Capítulo 28 - Sinceridade

Melanie batia na porta trancada com violência, porém Rony era incapaz de ouvi-la, tamanha era sua perplexidade. Lembrava-se das palavras de seu pai, no dia em que deu-lhe uma bronca pelas surras em Hilary. Doía saber que as últimas palavras dela foram dedicadas a ele e ao filho. A falsidade dela não estava à mostra naquele momento.

Levantou-se e observou Logan dormir profundamente, a fim de não olhar para o chão. Agoniado, esperando que o bebê visse o mundo pela primeira vez, levou às mãos até a cabeça e, por acidente, viu o que restou da loira. Voltou a chorar, não tinha sangue frio para ver aquela pessoa com quem compartilhou tanta coisa e teve um filho, daquele jeito: reduzida a uma poça de sangue (que aliás, respingou no quarto todo) e cinzas. Pedia desculpas por algumas coisas mentalmente.

- Rony, você está...? Por Merlin! - gritou Dayana, ao ver "a irmã".

- Saiam daqui, por favor! - ao ver Melanie, ele a segurou - Não vá!

- O que aconteceu com a minha filha! Ronald, eu quero ver a minha filha!

Dayana pegou Logan e Rony não suportou a força de Mel. Ao ver, ela desmaiou.

- Eu fico me perguntando como ele conseguiu dormir com toda aquela gritaria...

- Ele tem um sono pesadíssimo. Hilary disse que é idêntico a você - ela entristeceu-se.

- Como o Luigi está?

- Muito mal, e mamãe quer matá-lo. Contei a ela o que aconteceu, da maldição.

- Não contaram antes por quê?

- Eu soube por acidente, através de Hermione. Papai não queria que soubéssemos. Sentia-se culpado demais, afinal, tudo foi resultado de uma inimizade.

- Fazer o quê, não é?

- Você esteve chorando. Nem tente disfarçar.

- Eu? Impressão sua.

- Ok... - disse, contrariada e descrente.

- Seu pai quer vê-la - disse Rômulo.

- Eu já volto. Fiquem de olho no quarto da mamãe...

- Tudo bem - respondeu Rony.

- E aí? Realizou seu sonho? – brincou Rômulo.

- Você sabe ser desagradável.

- Vivia dizendo que esse dia seria o melhor! Brincadeira, eu sei que você tá sofrendo.

- Um pouco. De qualquer forma, ela salvou minha vida, cuidou de mim...

- Mulher apaixonada faz de tudo. E por falar nisso, como está sua Mione?

- Bem. Ela que me disse para vir.

- Que confiança! - a ironia dele irritava Rony um pouco.

- Rômulo, você sabe o que significa a palavra respeito? - ele foi muito ríspido.

- E você não entende que não quero ficar aqui chorando o leite derramado? Aquela mulher podia ser uma mala, mas nos conhecíamos desde crianças, caramba! Posso fingir ao menos que não estou sentindo nada com a morte dela? E que estou me sentindo um inútil depois que a Dayana começou a namorar aquele tal de Lupin? Você me permite? - ele estourou de tal forma que Rony não o reconheceu.

- Desculpe, me irritei...

- Esquece! Ah, o Logan tá com a Mel lá dentro.

Rômulo saiu com raiva de si. Gostava de Dayana, mas nunca teve coragem de se declarar. Quando ela saiu de casa atrás de Lupin, ele quase enlouqueceu. Hilary foi sua segunda namorada e, como Rony, teve ótimos momentos com ela... Antes dela virar um grude por causa do ciúme. Ele sumiu antes que alguém pudesse vê-lo desolado.

De repente, instalou-se a gritaria no hospital: Melanie encontrou Luigi.

- Seu sangue podre! Maldita hora que eu fui casar com um Trelawney!

- Melanie, por favor... - era difícil ouvir a voz do médi-bruxo.

- É sim, um Trelawney pobre e nojento que matou a própria filha! Você a viu? Não! Ela está em cinzas e sangue! Tudo resultado da sua falta de vergonha na cara! E pensa que me comovo com seu estado?

