Olá pessoal, Calborghete aqui, como estão todos?

Não esqueçam de curtir a página no Facebook, o link direto pode ser encontrado na página do meu perfil na Fanfiction, ou se vocês preferirem pesquise "Calborghete" e localizar uma imagem de Shinji e Asuka. Nesta página eu vou postar atualizações e também será mais fácil de entrarem em contato comigo.

Este capítulo será mais curto que o normal, estou sofrendo um pouco de falta de inspiração e criatividade, espero poder voltar ao normal com o tempo, caso a recepção seja positiva neste novo formato, quem sabe pode continuar assim não?

Então agora sem mais enrolação, boa leitura.


"Diálogos"

- Pensamentos -

"Conversa via Rádio"

"Auto conversa."


Nota de Responsabilidade:

Evangelion, seus personagens e cenário são propriedade de Hideaki Anno. Qualquer marca, filmes e séries mencionado nesta Fanfic é propriedade de seus criadores.


(*)


Capítulo 06 - Eu realmente não sei.

O mundo parecia ter desabado para Yui, ela podia ver as pessoas correndo de um lado para o outro dentro do centro de comando do experimento, seus olhos nunca saindo do local onde Mari deveria estar, lentamente ela sentiu uma mão em seu ombro.

Virando lentamente a cabeça para o lado, seus olhos lacrimejando focaram em Gendo, seu marido, o homem que sempre esteve ao seu lado, mas alguma parecia diferente nos olhos dele agora.

"Yui?" Gendo perguntou ao controlar seu corpo, sua mente não parava de relembrar o olhar de Keel sobre ele e sua esposa, sabendo que isso tinha sido um belo aviso para todos, isso mostrava quem era que estava no comando de toda essa operação.

Yui rapidamente olhou para o local onde ficava o plugue de entrada de Mari, ela queria fazer muitas coisas, ela queria poder de alguma forma ajudar Mari a voltar.

"Não." Foi sua resposta simples, ela não carregava quase nenhuma emoção, seus olhos antes amigáveis agora estavam sem vida, uma pequena lagrima solitária escorreu pelo seu rosto.

"Eu... eu não estou bem."

Gendo rapidamente a segurou, puxando ela para que ao menos isso ajudasse a conter a dor que ele sabia que sua esposa estava sentindo neste momento, lentamente ele sentiu sua camisa ficando molhada com as lagrimas de sua esposa, ele não se importou nem um momento com isso, nada poderia ser feito de qualquer maneira.

Naoko olhava para os dados na sua frente, ela tinha acesso aos primeiros relatórios de erros que o teste lhe proporcionou, rapidamente sentiu uma pontada de prazer ao ver Yui destruída, mas isso rapidamente foi substituído por uma onda muito forte de remorso, pois uma pessoa tinha morrido, uma pessoa que nunca tinha feito mal a ela.

Rapidamente seus olhos caíram em seu telefone, escutando um pequeno bip ao notificar que uma mensagem tinha sido enviada para ela, pegando o aparelho e olhando com calma.

Sua tarefa está cumprida, fique no escuro até segundas ordens.

Soltando um longo suspiro, Naoko lentamente guardou seu celular, logo seus olhos caíram em Gendo, ela pode ver que ele estava olhando para seus olhos, tendo visto ela olhando para alguma coisa, seus olhos a denunciaram.

Ainda segurando sua amada esposa, Gendo pode ver Naoko lendo alguma coisa em seu telefone, ele tinha certeza que tinha alguma coisa a mais nisso tudo, Keel sempre tinha controle sobre tudo ao seu redor, e isso poderia provar que ela tinha feito alguma coisa nisso tudo, mas agora ele tinha problemas maiores.

Lentamente o homem afastou Yui de seu corpo, podendo ver que agora nada poderia ser feito para que o humor dela melhorasse, ele sabia que somente Shinji podia ajudar numa hora como essa.

"Vou pedir que você seja levada para casa."

Gendo fala com sua voz fria e controlada, rapidamente ele pode ver que Yui o encarou com perplexidade.

"O que?!" Yui fala com raiva, ela sabia que agora seu marido iria ter muita coisa para fazer, mas ele ao menos poderia ficar ao lado dela neste momento.

"Eu sei, mas tenho que controlar essa confusão, aposto que Shinji vai poder lhe ajuda-la em casa." Gendo tentou se explicar, ele podia sentir que isso era uma desculpa fria e cruel, Yui precisava dele.

