Capitulo um.

País da floresta.

Entre os paises do fogo e o do vento, havia um pequeno país. Algumas vilas de ambos os paises iniciaram, há muito tempo, uma rebelião, emancipando-se de seus antigos domínios, formando o pequeno país da floresta.

Grande parte de suas vilas era formada entre as arvores. Inclusive seu vilarejo ninja, a vila oculta da arvore.

O país da floresta, por ser muito novo, não tinha grande expressão sobre os outros paises. Exceto nos anos após sua formação, durante a criação de sua própria vila oculta, quando atraiu vários shinobis das vilas de Konoha e da areia. Temendo ter seus segredos revelados pelos shinobis atraídos pela oferta de cargos importante, Konoha e Areia uniram-se contra o pequeno país da floresta.

Foram obrigados a assinar um tratado de paz e uma garantia de que não atacariam essas vilas nem se utilizariam das informações desses shinobis para destruir-las.

A vila oculta da arvore era comandada por um Kikage. O segundo, nidaime, no momento. Havia poucos ninjas, sendo a maioria deles genins. Seus ninjas mais "especializados" morriam em missões, geralmente de rank B, por falta de preparo.

Na vila oculta da arvore, ao contrario do restante do país da floresta, as casas eram construídas no topo das arvores. Os mais ricos ocupavam as arvores com copas maiores e aqueles mais pobre ficaram nas arvores de copa menor, geralmente mais baixas.

Por ser um país pobre, o país da floresta (não excluindo a vila da arvore), havia alguns nobres e muitos pobres. Geralmente as pessoas de pouca posse eram genins ou alguns chuunins. Geralmente os jounnins recebiam grandes recompensas do senhor feudal do país.

Era noite na vila. Cortando o silencio e a tranqüilidade, uma figura encapuzada entrava nos domínios do país da floresta, entre as arvores, saltando entre os galhos.

Do topo das arvores, dois shinobis com roupas típicas de jounnins saltaram, parando em galhos à frente, segurando kunais entre os dedos.

—Pare!—Bradou um deles, estreitando o olhar para o vulto.—Identifique-se!

O vulto parou num galho, na frente deles. Ficou em silencio por um tempo, até falar com a voz áspera.

—Meu nome é Ryuuzaki Raiko.

—O que quer aqui?—Perguntou o outro, brandindo a kunai na direção do desconhecido.

—Procuro por seu Kikage.—Respondeu Raiko, ainda com a voz áspera.

—O que quer com ele!—Perguntou o outro, agressivo.

—Não é assunto para jounnins como vocês...—Raiko preparou-se para saltar por cima deles.

—Não vai passar!—O shinobi saltou sobre Raiko, atirando a kunai nele.

Baka...—Murmurou o homem, abaixando a cabeça.

Próximo a atingir seu corpo, Raiko segurou-a entre os dedos, tranqüilo. Virou-a para frente a tirou sobre ele.

Kage kunai no jutso!

A kunai multiplicou-se, alvejando o ninja impiedosamente. Virou-se para o outro, com um ar de riso na fala agora.

—Quer ir encontrar com eu amigo?

—Seu, seu...maldito!—Pegou impulso no galho e saltou sobre ele, jogando a shuriken. Sorriu. Havia enrolado um selo explosivo nele.

A kunai cravou no peito dele e explodiu. Quando pousou no galho da frente, o jounnin viu que caiam pedaços de madeira. Olhou para frente, sentindo uma gota de suor correr pela têmpora.

Kawarimi...

—Exato...—Escutou a voz ríspida de Raiko atrás dele. Virou-se lentamente, temeroso. O homem estava com a boca aberta.—Ninpou Kiteinu Shawaa!

Uma chuva de pregos saiu de sua boca, acertando o outro shinobi. Sem defesa, caiu do galho, indo juntar-se ao amigo.


Nidaime Kikage estava deitado em sua cama, às mãos sobre o peito, olhando o teto. Era um homem gordo, com cabelos apenas na lateral da cabeça, grisalhos. Um enorme bigode da mesma cor.