- Mãe, vamos embora, depois você conversa com ele...

- Não se faça de santo! Você merece a morte, seu assassino! Assassino!

Ela gritava aquilo a plenos pulmões. Dayana ajudou a colocá-la no quarto, devidamente estuporada. Quando voltou às pressas, Luigi já havia falecido.


- Mãe, isso aqui é uma delícia mesmo!

- Há coisas que os trouxas fazem bem. Brigadeiro é uma delas!

- Quando o papai volta?

- Não sei.

- Pra onde ele foi?

- Visitar o Logan.

Kim percebeu que a mãe estava triste demais e o motivo não poderia ser uma visita a Logan. Rapidamente, lembrou-se de Hilary.

- Ele vai voltar.

- O quê?

- É, não interessa o que ele foi fazer, o papai vai voltar.

- Como você consegue me entender assim?

- Eu sou sua filha, e por isso tinha que ser esperta, né?

- Muito engraçadinha... Venha cá.

Kim ficou no colo de Mione, ainda comendo brigadeiro.

- Eu te amo, meu anjo. Não esqueça disso - e assim, deu-lhe um beijo.

- Só com uma condição: você também não pode esquecer!

- Ok, sua baixinha... - ela fazia cócegas na menina.

Nesta brincadeira, elas não notaram a presença de Rony e Logan tão cedo.

- Pai!

- Oi, Kim. - ele bagunçou os cabelos dela - Estava sentindo sua falta.

Ela não o respondeu.

- Algum problema?

Tristonha, Kim lhe disse:

- Mamãe teve medo que você não voltasse. E eu não entendo porque você tá com os olhos vermelhos... e com o Logan aqui.

- Depois te explico, ok? E nem pense que vou abandonar vocês.

O olhar dele para com Hermione a fez entender o que ele queria.

- Querida, o Gu não está lhe esperando?

- É verdade, eu esqueci dele! Pai, me leva na casa do tio Harry?

- Levo, mas você vai dormir lá?

- Não sei - o olhar dela fez Mione ficar um pouco contrariada.

- Pode dormir lá hoje, Kim. Mas já sabe: se comporte!

- Eu volto antes de você ir pra Hogwarts, tá? 'Brigada!

- Ok... - ela pulou no colo da mãe - O que eu não faço pra te ver assim!

Rony nem deixou que Harry o visse. Voltou logo para casa: precisava de Mione. Ele a encontrou no quarto de Kim, colocando Logan no berço que fora da menina. Fitaram-se tensos, os olhos dele já estavam a marejar. Caminharam até a sala em silêncio, e Rony finalmente parou de lutar contra sua dor.

- Eu imagino que não foi fácil...

- Foi a pior coisa que eu já vi na minha vida.

- O enterro foi quando?

- Enterros...

- Como assim?

- Luigi se sentiu culpado pelo o que aconteceu, e segundo a assistente dele, tentou impedir que a nuvem dilacerasse Hilary.

- Que horror! Dayana deve estar acabada...

- E está. Nem voltou comigo, quis ficar com a mãe.

- Compreensível.

- Mas o que me dói é lembrar do que ela me disse antes de morrer. Mione, ela disse que ainda me amava, e que amava o nosso filho... - ele parou um pouco antes de continuar - E então aquela nuvem a transformou em cinzas! O barulho que aquilo fazia era insuportável, eu ouvia os ossos dela se decomporem devagar, sentia que o sangue respingava no meu rosto. Foi horrível.

- Sente-se culpado por algo?

- Você sabe que sim.

- Devia ter escutado o seu pai. Pedir perdão não faz mal a ninguém.

- Eu pedi um pouco tarde. Mas acho que ela me ouviu.

- E Logan?

- Quando soube da morte de Luigi, tive que controlar Dayana junto com Rômulo. Um tempinho depois, me chamaram no quarto da Melanie e o Logan finalmente me olhou. Acho que a única coisa que me segurou no meio daquele horror foi ele. - com um ar de sonhador, completou - Ao olhar para mim, com aqueles olhos castanhos, ele sorriu e me chamou de pai. De um jeitinho ruim de entender, mas ele disse!

