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Então agora sem mais enrolação, boa leitura.
"Diálogos"
- Pensamentos -
"Conversa via Rádio"
"Auto conversa."
Nota de Responsabilidade:
Evangelion, seus personagens e cenário são propriedade de Hideaki Anno. Qualquer marca, filmes e séries mencionados nesta Fanfic é propriedade de seus criadores.
Capítulo 26 – Fim do mundo
Shinji lentamente abriu seus olhos e o forte sentimento de perda e inanição tomou conta de seu corpo em sua mente e na sua alma, ele sentia uma forte dor de cabeça quando a ressaca o atingiu forte, mas isso não importou, essa dor não chegava nem perto do que seu coração sentia neste momento.
Virando a cabeça para o lado, rapidamente ele reconheceu o lugar onde estava, seu quarto sem janela e sem alma, parecia que ele estava em uma cela de prisão, a felicidade parecia que não existia neste momento.
Fechando os olhos rapidamente sua mente se lembrou do momento em que ele iria para sempre se lembrar e se culpar, o som metálico de quando suas mãos esmagaram o plugue de entrada de Asuka, o momento em que seu pai o usou para matar a única coisa que ele sabia que nunca iria conseguir encontrar novamente.
Sentindo sua respiração acelerando com a ansiedade que tomava conta de seu corpo, rapidamente as lagrimas tomaram conta de sua visão, ele somente via aquele momento, ele somente sentia aquele momento.
"Filho da puta." Rosnou o menino ao cobrir o rosto com as mãos, ele queria poder matar seu pai, ele nunca iria se importar se ele sumisse da face da terra, se um homem o matasse na sua frente, com certeza ele não sentiria nada.
Rapidamente sua mente se lembrou do passeio que teve no centro do IPEA, onde todos puderam desfrutar de um momento de paz, poder relaxar ao ver os animais marinhos tentando recuperar um pouco da vida que tinham antes que o mundo fosse destruído pelos anjos.
Mas não foi isso que mais chamou a atenção de Shinji, mas sim os sorrisos que Asuka lançava ao ver os animais que ela mais admirava, o seu sorriso ao deixar a luz do sol banhar sua pele perfeita, nem Mari conseguiu mudar isso, nem suas provocações puderam quebrar aquele momento magico.
Rapidamente Shinji se lembrou de Kaji, o homem que a pouco tinha conhecido, mas pelo menos seus encontros tinham sido muito bons, ele ainda podia se lembrar das palavras daquele homem que conhecia Misato a mais tempo que ele, o seu pedido inusitado para cuidar dela, isso tinha mexido com sua mente, como um menino de quatorze anos poderia cuidar de uma mulher adulta?
Conversar com Kaji tinha ajudado mais do que a mais longa conversa com seu pai, aquele homem não tinha nada com ele, mas Kaji tinha sido mais pai em um pequeno intervalo de minutos do que Gendo tinha sido em sua vida inteira.
Levantando sua mão para cima, Shinji ainda podia sentir a terra entre seus dedos, ele ainda podia se lembrar de quando Kaji lhe mostrou sua pequena plantação de melancias, os conselhos de como poderia se aproximar de Asuka, Kaji sempre sorria quando lhe dava os melhores conselhos sobre mulheres, esse foi um sentimento que ele gostou em seu peito, era bom ter alguém que parecia se importar com ele.
Sentindo seu rosto sendo inundado por lagrimas não derramadas, ele somente queria sumir, queria poder morrer, sua vida não tinha mais sentido, ele somente prestava para pilotar o EVA, nada mais.
Misato era uma boa pessoa, abriu sua casa para ele, lhe deu um teto e comida para sobreviver, mas ele sentia que isso era somente um grande teatro, seu pai somente queria alguém para ficar de olho nele e impedisse que ele fugisse.
"Asuka... Me desculpe." Shinji chorou silenciosamente ao tentar limpar a mente de qualquer pensamento que poderia lhe ajudar, mas nada vinha, somente a dor, uma dor tão forte que poderia machucar até um EVA.
Misato estava na sua cozinha, na sua frente um saco de lixo contendo todas as latas de cerveja que Shinji tinha tomado na noite anterior, ela sabia como era essa dor, ela sabia como era usar a bebida para apagar sua mente de qualquer dor, mas ver um garoto como Shinji assim, de alguma forma machucou mais que qualquer outro ferimento.
Ela sabia que Asuka tinha entrado na vida de Shinji, podia ver a mudança nos dois quando finalmente eles começaram a se juntar, era como se pelo menos uma vez na sua vida a felicidade estava conseguindo vencer o mal.
"Maldito Ikari." Misato rosnou ao socar a sua mesa, ela podia sentir sua raiva subindo a ponto de realmente cogitar matar seu chefe, ela sabia que a vida dos pilotos sempre estaria em risco, mas nunca que isso fosse acontecer.
Lentamente ela virou a cabeça para o lado, vendo uma foto que a muito custo ela conseguiu capturar de sua pequena família disfuncional, rapidamente lagrimas começaram a rolar pelo seu rosto, sentiu o peso da culpa tomando seu corpo, ela sentia que deveria ter protegido essas crianças, mas sua raiva pelos anjos sempre foi maior que qualquer logica ou sentimento.
"Eu sou uma pessoa horrível." Chorou a mulher ao deitar a cabeça na mesa, ela ignorou a dor em seu braço, ignorou sua cabeça latejando com as dores de ferimentos recém adquiridos, ela somente queria deixar que aquela dor sumisse de seu corpo.
Lentamente uma mão tocou seu ombro, Misato rapidamente levantou a cabeça para cima, quem era essa pessoa que entrou em sua casa? Mas lentamente seus olhos nublados pela emoção viram um homem, um homem que a muito tempo ela amava.
Kaji lentamente se sentou na cadeira ao lado, ele tinha conseguido uma chave de acesso a casa de Misato com Mari, ela tinha lhe contado sobre o estado de como Misato e Shinji estavam, ele sabia que isso tudo era errado, mas depois de descobrir sobre Asuka, ele sabia que as coisas estariam difíceis naquele apartamento.
"Kaji?" Misato falou com o rosto coberto de lagrimas, ela queria poder protestar, mas parte de seu corpo queria que ele estivesse ali com ela, era somente isso que ela queria neste momento, algum conforto.
"Como vocês estão?" Kaji perguntou ao dar pequenas acariciadas nas costas de Misato, ele podia ver o sofrimento naquele apartamento.
Misato somente balançou a cabeça, ainda deixando algumas lagrimas solitárias escorrerem pelo seu rosto, ela rapidamente falou com a voz ligeiramente quebrada entre lagrimas mal derramadas.
"Como isso pode acontecer?" Misato falou ao encarar o nada, ela podia sentir a pequena caricia de Kaji em suas costas, o homem somente escutou tudo atentamente, ele queria que ela soltasse aquela emoção.
"Como... como ele pode fazer isso com ela?" Misato finalmente começou a chorar ao sentir uma perda forte, ela sabia que Gendo era uma pessoa cruel, mas nem tanto assim.
Kaji assentiu com isso, ele trabalhava com aquele homem, muitas vezes ele teve que fazer o trabalho sujo para que sua confiança fosse adquirida, pelo menos ele conseguiu as informações sobre o sistema Dummy para o IPEA.
