Capitulo 20 - Atraso
'- Lily! Hey! Lily! Aqui!'
'- Bruna... Olas! Como foram os últimos dias de férias?'
'- Ótimos! Como eu adoro a França!'
'- Cadê a Iza e a Dressa?'
'- A Dressa não vi, a Iza foi pegar um vagão e eu fiquei te esperando.. Vamos?'
'- Claro! Aliás... Eu só vou deixar minhas coisas, você sabe... Monitores tem cabines separadas, então eu tenho que passar ao menos para pegar as instruções...'
'- E logicamente a minha ruivinha preferida quer saber quem são os outros novos monitores!'
'- Isso são meros detalhes!'
'- Certo! Eu vou indo atrás da Iza, nos encontramos depois!'
'- Claro!'
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'- Dante... Bones... Vocês viram a Andressa? – perguntou Iza enquanto enfiava a cabeça na cabine dos rapazes.'
'- Não...'
'- Em lugar nenhum, você já..'
'- Tentou no outro vagão?'
'- Já... Ah... Se vocês a virem avisem ela para me procurar, estou numa cabine aqui perto!'
'- Ok.'
'- Nós avisamos!'
Izabelly fechou a porta rindo e balançando a cabeça, desde as férias os dois vinham completando a frase um do outro, como se fossem gêmeos, apenas porque avisaram que na próxima iriam ganhar a competição que criaram contra os gêmeos Renan e Roberto.
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'- Puta que... – Bruna teve a boca tampada por Lílian que havia acabado de chegar, fez sinal de positiva e teve a boca solta e pode terminar de falar – Onde aquela cadela se enfiou?'
'- Que boca hein?'
'- Não enche srta Lílian – certinha, versão monitora! Cadê aquela coisa?'
'- Você quer que eu adivinhe?'
'- Onde eu estava com a cabeça na hora que não escolhi Adivinhação? Eu poderia usar uma bola de cristal agora! A única que faz resolveu não aparecer!'
'- Calma! Relaxa, ela logo aparece, deve estar conversando em alguma cabine!'
'- Ah... Mas é estranho Lili! – comentou Iza.'
'- Eu sei, você sabe, nós sabemos... Mas logo aparece, ninguém aqui é uma criancinha que não sabe se cuidar!'
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'- Você é uma mancha na nossa reputação Pontas!'
'- Cala boca, Almofadinhas! Nem eu sei como isso aconteceu!'
'- Ah... Menos mal você Pontas! Imagine o Almofadas de Monitor?'
'- Merlin me livre! Tenho até coceira só de pensar nisso!'
'- Isso me cheira pulgas! Devia tomar banho direito!'
'- CALA BOCA, POTTER!'
'- Hey! – uma cabeça apareceu na porta - Finalmente consegui encontrá-los!'
'- PEDRO! Onde você estava?'
'- Você ainda pergunta, Remo? Comendo é claro!'
'- Menos, Sirius, menos...'
'- Me dêem uma ajuda aqui! Na verdade eu tinha deixado algumas coisas na cabine da Izabelly e estava ajudando0a a procurar a Willer.'
'- Pra que estava procurando aquela monstra?'
'- Apenas estava ajudando – respondeu o garoto dando os ombros a Sirius – como foram as férias?'
'- BOAS! Fomos na inauguração de uma boate trouxa! Era uma festa à fantasia! Tava boa... Tinha cada garota...'
'- E você só pensa em rabos de saia, Sirius...'
'- Pena que você não foi Aluado!'
'- Quem disse? Eu fui sim! Só que com outro grupo de amigos meu caro Black, com as meninas!'
'- E depois fala de mim...'
'- Mas contem aí, como que tava?'
'- O Tiago não pode falar nada, passou quase que o tempo todo atrás de outros rabos de saia!'
'- Ainda assim, bem menos que você, Sirius!'
'- É claro! Eu sou insuperável!'
'- O caso é que não fui eu que levei o maior numero de NÃOs e também prefiro qualidade a quantidade!'
'- Eu fico com quantidade E qualidade! Aluado, meu caro Aluado, como estava a festa para você? Finalmente pegou a Loirinha?'