"E aposto que Shinji precisa de você nesta hora."

"Shinji..." Yui fala com olhos profundos, ela rapidamente se lembrou de quando Mari o segurou em seus braços, lentamente ela se sentiu sendo levada pelas emoções de ter perdido uma pessoa muito querida.

"Dorme um pouco, vou estar em casa o mais rápido possível." Gendo falou ao colocar novamente os braços ao redor de sua esposa.

"OK..." Yui fala novamente com a voz quebrada, ela rapidamente colocou a mão em seu bolso, segurando uma carta que ela iria dar a Mari depois do teste, agora sua mente não conseguia pensar em mais nada.

Seus passos eram lentos e sem vida, ela percorria os corredores da Gehirn no modo automático, nada conseguia mudar isso, uma culpa muito forte estava em seu peito, e nada poderia mudar isso, as pessoas que passavam ao seu lado a olhava com dúvidas, a notícia da falha e perda de Mari já circulavam pelo grande complexo.


Gendo lentamente foi em direção ao grande vidro que dava acesso ao hangar, colocando sua mão no vidro e olhando para o que sobrou do complexo, soltou um longo suspiro ao sentir as emoções querendo sair do controle, mas isso era algo que ele mesmo conseguia controlar seus anos de solidão lhe ensinou isso.

Naoko lentamente se aproximou de Gendo, sentindo uma forte oportunidade de poder conversar com o homem que amava.

"Eu... eu pude coletar muitos dados do experimento, mesmo com o infortúnio de hoje, podemos estudar melhor para que isso não aconteça de novo no futuro." Naoko falou com calma, ela olhou para Gendo, vendo como o homem nem ao menos deu sinal que tinha lhe escutado.

"Entendo." Respondeu Gendo com frieza, ele não conseguia remover da cabeça os olhos de Yui, as lágrimas que escorriam de seu rosto, isso deixou uma marca muito forte em seu coração, mas uma coisa estava rolando em sua mente, ele não sabia se poderia confiar em Naoko.

Olhando para Gendo, Naoko rapidamente abaixou o olhar ao ver que sua presença não tinha conseguido nem ao menos incomodar o homem, soltando um suspiro de decepção lentamente a mulher começou a se afastar.

"Quem era no telefone?" Gendo perguntou com forte autoridade, mesmo sua voz estando controlada e seus olhos focados no mundo destruído no local de teste vendo a esfera vermelha agora parada como se nada tivesse acontecido.

Naoko o encarou com os olhos ligeiramente arregalados, ela pensou que Gendo não tinha percebido esse pequeno detalhe ao confortar sua esposa, buscando uma mentira rapidamente, ela se lembrou de sua filha.

"Era Ritsuko, me contando sobre seu dia na escola."

Gendo inspirou ao saber identificar uma mentira logo de cara, lentamente ele se virou e lançou um olhar de aço para a mulher na sua frente, mostrando que claramente ele não tinha acreditado nisso.

"Compreendo." Gendo falou sem ao menos piscar, pronto para confrontar ainda mais a doutora, uma mão pousou em seu ombro, virando o rosto e vendo o olhar abatido de seu antigo professor.

"O comitê quer um atualização, eu posso continuar as coisas por aqui." Fuyutsuki falou com a voz abatida, sua mente gritando para chorar e fazer alguma coisa, estudar o máximo que poderia para encontrar uma solução para Mari.

Mas isso não foi a total realidade por trás de suas ações, ele pode sentir o clima ficando mais tenso com a pequena conversa que escutou.

Gendo lentamente voltou seu olhar para Naoko que estava claramente nervosa com a coisa toda, lentamente o homem assentiu, ele tinha que manter a mente no lugar para conseguir enfrentar o comitê que claramente iria estar insatisfeito.

"Continue então." Gendo falou friamente ao começar a sair da sala, ignorando completamente os olhares que recebia, ele tinha que conversar com as pessoas que eram os responsáveis por isso.

Seus passos frios e pesados percorreram os corredores até chegar ao seu grande escritório, entrou e rapidamente se sentou em sua mesa, ficando na sua pose habitual com as mãos na frente do rosto, o homem esperou.

Os minutos pareciam horas no escritório vazio e frio, ele lentamente esperou, com o som de vento, todos os setes monolítos vermelhos aparecem na sua frente, logo seus olhos caíram no nomeado primeiro.