Parecia preocupado. Mais e mais, os shinobis de sua vila iam ficando cada vez menos preparados e a vila ia empobrecendo. As poucas missões que recebiam iam diminuindo de numero. Poucos senhores feudais pediam ajuda da vila para resolver algum problema. Soltou um suspiro triste e fechou os olhos.

Escutou um barulho na janela e levantou-se rapidamente. Saiu da cama, puxando a bolsa com kunais sobre a mesa.

—Quem está aí!—Perguntou, puxando duas kunais, prendendo-as entre os dedos.

—Não se preocupe...—Disse uma voz, ao seu ouvido.

A frieza da voz fez o kikage tremer. Sentiu seu corpo paralisado por completo. Seus dedos lentamente perderam a firmeza e as kunais caíram no chão.

—Assim é melhor...—Raiko deu a volta, sentando-se na cama do kikage. Abaixou o capuz, revelando um rosto de feições duras, os dois olhos cortados por cicatrizes verticais, um deles cego.

Nidaime kikage ficou paralisado, olhando para o homem a sua frente, ainda sentindo seus músculos paralisados. Depois de um tempo, sentiu todo corpo tremer e despertou. Olhou ainda assustado para Raiko.

—O q...que...quer?—Perguntou, a voz tremula saindo falha.

—Tenho uma missão para vocês...—Raiko colocou as mãos no bolso e puxou um objeto quadrado embrulhado num grosso papel.

—Quem é você?—O kikage olhava diretamente para o embrulho. A idéia de uma missão lhe animava, mas não conseguia confiar naquele homem.

—Meu nome é Ryuuzaki Raiko. Sou um membro da Akatsuki.

—O que!—O kikage sobressaltou-se, assustado.—Um membro da Akatsuki!

Mesmo em paises pequenos como o país da floresta, o nome da Akatsuki era famoso. Suas ações criminosas eram conhecidas e temidas por ali. Por algum tempo, com medo de ataques da organização, o senhor feudal do país da floresta pediu auxilio a vila oculta da Pedra para proteger o país e ajudar no preparo dos próprios shinobis.

—Por que a surpresa?—Perguntou Raiko, uma das sobrancelhas levemente erguida.

—O que um membro da organização criminosa Akatsuki faz no país da floresta!—Perguntou Nidaime, exaltado.—Como entrou na nossa vila?

—Já disse que vim lhes propor uma missão.—Raiko desembrulhava o objeto quadrado.—E nós da Akatsuki estamos dispostos a pagar uma grande quantia.

—Mas...por que logo nós?—kikage parecia confuso. Queria aceitar aquela missão pelas dificuldades financeiras pela qual a vila e o país passavam, mas estava lidando com um grupo criminoso e tinha que ser cauteloso.

Konoha faz parte das cinco grandes vilas. Apesar das vilas da pedra, da areia, da nevoa e da nuvem não gostarem muito deles, se matem em paz por um tratado. Os outros paises ou não tem vilas ocultas e dependem diretamente de Konoha ou tem acordos diplomáticos. Menos vocês.

—Mas assinamos um tratado com Konoha, há alguns anos, para garantir a paz.—Disse o kikage, a testa franzida.

—Parece que esqueceu. O tratado assinado pelo Shodaime kikage perde seu valor assim que o dia amanhecer.

Nidaime arregalou os olhos. Como ele poderia saber? Apenas ele e o Hokage de Konoha deveriam saber sobre a validade do acordo. Caminhou alguns passos para trás, deixando todo seu corpo cair sobre um banquinho. Apoiou as mãos nos joelhos, inclinando o corpo mais para frente.

—Qua...qual é a missão?—Perguntou, olhando os próprios pés.

—Quero que mate alguém...

—Por que?—O kikage ergueu o olhar rapidamente, mais surpreso do que antes.—Vocês são a Akatsuki. Podem matar quem quiserem!

—Temos motivos para confiar essa missão a outras pessoas.—Raiko terminou de desembrulhar o pacote, colocando o conteúdo de cabeça para baixo, sobre suas pernas.—E não precisamos lhe dar satisfações. Aceita a missão?

Nidaime olhou novamente para os joelhos, apertando-os com as mãos. Sabia que era uma decisão errada de se tomar, mas...