- Certamente, Hilary o ensinou a dizer isso. E fico feliz ao saber que ele voltou a enxergar. Mesmo que isso tivesse um preço alto. O que pretende fazer?

- Cuidar dele. Não quero mais me separar do meu filho - ele teve um pouco de medo da posição dela quanto a isso.

- Correção: cuidaremos dele. Afinal, do que você entende sobre bebês, Rony?

- Você não existe... - riu ele.

- É bom ter você de volta.

- Saí dois dias e parece uma eternidade!

- Para mim foi! Me surpreendi com aquele bilhete...

- Imaginei. Mas ao menos você soube que fui com Dayana.

- Mesmo se tivesse ido comigo, a insegurança não diminuiria.

- Você não precisa ficar insegura. Não vou te deixar casar com outro que não seja eu.

- Igualmente!

Eles beijaram-se com ternura e ela sugeriu:

- Acho melhor você descansar.

- De jeito nenhum. Você vai embora hoje e quero ficar contigo, tentar recuperar o fim de semana...

- Não adianta dizer que discordo, né?

- Não.

- Então farei algo pra você comer, está pele e osso!

- Ok, estou morto de fome mesmo! Vou trocar essa roupa e já volto.

- Perfeito.

- Como?

- Nada... Fico te esperando na cozinha.

Hermione foi até o escritório, antigo quarto de Neville, para procurar seu livro básico de feitiços culinários, pois a única coisa que a sábia e astuta Hermione Granger não sabia fazer era cozinhar. Nisto, encontrou uma foto em cima de uma linda caixinha vermelha. Deixou uma lágrima rolar ao observar uma de suas preciosidades, e abriu a caixinha.

Rony não encontrava a camisa que queria, e ao ver que Mione estava no escritório, parou para observá-la: ela apertava algo contra o peito e soluçava profundamente. Ao pensar em se aproximar para indagar o motivo de tanta agonia, ela desaparatou. Ron entrou em desespero. Pediu para a vizinha cuidar do filho e foi atrás de Gina.

- Ron! Que bom te ver!

- Gina, a Mione sumiu!

- Sumiu? - ela pareceu lembrar de algo e disse - Não, ela somente saiu...

- Foi pra onde?

Ela desviou o olhar.

- O que vocês tanto escondem de mim? O Harry não me diz onde ela vai todo mês, no mesmo dia. Agora ela sai chorando e você também não me diz nada?

- Entenda, não posso! Só ela poderá lhe dizer.

- Que ótimo! Vou procurá-la sozinho.

- Rony, por mais que tente, será impossível.

- Impossível é o que me diz! Eu sou noivo dela, tenho o direito de saber! Ela tem outro?

- Vou fingir que não ouvi essa.

- É o quê? Ela tem alguma doença terminal? Amaldiçoada?

- Rony, já chega. - disse, ríspida - Mione tem os problemas dela e eu não sou fofoqueira.

- E se ela fizer alguma besteira? Se sentirá culpada para o resto da vida!

- Acredite, ela voltará inteira para você ainda hoje.

Ele suspirou e perguntou tenso:

- É a tal da depressão de novo?

- Por mais que tente, nunca irá entender. Hermione não é depressiva, mas às vezes se desespera e cai num abismo que só quem teve contato com Voldemort sabe.

- Você nunca dizia o nome dele.

- Começo a achar que Harry tem razão: não devemos ter medo de um nome.

- Concordo. Mas, o que exatamente Hermione foi fazer?

- Encontrar-se com as pessoas e coisas que ele tirou dela. Harry tem pesadelos ainda, eu também... Sofremos de diversas maneiras. Ele não deixa de perturbar nossas mentes, mesmo estando morto. As cicatrizes deixadas em nós são muito profundas e grotescas. Sinceramente, agradeço que você nem faça idéia do que é tudo isso. Deixe-a só quando ela precisar, tenha a certeza de que não irá perdê-la.