Keel Lorenz, rapidamente se conectou de dentro de seu VTOL particular, ele tinha muitos recursos para poder falar com qualquer pessoa ao redor da terra, ele não poderia ficar sem saber o que acontecia ao seu redor.

"Senhores." Gendo falou sem ao menos piscar.

"Comandante Ikari..." Keel falou com sua voz áspera, mas Gendo pode sentir um leve toque de satisfação em sua voz.

"O teste de hoje nos mostrou que a tecnologia é possível."

Gendo levantou levemente uma sobrancelha ao escutar isso.

"Ao perder uma das nossas melhores mentes não considero um sucesso."

"Cuidado Ikari, você sabia muito bem dos riscos aqui." SEELE 03 alertou.

"Não estou falando isso." Gendo falou ao olhar para sua mesa, ele pode sentir a indireta durante o teste.

"Podemos ver que o núcleo consumiu a Dra. Makinami, temos que gerar diretrizes de proteção, temos que ter avançar ainda mais para a criação dos EVAS." SEELE 04 falou com a voz apreensiva.

"Ainda teremos que estudar os dados, o projeto ira ficar parado por um tempo." Gendo falou ao se lembrar da sua esposa.

"Inadmissível!" Rosnou SEELE 06. "Os manuscritos estão sendo bem claros! Temos que acelerar as coisas, a perda de uma das mentes é um evento pequeno!"

"Os anjos estão chegando, isso está claro." SEELE 01 falou com sua voz fria, sua transmissão não mostrando nem um sinal de interferência.

"De acordo com as últimas leituras, o primeiro anjo ira chegar em quatorze anos."

"Ainda temos muito tempo." Gendo falou ao sentir um pouco de pressão.

"Isso não é muito tempo Ikari, temos que agir o mais rápido possível." SEELE 02 falou aborrecido.

"Iremos aumentar seu orçamento, dobraremos os recursos para que as coisas sejam aceleradas, não perca tempo." SEELE 01 falou ao sumir.

Gendo olhou para frente, querendo saber mais sobre o grupo, sentindo uma ira muito forte percorrer seu corpo ao sentir que a vida de Mari não era nada para esses homens, rapidamente o homem se levantou, indo em direção da porta, não tendo mais paciência para lidar com tudo isso, sua esposa precisava dele.


"Ikari é incompetente!" Rosnou novamente SEELE 02, agora com o grupo tendo uma reunião privada.

"Ele está tentando gerenciar as coisas para que sua esposa se sinta confortável, o que diz o relatório preliminar sobre o incidente?" SEELE 04 perguntou divertido.

"De acordo com Akagi, o núcleo criou um mar de Dirac, destruindo tudo, com certeza dra. Makinami foi morta no experimento, seu corpo não cumpriu o seu propósito, o núcleo virgem ainda precisa de uma alma." SEELE 01 falou com calma, sua mente pensando em seu cenário.

"Temos que encontrar uma forma de ativar um núcleo sem o risco de perder a alma de seu hospedeiro, sem isso não podemos fazer nada." SEELE 03 falou com medo.

"Não se preocupem, acredito que Ikari entendeu o aviso que enviamos para ele, isso nos ajudou a entender mais sobre o mecanismo do núcleo." SEELE 01 falou com um sorriso no rosto.

"O núcleo ainda pode ser usado?" SEELE 02 perguntou com apreensão.

"Foram gastos muitos recursos em sua construção."

"Não, a ligação somente pode ser feita uma única vez." SEELE 01 olhou para o relatório em suas mãos, mostrando os cálculos de Naoko.

"Droga, a Gehirn está gastando o orçamento de um pequeno pais neste projeto." SEELE 02 falou com tristeza.

"Esse é o preço para viramos um Deus." SEELE 01 falou quando o grupo ficou em silêncio.

"Se os manuscritos estiverem certos, podemos usar isso para alcançarmos a imortalidade."

"Isso é o cenário, vamos conseguir alcançar tal feito?" SEELE 05 perguntou com medo.

"Sim, vamos conseguir, somente temos que seguir os passos dos manuscritos, se nada sair errado, podemos concluir a evolução da raça humana... viveremos para sempre senhores."

SEELE 01 falou com satisfação ao começar a ler as novas páginas dos manuscritos, cuidadosamente traduzidos pelas diversas equipes ao redor do mundo, ele gostou do som de se tornar um Deus, a morte sempre lhe assustou e os anjos abriram a porta para que isso se tornasse impossível.

