Wouldn't
you like to be with me
Watching the snow come down
Watching the
snow come down
Watching the snow...
6
anos antes
Rony entrou na F.A.L.E., era um prédio
bonito e antigo, de dois andares apenas, no centro Londres. Por não
ser oficial, era separado do Ministério da Magia. Pessoas
andavam carregadas de papéis, para cima e para baixo nos
corredores, às vezes trombando umas com as outras. Rony
desviou de um gorducho, tentando chegar do outro lado do prédio,
as pessoas nas cabines mal o olhando. Depois de tanto tempo de
trabalho, ele ainda não sabia o que tantos voluntários
faziam ali, seria tão difícil conseguir meia dúzia
de direitos para elfos-domésticos?
Mas, ele tinha que admitir que, o que quer que fizessem, Hermione fizera um bom trabalho. Conseguira o prédio, juntara voluntários e doações volumosas, e já escrevera duas leis aprovadas. Rony estava muito orgulhoso da esposa.
-Ei, Rony! - uma voz conhecida chamou e ele se deparou com Neville.
-Oi, o que faz aqui, Neville?- ele perguntou surpreso, ao ser abraçado.
-Sou voluntário. E você, como está?
-Melhor impossível. E também estou procurando a Hermione, você a viu?
-Ela está no escritório dela. Agora, se me dá licença, preciso ir. Foi bom te ver, vê se aparece mais vezes.
-Vou tentar. Tchau, Neville.- acenou adeus, até o outro sumir entre os corredores e pessoas. Fazia meses que não se viam.
Chegou finalmente a uma porta com os dizeres 'Diretora', bateu três vezes e entrou. Hermione anotava algo em um pedaço de pergaminho, do outro lado da mesa de madeira, coberta de pastas. Entre a bagunça, Rony viu um porta-retrato, com a foto dos dois, na Lua-de-Mel no Havaí, eles acenavam felizes na praia, Rony vermelho como um camarão, os cabelos rebeldes de Hermione sacudindo no vento. Hermione então levantou a cabeça, e sorrindo correu para abraça-lo.
-Olá, Hermione.- Rony sorriu, ao ter a visão completamente coberta por cabelos crespos e cheios, que cheiravam maravilhosamente a flores. - Como foi o seu dia? Vim te buscar.
-Agora não dá, estou cheia de trabalho.- ela lamentou, sentando-se de novo em sua cadeira.- Víctor acabou de me escrever, dizendo que estão organizando um debate sobre elfos-domésticos em Sofia, na Bulgária, para o ano que vem!
-Víctor, é? - Rony sentou-se na cadeira em frente da escrivaninha.- Eu sei que prometi não implicar, mas você não passa muito tempo escrevendo para ele, não?
-E você não vai começar com esse ciúme bobo, não é? - Hermione revirou os olhos.- Eu me casei com você, isso deve significar alguma coisa, não é? Além do mais, é você quem eu amo, senão, não teria me casado.
-Tudo bem.- Rony suspirou, tentando pensar em algo além no ciúme que sentia por Hermone, quando Krum estava envolvido na história, de alguma maneira.- Só não se esqueça da festa de hoje a noite. É onde vou poder conhecer algumas pessoas influentes.
-Não se preocupe.- Hermione respondeu, se apoiando na mesa para beija-lo.- Eu estarei lá.
E antes que ele pudesse responder mais alguma coisa, ela o beijou. E tudo mais perdeu a importância.
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-Então, está se divertindo?- Rony cochicou para Hermione, durante a festa.
-Não, e você?- Hermione respondeu, fingindo sorrir, e cumprimentando um casal de longe.
-Quase morrendo de tédio. Aquelas festas do Clube Slug teriam sido úteis.
-Se você não estivesse tão ocupado com a Lilá, poderia ter ido comigo.
-E se você e o Krum...- ele rebateu, mas parou de falar com um sorriso, quando um senhor grisalho e imponente, se aproximou, apertando a mão dos dois.- Sr. Cox! Como vai?
-Maravilhosamente, Weasley. - então se virou para Hermione.- Muito bonita sua esposa. Prazer em conhece-la, Sra. Weasley.- ele estendeu a mão, mas Hermione não a apertou.
-O senhor é Albert Cox?- ela perguntou calma, mas sua voz tremia de fúria.- O chefe da Seção de Controle das Criaturas Mágicas, do Ministério? O senhor ignorou todas as minhas cartas, e negou todas as minhas tentativas de leis a favor dos elfos-dmésticos, sem ao menos lê-las, não foi?
-Oh, é a senhora.- o semblante dele caiu também, ficando furioso e vermelho.- Com suas estúpidas e impertinentes idéias, que podem acabar com todo controle e toda a organização entre elfos e bruxos.
-O senhor é despresível, é...- Mas, Hermione não pode falar mais nada, pela chegada de um senhor e uma moça.
-Com sua licença.- Cox aproveitou para sair.
