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Então agora sem mais enrolação, boa leitura.
"Diálogos"
- Pensamentos -
"Conversa via Rádio"
"Auto conversa."
Nota de Responsabilidade:
Evangelion, seus personagens e cenário são propriedade de Hideaki Anno. Qualquer marca, filmes e séries mencionados nesta Fanfic é propriedade de seus criadores.
Capítulo 22
Cidade de São Paulo 02, escritório do Albuquerque.
Um dia chuvoso no Brasil, sendo um clima tropical e de muita umidade no ar, era comum os dias de chuva, os efeitos do segundo impacto no maior país da américa do Sul foi o seu clima chuvoso, era mais raro os momentos em que o tempo ficava firme.
Muitas pessoas poderosas perguntavam a ele o motivo de escolher ficar em São Paulo 02 como seu escritório profissional, ele poderia ficar na sede da ONU na Europa, mas Albuquerque sempre respondia a mesma coisa, estar aqui ajudava a se lembrar dos seus melhores anos, ele se sentia em casa.
Lentamente o homem colocou as mãos contra o vidro de seu escritório, olhando para as pessoas fazendo sua rotina, algumas pessoas indo trabalhar, outras bebendo nos bares e restaurantes com seus amigos, mas para ele era somente mais um dia de trabalho, ele queria poder voltar aos tempos antes do segundo impacto, as pessoas pareciam mais felizes com tudo, agora estavam tristes.
Com um movimento de cabeça, seus olhos logo caíram no céu, vendo as nuvens carregadas derramando suas águas sobre a cidade de concreto, lentamente sua mão foi para seu colar de ouro, uma das últimas lembranças dos bons tempos, lá ele olhou para a imagem de São Judas Tadeu, fechando os olhos e fazendo uma pequena oração.
Sabia que ainda tinha muita coisa para fazer, seus passos lentos foram em direção da sua mesa, viu os relatórios de restauração ambiental, das subestações do IPEA que estavam lutando para conseguir restaurar um pouco da fauna animal perdida, mas ainda tinha muito caminho pela frente.
Rapidamente suas mãos pegaram a papelada com o emblema da ONU uma olhada rápida mostrava que sua solicitação de transferência tinha sido um sucesso, a gestão mundial estava focada na destruição dos anjos para ligar para um EVA ir para Japão.
Albuquerque tinha muita coisa para pensar, rapidamente ele olhava para os resultados da inclusão da sua unidade 08 para o poder da NERV, ele não estava feliz com isso, mas sabia que era uma forma de mostrar para Gendo que ele tinha como se defender das coisas que ele provavelmente estava planejando.
Ele sabia muito bem que tinha alguma coisa de errada com a SEELE e a NERV, não era comum os anjos estarem indo somente para o Japão, as regras de sigilo do comitê sobre tudo que eles faziam era uma coisa que ele nunca gostou, o que eles estavam escondendo? O que Gendo está escondendo? Essas perguntas eram o que ele mais queria saber.
TELEFONE TOCANDO.
Com um movimento rápido, o homem pegou o aparelho na sua mesa, ele sabia que aquela linha somente era usada para relatar sobre coisas importantes, sua voz era fria e calculada.
"O que foi?" Perguntou o homem sem ao menos se importar.
"Senhor, desculpe incomoda-lo agora, mas tem um homem aqui querendo falar com o senhor urgentemente, ele carrega as credencias do comitê da SEELE." Sua secretária falou com a voz o mais profissional que conseguia, Albuquerque sorriu ao escutar isso, ele estava se perguntando quando que eles iriam cair em cima dele.
"Pode mandar entrar." Respondeu ele com um sorriso no rosto, com o som de metal se abrindo, o homem olhou para frente, viu um homem na faixa de sessenta anos caminhando lentamente, no seu rosto tinha um óculos de visão aprimorada, algo muito caro de ser feito.
Keel olhou em volta, ele queria poder saber mais sobre o IPEA, mas até para ele, isso tinha um problema, eles estavam sobre proteção da ONU e nem os recursos da SEELE poderia conseguir alguma coisa com relação a eles.
"Presidente Keel, a que devo o prazer da sua visita?" Albuquerque falou com falsidade.
Keel lentamente se aproximou da mesa, ele sabia que Albuquerque era um homem esperto, tendo conseguido esconder a produção de um EVA dos olhos do mundo, mas de alguma forma ele o comparou com Gendo Ikari.
"Comandante Albuquerque, estou aqui para discutir um assunto com você." Keel falou com sua voz grave e sem educação, o comandante do IPEA levantou uma sobrancelha ao escutar isso, ele teria que ter muito cuidado, com um gesto com a sua mão ele convidou seu convidado para se sentar.
Keel nunca removeu seus olhos do homem na sua frente, com um suspiro cansado ele começou a falar fazendo questão de mostrar seu descontentamento.
"Porque o IPEA está no ramo de produção de unidades Evangelion?"
Albuquerque sorriu ao escutar isso, Keel sempre foi direto ao assunto juntado as mãos na sua mesa, ele falou com firmeza, mostrando seu lado mais político.
"Nunca imaginei que isso seria um problema, aliás estamos em guerra contra os anjos, não é? Pensei que uma ajuda seria de bom grado.
Keel sentiu o veneno na voz do homem, ele queria testar como seriam suas respostas, ele tinha que conseguir algum controle neste mundo, principalmente quando as pessoas poderiam modificar seu cenário, cada EVA tinha uma genética e essa genética poderia mudar tudo.