"O projeto da instrumentalização ira acontecer, somente temos que ter paciência, os anjos têm que serem derrotados para que o ritual seja feito, assim que acontecer, vamos virar Deuses."

"Assim será." Todos os SEELES falaram juntos, lentamente um após o outro foi se apagando, somente restou um na sala, Keel rapidamente se fechou, olhando para fora da janela de seu VTOL, vendo como a paisagem de Tóquio 03 lentamente sumia no horizonte.

Rapidamente ele olhou para o seu caderno, mostrando todos os remédios que ele teria que tomar para que seu corpo funcionasse de forma adequada, ele queria poder ser imortal, ele iria conseguir isso.


Yui rapidamente chegou em casa, abrindo sua porta e entrando em seu apartamento, ela não sabia como tinha chegado ali, o tempo parecia estar parado, ela não conseguir remover os gritos de medo de sua protegida.

"Yui! Me tire daqui!"

Rapidamente Yui levou a mão para o seu rosto, tentando remover essa lembrança ruim da cabeça.

"Yui socorro!"

Yui lentamente sentiu seu corpo perdendo o poder contra a emoção novamente, uma pequena lagrima solitária escorreu pelo seu rosto neste momento, ela sentiu sua respiração acelerando com isso.

"Droga Mari." Yui falou fungando para se controlar, mas ela rapidamente se viu chorando.

"Senhora Ikari?" Uma voz delicada e feminina falou da cozinha, Yui lentamente levantou o olhar ao ver a babá que Ibuki lhe indicou, ela não tinha encontrado ninguém para cuidar de Shinji e a jovem e tímida secretária lhe indicou essa garota.

Limpando o rosto o melhor que podia, Yui se levantou e se aproximou da garota que claramente se esqueceu.

"Olá Emi, eu ... eu somente tive um dia difícil no trabalho, somente isso." Yui tentou ao máximo esconder a tristeza, mas suas emoções foram traídas, pelo menos a babá Emi foi profissional o suficiente para se manter neutra.

"Entendo..." Respondeu a tímida babá.

Yui rapidamente olhou para a sua sala, notando que um certo bebê estava faltando, ela sabia que somente seu filho poderia fazer com que a felicidade pudesse voltar ao seu mundo.

"Onde... onde está Shinji?"

Emi sorriu ao colocar seu cabelo atrás da orelha, falando com toda a educação possível para tentar agradar a mulher na sua frente.

"Eu o coloquei em seu quarto, ele está dormindo."

Yui sorriu ao escutar isso, ela lentamente se sentou na mesa da cozinha.

"Ele se comportou?" Perguntou a mulher com a voz cansada e abatida no volume acima de um sussurro.

"Sim, Shinji chorou um pouco quando vocês saíram, mas eu consegui acalmá-lo com o CD que a senhora me deu com suas músicas tocado no Violoncelo." Emi respondeu a sua pergunta educadamente.

"Ele gosta de escutar a senhora tocando."

"Sim, ele adora." Yui falou sorrindo, ela rapidamente olhou para o relógio, vendo que já tinha consumido muito tempo da pobre garota, lentamente a mulher pegou sua bolsa e removeu um punhado de dinheiro.

Emi pegou as notas, vendo que tinha mais que o combinado, lentamente a garota tentou devolver o excesso.

"É mais que o necessário." Disse timidamente Emi.

Yui sorriu com a inocência da garota, mas dinheiro não era o problema para ela.

"Fique com o dinheiro, meu agradecimento pessoal por ter cuidado do meu Shinji."

Emi lentamente assentiu, dando uma reverencia em agradecimento.

"Obrigado senhora Ikari... caso queira eu preparei um chá, deve estar quente ainda."

Yui ainda sorrindo falsamente, olhou para o lado ao perceber o bule ao lado da pia, ela precisava de um chá para se acalmar, mas antes ela iria ver Shinji.

"Obrigado Emi-san..." Disse a mulher ao se levantar, indo em direção ao quarto de seu filho.

"Tome cuidado lá fora."

"Certo... Até a próxima vez." Emi falou apressadamente, não querendo mais desperdiçar o tempo de Yui, podia ver que ela queria ficar sozinha.

Yui soltou um longo suspiro ao escutar o som de sua porta se abrindo e fechando, sabendo que agora estava sozinha na sua privacidade, ela rapidamente abriu a porta do quarto de seu filho, se aproximando com lágrimas nos olhos ao ver Shinji dormindo tranquilamente.