Ele ainda podia se lembrar das ordens do comandante Albuquerque, finalmente ele pode entender o ponto de seu chefe, Gendo era um monstro, assim como os membros do comitê.
Podendo sentir seu corpo cansado, Kaji queria poder parar com seu trabalho, poder encontrar um local onde poderia viver tranquilamente, plantar suas melancias e curtir o que restava de sua vida, ele não conseguia mais lidar com toda essa dor e sentimentos que assolavam seu corpo.
"Como está Shinji?" Kaji perguntou com apreensão, claro que Mari já tinha lhe contado tudo que poderia neste momento, o espião sempre estava um passo à frente de todas as pessoas, isso era algo que ele sempre foi bom.
Misato lentamente limpou seu rosto, lutando para conseguir remover com somente um único braço em bom estado, ela rapidamente olhou para o corredor onde dava acesso ao pequeno quarto de Shinji, ela ainda podia escutar o som de sua dor quando o encontrou completamente bêbado.
"Ele está mal Kaji." Começou a mulher a falar com um olhar longe e perdido no rosto, ela somente tinha em mente os olhos perdidos de Shinji, parecia que qualquer vestígio de vida tinha sumido de seu rosto.
"Eu ainda posso escutar ele chorando em seu quarto, ele parece que está morto Kaji, nada que eu tento fazer pode ajudar."
Kaji assentiu com isso, ele mesmo sabia como era a dor de desespero completo, nem mesmo ele conseguia pensar em como poderia ajudar o menino que tinha perdido algo tão importante na sua vida.
Misato ainda olhava para o nada, perdida em pensamentos que inundavam sua mente, ela somente queria poder dizer que tudo estava bem, que tudo ficaria bem, mas nada vinha em mente neste momento.
"Shinji é um menino forte, ele vai conseguir superar isso." Kaji falou o que vinha na sua cabeça, mesmo parecendo o mais clichê dos momentos, mas ele tinha que falar alguma coisa.
Misato soltou uma risada amarga, ela podia ver que nem mesmo uma pessoa como Kaji tinha as palavras certas para o momento, ela rapidamente olhou para o homem com lagrimas ainda nos olhos, ela sabia que Kaji estava metido em alguma coisa, mas a dor estava mais forte.
"Eu sou uma péssima guardiã." Chorou a mulher ao pensar em seu próprio fracasso.
"Onde eu estava com a cabeça para achar que poderia cuidar de dois adolescentes!?"
Kaji sentiu seu coração doendo com isso, prontamente ele se abaixou para olhar a mulher mais de perto.
"Misato, por favor, você está fazendo tudo que pode num momento como esse." Tentou o espião com calma, ele sabia que teria que ir com calma num momento assim.
Misato soltou outra risada amarga, olhando para Kaji com raiva, ela queria poder falar tudo que sua mente queria neste momento, ela mesmo sabia que era uma completa hipócrita.
"Kaji, eu... eu trouxe Shinji para meu apartamento porque não queria mais ficar sozinha, eu queria poder ter alguma coisa para não ter mais que lidar com a merda dos anjos, queria poder ficar de olho no nosso maior trunfo nesta maldita guerra."
Misato começou a falar com raiva, ela sentia uma forte culpa por não ter tido a melhor das intenções, mas a coisa foi mudando quando ela o conheceu de verdade, ela gostou de ter a companhia de Shinji e Asuka.
"Eu sou um monstro Kaji, usando crianças para me vingar dos anjos..." Sussurrou Misato com pesar.
Kaji neste momento sabia que tinha que agir, ele rapidamente pegou a mão livre de Misato, ele falou com a voz mais séria que conseguiu neste momento, ele sabia que uma mulher com o coração de Misato nunca iria ser ruim.
"Katsuragi, você não é um monstro, nem é como seu pai... você não tinha nada a provar com isso, você abriu sua casa para duas crianças, sim elas trabalham para você nesta guerra, mas o que você está passando agora prova que você vê neles mais do que somente seus pilotos."
Misato escutou as palavras de Kaji, ela tinha aliviado um pouco a dor em seu coração, mas ela ainda tinha medo de se tornar seu pai, deixar a sua raiva comandar a razão e abandonar o que mais importava neste momento.
Kaji percebeu uma pequena mudança na postura de Misato, sentindo que suas palavras tinham conseguido de alguma forma amenizar um pouco a dor em seu coração, ele rapidamente se acalmou o suficiente para conseguir falar com mais calma.
"Vocês vão conseguir passar por isso, vocês são pessoas fortes, Shinji é forte, um dia Gendo vai ter o que merece, mas agora vocês tem que achar um jeito de conseguir se recuperar."
Misato fungou para limpar o rosto das lagrimas, ela sabia que Kaji estava certo, mas Shinji é somente uma criança.
"Mas Kaji, eu tenho quase trinta anos... Shinji é só uma criança."
"Ele é mais maduro que muitas pessoas, quando isso tudo melhorar vou leva-lo para almoçar e conversar um pouco, parece que ele gosta de mim." Kaji falou sorrindo.
Misato assentiu com isso, Kaji tinha mais chances de se aproximar de Shinji do que ela, ela somente assentiu com a ideia.
Mari estava sentada olhando para a sua parede, ela abraçava seus joelhos com força ao pensar em Asuka, filha de Kyoko e no seu fracasso em proteger eles, isso tudo tinha sido difícil para ela.
Chorando silenciosamente, Mari não queria pensar em mais nada a respeito.
"Como você pode fazer isso com ela Gendo?" Pensou a morena com raiva ao se lembrar dos tempos de faculdade, dos dias em que conversou com aquele homem, nos dias em que Yui confiava nele para que um dia pudesse cuidar dessas crianças.
"Kyoko me desculpe..." Chorou Mari ao deixar a emoção sair de seu corpo, ela tinha sentido que tinha regredido.
SOM DE CAMPAINHA.
Mari rosnou ao escutar isso, ela não queria encontrar ninguém neste momento, ela não queria correr o risco de perder seu disfarce, com um movimento rápido ela foi rapidamente para a porta de seu alojamento, pronto para mandar a pessoa que a incomodava a merda.
"O que!?..." Falou a morena com raiva ao abrir a porta, ela nem se importou em limpar o rosto das lagrimas que escorriam pelo seu rosto, mas ela rapidamente parou ao ver uma certa pessoa parada na porta, uma garota de cabelos azuis e olhos vermelhos a olhando com tristeza.
"Azul?" Perguntou Mari com cautela ao limpar o rosto, ela sentiu um forte desejo de se inclinar e abraçar Rei, ela somente via Yui ali naquele momento, isso tudo somente a machucou ainda mais.
Rei lentamente abaixou a cabeça ao não saber o que fazer, ela queria conselhos de Mari para conseguir ajudar Shinji de alguma forma, mas ao ver sua postura abatida, isso rapidamente a deixou ainda mais confusa.
"Me desculpe incomodar você Mana, acredito que agora você não vai poder me ajudar com meu pedido."
Mari piscou ao escutar isso, ela sentiu seu coração doendo ao ver aquele rosto triste, ela somente via Yui, limpando o rosto rapidamente, Mari tentou mascarar sua dor.
