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Então agora sem mais enrolação, boa leitura.
"Diálogos"
- Pensamentos -
"Conversa via Rádio"
"Auto conversa."
Nota de Responsabilidade:
Evangelion, seus personagens e cenário são propriedade de Hideaki Anno. Qualquer marca, filmes e séries mencionados nesta Fanfic é propriedade de seus criadores.
(*)
Capítulo 19 – Mari Strike
O som de sua respiração tomou conta do ambiente escuro ao seu redor, a roupa estava justa em seu corpo, meio apertada na região do peito, mas não era isso que mais incomodava a morena, mas sim a coisa que ela estava pronta para fazer.
Respirando fundo e soltando o ar lentamente, Mari estava com olhos fechados, podia sentir as bolhas se misturando com o LCL, o gosto de sangue inundou sua boca, mas o cheiro de LCL sempre pareceu interessante para ela.
"Calma... Calma... você sempre se saiu bem nos simuladores... fique calma."
"Mari? Os sistemas mostram que você esta agitada, está tudo bem?" A voz de Kaji inundou o sistema de som ao seu redor, a voz desse homem foi tudo que ela precisava para se acalmar, a figura de conforto que ele ocupou em seu coração foi o que a impediu de surtar completamente.
Abrindo a boca com o momento, ela rapidamente se recuperou da sua confusão e pensou numa resposta satisfatória.
"Eu estou bem, somente um pouco nervosa, só isso."
"Humm." Kaji falou com dúvidas na voz, Mari pode sentir isso com facilidade, ela prontamente colocou a mão sobre o rosto e falou com a voz um pouco mais calma, ela sabia que ele merecia a honestidade.
"Eu.. eu só estou um pouco nervosa... essa é minha primeira vez."
Mari falou ao olhar para cima, o plugue de entrada com as marcas do IPEA ainda estava escuro, mas tinha alguma luz mostrando um pouco do interior, ela podia sentir o movimento do objeto cilíndrico.
Kaji olhou para o comunicador, olhando em volta para ver se tinha alguma privacidade, ao seu lado o comandante Albuquerque estava latindo ordens para os outros subordinados do IPEA, esse era a primeira ativação de seu novo EVA feito em segredo, rapidamente o homem certificou que o sistema estava adequadamente protegido para que ambos tivessem essa conversa.
Se inclinando para o lado, Kaji se aproximou do técnico que era responsável pela comunicação do centro de comando, olhando para os olhos castanhos da bela jovem de ascendência russa.
"Poderia me fazer um favor? Pode me dar um canal privado com a piloto?"
A jovem rapidamente olhou para Kaji, ela prontamente pensou nisso, mas sabia que o comandante Albuquerque com certeza não iria aprovar, Kaji provavelmente pode ver seu nervosismo, ele lançou seu melhor sorriso.
"Não se preocupe com isso, eu assumo a responsabilidade... poderia me dar aquele canal?"
Lentamente a mulher começou a digitar em seu console, Kaji pode identificar o código que estava sendo feito, ele sorriu ao saber que teria um tempo para falar com sua pupila de outro tempo, para todos, Mari era somente uma piloto que tinha sido escolhida para pilotar a maquina do IPEA.
Somente Kaji e Albuquerque sabiam da real origem de Mari, ela mesma tinha ajudado nos sistemas do EVA, tendo usado códigos antigos do sistema primário da construção dos EVAS.
Com um som de um bip suave, Kaji sorriu ao ver que agora tinha um momento com sua protegida, ele rapidamente pegou um par de microfones e deu alguns passos para trás, conferindo se tinha privacidade.
"Mari... não se preocupe com isso, é como nos simuladores, só que agora é num EVA real."
"Mari... não se preocupe com isso, é como nos simuladores, só que agora é num EVA real." Dando uma pequena risada ao escutar o som da voz da voz do homem, ela sabia que isso era uma possibilidade, mas estar na coisa real era mais emocionante do que ela pensou a respeito.
"Eu sei bobão... mas estar na coisa real é assustador e essa roupa está me matando, meus peitos estão sendo esmagados." Resmungou a morena ao tocar seu peito, sentindo a roupa a esmagando sem misericórdia.
Kaji sorriu com isso, ele rapidamente balançou a cabeça para os lados, pensando no que poderia falar para acalmar a menina que estava morando na sua casa por cinco meses.
"Então essa é a sua preocupação? Se seus peitos vão ficar menores."
Mari rapidamente soltou uma longa risada, na sua frente começaram surgir alguns códigos de programação, identificando rapidamente as linhas, ela sabia que muita delas tinham sido de sua autoria.
Rapidamente ela perdeu o sorriso ao pensar nos dias que passou ao lado de Yui, os tempos em que varou a noite digitando em seu computador, os dias em que somente a única coisa que poderia ajudar era os belos olhos verdes de Yui e o belo sorriso inocente de Shinji em seus braços.
Perdendo ainda mais o sorriso, Mari se perdeu em suas memorias, ela rapidamente olhou para suas mãos, as mesmas mãos que seguraram seu afilhado, as mesmas mãos que aqueceram seu corpo indefeso, as mesmas mãos que abraçaram Yui pela ultima vez.
Mari fechou os olhos, sentindo a ardência das emoções querendo sair com as memorias que muitas vezes roubaram seus sonhos, os pesadelos que há muito tempo roubaram os momentos de descanso, muitas vezes as lagrimas sempre vinham, principalmente quando os pesadelos envolviam Yui, suas palavras de decepção ao saber que tinha falhado com Shinji, falhado como madrinha.