Chorando novamente, Yui sabia que Shinji de alguma forma gostava de Mari, isso iria ser muito difícil, mesmo ele sendo um bebê, com certeza iria ficar com saudades.

"Desculpe Mari, realmente me desculpa." Yui chorou ao encostar na parede e se abaixar, deixando as emoções fluirem, ela não sabe quanto tempo chorou na parede do quarto, poderia ter sido horas ou minutos, mas ela somente soltou tudo que poderia.

Lentamente a mulher foi se controlando novamente, olhando para os lados em busca de qualquer sinal que tudo aquilo era um pesadelo, mas novamente a realidade era outra.

Se levantando e indo em direção da sua cozinha, Yui lentamente pegou um pequeno copo, enchendo com um pouco de chá que sua babá tinha feito, não ligando para a temperatura, ela somente queria alguma coisa que pudesse acalmar seus nervos.

Sentindo o liquido gelado descendo pela sua garganta seca a mulher agradeceu por isso, pelo menos o chá foi bem preparado, virando a cabeça e olhando para o telefone, Yui sabia que teria que avisar Kyoko sobre isso.

Pegando o aparelho, Yui parou antes de discar o número internacional, seus olhos caíram numa foto presa em sua geladeira, mostrando ela e Mari na faculdade, com Kyoko fazendo um sinal de paz com os dedos, todas estavam sorrindo.

Respirando fundo, Yui controlou o desejo de chorar novamente, ela sabia que agora estava na madrugada na Alemanha, o número tocou algumas vezes, mas ela esperou pacientemente, logo uma voz aborrecida e cansada voz falou do outro lado.

"Alô (Falando em alemão) Kyoko atendeu a ligação, querendo matar a pessoa que ousou atrapalhar seu sono.

"Oi Kyoko, sou eu Yui." Respondeu a mulher, ela sabia algumas palavras para saber o que significava a primeira faze da mulher.

Mudando o idioma rapidamente, Kyoko olhou para o relógio em sua parede, franzindo o cenho ao ver a hora.

"Yui... Sabe que horas são?" Resmunga a mulher.

Yui balançou a cabeça ao escutar isso, ela rapidamente sabe o motivo de sua ligação, não tendo coragem para falar, tudo que Kyoko escutou é o som de sua respiração, isso ajudou ela a perceber que alguma coisa estava errada.

"Yui?... O que aconteceu?" Kyoko pergunta com medo, ela rapidamente se senta na sua cama completamente alerta, Asuka dormia no berço ao lado de sua cama.

Ao escutar isso, Yui rapidamente começou a sentir a vontade de chorar, pequenas fungadas podiam ser escutada, isso apertou o coração de sua amiga.

"Ela... Ma... a Mari..." Yui fala com a voz chorosa, ela rapidamente coloca o telefone na cabeça para conseguir falar, respirando fundo para se acalmar.

"A Mari morreu." Yui lentamente se senta ao começar a chorar, isso tudo machucou muito seu coração.

Kyoko se sentiu paralisada, rapidamente ela olha para a sua cabeceira, vendo a mesma foto que Yui tinha, ela rapidamente sentiu sua respiração acelerando com isso.

"O que aconteceu?"

"O... o teste deu errado... maldição eu falei que ia dar errado!" Yui grita aborrecida.

Kyoko sentiu que tinha que controlar seu corpo nesta hora, ela rapidamente olhou para Asuka dormindo ao lado de sua cama, ela não sabia o que falar numa hora como essas, ela somente escutou o som de Yui chorando do outro lado da linha, ela sentiu uma lagrima solitária escorrer pelo seu rosto, na qual foi rapidamente removida.

"E agora?"

"Eu não sei." Yui fala com a voz extremamente chorosa, ela não sabia o que iria acontecer agora, lentamente ela olha para a porta do quarto de seu filho.

"Eu realmente não sei."


A morte para mim sempre foi algo natural, eu nunca me importei em coletar as almas, elas eram de todos os tipos, as pessoas que não aceitavam o seu destino e as pessoas que me imploravam para voltar, mas eu tinha um trabalho a cumprir.

Lentamente eu me aproximo do local onde uma das pessoas que mais chamou minha atenção tinha partido, eu podia sentir que uma vida tinha terminado ali mesmo, mas estava diferente, eu olhava para aquela bola vermelha sem vida na minha frente com dúvidas.

"Isso é um núcleo." Lilith fala nas minhas costas, eu rapidamente me viro e me pego olhando para aqueles intensos olhos vermelhos.