'- Sirius para com isso! Eu não fiquei com a Iza, não.'
'- Lerdo... Se fosse eu...'
'- Se fosse você na hora que chegasse levaria um não!'
'- Confiante o garoto! Bem, não me importo, só foi uma pena eu não ter ficado com aquela garota no arco-íris... – lamentou o jovem o que ao mesmo tempo fez Aluado engasgar.'
'- Que garota?'
'- Uma que falou que tava de arco-íris monocolor...'
'- Que cor do arco-íris era ela?'
'- Ah! Você também viu?'
'- Na verdade... Eu era o verde...'
'- Uh... Remo... Que amigas você tem... Gostosinha ela...'
'- Fala logo a cor...'
'- Cara, não lembro... Eu já tava meio pra lá se me entende... Mas se não em engano era alguma coisa com A. – nisso Remo deu uma nova engasgada'
'- Era loira?'
'- Não... – suspiro aliviado do lobo - Morena – o amigo começou a rir imaginando uma possível situação - Que foi?'
'- Nada... Era Azul? – negativa com a cabeça – Ah... Então era você o Pirata!'
'- Com assim?'
'- Só teve um corajoso para chegar na de Anil, o resto era tecnicamente espantado!'
'- A garota era feia? - perguntou Tiago sorrindo, pronto para tirar com o amigo, ele também vira as garotas do arco-íris, e tinha que reconhecer que pareciam ser bem bonitas.'
'- Linda! Vocês conhecem... É a Bruninha!'
'- Ta brincando que aquela coisinha linda era a tampinha!'
'- Não!'
'- Não dá para acreditar...'
'- Nem um pouco meu caro Pontas... Nem um pouco...'
'- Mas e aí, eu sei que sou o máximo, mas porque corajoso?'
'- Porque um amigo meu é apaixonado por ela desde o ano passado...'
'- Outra lesma...'
'-Não é isso, é que aparentemente ela nunca deu bola pra ele! Daí como ela é amiga da irmã e ta sempre na casa dele. Não deu rodar... Mas todo cara que ia chegar nela ele fazia uma cara, mas uma cara que espantava qualquer um!'
'- Eu não lembro...'
'- Um militar moreno de olho claro...'
'- Que descrição, hein Aluado? – começou Pedrinho tirando com a cara do amigo – Tá de olho é?'
'- Sai pra lá Rabicho! Que meu negocio é outro! Mas agüente a irmã dele falando e a Bruninha no seu ouvido como ele é lindo e perfeito se não decora...'
'- A irmã? A Bru também? Mas não tinha dito que...'
'- Pois é, ela adora o irmão... Fazer o que? E a Bruninha eu disse APARENTEMENTE, perto ela é totalmente normal, mas longe dele volta e meia suspira...'
'- Mas é cada coisa...'
'- Opa! Acabei de me lembrar, tinha um cara me encarando bravo na hora que eu falava com ela... Deve ser esse aí!'
'- Era! Eu tava perto na hora! Ele tava querendo arrebentar a sua cara se fosse er... Digamos, tentasse algo que ela não quisesse...'
'- Como se eu fosse ter medo dele...'
'- É que você não conhece o André...'
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'- Senhoritas – era o professor Darnink se dirigindo a Lílian, Izabelly e Bruna – por acaso a amiga de vocês mandou algum recado? – parecia não estar estranhando a ausência de Willer, o que fez Pedro (a pedido dos amigos) que era o mais próximo espichar os ouvidos para ver se pegava alguma coisa.'
'-Não, senhor! Até comentamos que era estranho ela não ter vindo...'
'- Suspeito que isso deve tirar as duvidas de vocês – entregou uma folha do Profeta Diário – Apenas, a pedido do diretor, vim ver se ela não teria falado algo, mas creio que não deve ter tido tempo. Com licença.'