"Me assusta o fato que a ONU permitiu isso, eu sei quais instituições tem permissão para construção de tais armas e não vejo como o IPEA conseguiu tal autorização."
Albuquerque sorriu ao escutar isso, ele prontamente falou ao se inclinar ainda mais para frente não mostrando sinais de intimidação.
"O ramo de restauração mundial me deu a verba, a autorização veio do Vaticano, queremos todos os esforços possíveis para derrotar os anjos e dar continuidade na restauração."
Keel rosnou ao escutar isso, ele sabia que seus espiões deveriam lhe passar essas informações assim que fossem dadas, mas Albuquerque estava mostrando que sabia como esconder um segredo.
Albuquerque ainda estava com sua pose arrogante, ele prontamente falou mais para mostrar que tinha apoio de pessoas poderosas, que o comitê da SEELE deveria ficar de olhos abertos.
"Consegui que fosse aberta uma brecha na lei de segurança mundial, como cada pais não pode possuir mais do que três Evangelions ativos, o Vaticano acredita que o Japão deva estar mais protegidos, os anjos parecem querer esse local em especial, não acha presidente?"
Keel ainda o olhava com pura raiva, lentamente suas mãos se apertaram mais, ele queria poder pegar sua pistola e acabar com aquela ameaça de uma vez por todas, mas sabia que isso iria resultar em uma investigação oficial contra ele e sem o dinheiro da SEELE o cenário estaria em perigo.
Albuquerque não removeu os olhos do homem nem um momento, ele rapidamente falou com o tom de voz mais calmo, não querendo encontrar problemas com um dos membros do comitê, ele teria que mostrar que estavam no mesmo lado na luta.
"Senhor embaixador, temo que isso está sendo tratado de forma errada, a ONU e o IPEA tem como objetivo manter o mundo a salvo dos anjos e toda a ajuda é bem-vinda, não acha?"
"Claro, o que mais me preocupa é a segurança do mundo com a produção de um EVA sem a supervisão do comitê ou de agentes, o que me assusta Albuquerque é o fato que se essa tecnologia cair em mãos erradas pode custar o que sobrou do mundo."
"Não sabemos nada sobre sua piloto e seu treinamento, isso me deixa com medo de que isso se torne uma afronta a paz mundial, o que acha que iria acontecer se o mundo começasse a construir EVAS sem autorização?
Albuquerque assentiu com isso, ele já tinha planejado seus movimentos com muito cuidado.
"Eles estariam se protegendo contra... qualquer tipo de hostilidade." Albuquerque respondeu com veneno, um veneno que Keel percebeu, ele sorriu com isso.
"Mas eu concordo com você, os EVAS são armas poderosas, sua produção tem que ser assistida e autorizada pela ONU." Falou o homem ao apontar para Keel.
"Eu sou o presidente do comitê da instrumentalização humana, os EVAS estão sob nossa jurisdição, gostaria de poder ter acesso a qualquer dado sobre sua produção e função." Keel falou com autoridade.
Albuquerque sorriu com isso, ele sabia que teria que dar acesso se quisesse agir no futuro, mas agora isso não era mais segredo.
"Sim, eu lhe garanto isso, agora mesmo vou dar acesso aos dados de construção da unidade 08 para o comitê, se qualquer erro for achado, iremos resolver isso da melhor forma." Albuquerque falou ao olhar para Keel.
"E outra coisa, se a minha unidade está na NERV, que tem a melhor tecnologia do mundo para verificar isso eles vão conseguir todos os dados técnicos, se não me ligaram é a resposta que você quer tanto."
Keel novamente rosnou, ele tinha a papelada da NERV mostrando como era a construção do EVA, era perfeito aos seus olhos, nada fora do comum.
"Fico feliz com sua cooperação, isso é somente uma formalidade, o IPEA está do nosso lado na restauração, preservação e salvação da raça humana." Começou o homem velho a falar com falsidade.
Albuquerque conseguiu perceber isso, mas ele resolveu cair no blefe do homem mais velho, prontamente falando com falsa ironia e arrependimento.
"Por favor, aceite minha desculpas com relação a isso tudo, somente acreditei que um EVA a mais iria ajudar nesta guerra."
Keel o olhou com desconfiança, ele queria poder acreditar nisso, mas os olhos do homem mostraram sua arrogância, mostraram a mentira e Albuquerque nem se importava com isso.
"Concordo, somente temos que ter o controle."
Albuquerque assentiu com isso, pelo menos essa conversa estava indo como ele esperava, o comitê tinha se irritado com sua atitude, e isso mostrava que eles estão com medo de coisas que não estão ao alcance deles.
"Tenho mais assuntos para lidar, espero que nossa conversa tenha lhe dado algo para pensar." Keel falou novamente ao se levantar, ele podia sentir suas juntas doendo com o esforço, tudo isso tinha uns bons motivos, ele tinha que conseguir superar, pelo bem do cenário.
Albuquerque assentiu ao escutar isso, seus olhos nunca saindo das costas de Keel, ele queria poder matar aquele corrupto mundial, mas as coisas boas tinham que esperar, ele tinha que ter paciência se quisesse a paz real.
"Tenha uma boa viagem de volta a Alemanha, espero que o clima melhore."
Keel nem se deu o trabalho de responder, indo em direção da porta aonde seus assistentes o esperavam, Albuquerque nunca desviou os olhos, ele manteve o seu sorriso no rosto, esperando pelo momento certo para voltar a se preocupar com coisas mais triviais.