"Não se preocupe com isso azul, eu... eu... eu sei lá."
Rei abaixou o olhar ao pensar em como poderia dizer o que ela queria, sua mente se dividiu entre ir embora ou ajudar sua amiga, mas nada vinha em mente neste momento, ela podia sentir a alma de Mari machucada, tinha alguma coisa em sua luz que não batia com o que ela sentia.
"Eu... eu queria sua ajuda para irmos ver como Shinji está..." Rei falou com a abatimento ao pensar em Shinji, o menino que tinha lhe dado mais que um motivo para viver, ela mostrou que seu proposito não era a coisa mais importante do mundo.
Mari sorriu ao ver isso, ela sabia que mesmo Rei não sendo Yui, alguma coisa da mulher ainda estava ali em algum lugar, ela falou com forte tristeza.
"Eu quero ajudar o filhote, mas ainda não sei como."
Rei assentiu com isso, ela rapidamente se virou para ir embora, talvez outra pessoa poderia ajudar, mas antes de poder sair, Mari a assegurou.
Mari podia sentir o desespero por conforto em seu corpo, ela sabia que Rei não era Yui, mesmo suas personalidades sendo diferentes, com um movimento rapido, Mari a puxou para um abraço apertado, sua mente somente via Yui neste momento.
Rei se sentiu impotente, ela podia ver Mari a abraçando forte, uma sensação incomum surgiu em sua mente, era como se isso já tivesse acontecido antes, era como se Mari a conhecesse a muito tempo atrás.
Sentindo um calor inundando seu corpo com o pequeno gesto de carinho, Rei de forma desajeitada levou seus braços para as costas de Mari, sentiu que a menina a estava abraçando de volta, Mari finalmente deixou as lagrimas saírem de seus olhos.
"Me desculpe..."
Rei se sentiu estranha por isso, mas nada parecia mudar o sentimento de conhecimento que inundou seu corpo, mas ela deixou sua amiga soltar a emoção, ela teria muito tempo para conversar.
Mari finalmente sentiu seu corpo se acalmando, ela sabia que tinha falado besteira, mas Rei era muito ingênua para desconfiar de alguma coisa, limpando seu rosto lentamente, Mari travou seus olhos no belo rosto de Rei, colocando um sorriso em seu rosto.
"Vamos... vamos tentar falar com o filhote?"
Rei ainda queria poder perguntar qual era o motivo que levou Mari a se desculpar, mas isso poderia ficar para outra hora, lentamente ela começou a assentir com o seu novo objetivo.
"Mas eu não quero lhe atrapalhar... posso ver que o momento está sendo difícil para você." Tentou a garota protestar, mas Mari foi mais rápida em falar, mesmo seu corpo querendo ficar sozinho, ela de alguma forma não conseguia falar não para Rei.
"Azul, não se preocupe com isso... eu estou chateada, mas saber que tenho amigos que se importam comigo me ajuda a levantar." Mari falou sorrindo, ela sentiu seu coração batendo mais forte ao ver o pequeno rubor que nasceu no rosto de Rei.
- Ela não é Yui, mas é muito fofa. – Pensou Mari ao se perder na beleza exótica que a garota tinha, rapidamente piscou para voltar ao mundo real, com um gesto com as mãos ela apontou para frente.
"Vamos ver como está o filhote." Mari falou sorrindo ao apontar para qualquer ponto, tentando sair para esconder o rubor que nasceu em seu rosto, Rei olhou para o rosto de Mari caminhando pelo corredor, ela estava tentando entender o que tinha acontecido com seu corpo neste momento, lentamente ela colocou a mão em seu peito e se deixou levar pelo momento.
Com um pequeno sorriso no rosto ela começou a caminhar em direção de Mari, podendo escutar o som dela cantando ecoando pelos corredores da NERV, mas sua mente estava pensando em como poderia ajudar as pessoas ao seu redor, principalmente Shinji.
Shinji lentamente olhou para frente, sentindo uma forte dor em seu peito, ele sabia que se ficasse ali iria ter problemas, com um movimento lento e demorado, o menino se levantou, sentiu uma pequena tontura ao se esticar, sua mente ainda não conseguindo se recuperar de ter perdido alguma coisa preciosa.
Rapidamente seus olhos caíram no seu antigo e mais fiel amigo, seu tocador S-DAT repousava tranquilamente na cômoda, uma pequena camada de poeira estava se formando em cima do objeto que a muito tempo ele usou para fugir de sua realidade.
Lentamente sua mão se levantou, ele queria muito conseguir se livrar daquela maldita sensação, a sensação de metal sendo esmagado em sua mão, a sensação de saber que tinha matado o seu bem mais precioso.
Fechou os olhos ao começar a sentir a emoção que estava querendo sair do controle novamente, Shinji respirou fundo para se controlar, mas a tristeza nunca ia embora, ela somente piorava, cada segundo sendo pior que o outro.
Sentiu que tinha que sair daquele lugar, rapidamente ele colocou seu corpo em movimento, um passo depois do outro, com um movimento lento ele olhou para frente, vendo como a porta do quarto de Asuka estava fechada.
Sentiu o corpo paralisando com a visão, rapidamente seu coração começou a acelerar, sua mente trazendo tudo que ele podia para se lembrar de Asuka, seu sorriso, sua incrível beleza e sua personalidade forte de um verdadeiro campeão.
Sentindo uma lagrima solitária escorrendo pelo seu rosto, Shinji rapidamente abaixou o olhar ao ser assolado pela culpa, ele sabia que seu pai era o verdadeiro culpado, mas de alguma forma ele sentia essa dor, foi sua mão que tinha esmagado ela, foi o seu corpo que sentiu tudo.
Ainda com os olhos nublados de raiva e tristeza, Shinji rapidamente se virou para ir sair do apartamento, seus olhos ignoraram quando ele pode ver Misato sentada na mesa da cozinha com Kaji ao seu lado, ele queria poder conversar, mas agora tudo que seu corpo desejava era ela e uma bebida para esquecer a dor.
Sentindo os olhos de todos nele, o menino falou ao encarar o corredor que dava acesso ao lado de fora do apartamento, sabia que tinha que falar alguma coisa, sua cabeça lentamente se abaixou ao sussurrar.
"Eu... eu vou dar uma volta."
Kaji e Misato o olharam com tristeza, ambos sabiam como era perder alguém que mais amava no mundo, mas diferente do pobre garoto, eles tiveram uma segunda chance, Misato lentamente levantou a mão para tentar falar alguma palavra de conforto, querer desejar uma melhora, mas nada vinha em sua mente.
Kaji olhou para o menino, sabendo que agora nada poderia ser feito para ajudar, ele iria dar o espaço que ele desejava, pelo menos no futuro ele poderia ajudar de alguma forma, com um olhar triste ele voltou a encarar Misato, somente se ouvia o som de seu choro e o da porta se abrindo e fechando, no fundo ele temia que Shinji fizesse algo que se arrependesse pelo resto da vida.
Com passos lentos, Shinji caminhou para fora, para todos os lados que ele olhava, sua memória lembrava dela, a lanchonete que ela amava comer, o pequeno banco onde ambos ficavam sentado olhando para as arvores sem dizer uma única palavra somente curtindo a companhia um do outro.