"Shinji... filhote..." Sussurrou abatida ao se lembrar do menino de olhos inocentes, o sentimento de falha assolou seu corpo, ela queria sumir agora, ainda tentando entender os motivos que levaram Lilith a lhe dar uma segunda chance.
"Mari?" Kaji perguntou apreensivo, podendo ver pelo feed de vídeo que foi iniciado, ele pode ver aqueles olhos, os mesmos olhos que ele consolou nas noites difíceis de Mari, ele somente a deixava lhe abraçar, a deixava chorar em seu ombro ao implorar por desculpa.
Mari rapidamente olhou para cima, podendo ver os olhos de Kaji, ela podia sentir que provavelmente estava chorando, mas suas lagrimas se dissolviam no LCL, ela rapidamente passou as mãos envelopadas pelos olhos num movimento simbólico de limpar as lagrimas, Mari se sentiu uma idiota por isso.
"Me desculpa por isso, eu vou me concentrar agora, é só... só um momento ruim."
Kaji olhou para os olhos vermelhos da garota, ele podia ver que a perda de Yui machucou a alma de Mari, ele sabia que a mulher na sua frente tinha muito caminho para percorrer, ele sabia que Mari tinha procurado por Shinji, mas Albuquerque sempre impedia o acesso aos arquivos.
"Kaji... como está... como está Shinji?"
Kaji a olhou nos olhos, sabendo que era somente uma questão de tempo para ela conseguir o que desejava, ele olhou para o lado e viu que Albuquerque ainda estava interessado em alguma coisa que estava sendo feita, a julgar pela sua postura, ele não estava satisfeito.
Ainda com a pergunta da morena na sua mente, Kaji pensou se deveria falar alguma coisa, mas Albuquerque tinha dado ordens claras para que isso fosse mantido em segredo, ele queria que Mari se dedicasse o máximo possível no seu projeto, ele queria ter EVAS, ele queria ter alguma coisa contra Gendo e a NERV.
Kaji deu de ombros, ele sabia que tinha coisas mais importantes para pensar, sua missão em se infiltrar na NERV e conseguir o máximo de informação que conseguiria sobre isso.
"Ele... ele está bem Mari, pode ficar tranquila, sua compatibilidade com a unidade 01 está fazendo com que o menino vire um trunfo para a NERV."
Mari rapidamente levantou a cabeça, ela sabia um pouco sobre a unidade 01 pelas suas conversas com Kaji, a unidade que tinha levado Yui de sua vida, ela rapidamente balançou a cabeça para limpar a mente, tinha que se concentrar em Shinji.
"Ele pilotou não foi?" Mari perguntou com ligeira raiva em sua voz, ela queria que o menino tivesse uma vida normal, tivesse uma vida que pudesse ser feliz, uma vida sem preocupações, não uma vida de lutas com seres místicos.
Levando as mãos para o rosto, Mari voltou a se concentrar na sua tarefa, mas suas mãos tinham um leve tremor, um tremor que Kaji tinha percebido.
"Mari, eu sei que isso tudo é uma coisa que te incomoda muito, mas agora quero que você se concentre, temos que dar esse passo importante, muito tempo de pesquisa foi gasto."
Kaji falou com a voz séria, mas Mari foi capaz de conseguir sorrir com isso, ela rapidamente falou com a voz alegre, tendo seu humor melhorado um pouco, ela rapidamente tocou alguns botões configurando algumas coisas.
"Pesquisa? Foi eu quem configurou a maior parte destas coisas, e vocês roubaram muita coisa da NERV, eu reconheci meu trabalho quando li aquelas linhas de código."
"Então esse será nosso segredinho Mari, tenho que fazer bonito para meus empregadores." Kaji falou com uma voz divertida, mas seus olhos logo caíram na maleta de metal ao seu lado, ele sabia que tinha que entregar alguma coisa para Gendo, Albuquerque queria manter a aparência diante da NERV.
Mari rapidamente riu ao escutar isso, ela olhou o plugue de entrada ganhando vida ao seu redor, deu uma respirada funda ao começar a se concentrar sentindo a conexão com a unidade 05.
"Essas pernas são estranhas."
Do lado de fora, os técnicos olhavam para o enorme rosto da unidade 05, vendo os demais cabos que ligavam os sistemas hidráulicos, muita coisa tinha que mudar, a unidade 05 ainda era mais um emaranhado de pernas mecânicas do que uma unidade EVA.
"EVA unidade de testes 05 ativado com sucesso, dados sendo recebidos com bom sinal." (Voz feminina falando em russo.)
"Sistemas em níveis satisfatórios, retorno dentro dos parâmetros esperados." (Voz masculina falando em russo).
"Temperatura dos sistemas principais aumentando, mas ainda em termos normais." (Voz feminina falando em russo).
"Sincronização da piloto de teste se mantendo em 39.65 %, unidade de teste parece ter aceitado seu perfil, núcleo sendo configurado." (Voz masculina falando em russo).
Mari piscou ao escutar isso, ela rapidamente se concentrou em melhorar a sua conexão, ela podia sentir o ar frio da sala, ela rapidamente sentiu um grande calafrio percorrer seu corpo.
"Porcaria! Cambada de incompetentes!" Albuquerque rosnou ao bater o telefone vermelho na mesa, ele deu passos pesados em direção ao pequeno centro de comando.