Com um som pesado, ele novamente estava sozinho na sua sala, abaixou a cabeça e soltou um suspiro, ele sabia que teria que tomar cuidado, o comitê agora estava de olho em todos os seus movimentos, rapidamente seus olhos caíram nos esquemas de construção que foram entregues para ele, o projeto era ambicioso, somente um milagre poderia fazer funcionar.
"Tenso." Uma voz masculina falou ao fundo, Albuquerque assentiu, prontamente passos ecoaram pela sala escura, o som de um cigarro sendo acesso ecoou pelo local.
"O presidente acha que pode ter o controle sobre tudo, mas no fundo ele sabe que ainda vai depender de outras pessoas."
Albuquerque escutou as palavras daquele homem, um homem jovem de boa aparência, seus olhos cansados, indo para as folhas de construção.
"Sim agente Kaji, temos que ter um certo cuidado." Albuquerque falou ao abrir sua mesa e pegar algumas pastas de arquivos e estica-los para Kaji, que prontamente os pegou com um ar de relaxamento.
"Entregue isso para Gendo e ao comitê, mostre algum trabalho."
Kaji deu uma longa tragada no seu cigarro, ele assentiu ao ver algumas páginas de arquivos confidenciais que ele iria entregar para Gendo em seu disfarce de espião e traidor.
"A NERV ou o comitê desconfia de você?" Albuquerque perguntou sem ao menos levantar os olhos de seu trabalho.
Kaji deu uma pequena risada com isso, ele rapidamente falou ao soltar uma nuvem de fumaça pela sala, sua voz se tornou sombria ao pensar.
"Possivelmente, eu somente estou conseguindo ser útil para eles, quando isso acabar, vamos ver o que eles vão fazer comigo."
Albuquerque assentiu com isso, ele sabia como era o fim dos espiões, Kaji tinha se mostrado ser o melhor, mas tudo tinha um preço a ser pago, ele somente esperava que quando a hora chegasse, ele ao menos tivesse sucesso.
"Chefe... Esse lugar é... meio diferente do que eu pensava." Mari falou com dúvidas ao olhar para a pequena barraca de ramen, ao seu lado Shinji, Asuka e Rei tinham os mesmos olhares no rosto com sérias dúvidas com o local simples que estavam.
"Pelo... pelo menos é alguma coisa." Shinji falou com uma risada forçada e sarcástica, ele rapidamente olhou para o lado em busca de qualquer apoio, mas uma coisa chamou sua atenção, olhando para ele do outro lado da rua tinha um homem.
Apertando os olhos para ter uma visão melhor, Shinji pode ter um deslumbre de seu rosto, ele era magro e alto, seus cabelos loiros a aparência europeia, o homem misterioso lhe lançou um sorriso e um pequeno aceno com a mão, isso deixou Shinji desconfortável, ele já o tinha visto outras vezes.
Sentindo um longo calafrio percorrendo suas costas, Shinji mexeu seus braços na esperança de conseguir chamar, mas como surgiu, num piscar de olhos o homem desapareceu, deixando um menino confuso para trás.
Asuka ainda olhava para frente com uma sobrancelha levantada, sentindo uma leve cutucada na costela, a ruiva virou a cabeça para o lado ao ver que Shinji tinha falado com ela, isso tudo não parecia em nada com as fantasias que ela tinha planejado para sua primeira vitória em solo japonês.
"Bem... deve ser melhor que a comida de Misato." Falou a ruiva ao sorrir com veneno, recebendo um olhar aborrecida da mulher em questão.
"Não vejo motivos para não ser adequado." Rei falou sem ao menos piscar, sua falta de tato social não permitia ver a diferença de um restaurante sofisticado para um local barato.
"Acredito que o proposito deste local deve ser de fácil acesso financeiro para as pessoas, então devo aceitar de bom grado."
Misato prontamente sorriu ao escutar isso, ela falou ao apontar para a menina de cabelos azuis, falando com uma pequena satisfação pessoal.
"Viram? Pelo menos a Ayanami pode ver o meu pequeno esforço de fazer uma boa ação!"
Asuka prontamente olhou para o lado, vendo o sorriso presunçoso de Misato em direção de todos eles, um sorriso venenoso nasceu em seu rosto.
"Teria mais dinheiro se não gastasse tudo com cerveja e coisas inúteis."
Misato prontamente olhou para sua protegida, com um olhar perigoso no rosto ela falou.
"Acha que é fácil eu manter três pessoas com o pouco salario que eu recebo?"
"Você não ganha mal e recebe uma ajuda de custo para cuidar de nos três." Asuka falou com forte veneno na voz, prontamente Shinji se virou e pode ver o olhar assassino que Misato ficou no rosto.
"É bom o suficiente... aposto que deve ser gostoso." Shinji falou com medo no rosto, tudo que ele menos queria numa hora como essa era ter que separar mais uma briga entre as duas mulheres com que ele dividia o espaço.
Misato olhou para Shinji, podendo sentir uma pequena satisfação em seu rosto ao olhar para seu menino, sentiu uma calma inundado seu corpo, ela prontamente falou ao respirar fundo o suficiente.
"OK, você está certo de qualquer maneira."
