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Então agora sem mais enrolação, boa leitura.
"Diálogos"
- Pensamentos -
"Conversa via Rádio"
"Auto conversa."
Nota de Responsabilidade:
Evangelion, seus personagens e cenário são propriedade de Hideaki Anno. Qualquer marca, filmes e séries mencionados nesta Fanfic é propriedade de seus criadores.
Capítulo 29
Mais um dia se passava na poderosa Wunder, a tripulação atuando perfeitamente em seus postos, Maya na manutenção, ela trabalhava duro para conseguir fazer com que os equipamentos funcionassem como deveriam, Hyuga e Shigeru estavam no posto, para eles o trabalho não tinha mudado em nada, mas antes era diferente, eles não teriam que viver com medo de ser expostos pelo o que tinha acontecido naquele dia.
Olhando para frente com um olhar cansado e frio, Misato ainda se lembrava da ameaça de Mari contra ela, todos queriam uma punição por uma insubordinação, mas ela de alguma forma deixou isso passar, sua mente tentando seguir em frente ao saber que tinha falhado completamente, ela agora teria que viver com esse erro, pelo menos ela conseguiu isso nos seis anos que se passaram desde aquele episódio.
Ritsuko tentou seguir em frente, mas sua amizade com Misato tinha sido destruída naquele dia, ela sabia que seu plano tinha ido longe demais, mas isso era uma guerra e na guerra não tinha que pensar muito, somente na sobrevivência.
Mari estava sentada, na sua frente uma pequena porção de comida, tudo era sem gosto agora, não tinha mais vida, sua vida tinha sido destruída com a perda de Shinji, com a sua falha em proteger o filho de sua melhor amiga, fechou os olhos e pensou em como poderia conseguir ajudar o filhote de alguma forma, mas nada vinha, somente o nome MAGI.
Sentada na frente de Mari, uma garota jovem com um lenço azul em volta do pescoço, Sakura ainda pensava no dia em que Shinji tinha acordado, em sua raiva contida ao saber que ele tinha sido o responsável pela morte de seu pai, o terceiro impacto tinha levado sua família, somente tinha sobrado Toji, seu irmão mais velho.
Olhando para frente, ela pode ver como Mari tinha mudado desde a notícia do julgamento e punição do garoto, ela ainda não conseguia entender como sua amiga, uma pessoa que admirava profundamente sentia pena de um criminoso, muitas vezes ela tentou escutar o motivo, mas a raiva sempre tomava conta de seu corpo.
Colocando a comida de volta no prato, Sakura olhou para Mari e falou com a voz calma e controlada, mesmo ela sabendo que não estava assim na vida, pelo menos era bom ter alguma conversa nesta nave de metal, mesmo que isso com certeza iria terminar em briga.
"Ainda pensando nele?"
Mari levantou a cabeça e olhou para a jovem médica, a morena ainda lutava para conseguir provas necessárias, mas nada era possível, nem Kaji tinha conseguido alguma ideia que não estivesse dentro do território controlado pela NERV ou SEELE, ela teria que esperar pelo dia final.
Mexendo sua comida com delicadeza, Mari estava cansada, cansada de se sentir triste, cansada de ter que brigar com Asuka, cansada de ter que tentar mudar a mente das pessoas, mas a guerra não era fácil.
"Não tem nada de errado nisso doc, não consigo entender como as pessoas não olharam para Shinji e viram que ele era somente uma vitima."
Sakura apertou suas mãos ao escutar isso, no fundo ela tentou se controlar ao máximo para não perder a paciência, mas sempre que o nome de Shinji era levantado, a ira subia junto, isso foi percebido por Mari que a olhava com curiosidade.
"Vítima!? Ele foi a causa disso tudo!" Sakura falou com a voz contida, ela não queria dar um show para as outras pessoas no pequeno espaço, Mari novamente respirou fundo, juntado paciência para conseguir se controlar.
"Ele não queria isso doutora, ninguém podia imaginar que o terceiro impacto poderia ser iniciado pelos EVAS, somente Gendo e sua corja..." Mari começou a falar com a voz cansada, sua vida parecia um disco quebrado nestes seis anos que tinham se passado.
"Shinji causou isso! Ele querendo ou não foi ele! Ele tinha que ser punido de alguma forma contra o que fez com o mundo! Não poderíamos deixar isso passar! Ainda acho que foi pouco! Quem acredita no contrário é burro!"
Sakura ainda olhava para Mari com raiva, mas pelo menos isso ela não poderia negar, a lógica estava certa, mas Shinji era filho de Gendo e para muitos já era um motivo logico, rapidamente ela começou a falar alguma coisa em busca de qualquer coisa que poderia provar seu ponto, assim como todos os tolos.