Cada passo era como uma faca no coração, tudo fazia ele se lembrar dela, lentamente ele se encontrou na frente de uma das lojas de conveniência que a muito tempo ele frequentava, com passos lentos e abatidos ele entrou.
Pegando tudo que ele queria, o menino foi em direção do caixa, ele ignorou os olhares que recebeu das pessoas em volta ao ser visto carregando uma caixa de cerveja, ele somente queria que seu cérebro parasse de funcionar.
Parando na frente do caixa, Shinji ignorou quando o homem mais velho tentou lhe fazer uma piada, ele somente queria sua bebida e ir para um lugar afogar as magoas.
"Nossa, a senhorita Misato não costuma pedir cerveja essas horas." Falou o homem mais velhos com inocência, ele tinha visto o abatimento de Shinji, mas nunca imaginou que isso era algo que ele mesmo iria se arrepender no futuro.
Colocando seu cartão da NERV sobre o balcão, o menino agradeceu internamente pelo efeito que seu status de piloto lhe dava, pelo menos ele não teve que mentir falando que era para sua guardiã, sua consciência ardeu com isso, mas ele tinha que conseguir algum conforto.
Olhou de forma estranha para o menino abatido na sua frente, lentamente o balconista fez a transferência do dinheiro e devolveu o cartão e o produto.
"Está tudo bem garoto?" Perguntou o senhor com alguma pena, mas Shinji somente olhou para cima com um olhar cansado e falou com o maior controle com conseguiu.
"Sim senhor, somente um dia ruim."
Assentindo com a resposta, o velho sentiu a mentira, mas sabia que os negócios da NERV não eram dos interesses de uma pessoa comum como ele, com um sorriso falso ele terminou tudo e entregou o pacote para o menino, ele acompanhou com os olhos quando Shinji saiu da sua loja.
"Que péssimo mentiroso." Falou a esposa do homem ao se apoiar no velho balcão.
"Me sinto mal por aceitar o dinheiro, não iria me surpreender se a polícia o prendesse em algum beco, somente espero que ninguém encha o nosso saco por vender bebidas a um menor."
O homem mais velho somente assentiu com isso, ele rapidamente tentou localizar Shinji, mas o menino em questão tinha desaparecido pelas ruas, sabendo que não tinha mais nada a fazer, lentamente o homem voltou ao seu trabalho.
Shinji caminhou em direção ao nada, seus olhos sem vida somente buscando um local onde poderia ficar em paz e tentar acalmar seu cérebro agitado, viu um pequeno campo que podia olhar as colinas ao fundo, ele tinha vindo aqui com Asuka uma vez, ela tinha gostado da vista e ambos somente sentaram e olharam.
Parando e se abaixando sobre a grama gelada, Shinji olhou em volta e pode finalmente ver que tinha alguma privacidade, mesmo ele não se importando com isso, lentamente suas mãos pegaram a primeira lata de cerveja, tomando ela com calma, não demorou para ele terminar.
O ritmo que ele terminou tudo não incomodou o menino, mas foi o suficiente para que seus sentidos ficassem entorpecido, mas isso não ajudou com a dor, olhando para o lado, Shinji soltou uma pequena risada ao ver uma pequena pilha de latas ao seu lado.
Virando a cabeça para o fundo novamente, Shinji franziu o cenho ao ver duas figuras paradas, uma ao lado da outra, ele tinha visto os dois antes, mas nunca tinha acreditado no que seus olhos podiam ver.
Novamente a uma distância confortável, Shinji pode ver um homem de roupa social e pele clara, ele parecia muito com aquele que a muito tempo incomodava seus sonhos, ao seu lado uma garota pequena, usando uniforme escolar, ele podia reconhecer aquele rosto, isso o assustou um pouco.
Sentindo como se sua alma estivesse sendo vista, Shinji sentiu sua respiração acelerando, era sempre assim, ele queria desviar o olhar, mas seu corpo parecia estar congelado.
"Parece até Misato." Uma voz feminina e abatida falou logo atrás dele, com um pequeno pulo assustado, Shinji virou a cabeça para o lado, rapidamente ele pode reconhecer a presença de Mari e Rei, voltando os seus olhos para o local onde aquelas pessoas estavam, Shinji não encontrou ninguém.
Mari lentamente olhou para as latas vazias, ela sentiu seu coração se partindo com a visão, Rei era a mesma coisa, mas não entendia aquele comportamento, ela sabia como o álcool podia machucar o sistema das pessoas.
Se sentando lentamente ao lado do afilhado, Mari o olhou com pena, ela sabia que agora era o momento para conseguir ajudar o filho de Yui, mesmo ela não tendo conseguido ajudar a de Kyoko.
Shinji ficou um pouco irritado com isso, ele queria ficar sozinho, poder beber até ter que chamar a sessão dois para lhe levar para casa ou num necrotério por abuso de álcool, não que o menino estivesse preocupado.
"Mana... como me achou?" Falou o menino mal-humorado, lentamente ele tomou sua bebida.
Mari o olhou com pena, ela podia ver que ele estava se matando a cada gole, não era certo uma criança beber, ela rapidamente olhou para Rei em busca de alguma ajuda, mas ela não recebeu nada da menina ao seu lado.
"Estávamos indo para a casa da comandante Katsuragi quando vimos você saindo de uma loja, achamos prudente te seguir..." Rei começou a falar, mas ela rapidamente olhou para as latas de cerveja.
"Shinji, acredito que não seja certo beber na sua idade física." Rei falou ao olhar para Shinji, ela podia sentir sua dor, tudo que ela podia fazer era falar o que seu estudo lhe permitia.
Shinji olhou para ela com raiva, parecia que ela não entendia sua dor, Mari tinha percebido aquele olhar, ela rapidamente tentou intervir, ela tinha se atualizado de como a batalha tinha acontecido com Kaji, rapidamente ela pensou no maior culpado.
"Não foi sua culpa Shinji, foi de seu pai."
Isso foi suficiente para acalmar o menino, prontamente ele sentiu seu sangue fervendo com a menção da palavra culpa, sua mão rapidamente apertou a lata a ponto dela amassar com alguma facilidade.
"Não foi minha culpa!?"
Mari piscou com a intensidade do olhar e das palavras, ela se manteve calma o máximo de tempo que conseguiu, Shinji vendo isso rapidamente se ajeitou, sentindo uma tontura atingindo seu corpo com todo o álcool que ingeriu.
"Era EU quem estava dentro daquele maldita MAQUINA!" Gritou o menino ao tentar ficar de pé, mas seu equilíbrio estava prejudicado, Mari e Rei tentaram se mover, mas seus movimentos eram mínimos, Shinji continuou seu discurso com raiva, ele sabia que elas estavam somente tentando lhe ajudar, mas sua raiva e culpa o consumiam.
"Eu... eu estava lá!" Falou o menino ao ficar de joelhos, seus olhos já não conseguindo mais conter a quantidade de lagrimas que queriam escorrer, Mari sentiu seus olhos ardendo com a visão, ela somente queria que Yui lhe desse um sinal de como ajudar.
"Eu... MATEI ELA!" Gritou Shinji, ele não se importou com os olhares que recebeu das pessoas a sua volta, ele somente queria desabafar.