"Nossa... a princesa é uma menina muito exigente." Mari falou ao caminhar para o lado de Shinji, seus olhos percorrendo tudo que poderia neste momento, as pupilas do menino dilatando quando ele olhava para ela, o leve toque de ansiedade na rigidez em seu corpo, sua mão apertando quando ele tomava coragem para agir, isso tudo dava a ela as informações que eram necessárias para que um cenário nascesse em sua mente.
"Pare de me chamar de princesa!" Asuka rosnou ao pensar nisso, ela sabia que isso significava uma vida fácil e cheias de mimos, uma menina delicada e frágil, tudo que ela mais lutava para conseguir impedir, ela queria ser vista como uma mulher forte, independente, uma mulher que nunca iria precisar de outras pessoas.
Novamente seus intensos olhos azuis caíram em Mari, vendo o sorriso presunçoso que ela tinha no rosto, isso somente a deixou ainda mais aborrecida, parecia que nada poderia machucar a garota nova.
Mari por outro lado tinha muita facilidade em ler as pessoas, ela era bem observadora, Kaji ajudou nisso também, ela podia ver que Asuka lhe lançava punhais com os olhos mas isso nunca a incomodou, ela recebia olhares dos outros com muita frequência, suas escolhas de vida eram motivos para que isso acontecesse, a sociedade nunca deixava ela se sentir plenamente confortável, somente uma única pessoa lhe deu o respeito que merecia.
Prontamente ela virou a cabeça para o lado, vendo a cabeça de Rei fixada no grande menu mostrando o cardápio, novamente as dúvidas reinavam na sua mente, os pensamentos que a muito tempo ela treinou a ignorar, o belo rosto de Rei virou ligeiramente para o lado, travando seus intensos olhos vermelhos nos verdes de Mari.
Por um longo segundo ambas se olharam, verde e vermelho travaram uma longa batalha, duas mulheres pensando no que estava passando naquele momento em questão.
"Isso deve ser um truque, como alguém pode ser tão parecida assim?" Mari pensou apressadamente, ela tinha pensado em Rei sempre que deitava para dormir, tentando entender o que estava acontecendo, como ela poderia ser tão parecida afinal de contas? Essa pergunta em especial ficava reinado no mais profundo canto da sua mente.
Rei por outro lado, olhava para o rosto de Mari, tentando entender o motivo da menina nova ficar lhe encarando por longos períodos de tempo, Rei buscava entender o que isso representava, ela nunca tinha entendido o tato social das pessoas.
"Então azul... Como vai?" Perguntou Mari para Rei, a menina escolhida arregalou os olhos suavemente, ela pensou em uma resposta adequada para dar, mas poucas vinham em mente.
"Eu... eu vou bem, meu organismo está funcionando como deveria."
Mari sorriu ao escutar isso, ela podia ver Yui claramente nesta pequena conversa, isso a deixou intrigada ainda mais com toda essa situação.
"Que bom, o que pode me dizer sobre os dois? Aposto que eles estão lambendo a garganta um do outro sempre que podem."
"Quatro olhos!" Asuka gritou aborrecida, Shinji estava olhando alguma coisa ao fundo com olhos duvidosos para se importar com a provocação, Mari estava se preparando para retrucar quando Rei falou primeiro.
"Limpando a garganta?" Perguntou a menina com olhos ingênuos, isso rendeu uma risada de Mari.
"Nossa, você é muito inocente... mas me conta sobre você, de onde você ê? A cor de seus olhos e cabelos são naturais? Seus pais são assim também?" Perguntou a morena com felicidade ao juntar as mãos na frente do peito, Asuka somente balançou a cabeça com isso, ela estava olhando para Shinji e querendo ver o motivo dele estar tão distraído.
Rei piscou ao escutar tudo isso, rapidamente pensou em uma resposta, mas como ela poderia responder a tudo isso? Ela nunca teve uma família além do comandante Ikari.
"Eu não tenho família, meus olhos e cabelos são naturais."
Mari perdeu o sorriso ao escutar isso, a menina de olhos vermelhos eram um completo mistério para ela, isso tudo estava se mostrando ser mais interessante, mas saber que ela era órfã a pegou de surpresa.
"Órfã? Isso é triste." Mari falou ao pensar na perda de Yui.
Rei abaixou a cabeça ao pensar em uma resposta, ela não se importava com isso, ela tinha um proposito, nada mais que isso.
"Eu cresci na NERV, não me lembro de mais nada... somente do comandante Ikari cuidando das minha necessidades."
Mari olhou para ao lado com dúvidas, como Gendo poderia ter cuidado de uma criança sem pais e abandonado seu próprio filho? Isso deixou o mundo da NERV ainda mais sinistro.
"Agora você tem a mim." Mari falou sorrindo ao se lançar a abraçar Rei, ela podia sentir que a menina em questão ficou rígida com o contato, mas Mari sentiu uma coisa nisso, era como abraçar Yui a sensação era a mesma.
Se perdendo em memorias, rapidamente Mari soltou Rei, ela podia ver que a menina em questão tinha um pequeno rubor no rosto e com olhos duvidosos, ela não queria se perder em velhos sentimentos.
Piscando ao olhar para o lado, Mari prontamente se recuperou, marcando seus olhos nos azuis de Asuka, podia ver toda a sua irritação, sua mente prontamente sorriu.
Asuka pode ver o sorriso presunçoso no rosto de Mari, nada que ela falaria poderia fazer com que ela sentisse suas palavras, ela sempre foi boa em irritar as outras pessoas, machucá-las com as palavras, mas com essa nova mulher, parecia que nada a machucava ela era uma parede de pedra.