Kaji se aproximou do homem e falou com a voz controlada, ele rapidamente sentiu que tinha alguma coisa errada, os técnicos na sua frente tentaram em vão manter a atenção no seu trabalho.
"O que foi?" Perguntou Kaji com uma leve estranheza.
Albuquerque rapidamente cruzou os braços e ficou com uma pose sombria no rosto, ele olhou para sua frente ao começar a latir ordens em um russo bruto e com forte sotaque.
"Coloquem todo o sistema em ordem de execução! Tranquem a coisa no setor H!"
"Sim..." Gritou os técnicos na frente dos consoles, seus dedos prontamente começando a apertar os comandos necessários para conter o invasor, Kaji rapidamente se aproximando ainda mais de Albuquerque e falou tentando entender o que estava acontecendo, mas ele sabia um pouco sobre o IPEA, somente uma coisa poderia causar isso.
"Albuquerque, aquela coisa está aqui!?"
Se virou para o lado com o seu olhar nunca perdendo a intensidade, ele falou com a sua voz de comando e intensa, mostrando sua forte autoridade no momento.
"Agente Kaji, lembre-se de seu lugar!"
Kaji rapidamente engoliu as palavras ao escutar isso, ele rapidamente pensou em Mari, sabendo que o maior inimigo da humanidade estava agora solto dentro das instalações e somente ela tinha o poder de matar o inimigo.
"Ativem os pilares de contenção! (Falando em russo)." Ordenou Albuquerque ao olhar para frente novamente, o painel ganhando vida mostrando a posição do anjo correndo solto dentro da base, rapidamente ele se virou para Kaji e falou com a voz controlada, mostrando o mínimo de medo.
"Atualize a piloto Makinami sobre a situação, ela vai gostar disso."
Kaji olhou para baixo ao pensar em Mari, ela não tinha muita experiência com lutas, seria a sua primeira vez em um EVA real, mas ele mesmo sabia que isso não poderia ficar agora entre eles, com um movimento rápido ele pegou o comunicador novamente.
"Mari! Temos uma situação aqui!"
"Mari! Temos uma situação aqui!"
Mari rapidamente levantou a cabeça ao escutar isso, ela estava curtindo as novas sensações que seu corpo estava experimentando com a conexão do EVA, ao mesmo tempo ela olhava para as linhas de código que tinha feito, mas a voz de Kaji mostrava que alguma coisa estava errada.
"O que aconteceu?"
"Temos um anjo atacando as instalações, então você vai ter que lutar!" Kaji falou diretamente, Mari lentamente arregalou os olhos, ela sabia que isso era uma possibilidade, essa era a hora de mostrar quem ela era, Yui iria ficar orgulhosa dela, essa era a porta de entrada para a NERV, era uma forma de conseguir se unir a Shinji.
"Nossa que legal!" Gritou a menina ao segurar suas alças de controle, ela rapidamente olhou para os lados ao ver que os braços da unidade 05 estavam funcionando bem.
"Você é uma pessoa estranha, a maioria das pessoas iriam correr." Kaji falou com diversão na sua voz, Mari alargou seu sorriso.
"Eu sou mesmo, tenho que mostrar quem é Mari Makinami." Falou a menina sorrindo ao ordenar que seu EVA andasse para frente, lentamente as enorme pernas de metal rangeram ao começar, os trilhos de tanques adaptados para suportar o enorme peso do EVA.
Alarmes de erros inundavam a tela principal, Albuquerque ainda mantinha os braços cruzados na frente de seu corpo e em seu rosto uma mascara de determinação.
"Inimigos destruíram as barreiras de metal, indo para setor H!" Um técnico falou ao apontar os erros que apareciam, seu rosto mostrando todo o desconforto, Albuquerque ainda olhava para tudo com calma.
"A piloto vai dar conta do recado."
Kaji o olhou com calma, mas no fundo ele estava preocupado, Albuquerque rapidamente se virou e se aproximou dele, seus olhos indo para a pasta que estava em suas mãos presa fortemente pelo par de algemas.
"Agente Kaji, vá para um VTOL de fuga, tem um trabalho a fazer." Ordenou o homem com calma e tranquilidade.
Kaji o olhou com desconforto, ele queria ficar com Mari em sua primeira batalha, mas ele sabia do plano de Albuquerque, algumas coisas tinham uma certa prioridade, ele somente assentiu com isso, rapidamente ele se virou e foi embora.
Albuquerque rapidamente olhou para onde Kaji tinha ido, ele sabia um pouco sobre os planos de Gendo, ele sabia muito bem o que tinha naquela pasta, mas sua equipe tinha um pouco de amostra de anjo para analisar, ele tinha que manter as aparências, rapidamente ele olhou para frente.
"Lalala... lá vou eu... andando pela rua eu vou... atrás dos meus gatinhos eu vou... Lalala..." Cantou a morena ao empurrar os braços de seu EVA para frente e para trás.
"Onde está você meu amigo!" Gritou a menina em inglês, mas antes mesmo de poder fazer alguma outra coisa, um forte impacto acertou suas costas, forte o suficiente para que ela pudesse sentir uma forte queimação no local.
"HÁ! Isso dói." Chorou a morena ao se virar, seus olhos se arregalando ao ver o enorme corpo esquelético do inimigo, ele não tinha carne ou veias, somente os seus ossos podiam ser visto.
