contei, a mãe morrera. Foi um caso de pedofilia. Não aconteceu escândalo, mas a menina fora pega por Você-sabe-quem e o pai conseguiu salvar somente a criança e não sente-se apto para cuidar dela até hoje. Manda corujas para o filho em seu aniversário por remorso, eu acho. Apesar de não aparentar, Gu é muito triste. Tentamos reverter isso, mas ele gosta de isolar-se e fechar-se. Tem raiva do pai, não fica mais tão feliz com as cartas, tomara consciência de que ele não o quer mas disfarça por vergonha. E, como você percebeu Harry, ele ama quabribol.
- Mas ele ficou muito revoltado? - perguntou Gina.
- Não, em geral é dócil. Tem seus estouros, pois sua personalidade é forte. Harry, você parece distante, algum problema?
- Ele me lembra alguém que conheço...
- Não posso dizer nada até ter a certeza de que vocês querem adotá-lo e o pai me der permissão.
- Tudo bem, não irei insistir mais - Harry concluíra suas desconfianças mentalmente.
- Podemos visitá-los outro dia?
- Claro, Virgínia. Pedi pressa para virem porque temos dias certos para os interessados virem. Digam-me com antecedência e poderão passar um dia com eles, talvez.
- Talvez?
- Harry, a escolha é deles quanto a querer ir com vocês ou não.
- Tudo bem. Desculpe a ansiedade, acabo parecendo grosso...
- Entendo, não se preocupe! Está muito agitado, isto é normal. Mas acho que vocês serão pais exemplares e quem escolherem terá sorte.
- Obrigada por tudo, Frida. Enviaremos uma coruja quando decidirmos algo.
- Eu é quem agradeço, Virgínia. O desejo de todos aqui é que as crianças tenham um lar. Acho nobre da parte de vocês não quererem somente bebês.
- Sempre estamos nos surpreendendo, não? Foi inevitável não reparar nas crianças maiores.
- Augustus lhe conquistou - disse Frida, com um sorriso esperançoso.
- Ana, eu não posso.
- O que eu estou fazendo? - perguntava-se, desconcertada - Hermione veio para cá, é óbvio que ainda a ama.
- Não. Não é por isso, eu juro! Estou esquecendo-a, mas não posso enganar você.
- Vou embora. Me sinto ridícula! - disse, arrumando a parte superior de seu vestido.
Neville abriu uma gaveta e achou o retrato de Hermione. Olhou para a foto em que ela estava lendo e olhou para a máquina sorrindo e a explodiu com a varinha. Correu atrás de Ana Abott, ex-lufa-lufa e professora de vôo, e a colocou contra uma parede.
- Não precisa condoer-se! Me deixe sozinha!
Ele a beijou ardentemente e a carregou para seu quarto um tempo depois. A única que vira a cena fora Hermione, que sorrira aliviada.