"O que está olhando quatro olhos?" Asuka resmungou ao cruzar os braços, ela podia ver que Mari ainda a encarava com aquele maldito sorriso.
Shinji prontamente se virou e olhou para Asuka, podendo ver que ela estava a ponto de explodir, ele rapidamente colocou a mão em seu ombro e falou com a voz mais calma que conseguia naquele momento.
"Asuka, deixa ela, não percebe que Mana só quer irritar você?" Shinji falou com um sorriso nervoso para Asuka, ele sentiu um forte medo tomando conta de seu corpo ao receber aquele olhar, um olhar que poderia derreter gelo e o mais forte gelo.
Olhando para a mão de Shinji em seu ombro, ela queria poder destruir aquela mão que ousou lhe tocar, isso aconteceria com qualquer pessoa que tocaria seu corpo, mas parecia que isso vindo de Shinji era diferente, ela podia sentir uma calma e segurança que ele passava, isso tudo a deixava ainda mais irritada.
Shinji prontamente soltou sua mão, vendo o olhar assassino que Asuka tinha nos olhos, ele lentamente abaixou sua mão temendo pela sua saúde física, ele rapidamente falou com a voz tremula.
"Eu... eu somente acho que não deve se irritar com cada coisa que ela falar para você."
Asuka prontamente sentiu a raiva indo embora com isso, ela olhou para baixo ao respirar fundo, finalmente sentindo a raiva se dissipando sua voz saiu mais controlada neste momento.
Mari prontamente sorriu ao ver isso, ela rapidamente foi para o lado de Misato que ainda olhava para o grande anuncio de preços do local, colocando um de seus braços nos ombros de Misato ela prontamente falou com um sorriso.
Misato sentiu o toque, olhando para o lado quando percebia o braço de Mari em seus ombros, ela rapidamente quis se desvincular do aperto que recebeu, mas isso era uma boa oportunidade para conhecer essa menina nova.
"Então chefe, podemos pedir o que quisermos que você paga?" Mari perguntou sorrindo, um sorriso que assustou Misato profundamente, mesmo sendo uma barraca de ramen simples eles tinham opções bem caras e isso deixou um aperto em seu estomago.
"Sim.. sim, mas pelo menos tenha um pouco de bom censo." Falou a mulher em questão ao sentir o suor escorrendo pelo seu rosto, Mari prontamente sorriu ao ver isso, ela sabia que nunca iria explorar o dinheiro de Misato, ela queria conhecer melhor essa mulher que Kaji falava tanto.
"Ela é tão irritante!" Asuka resmungou ao apertar suas mãos em um sinal de raiva, seus olhos prontamente caíram em Mari lendo alguma coisa ao lado de Misato, ela queria esmagar aquele pequeno pescoço.
"Ela é tão...! Arg!" Asuka falou ao soltar sua ira sobre o ar em sua volta, Shinji estava rindo ao seu lado, Asuka parou de estrangular o nada e olhou para o menino rindo ao seu lado, isso a deixou ainda mais intrigada.
"O que?"
Shinji estava rindo abertamente, ver Asuka irritada sempre lhe deu uma boa comédia, ele vendo toda a situação na sua frente lhe deu ainda mais vontade disso tudo.
"Ahahaha..." Riu o menino ao ver os olhos de Asuka ficando ainda mais duros, ele sabia que isso iria lhe causar a morte certa, rir de Asuka era uma coisa que nunca iria lhe passar pela sua cabeça.
"Tá rindo do que!?" Asuka rosnou ao se aproximar ainda mais de Shinji, ela podia ver que ele se divertia com sua raiva, isso a deixou ainda mais irritada.
Shinji prontamente se acalmou, rapidamente olhou para o rosto de Asuka, podendo ver que ela estava muito irritada, seu nariz franzido de forma fofa que somente ficava assim quando ela estava fortemente aborrecida, rapidamente ele se perdeu no seu belo rosto angelical.
Asuka podia ver os olhos do menino se perdendo em seu rosto, ela sabia que era uma menina bonita, mas de alguma forma aquilo parecia certo, um sentimento que parecia certo e adequado para a situação.
Sentindo o rosto corando, Asuka rapidamente desviou o olhar, ela queria poder entender os sentimentos que nasceram em seu corpo depois que foi para o Japão.
"O que está olhando?"
Shinji prontamente piscou ao escutar isso, mas seus olhos nunca saíram do rosto de Asuka, ele prontamente respirou fundo, sabia que tinha que falar alguma coisa para a menina.
"Nada, eu somente pensei em alguma coisa."
Asuka prontamente olhou para ele, vendo que ele olhava para o chão, um pequeno abatimento nasceu em seu rosto, velhos pensamentos surgiram na sua mente, lembranças de velhos livros que ajudaram a passar o tempo.
A ira tomou conta de seu corpo, ela queria que Shinji tivesse coragem para lhe contar o que passava pela sua mente neste momento, de alguma forma isso a deixou irritada.
Shinji queria poder dizer o que sua mente queria, dizer o quando achava ela o máximo, o quando a acha bonita, mas isso somente revelava como ele era fraco, um cara como ele nunca ficava com uma mulher como Asuka, isso o deixava ainda mais chateado com a vida.
Muitas vezes ele se pegou pensando na infância, seus sonhos mostravam algumas brincadeiras que ele devia ter feito com essa menina especial, mesmo ele não se lembrando dos rostos, seu corpo se lembrava da sensação.