"Que coisa horrível, deveria procurar um médico!" Gritou a morena ao lançar um de seus braços para frente, acertando o rosto da criatura com força, faíscas voando com o impacto.
O anjo sentiu o impacto, se virando e olhando para o seu novo inimigo, ele poderia ter levantado seu campo AT, mas os experimentos que fizeram não permitiu isso, ele somente podia atacar.
Mari arregalou seus olhos ao ver a enorme criatura pulando na sua direção, ela saltou para trás, mas o enorme corpo do EVA não permitiu isso, ela rapidamente sentiu quando suas costas bateram no teto.
Soltando um pequeno grito ao sentir uma mordida forte no seu braço, Mari rapidamente olhou para baixo, usando sua mão livre para tentar revidar.
"Me larga!" Gritou a morena ao sentir os dentes afundando na blindagem do seu EVA, cada centímetro era uma pequena agonia, socou o melhor que podia tentando se soltar, mas seu EVA era muito grande.
"Droga!" Rosnou a morena ao se mover, fechando o punho ao dar um poderoso soco no rosto do anjo, isso foi forte o suficiente para soltar o pesado aperto que ele tinha em seu braço.
"Maldito." Rosnou Mari ao olhar para seu braço, sentindo a dor fantasma percorrendo seu braço esquerdo, abriu e fechou os punhos, ela rapidamente olhou para frente ao ver ao anjo indo para um dos longos corredores.
Mari sorriu ao ver isso, sentiu uma determinação tomando conta de seu corpo, finalmente se sentindo viva novamente, muitas pessoas correriam de uma situação como essa.
"Onde você pensa que vai?!" Mari falou com excitação ao começar ir à direção do inimigo.
O anjo rapidamente parou ao olhar para os lados, procurando uma forma de sair daquele lugar com uma olhada para frente, viu o gigante verde musgo indo na sua direção, virando sua cabeça para cima, seu rosto brilhou uma esfera branca pura.
Mari estava indo a toda a velocidade na direção do inimigo, ela rosnava em determinação contida, mas ela seus olhos se arregalaram quando ela viu o forte disparo na direção do teto.
Uma enorme nuvem de fumaça se levantou com o som de detritos caindo no solo, lutando para conseguir ver alguma coisa, Mari rapidamente apertou alguns botões em seu console, mudando o foco de visão para visão térmica, mas seus olhos somente viram um pouco do inimigo subindo pelo buraco que tinha feito.
"Volte aqui! Covarde!" Mari gritou ao parar embaixo do buraco, vendo o alvo indo para cima, ela podia ver as estrelas do céu a noite do lado de fora, misturado com a forte luz vermelha que emanava dos pilares de contenção.
Lutando para conseguir sair, Mari escalou o buraco, ela sabia que seu EVA não poderia aguentar por muito mais tempo, finalmente do lado de fora, Mari localizou seu alvo, uma rápida olhada em seu cronometro mostrou que tinha poucos minutos de bateria utilizável.
"Lute!" Gritou a menina ao se lançar sobre o inimigo, ela rapidamente começou a movimentar seus braços, vendo o inimigo desviando com uma agilidade de uma cobra, isso já estava deixando a morena com raiva.
O anjo sabia que não poderia ir muito longe, os pilares de contenção estavam causando um efeito em seu corpo, ele podia sentir suas células se desfazendo com isso, ele tinha pouco tempo.
Assim como o câncer destrói o corpo, os pilares de contenção machucavam as células dos anjos, demoraria tempo para mata-lo, mas eles sabiam que isso iria ser o seu destino final, mas pelo menos sua missão estava pronta, ele tinha localizado seu pai.
Mari correu na direção do inimigo, com sangue nos olhos.
"Há!" Gritou a mulher ao lançar seu braço na direção do inimigo, com um baque forte ela sentiu quando o prendeu, sorrindo ao ver sua cabeça se virando para tentar se soltar.
"O que foi meu amor? Perdeu suas bolas!" Gritou Mari ao ver novamente o brilho nos olhos do inimigo, ela somente teve tempo para arregalar os olhos, num piscar de olhos, uma forte dor ardente em seu ombro.
Ela gemia com a dor, ela olhou para os lados, vendo o braço de seu EVA caindo livremente, com um movimento rápido, Mari apertou sua mão em seu pescoço, usando toda a sua força para conseguir matar o inimigo.
Sentindo que seu corpo estava no limite, o anjo rapidamente olhou para seu matador, sabia que estava condenado, fechou os olhos e sentiu sua energia fluindo para o único ponto onde poderia ter algum sucesso.
Mari lutava para quebrar o pescoço da criatura, mas seus olhos se arregalaram quando ela viu o núcleo da criatura brilhando forte, ela sentiu o que estava para acontecer.
"O merda!" Gritou a morena ao se lançar para trás, abrindo um pequeno compartimento com uma alavanca, usando toda a sua velocidade ela a puxou.
"Me desculpe unidade 05!" Mari gritou ao sentir a pressão do sistema de ejeção a prendendo contra o seu assento.
Do lado de fora, o anjo observou o objeto saindo e voando para longe, ele sabia que era o fim, com uma luz brilhante ele se detonou.
Mari sentiu o forte impacto contra o oceano vermelho, ela rapidamente abriu a escotilha que lhe dava acesso ao mundo exterior.
"Ai... Isso foi diferente das simulações!" Resmungou a morena ao tocar seu ombro, logo seus olhos caíram nas enormes cruzes de energia que ficaram no lugar.