No profeta via-se a notícia: Novo Ataque contra Trouxas em Londres. No decorrer viram que falava de um ataque que acontecera na tarde anterior e que causara a internação de um trouxa devido à maldição Cruciatus e que só não fora maior graças à intervenção de uma jovem bruxa que estava próxima e conseguiu deter os comensais de causarem maiores danos além de estuporar um. Infelizmente o comensal que caiu fora levado pelos companheiros e os aurores que chegaram poucos segundos antes dos aliados de Você-Sabe-Quem fugirem não conseguiram apanhar-lo. A jovem, o profeta conseguiu descobrir, ainda não se formou em Hogwarts e disse aos aurores que não andava sem a varinha por medida de segurança por causa dos atuais tempos, além disso, a notificação que poderia receber por usar magia fora da escola foi suspensa por sua atitude de coragem.
'- Alguma duvida sobre quem é? – questiona mais afirmando do que outra coisa, Bruna.'
'- Nenhuma, mas por que será que ela não nos falou nada?'
'- Não deve ter dado tempo..'
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'- O que será que elas tanto conversam?'
'- Você pergunta para mim, Pontas?'
'- Oras Aluado! Você é amigo delas!'
'- Mas eu não sou fofoqueiro!'
'- Ah! Para de enrolar e vai!'
'- Eu não vou, Pontas!'
'- Hey! A mulher-macha não ta ali... Será que brigaram?'
'- Sirius... Para de chamar ela assim, depois vocês discutem, brigam, caem no braço, ficam de detenção e fingem que não sabem o porque...'
'-... – e após pequena hesitação – como se ela também não me ofendesse!'
'- Ela te ignora na maioria das vezes... Mas...não adianta falar... Eu vou lá falar com as meninas... Com licença...'
'-OTIMO!'
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'- Você engordou, não?-começou a ruiva mudando de assunto, a amiga estava bem e isso era o que importava quando ela chegasse conversariam melhor.'
'- Só um pouco Lílian!'
'- UM POUCO? Bruna... quanto?'
'- Cinco...'
'- CINCO? É por isso que você não me contou quando eu te perguntei né?'
'- Mas... Maninha – começou a morena fazendo uma carinha pidoncha para a loira – eu...'
'- Nem vem... Quando a Andressa chegar você vai ser.'
'- Me esconde!'
'- Bruna...'
'- Sério! Ela mesma falou que eu não precisava emagrecer antes das férias... Que meu corpo tava bom!'
'- Meio quilo é diferente de cinco, ainda mais que você tinha estado com uma virose feia e tinha perdido alguns quilos e você estava magra demais e que eles que foram recuperados logo e até além do ponto, não? Sem contar que como as roupas se ajustam magicamente você nem deve ter percebido direito... Ou você começa agora ou vai sentir quando ela chegar e souber que você nem ao menos tentou...'
'-Não vou não! Agora me passa um pedaço do pudim de leite! Tá com uma cara ótima! – resolveu comer o doce apenas por birra.'
'- Boa noite... – uma voz doce, mas não por isso menos masculina soou perto das meninas... – como vai a formiguinha mais adorável do castelo?'
'- REMO! – Bruna quase se atirou nos braços do amigo e fez uma nota mental depois do comentário da ruiva (Ainda bem que esse modelo de uniforme não marca tanto...) – fofo! Quer um pouco? – ofereceu ao amigo que se sentou do lado dela e acenou concordando, fato que lhe rendeu ser tratado como um marajá recebendo comida na boca.'
'- Mas anda folgado, hein? Passou muito tempo com o André e o Natan... – comentou Lílian rindo.'
'- Eu não tenho culpa de ter quatro amigas lindas, doces e carinhosas – respondeu sorrindo encostando-se ao ombro da ruiva que acariciou os cabelos do rapaz, ele somente não se aproveitou da loirinha porque não estava tão próxima.'
'- Assim eu vou ficar com ciúme, só eu não recebo atenção, Re? – apesar de falar aquilo brincando e de conseguir agora não mais corar com isso, Izabelly, se sentia meio envergonhada, mas... Se não o fizesse seria estranho.'
'- Nunca! Eu te amo, loirinha! Apenas não tem espaço aqui para que eu possa estar mais perto de você – e fingiu levantar, sendo abraçado pela morena que brincava que dali ninguém o tirava – Vê? Não tenho culpa... Mas... Cadê a Alex?'
'- Também tínhamos estranhado, mas... Olhe por você mesmo – Bruna passou o jornal para Remo, que ao passar os olhos entendeu – ela deve chegar logo.'