Ele se sentia feliz quando sonhava que estava num parquinho, brincando na caixa de areia ao lado de uma menina sem rosto, mas agora ele podia jurar que era Asuka, a sensação sempre era a mesma quando ele estava ao lado dela.
"Arh! Você é tão irritante!" Saiu com passos pesados em direção a barraca de ramen, Shinji prontamente olhou para cima, vendo a menina saindo com raiva, isso lhe deixou irritado, ele queria poder entender, poder saber o que fazer, mas nada vinha em sua mente, fechando sua mão em sinal de raiva o menino sibilou ao sentir a pequena dor fantasma que percorreu seu braço, a luta ainda estava fresca no seu sistema nervoso.
"Ei! Filhote!" Mari gritou ao se sentar na mesa de madeira, ela observou a dinâmica entre os dois e a deixou com um sorriso no rosto, Yui teria ficado feliz ao ver o que seus olhos tinham visto, rapidamente na sua frente Asuka se sentou ela pode ver o desconforto nos olhos dele, podia ver que ela esperava alguma coisa de Shinji.
Lentamente o menino começou a andar na direção da pequena barraca, Asuka ainda resmungava alguma coisa na sua frente, ela pode reconhecer as palavras "Idiota e Baka".
Com um baque suave, Shinji se sentou ao lado de Asuka, rapidamente ele desviou o olhar que recebia de Mari, sua mente gritando para pedir desculpas pelo mal momento que passou com Asuka, mas ele sabia que isso iria lhe render uma dor de cabeça forte, pois Asuka sempre odiava um pedido de desculpas fora de ordem.
Sentindo que era melhor ficar calado, Shinji rapidamente olhou para suas mãos, ele ainda podia sentir como se seus braços estivessem sendo abertos pelos braços do anjo.
Lentamente ele olhou para o lado, podendo ver Asuka resmungando alguma coisa e evitando ele como se não estivesse ao seu lado, ele somente fechou os olhos ao sentir o aborrecimento de ser uma pessoa tão covarde, ele queria poder dizer como achava ela bonita, como achava ela incrível, mas como sempre, ele nunca conseguia falar.
O que era a felicidade? Esse sentimento era raro para Shinji, ele somente era feliz nos curtos períodos de tempo em que ele tinha vislumbres de sentimentos que ele nem sabia que tinha experimentado, a sensação de um abraço materno dentro do EVA, a alegria de sair com Asuka, o sentimento que ele sempre tinha ao parecer que já tinha estado ao lado dela muitas vezes.
Agora ele entendia os sentimentos, ele conhecia Asuka a muito tempo, eles brincavam juntos, será que ela conhecia sua mãe? Poderia ter alguma informação que ajudasse a se lembrar o que é ter uma mãe? Isso tudo deixou o menino ainda mais pensativo, sua dor de cabeça tinha piorado e sua mão tremia com a vontade de tomar uma bebida, mas ele sabia que tinha que resistir.
Asuka tinha percebido o tremor na mão de Shinji, ela sabia muito bem o que era, tendo pego o menino bêbado a alguma noites no apartamento de Misato, uma onda de preocupação tomou conta de seu corpo, de alguma forma isso deixou ela extremamente preocupada.
Rapidamente seus olhos caíram na sua frente, podendo ver Rei pensando em alguma coisa, ela poderia pedir alguma ajuda, mas a garota em questão somente sabia seguir ordens, era como uma maldita boneca sem emoção, uma puta que tinha atenção de Shinji, rapidamente uma onda de ciúmes infantil e sem explicação tomou conta de seu corpo.
Balançando a cabeça para os lados, Asuka olhou para Mari, a nova integrante, ela queria que ela desaparecesse, ela era a melhor, ela era elite dos pilotos, não a nova menina, ela tinha que ser a melhor, ela tinha que mostrar quem mandava, era somente isso que lhe restava, ela tinha que mostrar para sua mãe que era a melhor, orgulhar a mulher que a amou, a única pessoa que a amou.
Mari prontamente olhou para o lado, vendo Rei sentada pacientemente ao lado de Misato, seus olhos se encontraram novamente, sentindo uma coisa ardendo em seu peito com a visão daquele rosto.
Misato olhou para todos, deu uma boa olhada nos rostos, vendo o olhar de Rei travada na sua frente, aquela menina nunca demostrava nada além de dever, uma ordem a ser cumprida, nada que pudesse dizer alguma coisa além, mas tinha alguma coisa naqueles olhos, era tristeza? Ela não sabia.
Rapidamente ela olhou para Mari, vendo a nova integrante do grupo dos pilotos, ela era misteriosa, seus olhos mostravam que já tinha vivido muita coisa, por trás daqueles sorrisos ela podia ver a tristeza, a perda, o sentimento de que nada mais importava, isso era uma coisa difícil para uma garota na faixa dos quinze ou dezesseis anos de idade.
Rapidamente seus olhos caíram nos seus dois protegidos, ela podia ver Asuka brava com alguma coisa, mas tinha algo diferente, ela lançava olhares para o lado com alguma expectativa, parecia que sempre esperava alguma coisa. Já Shinji, ela podia ver que ele estava olhando para sua colega piloto, ele tinha um olhar de abatimento no rosto, uma decepção, rapidamente ele olhava para suas mãos como se tivesse feito alguma coisa errada.