"Obrigado... unidade 05."
"Inimigo destruído, perda da unidade 05 confirmada." Um dos técnicos falou ao receber os status.
Albuquerque sorriu, ele sabia que essa unidade era falha, mas pelo menos ele tinha o poder para derrotar os anjos, lentamente ele olhou para sua cruz, vendo a imagem de São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis.
"Recuperação do piloto em andamento." A técnica do sexo feminino falou com felicidade.
"Isso é a nossa prioridade, a recuperem imediatamente e providenciem um exame médico completo."
Ordenou o homem, ele estava se sentindo bem com a vitória, o mundo tinha esperança novamente e não iriam depender de Gendo ou SEELE para conseguir isso, tinha alguma coisa naquela organização que o incomodava profundamente.
Albuquerque rapidamente se virou e foi embora, ele sabia que teria que dar algumas explicações ao comitê da SEELE e da ONU, provavelmente Gendo iria querer falar com ele sobre o anjo trancado em seu porão.
"Yui Ikari." Asuka falou em voz alta ao colocar um pequeno ramo de flores aos pés da pequena lapide da mulher que ela tinha poucas lembranças, mas diferente dela, o menino ao seu lado estava com uma expressão abatida no rosto, mas não era uma tristeza de perda, mas sim por outra coisa.
Shinji olhava para o pequeno pedaço de metal preto, com letras em douradas que marcava o nome da mulher que lhe deu a vida, a mulher que deveria proteger seu corpo, era assim para as outras pessoas, mas para ele, era somente um nome, um vazio estava em seu peito neste momento.
"Sim, isso é tudo que eu sei dela... não sei nada sobre como ela era, a cor de seus olhos, seus gostos, nada." Shinji falou sem ao menos desviar o olhar da lapide na sua frente, lentamente ele se abaixou e colocou suas flores, fechando os olhos e fazendo uma pequena reverencia em respeito de sua memoria.
Asuka o olhou com pena, ela sabia como era a dor de perder uma mãe, sabia como era sentir o amor de uma mãe pelo seu filho, ela ainda se lembrava do rosto de Kyoko, de seu carinho, de sua determinação com o seu bem estar, mas como era para Shinji? Como era não se lembrar do rosto da própria mãe? Não saber como era a sua voz ou seu estilo, isso era uma coisa grande, uma coisa horrível.
Lentamente ela olhou para Shinji, o vendo olhar para a lapide com ligeira tristeza em seus olhos, ela não se lembrava como era o rosto dessa mulher, tendo visto seu rosto somente uma única vez.
"Shinji... o que aconteceu com sua mãe?" Perguntou Asuka com a voz mais calma que conseguiria, ela sabia que teria que tomar cuidado com o que falava.
Shinji fechou as mãos em sinal de ansiedade, rapidamente uma pequena onda de dor percorreu seu corpo, ele estava tentando a todo o momento se lembrar, mas como todas as outras tentativas, ele falhou, somente ficou a dor.
Asuka percebeu isso, ela não sabia como poderia mudar isso de alguma forma, ela lentamente esticou a mão na direção de Shinji ao tentar um pequeno esforço de dar algum conforto, mas lentamente ela abaixou a mão.
Shinji levou a mão para a cabeça, massageando as têmporas para aliviar a dor, ele ainda pensava na resposta que tinha que dar a Asuka, seus olhos se abriram e ele virou a cabeça para sua amiga de longa data.
"Eu... eu não sei, sempre que tento me lembrar dela, somente tenho dor."
Balançando a cabeça para limpar a mente, o menino ia falar mais, mas o som de um avião se aproximando chamou a atenção dos dois, Shinji rapidamente apertou suas mãos em sinal de ansiedade, ele sabia quem era a pessoa quem estava vindo.
Asuka abaixou o olhar, ela sentiu a tensão aumentando conforme o VTOL executivo da NERV se aproximava do solo, ela lentamente começou a dar alguns passos para trás ao saber que o momento seria familiar.
"Eu vou voltar para Misato, tenha um bom papo com o velho idiota."
Shinji olhou para Asuka, pode vê-la se virando e indo embora, ele agradeceu internamente por esse gesto de Asuka, rapidamente ele olhou para trás, vendo o grande V-TOL branco descendo, logo o som das pesadas turbinas começaram a cessar e uma porta se abriu.
Shinji voltou a olhar para a lapide na sua frente, rapidamente o som de passos esmagando a terra começou a se aproximar, ele apertou a mão direita com a ira que começou, não demorou para uma nuvem pairar na sua suas costas.
Um grande silencio reinou, somente o vento podia ser escutado, Shinji olhava para a lapide com dúvidas, vendo que novamente ele teria que iniciar uma conversa com seu velho.
Gendo olhou para as costas de seu filho, ele não pode negar que sentiu um certo conforto ao ver a pequena silhueta de Asuka se afastando, sua falecida esposa estaria contente com a visão, mas isso rapidamente trouxe um sentimento em seu peito, um sentimento que ele não gostava, o sentimento de solidão tomou conta de seu corpo.
Flashs de memoria do sorriso de Yui entraram em sua mente, os momentos em que ela olhava mais para seu filho do que para ele, rapidamente fechou seu punho ao ver a imagem da pessoa que roubou o amor de Yui, mas ele conseguiu se controlar, colocando suas mãos dentro dos bolsos.
"Faz mais de três anos que você não aparece aqui."