"NÃO FOI MEU PAI! NÃO FOI O SISTEMA DE PILOTO AUTOMATICO! ERA EU QUEM ESTAVA LÁ DENTRO! FUI EU QUEM SENTIU QUANDO ELA FOI ESMAGADA!"
Arfando pesadamente com os gritos, Shinji colocou as mãos no solo gelado e se permitiu chorar, sua dor podia ser sentida por todos a sua volta, Mari lentamente se aproximou, ela pensava nas melhores palavras, mas agora não tinha nada, a menina que parecia ter sempre algo para falar.
- O que Yui faria nesta hora? O que Kyoko faria numa hora como essa? – Pensou Mari desesperadamente em como poderia ajudar, ela estava a ponto de chorar por não se sentir útil numa hora como essas, mas uma memória em especial chamou sua atenção, uma na qual Kaji tinha feito em uma de suas noites ruins.
Se aproximando lentamente do menino, Mari podia compartilhar de sua dor, sentiu uma lagrima solitária escorrendo pelo seu rosto, ela com delicadeza segurou um dos braços do menino, o puxando delicadamente.
Rei observou tudo atentamente, ela queria poder ter melhor tato social para conseguir ajudar as pessoas, ela pensou em pedir conselhos para Gendo, mas alguma coisa dentro dela morreu ao ver ele sorrindo quando a unidade 01 destruía o inimigo com Asuka lá dentro.
Com um olhar abatido ela focou uma cena a sua frente, ela sentiu seu coração se partindo com a visão de Shinji chorando desesperadamente, ela podia sentir a sua luz machucada, era como se ele quisesse o fim, ela podia sentir a luz de Asuka, mas como ela iria falar sobre isso sem comprometer seu maior segredo?
Mari lentamente puxou Shinji, ela podia sentir ele lutando um pouco isso, mas com muita determinação ela conseguiu, passando os braços sobre sua cintura, Mari o abraçou com o maior carinho que conseguiu ter, ela queria mostrar que ele não estava sozinho.
Shinji sentiu o corpo de Mari contra o seu, ele queria poder se afastar, mas alguma coisa dentro dele despertou, era como se ele já tivesse conhecido aqueles braços, sentindo uma pequena calma tomando conta de seu corpo, Shinji se permitiu chorar nos ombros de Mari, ele podia sentir a tensão saindo de seu corpo.
"Eu quero ela de volta!" Chorou o menino ao sentir a culpa tomando conta de seu corpo.
"Eu quero pedir desculpa por não ter conseguido ajuda-la."
Mari chorava lentamente com isso, ela rapidamente passou as mãos pelas costas de Shinji na esperança de conseguir algum conforto.
"Ela sabe filhote..." Mari falou com a voz chorosa.
"Você não tem culpa."
Shinji ao escutar aquelas palavras, sentiu ainda mais raiva de seu pai, ele prontamente apertou ainda mais Mari.
"Eu a amava, ela foi a primeira pessoa que me fez sentir bem..."
Mari sorriu ao escutar isso, rapidamente seus olhos caíram em Rei, ela podia ver a tristeza nos olhos dela, não pela confissão de Shinji, mas sim por não saber o que fazer numa hora como essa.
"Ela sabia disso..."
"Asuka me desculpe..."
Mais ao fundo, duas figuras olhavam para toda a cena que estava desenrolando, Thanato lentamente olhou para o lado ao ver Lilith olhando para tudo com uma carranca forte no rosto.
"Mais mudanças?"
Lilith estava parada como uma estátua, seu rosto mostrava um pouco de irritação, Thanato podia sentir que era melhor ficar calado, mas tinha uma coisa errada, ele sabia quando uma pessoa morria no mundo, ele ainda não tinha sentido a alma de Asuka.
Com um piscar de olhos, ambos se encontraram numa grande sala, podendo ver uma forte luz vermelha emanando de dentro dela, Thanato olhou para lá com choque, podendo ver uma pessoa deitada, ele sabia quem ela era.
"Ela está viva, mas porque não falaram para ele?" Lilith perguntou para o nada, tudo isso estava muito diferente como das outras vezes, Thanato olhou para ela com curiosidade.
"Lilins são seres imprevisíveis."
"Porque fizeram isso com ela?" Maya perguntou ao ver Asuka deitada na sala vermelha, ela podia ver Ritsuko sentada olhando para a garota com desdém, em sua cabeça tinha uma faixa curativa.
"Asuka é um espécime valioso, não vale a pena descarta-la, podemos estudar como seu corpo está reagindo a uma contaminação deste nível." Falou a médica com desdém ao fumar um cigarro, ela ignorou o olhar desaprovador de Maya.
"Senhora... porque estamos mantendo isso em segredo?"
"Ordens do comitê e do comandante Ikari, espero que saiba o que isso significa?" Ritsuko falou como se fosse a coisa mais comum do mundo, Maya engoliu a seco ao saber como isso seria, ela rapidamente olhou para baixo, sentindo vergonha de sua função pela primeira vez na vida.
Ritsuko sabia que isso era errado, Maya era uma boa pessoa, mas infelizmente ela teria que usar sua pupila para conseguir algumas informações, mesmo que isso acabasse com o respeito que a jovem tinha por ela.
Lilith olhava para tudo com raiva, ela queria ter o controle, mas parecia que quando mais ela olhava, mas o destino mostrava que as coisas estavam diferentes, parecia que alguma coisa não queria que ela tivesse sucesso com sua criação, com um som de asas batendo ela sumiu, ela queria poder punir os Lilins, parecia que nunca eram aprendidas as lições dos impactos anteriores, essa iria ser a última chance da humanidade.
Thanato olhou para a cena a sua frente, ele rapidamente pensou em como poderia ajudar, Lilith estava mais fechada que o normal numa hora como essas, um pequeno sorriso nasceu em seu rosto.
Lentamente os dias foram passando, Shinji não queria fazer nada, nem Misato tinha conseguido sucesso em tentar se comunicar com o menino, nem seus amigos de escola, nem Mari ou Rei tinham conseguido, Misato abaixou o velho telefone de Shinji, vendo as mensagens que seus amigos tinham lhe deixado.
Lentamente ela se viu na frente da porta do menino, ela queria poder bater e entrar, mas o que ela falaria? Como ela tinha que agir? Respirando fundo ela tentou, com uma batida delicada na pequena porta.
"Shinji? Posso entrar?"
Não recebendo a resposta que desejava, Misato decidiu abrir a porta, vendo como o lugar estava escuro e sem vida, ela pode ver o menino deitado olhando para o teto, com somente sua respiração dando sinal de vida, em suas orelhas seu S-DAT tocando na esperança de conseguir ajudar.
"O que foi senhorita Misato?" Perguntou Shinji.
Vendo o estado deplorável do lugar, Misato tentou suas melhores artimanhas.
"Ela não iria querer isso shinji, tem que conseguir melhorar..." Falou a mulher de cabelos roxos, não teve a atenção que queria, ela tentou se comunicar novamente.
"Porque não vai para a cidade? Acho que pode conseguir alguma coisa para fazer por lá, tipo assistir um filme..."
"Não quero..." Shinji falou secamente, não que ele gostasse de falar assim com Misato, mas sua mente não queria interagir com ela, nem com ninguém.