"Certo, mas eu posso senti-la dentro, ela não está viva." Thanato fala novamente ao olhar para o núcleo agora apagado.

"Sim, esse núcleo destruiu o corpo e alma de Mari, mas não permitiu que ele fosse libertado." Rei fala ao se aproximar de um clone de Adão.

"Então ela está presa?" Pergunta Thanato sem remover os olhos da fonte de sua confusão.

"Não exatamente, ela está flutuando no mar de Dirac, um mundo entre esse e o deles." Rei fala ao tocar o núcleo levemente, ela podia sentir o campo AT daquela alma, mas não estava ativo.

"Eu quero sua alma, ela tem que passar para o outro plano." Thanato fala com determinação, ele tinha que cumprir seu papel.

Rei vira a cabeça e olha para o ser ao seu lado, um pensamento surgiu na sua mente agora, ela sabia que seria altamente arriscado, mas poderia funcionar.

"Eu sei, mas eu lhe peço um tempo."

"Um tempo?" Thanato fala com dúvidas.

"Sim, lembra quando eu falei que as coisa iriam ficar piores no futuro?" Rei pergunta sem ao menos esperar pela sua resposta.

"Acredito que posso fazer alguma coisa a respeito disso, mas vou precisar de sua ajuda."

Thanato lentamente olha para Rei, viu como ela não mostrava nenhuma emoção, mas ele podia sentir alguma coisa mudando ali, um forte desejo nasceu em seu corpo com isso, ele sentiu que deveria confiar nela, mesmo sendo contra a sua principal função.

"Mas como ela vai ficar?"

"Mari não está sentindo nada agora, sua alma está morta, assim como seu corpo, mas atualmente ela está no meio da sopa primordial, então nada pode acontecer lá." Lilith fala ao olhar novamente para o núcleo na sua frente.

"Eu somente peço uma coisa, eu quero que abra sua confiança e me dê ela... é somente isso que eu peço."

Thanato acompanha seu olhar, tentando ver o que Lilith via, mas seus dons não podiam ver mais nada, sentindo uma onda de confiança, o ser decidiu num piscar de olhos, ele novamente se viu dentro da casa de Yui, vendo como a mulher conversada na linha com outra pessoa.

Vendo como ela estava abatida, chorando no canto, completamente no seu nível mais baixo, ele sabia que Lilith tinha pensado em alguma coisa, ele somente não sabia o que fazer numa hora como essa, esse foi o primeiro momento em que ele sentiu como era a indecisão, uma coisa que ele mesmo nunca sentiu.

Se abaixando e olhando para Yui, ele podia ver como ela chorava abertamente, uma voz igualmente abatida chorava do outro lado da linha, ele sabia tudo sobre o segredo de Mari, como ela amava essa mulher, com certeza ela odiaria ver Yui neste estado.

Rapidamente ele se move pelo apartamento, indo até o quarto de Shinji, vendo como Lilith estava ao seu lado, tocando seu rosto com delicadeza enquanto seus olhos brilhavam em um vermelho mais forte.

"Ele vai sorrir ainda no final, eu posso sentir isso, eu vou garantir isso." Rei fala ao olhar para Shinji, usando seus dons para dar o melhor dos sonhos para o garoto.

"Espero que esteja certo sobre isso." Thanato fala ao se aproximar da pequena cama, parando ao lado de Lilith, ele podia ver que ela sabia mais coisas do que estava contando para ele, mas isso não incomodou o Deus do seu lado, ele somente iria confiar, assim como ela tinha pedido.

Estranhamente ele sentiu uma calma ao lado dela, mas ele somente queria que ela contasse o que planejava, lentamente seus olhos caíram em Shinji e nas palavras de Lilith, sentindo uma aura estranha ao escutar ela falando.

"Querido Shinji, eu prometo a você, desta vez... você vai ser feliz."


Notas do Autor: Olá pessoal Calborghete aqui, temos enfim o capítulo 06, espero que tenha sido de agrado de todos, como sempre não deixem de segui-la e salva-la em seus favoritos para não perderem mais nenhuma atualização futura.

Este capítulo será mais curto que o normal, estou sofrendo um pouco de falta de inspiração e criatividade, espero poder voltar ao normal com o tempo, caso a recepção seja positiva neste novo formato, quem sabe pode continuar assim não?

Por favor revisem, suas críticas (Boas ou ruins) são muito importantes para mim, vocês sabem que eu levo muito em consideração o que é dito e também me dá forças para continuar.

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