Shinji fechou os olhos com frieza ao ouvir a voz de seu pai, era como se ele falasse com um de seus subordinados, com uma pessoa que ele mesmo julgava ser inferior.
"Sim... para mim esse lugar não representa nada, nem do rosto dela eu me lembro." Shinji falou com forte amargura, seus olhos nunca saindo da lapide, a realidade era que o menino nunca culpou sua mãe, mas ele somente não tinha os sentimentos que deveria ter.
Gendo sentiu seu sangue fervendo com isso, ele sentiu mais ainda a ira tomando conta de seu corpo, ele não estava gostando de como seu filho falava.
"Isso era fácil de resolver, era só não ter nascido."
Shinji apertou ainda mais suas mãos.
"Eu nunca vali nada para você, não é?"
"Não." Gendo falou sem peso na consciência, seus olhos frios nunca saindo das costas de Shinji, ele lutou contra o desejo de sacar sua pistola e acabar com isso, se vingar, poder mostrar quem era o mais forte, mas isso representava o fim de seu cenário.
Shinji se virou e olhou para os olhos de seu pai, ele pode ver a honestidade nos olhos dele, apertou as mãos em ira e ansiedade mal contida.
"Maldito! Eu sou seu filho caralho... Como você acha que ela iria se sentir sabendo que está desejando a morte do filho dela?"
Gendo removeu as mãos de seu bolso, rapidamente ele segurou o menino pelo colarinho de sua camisa, seus olhos mostrando sua ira, ele acreditava profundamente que Yui iria lhe escolher, que Shinji era somente um contra tempo na vida dos dois.
Lutando contra o desejo de acabar com a existência do menino, Gendo respirou fundo ao saber que tinha que conseguir se controlar, ele tinha que manter a calma, pelo bem de seu cenário.
Empurrando o menino para o solo, Shinji lutou para conseguir se equilibrar, rapidamente ele arrumou sua camisa branca e encarou o homem com nojo, para muitas pessoas esse seria um momento ruim, um momento que ninguém iria se orgulhar.
"Porque me odeia tanto?"
Gendo ainda olhava para o rosto do seu filho, rapidamente ele voltou a controlar a ansiedade, mas a adrenalina ainda estava fluindo livremente pelo seu corpo.
"Você me roubou ela." O homem se virou e começou a sair, prontamente voltando para seu V-TOL e entrando não perdendo tempo em olhar para trás, ele teria muitos momentos para visitar o tumulo, isso era somente um pequeno contra tempo.
Shinji olhou para as costas de seu pai, rapidamente seus olhos caíram numa pequena figura na janela de vidro blindado do V-TOL, podendo reconhecer a figura de Rei Ayanami olhando para ambos, ela tinha um olhar de curiosidade nos olhos.
O menino não pode negar que sentiu uma pequena pontada de ciúmes ao ver a menina, o que ela tinha que ele não tinha? Porque seu pai a escolheu em vez dele? Isso ainda era dúvida em relação a tudo isso, mas Rei não tinha culpa, ela era uma pessoa que não sabia com quem estava se metendo.
Com o som do pássaro se afastando, Shinji novamente olhou para o lado, vendo a lapide pela ultima vez, ele rapidamente se recuperou ao fechar os olhos, fazendo uma pequena reza em memoria de sua mãe.
"Mamãe, posso não me lembrar de você, nem do seu rosto, mas eu iria gostar de poder vê-la pelo menos mais uma vez." Shinji falou com abatimento, novamente ele fez outra reverencia de respeito e se virou.
Seus passos eram lentos, ele tinha somente seu pai em mente, o ódio que sentia por ele, o sentimento de abandono tomando conta de seu corpo, ele queria poder socar a cara dele, mostrar que esse laço de sangue não era nada.
Rapidamente ele pode ver o carro de Misato, ele pode ver a silhueta de Asuka e Misato, elas pareciam estar conversando sobre alguma coisa, um sentimento de paz começou a inundar seu corpo, mas isso durou pouco ao se lembrar de seu pai, ele somente andou, com seus passos lentos e sem vida.
Misato estava encostada em seu carro, ela podia ver o pequeno ponto que era Asuka e Shinji no horizonte, ela estava pensando na sua própria vida, soltando uma longa bufada ao sentir o tédio, ela olhou para as lapides uma do lado da outra, rapidamente ela tocou sua cruz de metal, lembranças do segundo impacto inundaram sua mente.
Sentindo como se o corte em sua barriga tivesse reaberto, Misato lutou contra o sentimento que tomou conta de seu corpo neste momento, ela prontamente fechou os olhos e desejou sua amada cerveja.
Rapidamente ela balançou a cabeça, reabriu os olhos ao perceber que Asuka começou a se aproximar, ela colocou seu melhor sorriso no rosto.
"Então? Como foi?"
"Um saco, como todo cemitério idiota." Asuka falou aborrecida ao encostar as costas no carro, ela colocou um olhar irritado no rosto, justamente para mascarar a tristeza que tinha tomado seu corpo, lembranças do funeral de sua mãe estavam massacrando seu corpo nestas noites.
Misato podia ver do outro lado da mascara, ela sabia como era a história de Asuka, sua personalidade era uma prova disso, ser agressiva para não mostrar suas fraquezas, ser uma pessoa dura para não mostrar seu lado mais humano.
Balançando a cabeça para os lados, Misato rapidamente pode ver o V-TOL de Gendo passando por ela, um calafrio percorreu seu corpo ao saber do relacionamento entre Shinji e seu pai, todos na NERV sabiam como o homem não gostava de seu filho, como isso era possível?