Muita coisa tinha mudado na sua vida, ela nunca imaginou cuidar de dois adolescentes antes, ela não sabia nada de como era ser uma guardiã, de como teria que agir em momentos de tensão ou de emergências, sua vida tinha mudado, ela tinha mudado, rapidamente a sua cruz de metal se tornou mais pesada, mais simbólica do que o símbolo cristão, ela prontamente pensou na sua vida.
Seu pai, o homem que nunca dava valor para sua família, somente o trabalho importava, mas então porque ele a chamou para ir à antártica naquele dia? Porque ele deu sua vida para salvar a sua? Isso era algo que nem ela conseguia entender, somente a cerveja podia responder a essa pergunta que há muito tempo nunca conseguiu responder.
Respirando fundo para poder se recuperar, Misato falou com seu sorriso falso, falso pelo fato dela querer poder ajudar os outros, mas como poderia fazer isso se ela nem conseguia se ajudar?
"Podem pedir o que quiserem, mas por favor... tenham bom senso."
Mari prontamente sorriu abertamente com isso, ela rapidamente pediu um prato simples, simples como ela sempre foi, não por medo de estourar o orçamento de Misato, mas sim pelo fato que sua vida sempre foi simples.
Rei pediu qualquer coisa sem carne, ela não sabia como tinha que agir, como tinha que responder num caso como esse, ela rapidamente olhava para os lados e tentava imitar o que as pessoas tentavam fazer.
Asuka olhou para o lado, dando uma olhada em Shinji, vendo como ele percorria o pequeno cardápio com delicadeza, uma delicadeza quase feminina, ele era bonito de se olhar, mesmo que ela nunca fosse dizer isso em voz alta, corou com o pensamento que tinha nascido em seu rosto, ela rapidamente escolheu a primeira coisa que tinha visto.
Shinji olhava para tudo, mas seu corpo não se interessava por nada, ele queria poder pedir alguma coisa, mas como sempre, o que ele mais queria não era uma comida, nem a satisfação de ter uma excelente refeição, mas sim o sentimento de viver, o prazer de se sentir vivo por dentro, algo que ele não sabia como era, as pessoas ao seu lado lhe davam sorrisos, lhe davam boas vibrações, mas isso tudo não tinha o efeito que ele queria, não vinha das pessoas que ele queria que viessem.
Rapidamente seus olhos caíram ao seu lado, ele podia ver Asuka olhando para suas mãos, vendo como as suas unhas estavam perfeitamente cortadas e pintadas, ele queria ter aquela confiança, ser uma pessoa para se orgulhar, fazer algo para se orgulhar.
Soltando um longo suspiro de decepção, Shinji pensou na sua vida até aquele ponto, em como ele chegou até a cidade fortaleza, do motivo que o levou até aquela cidade.
Venha.
"Venha..." Sussurrou o menino ao se lembrar da carta de seu pai, o homem que ele achou que poderia impressionar, mas isso somente se tornou um peso na sua mente, ele nunca iria conseguir o respeito daquele homem, então porque isso ainda ficava lhe incomodando? Ele não sabia.
Rapidamente ele olhou para frente, pediu sua comida, mas não era isso que iria preencher sua mente, não seria o momento para gerar novas lembranças, gerar uma nova vida dentro de seu corpo, mas sim um simples jantar do lado de fora de sua casa, um jantar repleto de lembranças que ele a muito tempo tentou esconder.
Ele queria poder mudar, queria poder ser melhor, mas como sempre nada vinha em mente numa hora como essa, lentamente seus olhos caíram nas pessoas ao seu lado, mas pelo menos uma se destacou, uma pessoa que comia sua comida lentamente.
Mari olhou para frente, ela estava gostando de sua comida simples e caseira, podia ver Shinji olhando para Asuka com olhos abatidos, normalmente ela teria uma provocação para um momento como esse, mas aqueles olhos, os olhos de Yui estavam lá, ela rapidamente pensou que tinha que fazer alguma coisa, assim como Yui faria.
Olhando para baixo, Mari mexeu na sua tigela de comida recém preparada, rapidamente um sorriso nasceu em seu rosto, colocando seus palitos de lado, ela falou para que todos pudessem escutar.
"Então os boatos são verdadeiros, certo chefe?"
Misato levantou a cabeça e encarou a menina com algumas dúvidas, não entendendo suas palavras, ela somente soltou um inocente "Ah?"
Mari não se deixou levar por isso, rapidamente olhando para Shinji e Asuka novamente, com um sorriso felino no rosto, ela prontamente falou.
"Os dois, o pessoal da NERV somente fala do casal número um."
Asuka corou fortemente, ela rapidamente começou a tossir e espalhar o conteúdo de sua boca por todo o lado, Shinji estava no mesmo ponto ao lado da ruiva.
Finalmente se controlando o suficiente, Asuka falou com raiva.
"O que?! Quem espalhou esses boatos idiotas!?"
Shinji ainda estava tossindo ao tomar um pouco de água, seu rosto estava queimando em vergonha com as palavras dessa menina nova, Asuka estava irritada, se sentindo envergonhada ao extremo com essa provocação.
"Mana ou seja lá qual for a droga do seu nome!" Asuka se levantou na mesa, tentando ficar assustadora, mas Mari ficou séria como uma estátua, não se sentindo com medo, Misato estava segurando uma risada para não colocar mais combustível na mesa.
"Quem espalhou os boatos!? Eu vou matar o desgraçado!"