"Eu... eu agradeço o que está tentando fazer, mas agora não, somente quero ficar sozinho." Falou Shinji ao rolar para o lado, deixando uma lagrima solitária escorrer pelo seu rosto, Misato abaixou o olhar ao sentir o fracasso, pelo menos ele falou alguma coisa.
"Tenho que ir a NERV, pode me procurar sempre que precisar, eu quero ajudar." Misato falou abatida na porta.
"Nada pode me ajudar, acho que nunca mais vou conseguir sorrir, nunca mais vou conseguir ser feliz, ela era tudo para mim... Ele tirou o que eu mais amei neste mundo."
Shinji falou com raiva, mas não era direcionado para Misato, mas sim para seu pai, a sua guardiã o olhou com pena, lentamente ela começou a sair do pequeno quarto, torcendo para que Shinji se sentisse melhor.
Finalmente sozinho em seu quarto, Shinji fechou os olhos com força, para todos os lugares que olhava, ele via Asuka, ele podia sentir seu cheiro, podia sentir sua presença, a dor nunca amenizou, ele queria somente desaparecer.
"Me desculpe."
Lentamente flutuando pelas profundezas do oceano, uma criatura negra se aproximava, nada parecia incomodar, nem a forte pressão, ou os pesados detritos que estavam em seu caminho, ele somente sentia a presença de seu pai, ele sabia o caminho para a purificação.
Com um movimento delicado e fino, Zeruel foi saindo das águas vermelhas do oceano, seu foco no pequeno ponto em sua mente, ele iria conseguir purificar a terra, seu pai iria ter a vitória final.
Com um grito abafado e fino, lentamente a criatura começou a flutuar ainda mais alto, com somente um único foco, destruir a raça Lilin.
Misato estava com Kaji, o clima estava uma desgraça, ela queria poder fazer alguma coisa neste momento, qualquer coisa para conseguir mudar sua visão de como poderia melhorar as coisas com seu protegido.
Kaji inspirou, uma rápida olhada em seu relógio de pulso mostrava que ele estava na hora de trabalhar, mesmo no fundo de sua mente ele queria poder ficar com Misato neste momento difícil, mas o dever chamava, ele tinha que se encontrar com seu Gendo no QG e dar as atualizações para Albuquerque.
"Katsuragi, eu tenho que ir." Kaji falou com a voz calma e controlada, lentamente ele tocou o ombro da mulher que tanta amava.
Misato soltou um longo suspiro ao escutar isso, no fundo ela queria que Kaji ficasse, um pouco de conforto seria bom neste momento difícil, mas ela sabia que Kaji estava metido com algumas coisas que no fim levariam a sua morte.
"Sabe que o comandante não é burro..." Começou a mulher a falar, sua cabeça ainda abaixada mostrando um pouco de seu rosto abatido, Kaji fechou os olhos ao saber que Misato estava certa, com certeza seu fim estava próximo, atentamente ele escutou tudo que ela falava.
Misato percebendo o silencio, rapidamente começou a falar com uma pequena raiva, ela já tinha perdido muitas pessoas queridas neste mundo, não iria ser com Kaji que as coisas iriam mudar.
"Eu não quero saber no que você está metido, nem quero que me diga, mas se você for uma pessoa esperta, vai saber que a hora de parar está próxima."
Kaji assentiu com essas palavras, realmente era melhor para Misato não saber sobre as coisas que ele fazia, mas no fundo ele sabia que sua busca pela verdade uma hora iria acabar.
"Um dia Misato, eu vou te contar tudo que está acontecendo, agora não posso."
Misato olhou para Kaji andando até a porta de seu apartamento, uma ligeira raiva passou pelo seu rosto ao escutar essas palavras, mesmo ela falando que não queria se envolver, somente o som dos passos do homem podia ser escutado, mas antes de sumir de vista, Kaji falou com seu sorriso original no rosto.
"Um dia Misato, vamos estar em uma casa simples, olhando para as colinas no horizonte... e quando esse dia chegar, eu vou contar tudo que você queira saber, eu prometo isso."
Misato olhou para aquele sorriso, realmente a imagem mental deste momento foi bom aos seus ouvidos, ela velhinha ao lado de Kaji, ambos podendo relaxar quando finalmente não estivessem em perigo, mas parecia que esse sonho de criança era uma peça infantil de algum filme.
Novamente o som da porta se fechando e mais nada, lentamente ela abaixou a cabeça, se perdendo novamente no sentimento de solidão que atacou seu corpo com força, com um suspiro triste ela ficou na sua sala vazia e sem vida.
O centro de comando estava com a moral destruída, eles ainda tinham em mente os gritos de Shinji contra seu pai, o momento em que o menino implorou para que a luta parasse, sabiam que eles tinham descaradamente matado um de seus pilotos como se não fossem nada.
Maya abaixou o olhar para seu console, com uma olhada para o lado, ela podia ver seus colegas trabalhando em seus respectivos postos, ela sabia sobre a verdade de Asuka, mas não podia contar para ninguém, isso estava machucando sua alma, ela não tinha entrado para a NERV para esconder informações, ela queria ajudar o mundo.
Mas antes dela poder reclamar ou fazer alguma coisa, todos os alarmes na sua frente dispararam, olhando para frente com medo, ela sabia muito bem o que aquilo representava, os MAGIS estavam gritando que um anjo tinha entrado na cidade.
"Inimigo detectado!" Hyuga gritou ao começar a disparar mensagens para todos os postos de trabalhos, ondas de choque podiam ser sentidas no centro de comando.
Misato tinha acabado de chegar na NERV, tendo conseguido dirigir com somente um único braço, agradecendo os deuses por conseguir ainda fazer isso com perfeição, lentamente ela pegou o comunicador do sistema de transportes da NERV, querendo saber tudo que poderia neste momento.
"Situação?!" Ordenou a mulher, ao ver toneladas de armamento militar passando pelos longos tuneis ao seu lado.
"O inimigo está se dirigindo para o centro da cidade, as pessoas já estão sendo evacuadas! Já conseguimos o paradeiro dos pilotos, somente Shinji está ausente!" Shigeru relatou apressadamente, Misato mordeu o lábio ao saber disso, mas podia entender Shinji.
Novamente outra onda de choque acertou o complexo, desta vez forte o suficiente para fazer com que seu corpo chacoalhasse com a força.
"O inimigo destruiu todas as camadas de proteção!" Maya falou chocada, Misato parou para pensar por um momento, ela rapidamente ordenou com a voz apressada.
"Implante os EVAS no Geofront, não vamos ter tempo para implementar eles na cidade, deem tudo que podemos para parar essa coisa!"
Shinji olhava para os belos campos do Geofront, ele pode ver quando o teto sofria avarias contra os disparos do inimigo, ele sabia que seu lugar agora era dentro de seu EVA, mas ele não queria mais lutar, seu corpo não queria mais nada, ele somente queria desaparecer.
Mesmo que ele quisesse lutar, seu pai tinha lhe retirado esse direito, agora com o sistema Dummy se mostrando eficiente ele não era mais útil, agora era somente sentar em um abrigo e esperar.
Assim como as ordens "diretas" de Mari e Rei, elas queriam que ele entrasse em um lugar seguro, o assegurando que quando tudo acabasse, eles iriam voltar a conversar mais.