'- Espero que esteja tudo bem!'
'- Nós também!'
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'- Desiste André! Amanhã mesmo eu vou embora!'
'- Fica apenas no funeral Alex!'
'- Pra que? Aquele ser que segundo minha certidão de nascimento é meu pai nem no hospital para me tratar bem teve a decência!'
'- Você quer contar o que houve? Eu só cheguei quando você saia do quarto bufando de raiva e ele me parecia bem mal com a situação!'
'- QUE NOVIDADE! Sinceramente André, ao menos uma vez na vida ele poderia ter lembrado que era meu pai e me tratado como filha né?'
'- Ele estava preocupado com você e contou que você foi atingida, como que ninguém percebeu? E o que te atingiu?'
'- Cruciatus, a maldição imperdoável da dor, a mesma que o acertou.'
'- Mas então... Ele errou alguma coisa? Não te acertou?'
'- Não Panaca! – ela deu um tapinha na nuca do irmão que apenas a puxou e a abraçou preocupado – meus sonhos, lembra? Você sabe como eles pioraram, então tecnicamente, já estava preparada pra dor e também existe a diferença entre a minha sobrevivência e a morte dele foi um coração sadio versus um coração que só fui informada aqui no hospital que já teve uma pequena parada cardíaca e que alguém está com o colesterol alto! Arff... Se eu tivesse alguma dessas informações eu...'
'- Você não faria nada, ouviu? – ele puxou o rosto da irmã – se não quem iria tomar as rédeas da situação naquele momento? Até chegarem os aurores você também poderia ter morrido e o que sobraria pra mim? O que eu iria fazer sem a minha irmãzinha? – ele a abraçou mais forte tentando passar um pouco mais de conforto, sabia e acima disso sentia como Andressa estava pensando.'
'- Para... Eu não quero nem pensar se fosse ao contrario...'
'- Não fica assim, vem... Vamos ver o que sobrou do nosso pai...'
'- Seu pai, meu nunca foi... Eu sei que vou sentir a falta dele se... Você sabe, mas eu não sentirei tanto quanto seria a sua, porque apesar de tudo o que eu tenho dele é apenas ausência.'
'- Mas é seu pai também. Agora vamos lá, porque você teve a coragem de discutir com uma pessoa internada...'
'- Eu só perdi a calma.'
'- Eu sei... Ele já estava melhor quando eu sai e conseguiu falar algo, porque teve uma pequena crise e não conseguiu respirar, sabe? Por ter ficado nervoso. Ele sente a sua falta e ficou abalado com o que você disse a ele, o que quer que tenha dito, apesar de que eu imagino algumas possibilidades...'
'- É fácil saber, convenhamos mano, que eu falei a verdade.'
'- Eu sei... Eu sei... Ele revelou que sente sua falta, a falta de sua pestinha pela casa, pulando na cama dele para acordá-lo em algumas manhãs, pedindo para ficar no escritório com ele...'
'- Ele disse? – a voz dela soou sofrida como se não acreditasse naquilo.'
'- Falou.'
'- Pai... Você sabe André o quanto eu desejei isso? O quanto eu quis?'
'- A cada aniversário, a cada natal, sempre o mesmo pedido, o mesmo. E nunca atendido, nem um abraço ou gesto de conforto. Eu sei mana, pois eu sempre pedi o mesmo pra você e...'
O rapaz não pode continuar uma enfermeira chegou interrompendo-o, reconheceu como a que ficara no quarto o pai quando resolveu sair am busca da irmã.
'- Vocês são os filhos do Senhor Willer?'
'- Sim, enfermeira. Aconteceu algo? – como mais velho e tendo a pouco tempo atingido a maioridade, era hora de mostrar que estava pronto para o que viesse.'
'- Infelizmente ele não agüentou e...'
'- Entendo. – André sentiu que a irmã se separava dele e assumia também o seu "posto" a inabalável Andressa Willer, uma muralha para com as adversidades, a mesma que apresentava desde a infância.'
'- Ele teve uma parada cardio-respitória, eu tentei chamar os médicos, mas não houve tempo. Eu estava no quarto e creio que deva transmitir suas ultimas palavras.'