Mari prontamente mordeu a língua ao rir abertamente, ela tinha concluído uma parte de sua missão, ela queria ver qual era a dinâmica entre os dois, e uma coisa era certa, tinha alguma coisa ali, Asuka podia ver que seria ignorada, sentindo seu ego ardendo em ira e ódio.
"Quem você pensa que é!? Acha que pode chegar e achar que somos os melhores amigos!?"
Mari olhou em volta e pode ver que todos a encaravam com alguma expectativa, os olhos de Misato estavam curiosos para saber mais sobre ela, Mari não podia culpar as pessoas, ela era a novata na sala.
Novamente colocando seus hashis de lado, ela falou com a voz calma e controlada, assim como tinha treinando com Kaji.
"Não tenho nada de especial, eu nasci numa pequena cidade no interior da Inglaterra, minha família é simples e humilde, com mais ou menos doze anos me destaquei na escola e consegui ir direto para a faculdade."
"Faculdade?" Shinji perguntou impressionado para a nova garota, ele não percebeu o olhar de Asuka caindo nele, isso foi algo que Mari tinha percebido.
Misato a olhou com seus olhos de águia, querendo encontrar qualquer sinal de mentira, mas nada vinha, ela somente escutou com atenção, assim como todos, Mari foi perdendo o foco em seus olhos, perdida em lembranças com Yui e Kyoko.
"Eu era a mais nova da minha sala, ninguém queria ser amigo de uma criança, então me dediquei ainda mais nos estudos e consegui uma bolsa..." Rapidamente seus olhos ficaram nublados com as lembranças de Yui, lentamente ela vira a cabeça e olha para Rei, podendo ver a mulher que tanto amou.
"Eu perdi meus pais muito jovem, não sabia mais o que queria da minha vida, foi ai que encontrei com Kaji-san, ele me apresentou ao IPEA e tudo que isso representava, foi me apaixonando pela coisa toda e cá estou."
Misato levantou uma sobrancelha ao escutar o nome de Kaji, ela queria saber mais sobre o ex-amante, mas Asuka falou mais rápido.
"IPEA, eles estão produzindo EVAS agora?" Falou a alemã com indignação, algo que Mari não ligou, ela somente deu de ombros.
"Não é meu departamento, somente sei que um dia estava estudando a nova fauna marítima e outros estavam nos simuladores de um Evangelion sobre as ordens do comandante Albuquerque."
Misato deu uma bocada em sua comida, ela sabia sobre os rumores sobre o comandante do IPEA, muitas pessoas o odiava.
"O comandante Albuquerque parece ser um cara difícil..."
Mari sorriu ao escutar isso, Misato estava certa, mas ele tinha suas vantagens.
"Sim, ele somente é rígido com as coisas que ele quer, mas no fundo se preocupa com o mundo, ele quer poder deixar o mar novamente azul e se isso significa cair de cabeça na guerra contra os anjos, tenho certeza que ele vai."
Todos riram com isso, Shinji não pode deixar de comparar o homem com seu pai, mas isso era algo que ele nunca iria conseguir fazer, Albuquerque nunca iria ser um homem tão frio e monstruoso quando o homem que o abandonou, ele lentamente voltou a comer sua comida, dando olhares para o meio da rua onde tinha visto aquele homem novamente.
Todos ficaram em silencio comendo sua comida, mas foi um silencio amigável e sem provocações, com cada um em seu mundo particular, mas ao fundo, duas pessoas os observavam.
"Foi visto novamente." Lilith falou para Thanato que olhava para o grupo sem piscar os olhos.
Com um sorriso, o Deus falou.
"Sim, eu estou me expondo mais, quero poder conhece-lo melhor."
Lilith olhou para Shinji, um rosto triste nasceu em seus olhos, ela abaixou a cabeça ao pensar se ainda tinha feito a coisa certa em dar mais uma chance ao mundo, mais uma chance deles provarem que poderiam fazer as coisas certas.
Thanato olhou para o lado, vendo a insegurança da deusa, com um sorriso ele começou a falar.
"As coisas estão indo como você quer? Eles parecem felizes."
Lilith o olhou com seus olhos sem vida e falou.
"Não é isso que me preocupa, nunca nas outras vezes o IPEA se intrometeu na guerra contra os anjos, nunca tivemos mais do que Shinji, Asuka e Rei, isso me deixa com medo de perder o controle."
Thanato assentiu com isso, ele colocou as mãos atrás das costas ao falar ainda com calma.
"Talvez isso seja uma coisa boa, sem mudanças nunca conseguirá mudar... é como diz um ditado que escutei em algum lugar... 'Não comece nada, e não haverá nada'."
Lilith pensou nessas palavras, com um piscar de olhos ela sumiu, Thanato olhou para onde ela estava, novamente seus olhos caíram na lua, ele inspirou profundamente ao pensar no que queria fazer, uma coisa que somente Lilith foi capaz de lhe ensinar, ele assentiu para o nada, ele iria fazer alguma coisa.
Com um sorriso ele olhou novamente para o grupo, ele focou seus olhos dourados em Shinji e pensou no seu plano, ele somente esperava que não estragasse tudo com a deusa.
Notas do Autor: Olá pessoal Calborghete aqui, temos enfim o capítulo 22, espero que tenha sido de agrado de todos, como sempre não deixem de segui-la e salva-la em seus favoritos para não perderem mais nenhuma atualização futura.
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