—Qual é a missão?

—Quero que mate essa pessoa.—Entregou os papeis ao kikage.

Nidaime kikage olhou os documentos atentamente. Ergueu o olhar para falar algo, mas o homem já havia desaparecido. Foi até a janela, procurando algum vulto, mas a vila da arvore estava silenciosa. Voltou a cama e sentou-se no mesmo lugar em que Raiko havia sentado, olhando agora a foto da vitima.


Ouvia batidas em sua porta. Fechou os olhos com mais força, tentando ignorar. As batidas continuavam. Puxou o travesseiro e colocou sobre o rosto, tentando tampar os ouvidos. As batidas aumentavam. Finalmente desistindo, a garota levantou-se.

Coçou os olhos castanhos, espreguiçando-se. Calçou os chinelos felpudos e caminhou até a porta. Usava um camisolão branco e uma touca parecida com a do papai Noel.

—Já vai, já vai!—Disse a garota, enfadonha, ainda coçando os olhos.

Abriu a porta, colocando um braço na frente, protegendo-o do sol forte. Assim que seus olhos se acostumaram com a luminosidade, olhou para o belo rapaz de cabelos azuis, espetados e olhos castanhos.

Hikaru-chan!—Disse o jovem. Aparentava ter uns 20 anos e usava uma roupa de chuunin.—O kikage está lhe chamando.

Doudji-san...—Disse Hikaru, despertando.—O que disse? O kikage quer falar comigo?

—Sim! Disse quer é urgente!

—Mas...o que ele quer de tão urgente?—Hikaru apoiou o queixo entre os dedos, pensativa.—Se for para limpar a sujeira que os moleques da academia deixam, acho que não é tão urgente.

—De qualquer modo...—Disse Doudji, rindo.—kikage está esperando apenas você.

—Certo, certo...só vou trocar de roupa e logo encontrarei o kikage.

Hay!—Doudji sorriu novamente e saltou para um galho distante.

Hikaru ficou parada na porta por um tempo, antes de fechar-la e voltar ao quarto para trocar de roupa. Vestiu uma camisa azul, prendendo-a com cordas nos pulsos e na cintura e uma calça jeans surrada. Tirou a touca e deixou cair os cabelos vermelhos, prendendo-os numa trança Pegou o protetor da vila e prendeu-o no antebraço, saindo na direção do escritório do kikage.

Hikaru perguntava-se o que de tão urgente o kikage queria com ela. Era apenas uma genin e não recebia missões além de rank-c. Apesar de ter sido uma das melhores na academia, só recebia missões básicas, como arrumar os locais de treinamento dos shinobis ou podar galhos nas arvores.

—Não deve ser nada de mais...—Disse Hikaru, dando de ombros enquanto saltava mais um galho.

Chegou a frente da enorme sede do kikage, onde ficava a biblioteca, os registros e o escritório do Nidaime. Foi guiada por um jounnin até o escritório, onde o kikage lhe esperava.

kikage.—Hikaru fez uma reverencia breve.

—Houjii Hikaru...—Disse o Nidaime, olhando-a profundamente.—soube que você é uma das melhores Shinobis da vila. Foi recomendada pelo Doudji como uma das melhores alunas recém saídas da academia.

Doudji-san disse isso?—Perguntou Hikaru, sentindo o rosto esquentar.

—Sim...ele disse...—Sorriu o kikage.—E acho que não tem recebido missões muito boas ultimamente.

—Realmen...digo...—Hikaru ficou ainda mais vermelha e pigarreou.—todas as missões são boas, mas acho que de baixo nível.

—Bem...—Nidaime levantou-se, olhando-a diretamente.—tenho uma missão para você.

—Qual é?—Perguntou Hikaru, ansciosa.

—Sua missão é matar...—Pegou alguns papéis sobre a mesa, estendendo-os até a shinobi.—Uzumaki Naruto.


N/A: oo...pois é...minha primeira fic de Naruto...espero que gostem... e não me xingem por possiveis invencionismos de nomes japonêses, não domino mto bem essa lingua xDD

N/A2: Como já disse, espero que gostem e comentem \oo