'- Como assim, senhora? – perguntou Lua para a enfermeira, uma jovem senhora com poucos cabelos brancos e expressão bondosa.'
'- Eu estava no quarto e quando ele começou a passar mal eu me levantei para chamar ajuda, mas antes de sair seu pai segurou meu pulso e murmurou duas palavras...'
'- Quais?'
'- Filha e perdão – a mulher encarou a adolescente que pareceu tremer de leve e respirou fundo esperando o que aconteceria.'
'- André... – ela fechou os olhos de leve e voltou a abrir após um breve suspiro – Vou contatar o Jhon e a Kátia para que venham ao enterro, creio que logo chegarão e nos auxiliarão com os cuidados fúnebres e bem... Vou a cozinha comprar alguma coisa para comer, quer algo?'
'- Não, mas eu estarei indo ver agora o que precisa ser feito de imediato. OK?'
'- Claro... – e a jovem saiu caminhando decidida.'
Essa reação de ambos os jovens causou espanto na enfermeira, ela decididamente não esperava. Eles pareciam não haver sentido o impacto na noticia, agiram de forma fria, como se fossem verdadeiros assassinos. Mal sabia a mulher que eles tinham sido preparados para isso. Andressa Alexandra Willler desde a infância crescera sob a tutela da indiferença e André Yuri Willer desde o começo da adolescência era criado para ser um grande empresarial, o que de fato era. Sem emoções nas horas erradas, ainda mais com um mundo em guerra. Mesmo que não declaradamente entre os trouxas.
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Para direção do Colégio de Hogwarts
Nesta presente,
Eu, Andressa Willer, aluna da casa Grifinória, quinto ano. Afirmo que sob circunstancias extremas, devido ao falecimento de um ente, necessitei adiar meu embarque para o inicio do período letivo.
Solicito liberação das aulas para mais alguns dias em virtude de necessitar estar ausente por motivos pessoais.
Declaro que antes do findar de uma semana estarei entrando novamente em contato para requisitar instruções em como devo agir para meu retorno ao colégio.
Ass. A. A. Willer.
A vice-diretora leu a breve notificação que chegara no meio da noite e foi entregá-la para Alvo Dumbledore, ao que conseguira perceber o pai da garota morrera no incidente. Mais uma família perdia pessoas queridas naquela guerra...
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Final da tarde do dia seguinte...
Uma garoa fina começava a cair, varias pessoas se reuniam diante do Tumulo do Senhor Willer, dono de uma das maiores multinacionais do país. Era uma cena lamentável.
Ele havia deixado uma jovem filha, adolescente de 14 anos que estudava em um internato e o filho mais velho que recentemente completara 18 anos e desde então estaria de posse de sua herança e tomaria conta da irmã até que esta atingisse a maior idade.
A garota vestia um terno preto, assim como o irmão, alguns, os não íntimos da família, estranharam tal fato, a garota estar usando um traje masculino praticamente idêntico ao do irmão, mas ficaram em silencio, o que não sabiam é que na verdade o traje havia sido realmente do rapaz. O cortejo fora em silêncio, apesar de em alguns momentos parecer que a jovem estivesse um tanto apressada, mas atribuíram isso apenas ao nervosismo e de que aquela seria uma situação de grande stress.
O testamento foi lido no dia seguinte e logo após, sem maiores problemas a garota saiu para arrumar suas coisas, ainda tinha um ano letivo inteiro pela frente.
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Era estranho ver o ano letivo tendo se iniciado há alguns dias e o mais completo silencio na casa da Grifinória. Sem Alex para ignorar Sirius Black, este começar a alfinetá-la e os dois começarem a discutir.
Substituindo isso, agora se tinha Lílian Evans gritando para que Tiago Potter parasse de tentar pregar peças de boas vindas na nova monitora e tentando salvar os primeiro-anistas das historias de terror, entre outras coisas. E o rapaz se limitava a rir, ele e Black é claro que depois de dois dias sem sua diversão favorita (irritar Willer) passou a acompanhar o amigo. Aquela estava sendo uma longa semana para Lílian.