Andando com passos lentos, o menino voltou ao lugar onde Kaji tinha lhe mostrado sua plantação de melancias, com olhos abatidos, Shinji as observou, com o som de material pesado caindo, ele observou quando Zeruel começou a descer, era estranho ver os anjos na perspectiva das pessoas comuns.
Com um movimento lento ele se sentou na grama, olhando para o inimigo com olhos tristes e abatidos, rapidamente o som de metal se movendo chamou sua atenção.
Podia ver uma enorme criatura se erguendo, podia ver a forma enorme do gigante vermelho segurando duas armas pesadas, ele lançou um pequeno sorriso ao saber que Mari iria conseguir matar aquela coisa, mas uma parte de seu corpo ficou abatida ao ver aquele EVA, o EVA de Asuka, ela com certeza iria odiar que outra pessoa tocasse em suas coisas.
Com um sorriso abatido ele escutou quando a mesma tentava parar o avanço de Zeruel, seus ouvidos doíam com a intensidade do som das armas, mas ele não se importou, tudo que Shinji fez foi abraçar os joelhos e pensar em Asuka.
Com o som da batalha se desenrolando ao fundo, Shinji somente pensou na sua vida, o quanto ele tinha falhado, parecia que nada que ele fizesse poderia mudar isso, era como se a felicidade tivesse alguma coisa contra ele.
"Isso tudo é sinistro, não é?" Um homem falou ao seu lado, Shinji levantou a cabeça ao ver aquela pessoa novamente, o mesmo homem que estava ao lado da garota de roupas escolares, o mesmo homem que estava em seus sonhos, somente uma única diferença agora, sua roupa, em vez de um terno bonito, era a farda da NERV.
Olhando com medo para a pessoa, Shinji se sentiu paralisado, ele queria poder correr ou gritar, mas seu corpo não respondia, ele somente observou quando o homem se sentou ao seu lado, olhando para a batalha com um olhar triste.
"Tudo isso é somente uma pedra no sapato da humanidade." Falou Thanato ao observar quando Mari saltava para desviar dos braços afiados de Zeruel, ele podia sentir o esforço da garota, Zeruel estava conseguindo se virar bem contra as investidas de Rei e Mari.
"Quem é você?" Perguntou o menino com medo para o homem.
Thanato olhou novamente para Shinji, ele podia compreender o medo do menino, mas como Lilith tinha instruído, ele não poderia se expor muito.
"Não importa quem eu sou, somente quero que pense no futuro." Respondeu o homem com um olhar abatido, Shinji não conseguiu entender suas palavras isso já estava irritando ele.
"Porque não está lá com elas?"
Shinji piscou ao escutar isso, ele queria poder ajudar, mas seu pai tinha lhe proibido, e não tinha nada que ele pudesse fazer sobre isso, novamente outra pequena explosão tomou conta do ambiente, Shinji observou quando parte dos membros danificados da unidade 00 voavam com o mínimo contato com os braços do inimigo.
Arregalando os olhos ao ver isso, Shinji rapidamente sentiu medo novamente, ele não queria poder perder mais pessoas queridas na sua vida, mas o que ele poderia fazer agora?
"Meu pai me proibiu!" Shinji rosnou ao olhar para a batalha novamente, ele observou quando a unidade 02 ia em auxilio de seu colega, somente para ser atingido pelos braços do inimigo, isso tudo somente o deixou ainda mais assustado.
Thanato olhou para a cena com calma, isso tudo era normal para ele, não era difícil pensar que o mundo estava novamente indo para o fim, novamente ele ficaria sozinho e teria muito trabalho.
"E o que isso importa, sabemos que a unidade 01 somente funciona com você..." Thanato falou ao sentir Gendo tentando ativar a unidade 01, ele podia sentir o olhar chocado de Shinji em cima dele, mas agora não tinha tempo para explicações.
"Somente você pode fazer isso, porque acha que até agora ela não foi implementada?"
Shinji sentiu uma onda de medo percorrendo seu corpo, uma olhada rápida para cima revelou quando Zeruel conseguiu atingir a unidade 00, Shinji se levantou aterrorizado ao ver o gigante branco sendo cortado ao meio.
"REI!"
"Acha que Asuka iria querer te ver assim?"
Thanato olhou para Shinji com pena, não era comum uma pessoa assim ter tanta responsabilidade, isso o deixou abatido, isso era tarefa de adultos, novamente ele olhou para frente, podendo ver o gigante vermelho correndo sem um de seus braços, em suas mãos uma lamina em um ataque desesperado de parar o inimigo.
"MANA! NÃO FAÇA ISSO!"
Shinji tentou em vão, seus olhos se arregalaram quando Zeruel se virou, com um movimento simples e rápido esticou seus braços, com o som de vento se movendo rapidamente, Shinji fechou os olhos quando a unidade 02 perdia a cabeça, ele segurou o rosto ao começar a pensar que tinha que fazer alguma coisa.
Thanato olhou para Shinji com pena e um sorriso, ele rapidamente se levantou e colocou as mãos no bolso.
"Garoto, o mundo é um lugar cruel, mas pense que tem coisas que somente você pode fazer alguma coisa..." Thanato falou ao olhar para Shinji, ele pode ver que agora tinha atenção do menino, com um sorriso ele falou, sentindo a mesma energia que Lilith sentia.
"Um dia você vai brilhar Shinji, um dia a felicidade vai te acertar, confie... pois quando esse dia chegar... Menino, esse dia vai ser especial..." Thanato falou sorrindo ao começar a sair andando tranquilamente, Shinji olhou para o homem com dúvidas, não entendendo aquilo tudo, olhou para sua mão.
Voltando a olhar para a pessoa misteriosa, Shinji arregalou os olhos ao não ver mais ninguém, sentiu sua respiração acelerando, Shinji olhou para os gigantes agora destruídos, Zeruel caminhou tranquilamente para a pirâmide do Geofront.
Assentindo com o pensamento, Shinji rapidamente começou a correr, ele tinha um objetivo para cumprir, ele somente esperava que não fosse tarde demais.
"Porra!" Gritou Gendo ao socar o painel, na sua frente mostrando os status de erro da unidade 01, ela estava rejeitando o sistema Dummy, tudo estava perfeito antes, porque agora?
"Yui!? Porque está me rejeitando?"
Na sua frente, Ritsuko tentava com tudo que podia ativar a unidade e a cada tentativa, mais mensagens de erro surgiam na sua frente.
"Não adianta!" Gritou a mulher com os olhos arregalados.
"Continue tentando!" Gendo falou ao tentar outra artimanha, mas sempre falhava.
"PAI!" Shinji gritou ao parar na frente da unidade 01, ele pode ver quando os olhos da unidade brilharam em branco, todos no centro de comando pararam de digitar, somente o som dos computadores trabalhando podiam ser escutados, sentindo raiva ao ver a fonte da recusa se Yui, Gendo falou com nojo.
"O que faz aqui?"
Shinji olhou para o pai com raiva, não querendo perder tempo.
"Eu vou pilotar a unidade 01! Saia do meu caminho!"