- Obrigado... Vou esperar. - disse, contrariado - Afinal, não vou conseguir encontrá-la sozinho. Tentei tantas vezes e não consegui, não será agora, portanto! Desculpe te atormentar.

- Eu sei que a ama muito e este mistério te intriga. Mas logo ela conta. Vá com calma.

- Tentarei.

- Kim disse que Logan voltou contigo. Eu sinto por sua ex-mulher...

- Acredite, eu também sinto. E achei que isso magoou Mione.

- Pra ser sincera, eu acho que a chateou. Porém, provou que confia nela, e isso é importante num relacionamento. Você deixou Logan sozinho?

- Imagine! Está com a Grift, nossa vizinha.

- Menos mal. Acho melhor você esperar Mione em casa, senão a descabelada será ela!

- Mais alguma recomendação? - ironizou.

- Sim: pare de criar lesmas na cabeça!

- Gina, eles vão me matar se não tiver algo pra comer... Oi, Rony!

- Olá, Harry...

- Que cara é essa?

- Mione - bastou ela dizer isso para ele compreender.

- Logo ela volta. Fica com a gente?

- Não, ele vai esperar a Mione.

- Ah, é melhor mesmo. Depois conversamos, então?

- Fazer o que, não é? Ninguém aqui quer me ajudar! Não, - ele adiantou-se, pois Harry pareceu querer falar algo - eu sei que ela tem que me contar e você não pode se meter no assunto.

- Você aprende rápido! - brincou Gina.

- E você está um barrilzinho.

- Com muito orgulho!

- Vou cuidar do Logan que eu ganho mais...

- Isso mesmo. Se acostume a trocar fraldas – disse Gina, olhando para o marido.

- Nem quero pensar em fazer isso. Boa sorte. - disse Harry.

- Só nos seus sonhos que vou passar o dia todo trocando fraldas! Mesmo com magia, você não se livrará dessas tarefas, sr. Potter.

- Eu mereço? - resmungou ele.

Rony voltou para casa e pegou Logan, que estava elétrico. Colocou o bebê, que não era nada leve, em cima da cama e ocupou-se em brincar com ele. Em um certo momento, ambos adormeceram.

Mione chegou e logo procurou Rony para desculpar-se, contudo deparou-se com uma cena cômoda: ele dormia com Logan ao seu lado. Pegou o menino e levou-o para o berço, sentou-se ao lado do amado e brincou com seus cabelos.

- Confio em você, mas não quero trazer-lhe minhas dores. Seria injusto demais.

Ela o cobriu e deixou comida pronta (até com instruções para ele a requentar), um bilhete, e tentou dar leite para Logan, sem sucesso. Acostumado com o leite materno, ele não aceitou o que ela lhe deu. Rendeu-se a um chá e uma "papinha" reforçada. Rony, em seu sono pesado, não ouviu nada.


- Nunca estive tão nervoso.

- Sei o que é isso, mas desse jeito você vai furar o chão.

- Harry, não me enche.

- Noiva sempre se atrasa.

- Tá! Eu já sei! Assim você consegue me deixar pior!

- Vai ficar gritando aqui também? Isso não fará ela aparecer.

- Se vocês abrirem a boca mais uma vez, a surra será inesquecível - Dayana não suportava mais a criancice de dois marmanjos.

Enquanto isso, Kimberly estava se roendo de ciúmes: Augustus não parava de conversar com Anna. A menina sempre teve visitas de Harry e Gina, pois não fora adotada. Gu manteve um carinho grande por ela, que só deixava sua timidez de lado pelo amigo. Gina prometera que quando ela tivesse idade e fosse chamada para ir a Hogwarts, eles arcariam com os materiais até ela se formar. Kim não a suportava.

- Kim, por que essa cara?

- Por nada.

- Esse nada tá com cara de tudo! Eu te fiz alguma coisa?

- Não. Só me deixa aqui sozinha.

- Olha, eu converso com a Anna assim pra ela se soltar, ela é muito tímida. Acho até que vocês seriam boas amigas.

- Amigas?

- É! Não trazia ela porque a Frida não deixava, mas agora ela tá mais legal desde que mamãe prometeu pagar os estudos dela.