As coisas no jornal corriam bem, os preparativos para o lançamento da primeira edição daquele semestre iam a toda. É claro que como sempre a coluna Calunias e Difamações era a mais esperada, coordenada por Boca do Inferno(1) e Anjo Negro, nada era real, continha as mais absurdas fofocas e por vezes – se sabia – eles inventavam aquilo apenas para tirar com a cara dos alunos, uma vez que toda a área de fofocas era trabalho da editora ir confirmar com os caluniados se era real para então sair, aquela era a área mais divertida que falava absurdos de tudo e de todos, desde o zelador, aos fantasmas e até mesmo o diretor.
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Quase uma semana se passara e nada da aparição da Alex, corria a fofoca que ela fora morta durante as férias e que o Profeta não noticiara por apenas se tratar de uma bruxa vinda de família trouxa ou então que ela, durante uma fuga com um trouxa, fora pega pelos comensais e torturada. Enfim, as mais diversas opções e variedades, alguns até mesmo extrapolavam, esperando que a sua teoria aparecesse no jornal da escola, no Calunias, ou então em terem acertado, e nenhuma das pessoas que realmente sabiam o que havia acontecido parecia disposta a abafar os comentários – também porque era fato que não adiantaria muita coisa e nem faria diminuir a fofoca, talvez, aumentar ainda mais a historia. Bem... O fato é que a correspondência que chegava a sala do jornal destinado as áreas de fofocas e fatos concretos aumentou consideravelmente de volume, e conforme os dias passavam, os jornalistas riam cada vez mais (eles seguiam uma lei de sigilo, apenas alguns se conheciam, e tinham salas próprias para evitar maiores confusões, mas existia alunos de todas as casas e de todos os anos, alguns com colunas ou paginas fixas, outros eventuais...)
E foi no final daquela semana...
'- Lilis! Eu não agüento mais! – Bruna reclamou enquanto se jogava na cadeira para almoçar.'
'- O que foi Bruna? – perguntou a monitora se servindo, sendo acompanhada pelas amigas.'
'- É muita coisa! E mal começamos o ano! – continuou Bruna – Não enche Izabelly! – comentou rapidamente quando a loira falou para que ela epgasse menos alimento, naquela semana (pra lá de stressante para todos) a moreninha tinha conseguido engordar mais 2 quilos.'
'- Ta eu fico quieta! Mas quem vai sofrer vai ser você! Não vai me ouvir, mas eu estou bem tranqüila, quando a Andressa chegar, ninguém vai falar nada, pode ter certeza...'
'- Tá! Tá! Vocês tem noção da quantidade de hipóteses que eu li sobre o sumiço dela? Isso sem contar as fofocas mais atuais, algumas, por incrível que pareça ainda não rodaram pelo colégio, e são reais!'
'- Tipo?'
'- Informação confidencial, Li! Fora que desde já eu tenho que começar a procurar um substituto pro Boca...'
'- Tá brincando que o Boca se forma esse ano! E como vai ficar o Calunias?'
'- Só Merlim pra saber, Iza... Se Anjo concordar e o Boca, que eu acredito que sim, dá pra tentar contornar a situação e tentar manter um pouco mais a coluna ano que vem...'
'- Como?'
'- Ah, Iza, é fácil, é só repassar os dados mais interessantes pro Boca, e a dupla se corresponde e escolhe o que publicar. Ma vai ser chato!'
'- A Andressa que via adorar! Eles adoram pegar no pé dela, e desde que ela ta trabalhando com eles e invocaram que ela gosta do Sirius – e aí ela abaixou o volume – que convenhamos, somente nós aqui sabemos o quanto existe de verdade aí – e voltando ao volume inicial – a vida deles é a relação Willer-Black ou Marotos ou Marotos versus Snape e as estrelas populares, como acabar com eles.'
'- É... Ela vai ter menos o que desenhar, por outro lado... Deixa quieto! Espero que ela esteja inspirada quando chegar!'
'- Inspirada para o que? – falou uma voz divertida e suave atrás delas, que então perceberam que o salão estava mais silencioso que o comum, a grande maioria olhando para a recém chegada, esta ao ver que chamava atenção... – reapara não! É o terninho!'