Um ponto ao fundo chamou sua atenção, ela podia ver Shinji caminhando na direção delas, rapidamente se virou e falou para Asuka.
"Olha, Shinji precisa da gente agora, esse é um dia difícil para ele."
Asuka olhou para frente vendo Shinji se aproximando delas, ela rapidamente falou ao olhar para Misato.
"Olha... eu não vou cuidar dele, não sou uma maldita babá."
Misato sorriu, ela falou ao recolocar sua jaqueta vermelha e falar com sua voz de comandante.
"Asuka, não falo para ser uma babá, hoje é o aniversário da morte da mãe dele, então ele vai ficar mais abatido do que já é, somente peço um pouco de paciência, só isso."
Asuka novamente olhou para Shinji, sua mente pensando no que Misato tinha dito, ela rapidamente fechou os braços sobre o peito e falou com sua voz de desdém.
"Tanto faz, é só ele ficar na dele que eu não vou dar um soco na cara dele."
Misato rapidamente sorriu ao abrir a porta de seu carro, ela falou com sua voz de provocadora.
"Ora, nem me fale isso, eu sei como animar um homem, se Shinji estiver muito para baixo, é só você dar outro show particular para o menino, como fez da primeira vez."
Asuka corou ao escutar isso, ela rapidamente olhou para os lados, procurando por qualquer pessoa que poderia ter escutado sobre isso, ela tinha o rosto ainda muito corado para ver que Shinji tinha se aproximado.
"O que foi Asuka? Está tudo bem?" Perguntou o menino ao ver o rosto vermelho da ruiva, sentindo uma ligeira preocupação ao vê-la assim.
Se virando bruscamente, Asuka rapidamente falou com a voz extremamente nervosa.
"Nada... idiota!" Gritou a ruiva ao correr do outro lado carro, abrindo a porta e entrando, dando um olhar mortal para Misato que segurou o riso.
"Como foi Shin-chan?" Misato perguntou com apreensão, ela sabia como esses momentos eram difíceis.
Shinji se moveu um pouco desconfortável, ele rapidamente pensou se deveria falar o que seu pai tinha feito, mas deixou isso para trás, ele somente queria ir embora.
"Uma merda, mas não tem como isso ser uma boa coisa, não é?"
Misato lhe deu um sorriso genuíno e tranquilo, ela prontamente saiu do carro para dar acesso ao menino, mas não antes de bagunçar seu cabelo quando ele passou, algo no fundo de seu coração se agitou quando ela estava na presença desse dois.
Rapidamente ela entrou no seu carro, podia ver Asuka ainda corada sentada no banco da frente do carro, deu uma rápida olhada no retrovisor, Shinji tinha colocado seu tocador S-DAT e se trancou em seu mundo, ela queria poder fazer alguma coisa a respeito.
O caminho para a NERV tinha sido um grande silencio, Misato olhou para Asuka ao seu lado com um sorriso no rosto, ela tinha uma surpresa para a ruiva, o trio lentamente andava pelos longos corredores.
Misato se encontrou com Rei, viu a albina saindo do elevador do comandante, isso rendeu um olhar estranho de Shinji. Ele ainda queria saber o que seu pai via em Rei, porque ele a escolheu em vez de seu próprio filho.
Parando no hangar dos EVAS, Misato rapidamente olhou para o grande abismo negro que consistia o hangar.
"O que fazermos aqui?" Shinji perguntou ao sentir o forte cheiro de LCL, ele sabia que era o hangar dos EVAS.
"Vamos terminar logo com isso Misato!" Asuka falou irritada ao cruzar os braços.
"Tenho que encontrar com Hikari no shopping a tarde!"
Misato colocou um sorriso no rosto, querendo ver a reação da ruiva nesse momento, ela falou ao gesticular um pequeno controle na sua mão.
"Uma pena Asuka, eu achei que gostaria de ver uma coisa."
Asuka a olhou confusa, uma rápida apertada de um botão e as luzes se acenderam, revelando a enorme cabeça da unidade 02 parada na sua frente, ela rapidamente abriu o maior sorriso.
"Meu Deus!" Gritou a ruiva ao pular de alegria.
"Meu EVA finalmente chegou!"
Misato sentiu pena de seus ouvidos, o grito de Asuka ecoou pelo hangar, mas ela ficou feliz com a reação da ruiva, rapidamente ela olhou para Shinji, viu o menino olhando para a ruiva com um sorriso tímido.
"Olhem e contemplem o verdadeiro evangelion de combate, feito para lutar contra os mais fortes seres do universo, as unidades 01 e 00 eram somente um protótipo de testes, agora o verdadeiro herói está no jogo!"
Shinji balançou a cabeça para os lados ao ver a arrogância de sua amiga, ele rapidamente se virou para Rei e falou com a voz controlada, mas não pode deixar de se sentir estranho pelo relacionamento dela com seu pai.
"Como você está?"
Rei se virou e olhou para Shinji, um pequeno sorriso nasceu em seus lábios.
"Estou com minha recuperação concluída, posso voltar a treinar nos simuladores sem auxilio." Rei falou ao voltar seu olhar para o gigante vermelho na sua frente, ela podia ver Asuka ainda falando alguma coisa a respeito de como ela era superior, mas um pequeno apito em seu pulso chamou sua atenção.
"Tenho que ir."