Gendo olhou para o filho com mais raiva ainda, ele queria voltar a pilotar, mas pelo menos isso faria com que o cenário pudesse ser feito de alguma forma, com um sorriso interno, ele falou com satisfação ao saber que o dia em que se encontraria com Yui tinha chegado.
Misato olhava para os status do console central, todos os EVAS destruídos, a unidade 01 não tinha como ser ativada sem Shinji, parecia que o fim tinha chegado, com uma olhada final para seus companheiros ela abaixou a cabeça.
"O inimigo chegou no ducto central!" Hyuga relatou com medo, Misato lentamente se aproximou dele e falou com a mão em seu ombro.
"Somente nos resta destruir o Geofront..."
Todos pararam os trabalhos ao saber o que isso significava, mas sabiam dos riscos, com um aceno abatido, Hyuga digitou os comandos necessários.
"É só dar a ordem."
Misato sorriu para ele com isso, pelo menos ela partiria entre amigos, mas antes que tudo acabasse, o som de coisas se partindo chamou sua atenção, olhando para frente, ela observou quando a enorme cabeça de Zeruel destruía tudo com facilidade.
Olhando horrorizado para o monstro, Misato apertou sua cruz de metal, rezando para qualquer divindade ajudasse na passagem, Zeruel olhou para seus alvos, eram como se fossem ratos à espera da morte.
Conforme eles esperavam pelo fim, o milagre aconteceu, saltando para frente, com um poderoso soco contra o inimigo, Shinji, lutando com tudo que podia neste momento, ele iria proteger as pessoas que amava.
Misato olhou para o rosto enorme da unidade 01, podendo sentir que Shinji estava lá, ela somente podia sentir isso.
"Shinji!" Sorrindo ela sentiu uma esperança, rapidamente ela olhou quando ele empurrava o monstro para fora, todos na sala estava novamente tentando alguma coisa para impedir o impacto final.
"Misato!" Gritou o menino ao levar o monstro para os elevadores.
"Levem eles para fora!" Ordenou a mulher, rapidamente se virou e indo para os elevadores, ela tinha que ver.
"MORRA!" Gritou o menino ao começar a socar o anjo, ele podia sentir sua raiva, ele iria descontá-la totalmente no inimigo, a cada soco que ele dava, era como se ele visse seu pai naquele rosto inimigo.
"MORRA! MORRA! MORRA!"
Finalmente se cansando do rosto parcialmente destruído de Zeruel, o menino finalmente encontrou o seu núcleo, sorrindo sadicamente ao encontrar a coisa que iria dar fim ao inimigo.
Mari correu para dar auxilio a Rei, ela podia ver a unidade 01 lutando para devorar o inimigo, ajudando Rei a ficar ao seu lado, ela sorriu ao ver que Shinji tinha voltado a lutar.
"Isso mesmo filhote, mostre quem manda."
"Está quase lá!" Gemeu o menino ao ver que estava faltando pouco para conseguir arrancar o pequeno núcleo, mas como tudo tinha que acabar, assim se foi sua esperança.
"NÃO!" Gritou o menino com raiva ao puxar seus controles, ele rapidamente sentiu novamente a vida lhe dando mais uma lição, sentindo um forte solavanco contra seu corpo, o menino sabia que o anjo estava reagindo.
"MALDIÇÃO!"
Parando de puxar seus controles, Shinji lentamente foi sentindo o peso do desespero, ele tinha falhado, ele tinha perdido tudo, nem mais pilotar ele poderia fazer, as pessoas estavam contando com ele, e como sempre, a decepção tinha que sorrir.
Ao som de um batimento cardíaco, Shinji olhou para frente, podendo ver somente uma luz branca, uma luz que lhe deu um calor interno, era como se ele fosse para a melhor cama do mundo, não sentia mais medo, não sentia mais raiva, era somente paz, seus olhos foram lentamente se fechando, ele se deixou levar.
"Unidade 01 atingiu o limite operacional!" Maya relatou com medo.
"Merda!" Gritou Misato ao saber que agora tudo tinha ido para o nada, ela rapidamente se virou e olhou para Ritsuko em busca de qualquer resposta, mas ela mesma podia ver que não tinha nada mais a ser feito.
Saindo do lado de fora, Misato olhou com lagrimas os olhos quando viu Zeruel tentando matar seu inimigo mais forte.
Maya estava com seu computador, seus olhos se arregalaram quando ela começou a receber os dados do sistema.
"O que?" Isso foi suficiente para que todos fossem em sua direção, a única que sabia o que estava acontecendo foi Ritsuko.
Rapidamente Misato olhou para frente ao ver quando os enormes braços da unidade 01 se ativaram novamente, segurando o inimigo, seu rosto mostrava somente puro horror e raiva.
"Shinji?" Perguntou Misato.
"Não, a criatura despertou!" Ritsuko falou com medo, eles olharam horrorizados quando as partes da armadura da unidade 01 começaram a brilhar em vermelho, ela lentamente olhou para a mão em culpa.
"O que está acontecendo!?" Gritou Misato ao olhar para ver a unidade 01 caminhando até o inimigo, usando seu novo campo AT para rasgar sua pele.
Ritsuko olhou com medo para todos, ela sabia o que estava acontecendo, eles somente observaram quando uma enorme aureola se abria sobre a cabeça do gigante roxo.
"A criatura está acordada, agora não podemos fazer mais nada..." Ritsuko olhou para a cena e fechou os olhos, não conseguindo sentir o peso da vergonha, todos olharam horrorizados quando o céu mudava para vermelho, enormes círculos se abriam, asas de energia surgiam nas costas da unidade 01, Misato já tinha visto isso antes.
Gendo olhou sorridente para Kozo ao seu lado, o dia tinha chegado, ele tinha tido sucesso no seu cenário, ele finalmente iria se encontrar com Yui.
"Finalmente, depois de tanto tempo de espera, nosso cenário está concluído!" Falou o homem ao ver os portões de Guf abertos sobre ele, era somente esperar agora.
Fuyutsuki sentiu que alguma coisa estava errada, finalmente no fim ele pensou em suas ações, será que o comitê não saberia de sua traição Ikari?"
As pessoas no Geofront olhavam com medo para o céu, tudo parecia estranho, nunca tendo visto uma coisa assim antes, Misato sentiu sua respiração se acelerando ao saber que o mesmo estava se repetindo, o segundo e o terceiro impacto, ela tinha perdido o pai, e agora Shinji.
Com lágrimas nos olhos, ela rapidamente olhou para cima, vendo o Deus adormecido indo cada vez mais alto, ela somente fechou os olhos e rezou.
"Me desculpe Shinji...
"Nossa arrogância em brincar de Deus está mostrando suas caras, agora somente temos que aceitar a punição contra nossos erros..." Falou Ritsuko ao olhar para baixo.
"Isso é o fim... o terceiro impacto começou... chegou o fim do mundo."
Notas do Autor: Olá pessoal Calborghete aqui, temos enfim o capítulo 26 – Fim do mundo, espero que tenha sido de agrado de todos, como sempre não deixem de segui-la e salva-la em seus favoritos para não perderem mais nenhuma atualização futura.
Finalmente chegamos ao final do arco 2.22, vamos entrar agora no território do 3.33 e 3.0 + 1.0, as coisas vão mudar um pouco e tentarei deixar as coisas mais sombrias, espero que gostem.
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