'- Que saudades! Louca! Como você não manda nem uma cartinha para as suas amigas? – pulou Bruna, antes que qualquer outra tivesse tempo de falar.'
'- Tava ocupada! – ela rio e foi receber os abraços das outras amigas e das outras pessoas que vieram.'
Depois de algum tempo ela se sentou exatamente ao lado da morena de cachos e olhou bem pra ela antes de soltar.
'- Você engordou!'
'- É um pouco...'
'- Muito! E ainda assim ta fazendo um prato desses?'
'- Eu to com fome, oras! – reclamou enquanto via a amiga sacar a varinha e fazer a comida desaparecer'
'- Azar! – falou enquanto quardava a varinha, sob o som de risos, tanto de Lílian quanto de Izabelly – mas fica tranqüila, que comigo aqui você logo emagrece – ela começou a servir a amiga e a se servir - o que e mais incrível é que sua mãe era nutricionista!'
'- Arff...'
'- E de volta a rotina! – comentou Lílian, então do lado de fora do salão acontece uma explosão – com licença, os marotos estão chegando! – falando isso ela se levanta e sai.'
'- Hum?'
'- É que você esteve fora – começou Iza – desde o primeiro dia, sempre na hora do almoço os marotos armam alguma coisa antes de entrarem, e sempre com alguma coisa que exploda... Bombas de bosta no segundo andar, Bombas de gás hilariante no terceiro corredor da direita no térreo, bombas com efeito urticante na sala do Filch...'
'- Interessante, mas... Bem... Eu só vou cumprimentar o Remo, estou sem fome – comentou a recém chegada, pegando um pedaço de fruta que tinha na mesa e se levantando – Não pense por mais nada nesse prato, Bruna! – falou por fim antes de sair ao ver o sorrisinho na cara da amiga – e eu ainda tenho que falar com a Minerva... - suspiro.'
'- Libera essa Andressa...'
'- Sonhe com bombons agora, Bruna... – ela falou sorrindo de forma sarcastica e saiu dando um tchauzinho leve.'
'- E o diabo veste saias – resmungou a morena sentada enquanto a outra amiga ria...'
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'- Banheiro da Murta que Geme! Detenção! Depois vocês recebem uma coruja de notificação! E... – ia continuar a falar quando sentiu uma mão pousar em seu ombro, percebeu que era Andressa – Que foi? – a morena a abraçou pela cintura de forma carinhosa e encostou o a cabeça no ombro dela.'
'- Lílian... Você vai me emprestar as suas anotações né?'
'- Claro, mas... Você poderia ter falado outra hora, não?'
'- É que eu lembrei agora e... Sinceramente pra que falar toda essa ladainha? Pra uma detenção ou outra, ocasional tudo bem... Mas esses daí já conhecem isso tudo faz tempo, se duvidar melhor que você... – ela falou num tom meio cansado esse final e recebeu um suspiro da amiga.'
'- Tudo bem... Estão dispensados.'
Os marotos se entreolharam estranhando a posição da morena, na verdade três deles, Remo foi abraçar a amiga que correspondeu alegre.
'- Sentiu minha falta, Re?'
'- Duvida?'
'- Não... Por causa do que aconteceu acabou que eu esqueci das fotos, depois eu mando uma coruja e alguém em manda um álbum e eu te passo a copia, certo?'
'- Claro... Alias... Não esquece de devolver minha camiseta depois...'
'- Sonha! É minha agora...'
Então uma outra voz se fez ouvir.
'- Tisc, Tisc... Além de metida a homem agora é ladra?'
Nisso Remo fez uma careta, ia começar mais uma discussão Willer-Black, só que para sua surpresa o outro lado da briga simplesmente se virou e saiu deixando rostos surpresos para trás... Mas ele pode claramente ouvir:
'- Ridículo...'
N/A: Alguns séculos depois da ultima eu atualizo! Mas fazer o quê?
Como eu sempre digo, essa é a fic que eu me permito errar e ser tonta...rs
Não muito é claro!
Bem.. é isso aê... próxima atu?
Sinceramente eu não sei... Mas tenham fé – eu tenho – um dia eu termino...rs
Até...
Sini