Shinji a olhou com ligeira curiosidade, não entendendo o que estava acontecendo com ela, seus olhos somente a acompanharam até ela dobrar uma esquina, isso foi percebido por Asuka.
"Ei! Escutou o que eu falei!"
Shinji se virou e a olhou, mostrando que não tinha escutado nada.
"O que?"
Asuka sentiu o sangue fervendo com a visão, ela rapidamente fechou os punhos, pronta para falar e gritar, mas antes disso, um forte alarme ecoou pelo hangar.
"Situação de batalha de nível 01, todos para seus postos!"
Olhando para frente, Asuka falou com arrogância ao ir para os vestiários.
"Minha chance! Olhe e aprenda terceiro!"
Misato prontamente estava no centro de comando, olhando para frente e vendo seus subordinados cumprindo suas ordens.
"Evacuação concluída com sucesso." Shigeru relatou ao desligar seu telefone.
"EVAS unidades 00 até 02 em espera." Maya relatou profissionalmente.
"Inimigo se aproximando pela costa sul." Hyuga falou.
"Certo, implantem os EVAS o mais próximo possível." Ordenou a mulher de cabelos roxos.
Pisando forte na areia a sua frente, Shinji segurava seu rifle, prontamente a espera do inimigo, as unidades 00 e 02 estavam ao seu lado, os navios de guarnição da NERV prontamente a espera no oceano vermelho.
"Eu não preciso de vocês amadores, podem sair e aprendam como um EVA de verdade funciona!" Asuka resmungou ao apertar os seus controles, ela rapidamente fechou os olhos ao sentir o conforto que o ambiente lhe dava, estar na unidade 02 eram como estar em casa.
"Concentre-se Asuka o inimigo pode chegar a qualquer momento." Misato rapidamente falou.
Asuka estava pronta para retrucar, mas rapidamente o som dos passos de clockiel inundou, todos olharam com admiração quando o anjo andava sobre as águas vermelhas do mar, ele pisava lentamente.
"Abrindo fogo!" Uma voz masculina falou pelo telefone, Shinji e todos observaram quando os enormes navios começaram a disparar inutilmente, mas sempre tinham uma pequena esperança de conseguir alguma coisa.
Clockiel olhou ao sentir os pequenos impactos, viu os seus inimigos na sua frente, com um movimento lento, sua cabeça rapidamente se contorceu, imitando os movimentos de um relógio, uma grande luz roxa nasceu em seu rosto.
Shinji e os outros arregalaram seus olhos quando cinco navios de guerra subiam aos céus e explodiam em imensas cruzes de energia.
"Que desperdício de recursos!" Asuka gritou ao saber que poderia cuidar dele mais facilmente, essa era sua estreia no Japão, estava pronta para ir em direção ao inimigo, mas uma voz inundou o sistema de rádio.
"Cheguei pessoal!" Uma voz feminina e estridente gritou, todos os olhos caíram no ponto rosa caindo dos céus.
"O que!?" Todos falaram juntos ao ver isso, o centro de comando lutando para saber quem era essa pessoa, os pilotos rapidamente se preparando para um novo inimigo em potencial, mas Asuka sentiu seu orgulho gritando com isso.
Caindo com movimentos graciosos, o gigante rosa rolava com destreza, girava como um atleta olímpico fazendo sua melhor prova, em suas mãos tinha uma pequena lança.
Clockiel percebeu o perigo, ele rapidamente se virou e lançou pequenos dardos contra o novo invasor que era uma ameaça maior.
Sorrindo ao ver isso, Mari prontamente se inclinou para o lado, desviando com uma boa vantagem do inimigo, usando os novos sistemas que tinha programado, a morena prontamente localizou o núcleo do anjo.
"Um gato adora uma bola vermelha!" Gritou a menina ao apontar sua lança para baixo, usou seu campo AT para ganhar ainda mais velocidade, Mari fez questão de deixar o rádio aberto para que todos pudessem escutar.
"Morra!" Com o som de estalo, Mari mergulhou dentro da esfera vermelha e saiu do outro lado com um sorriso felino no rosto, a morena sentia a forte explosão que Clockiel deixou para trás.
Usando os foguetes em suas costas, Mari manobrou no ar ao pousar na beirada da praia, ela pode ver os gigantes parados na sua frente, identificando rapidamente a unidades 01 e 02, um sorriso triste nasceu em seu rosto ao se lembrar de suas amigas.
Estufando o peito com orgulho, Mari falou ao fazer um sinal de vitória para o desgosto de Asuka, ela sabia que alguém tinha roubado sua luta, roubado sua gloria.
Asuka apertou seus controles com força, ela queria poder destruir esse ser que roubou sua gloria, ela tinha sido feita de boba na frente de todos, isso era algo que ela nunca iria perdoar.
"Vagabunda." Rosnou a ruiva ao apertar seus controles, a vergonha tomando conta de eu corpo.
"Maldita!"
Falou Mari para que todos pudessem ouvir, as cores brilhantes da unidade 08 com o logo do IPEA marcado em seu ombro mostravam claramente quem era o dono, essa era uma mensagem para Gendo e a SEELE, o comandante Albuquerque queria mostrar que estava de olho.
"Missão cumprida."
Notas do Autor: Olá pessoal Calborghete aqui, temos enfim o capítulo 19, espero que tenha sido de agrado de todos, como sempre não deixem de segui-la e salva-la em seus favoritos para não perderem mais nenhuma atualização futura.
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