-O mesmo. E obrigada pelo apoio, Rony- Hermione se virou e foi embora, furiosa por Rony não tê-la defendido.
-Má hora?- o senhor perguntou.
-Não, Sr. Withmore.- Rony sorriu, desviando os olhos das costas de Hermione, que desaparecia entre os convidados.-Como vai?
-Muito bem, obrigado. Esta aqui e minha filha, Violeta. -continuou, aprensentando a bonita moça. Ela era alta e muito magra, os cabelos negros caindo em cachos sobre os ombros, os olhos azuis brilhantes.- Talvez a tenha conhecido, ela freqüentou Hogwarts também, Corvinal.
-Me desculpe, mas não me recordo. De qualquer forma, é um prazer Srta. Withmore. Ronald Weasley, à seu dispor. - ele aprtou a mão da moça, e embora ela fosse muito bonita, seus pensamentos continuavam voltados para Hermione.
A festa já havia terminado, e os dois estavam em casa, deitados na cama, de costas um para o outro. Não se falavam desde o jantar, eram muito orgulhosos, mas aquele silêncio era pior.
-Me desculpe.- Hermione murmurou.
Rony se virou na cama, abraçando-a pelas costas.
-Não, me desculpe. Eu devia ter te defendido, ou pelo menos ter ido atrás de você.
-Perdoamos um ao outro, está bem?- ela respondeu, se virando, estavam tão próximos que seus narizes se encostavam. Ela adorava quando eles ficavam assim, aproveitando a companhia um do outro. Oh, se ele soubesse como a fazia feliz!- Me diga, o que você achou daquela mulher que chegou, quando eu sai? Era bonita, não era?
-Muito superficial.- Rony respondeu, antes de beija-la. - Além do mais, eu nem prestei atenção nela, estava preocupado com você.
Hermione sorriu satisfeita:
-Sabia que eu te amo? Você me faz me sentir tão segura, como se estando perto de você, nada de mal pudesse acontecer.
-Não vai, porque eu não deixaria. Mas, você tem certeza que me ama? Não gostaria de mudar nada em mim, me fazer mais forte, quem sabe? Você conhece uns feitiços muito bons.
Ela riu e o beijou, sendo logo correspondida.
-Na realidade, - respondeu tristemente - desde que nos conhecemos, parece que queremos mudar um ao outro.
-Eu não quero que você mude. Se mudar deixara de ser a Hermione, e deixará de ser a mulher que eu amo.
-Eu não quero que você se torne como alguns políticos que existem por aí, frios e calculistas.
-Por que acha que eu seria assim?
-Eu não sei. Ás vezes você é meio... influenciável, sabe?
-Eu? Influenciável?- ele sentou-se zangado- O que você quer dizer com isso?
-Nada, Rony. - ela sentou-se na cama também, procurando acalma-lo.
-Espere aí, você não confia em mim? Depois de todos esses anos, não confia em mim?
-Rony, - ela choramingou, arrependida de ter dito aquilo- é clar que confio em você.
-Então, por que me disse aquilo? Hein, por quê?
-Porque eu não quero que você mude! - ela gritou zangada, se levantando da cama, ficando de costas para ele, para que não visse seus olhos marejados.- Em nada! Porque eu gosto de você do jeito como você é! Porque eu não quero te perder! - e bateu o pé no chão.- Como é irritante te amar!
Ela sentiu ele abraçando-a por trás e sussurrar em seu ouvido:
-Pois saiba que o sentimento é mútuo.
Ela sorriu, e se virou para ele o beijando com renovado carinho. E ele murmurou, entre beijos:
-Vamos, vamos voltar para cama.
6 anos depois
O natal passara rápido, e Rony logo voltou para sua vida em Londres. Mas, a rotina foi logo quebrada pela época de campanhas, Rony estava sempre ocupado, tirando fotos, dando entrevistas para jornais, revistas, rádio e até para o canal de TV bruxa, a W.W.W., criando projetos de lesi e prepatando e dando discursos. Tudo estava acontecendo muito rápido, e ele quase não parava em casa, apenas trabalhava quase sem intervalos para comer e dormir. Isso o lembrava muito de Hermione, em seu terceiro ano, e passou a admira-la mais. Não via a família ou Harry, desde o natal, Enquanro pensava nisso, ouviu alguém bater na porta do escritório.
-Entre.- respondeu logo.
Uma mulher de meia idade entrou, era loira e gorda, de óculos de aro grosso. Sua secretária.
-Com licença, Sr. Weasley. Eu só vim avisa-lo de sua reunião hoje à noite, no café trouxa, caso não tenha recebido o memorando.
-Oh, sim. Muito obrigado, Marta. Já estava me esquecendo.- ele sorriu, e a mulher se retirou, fechando a porta com cuidado. Rony esfregou os olhos, estava exausto.
N/A- No próximo capítulo um pouco mais de emoção e de Hermione . Espero que estejam gostando. Muito obrigada pelos comentários. Beijos, Mary.