- Não quero ser amiga dela, satisfeito?

Augustus cansou-se da grosseria dela e voltou a sentar perto de Anna.

- Isso é ciúmes ou estou meio surdo? – perguntou Lupin.

- Lupin, eu não estou com ciúmes!

- Ah, não? E por que está me chamando pelo nome? Acalme-se, baixinha... eu quero te ajudar. Ele não vai trocá-la pela Anna, eles são só amigos. Se continuar assim, ele vai preferir ela porque certamente a garota não fica chateada quando ele dá atenção pra você.

- Ela é legal?

- Um doce. Na festa, seria muito bom que você se enturmasse com ela.

- Vou tentar - disse, contrariada e matando Anna com o olhar.

Hermione surgiu com o vestido de noiva antigo, que guardara tantos anos para lembrar-se de Rony. O buquê era de lírios brancos, e isto ressaltou o estado de espírito de Mione. O noivo segurou-se para não chorar, entretanto as lágrimas de felicidade de sua amada o tomaram rapidamente, fazendo-o se render. Molly era a mais chorona.

A cerimônia foi um sonho para ambos. Mione disfarçadamente se beliscou para ter certeza de que tudo não passara de um delírio. Rony olhou para a noiva com a intenção de não ver Hilary, crer que estava se casando com sua Hermione. Neville, apesar de ser um dos padrinhos, não pareceu abalar-se com os juramentos de amor feitos pelo casal. Snape estava lá, a contragosto... "O que Dumbledore não me faz passar. Primeiro o casamento do Potter, agora isso! Ao menos Black não está aqui!"

A festa foi animadíssima, e digamos que Lupin, Harry e Fred permaneceram lúcidos, a ponto de no dia seguinte Draco Malfoy quase enfartar por causa de um ataque de riso com as notícias que lera da revista de fofocas que sua esposa administrava.

- Daqui a pouco partimos.

- Vocês estavam precisando de um tempo sós! - disse Dayana.

- Francamente, com duas crianças em casa é quase impossível! Amiga, nem sei como te agradecer.

- Não precisa, só fiz o que julguei certo.

- Se não fosse você, jamais teria reencontrado o Ron!

- Ah, demorou demais até. Devia ter feito isto muito antes.

- Não importa se demorou, para mim o que vale é estar com ele de novo.

Ela dizia e observava seu marido segurando Harry, que cantava músicas obscenas em cima de uma mesa, apoiando-se em Fred.

- Ele é prestativo, não? - divertiu-se.

- O que a gente não faz pelos amigos! Acho melhor tirarmos as bebidas daqui, mais um pouco e aqueles três vão começar a cantar a música do coelhinho.

- Coelhinho?

- Uma canção trouxa que Arthur aprendeu. Nem queira saber.

- Coelhinho, se eu fosse como tu, tirava a mão do bolso e enfiava...

- Harry, Lupin e Fred, já chega.

- Virgínia do sapinho... Deixa a gente cantar em paz... - falava Fred, todo mole.

- Eu não sou sapo! - berrou Harry, com uma garrafa na mão.

- Não foi isso que ela disse no segundo ano... - disse Lupin.

- Como é que ela consegue te beijar, hein? Te comer então deve ser um saco! - Fred não parava de rir, e Angelina queria um buraco para se enfiar e não sair mais.

Arthur, Rony, Jorge e Neville, que se divertiam com a situação, tentaram acalmar os bêbados, mesmo que as crianças estivessem rolando de rir da cara deles. Até que Jorge sugeriu:

- Vai embora com sua Mione que o velho Snape nos ajuda com umas poções pra dormir.

- Ele vai ajudar ou matar os três?

- Mata a Trelawney na estrada! - cantarolou Harry, caindo de dar risada no chão.

- Bem, se ele não fizer isso acho que eu faço! - reclamou Jorge.

- Então, boa sorte!

- Digo o mesmo pra você. Mostre que é um Weasley e dê conta!

- Jorge, vai catar gnomo!

Ele pegou Mione no colo e disse:

- A festa agora continua em outro lugar...