"A WILLE não iria cometer esse erro, estamos querendo arrumar o mundo e parece que tem pessoas que ainda não conseguiram entender isso!" Sakura falou irritada ao bater a mão na mesa, Mari ainda continuava com o olhar focado sem se intimidar com a pequena explosão da médica.
Sakura respirou fundo para se acalmar, lutando para se controlar e não chamar a atenção, mas julgar pelo olhar de Mari, com certeza ela teria que aguentar.
Mari inspirou profundamente ao voltar seu olhar para Sakura, seu olhar era frio e impiedoso, mostrava claramente que nada iria mudar seu ponto de vista, ela tinha conhecido Shinji melhor que qualquer outra pessoa neste mundo, pouco admira para Mari que Sakura não gostasse de seu afilhado, mas ela tinha que retrucar, e somente tinha uma única pessoa que conseguia fazer a menina mais nova calar a boca.
"Então seu irmão é burro?" Mari começou a falar com a voz profunda e séria, Sakura nunca tinha visto esse lado de morena na sua frente, ela sentia medo naquele dia, isso somente deu mais liberdade para a piloto continuar e ao escutar a menção ao seu amado irmão calou sua boca.
Toji sempre defendeu Shinji, Sakura nunca entendeu esse motivo antes, ela sabia que a WILLE era a certa neste caso, sua mente não queria entender como ele e os outros que o conheceram poderiam não aceitar esse fato.
Mari ainda esperava uma resposta, com outra suspirada abatida ela continuou usando todas as suas armas para conseguir provar algum ponto aqui.
"Toji acreditava em Shinji, ele sempre o defendeu na vila, assim como Kensuke... como Hikari e todos os outros que desconfiam das versões oficiais, um dia sua mente vai se abrir Sakura... e verá que está sendo uma tola."
"Mas..."
Mari abaixou seus talheres e olhou profundamente para Sakura, ela sabia que a menina era muito jovem, teria uma vida longa para entender seus erros, ela poderia ter uma aparência jovem, mas sua mente era de uma mulher mais velha, em seu tempo com Kaji, Mari tinha aprendido bastante coisa.
"Um dia Sakura... você vai ter que aceitar o fato que nada é como se parece..." Com um movimento lento e limpo, Mari se levantou, ela ignorou os olhares e sussurros que recebia de todos ao seu redor, muitos perderam o respeito que tinham por ela por sua defesa a Shinji, mas Mari não se importou, ela somente queria ir para seu quarto.
Sakura olhou para Mari com surpresa, usar os nomes de seu irmão e amigos mais íntimos tinha sido um golpe baixo, mas pelo menos uma coisa tinha acontecido em sua mente, olhando para as costas de Mari saindo, ela pensou em tudo que podia se lembrar, das conversas com seu irmão, em todos os seus argumentos para conseguir provar que estaria certo.
Se sentando olhando para sua comida, Sakura se lembrou de seu respeito por Shinji, de como ele tinha salvado sua vida no dia em que o primeiro anjo atacou sua cidade, de como ela ficou irritada com Toji por bater em Shinji como uma vingança, da raiva que ela sentiu por esse episódio.
Apertou a mão ao começar a se sentir uma tola, Sakura fechou os olhos ao sentir a vergonha tomando conta de seu corpo, tudo que ela pensava em como seus pais deveriam estar desapontados com ela, Toji sempre foi o mais experto quando se tratava de pessoas.
Com o rosto sorridente de seus familiares na vila, Sakura pensou em Shinji, ela realmente poderia estar errada?
"Será?"
Asuka olhava para o teto de seu quarto, antes ele era deprimente, não pelo mundo destruído, não pelo seu sentimento de solidão que assolou seu corpo naquela máquina que ela chamava de lar, mas agora ela estava sozinha, a pessoa que dormia logo abaixo estava ausente.
Soltou um longo suspiro ao pensar em Mari, fazia alguns meses que ambas tinham novamente se desentendido, fazia meses em que elas não se falavam, fazia meses em que sua melhor amiga dentro da Wunder estava afastada, para os outros tudo estava bem, para quem via de fora Asuka era a mesma Asuka de antes, a lutadora solitária, a guerreira que não queria papo com os outros.
Mas a realidade era outra, a solidão gritava contra ela, os pesadelos em seus sonhos que sempre envolviam certa pessoa, uma pessoa que lhe deu valor, a pessoa que ela pode chamar de amor.
Sentindo uma lagrima escorrendo pelo seu rosto, Asuka não queria admitir, mas ela sentia falta de Shinji, já tinham se passado seis anos desde que ele tinha sido condenado a morte, parte dela gritava para que isso fosse falso, que era somente mais um pesadelo que assolava sua mente.
"Não." Falou a mulher ao limpar o rosto, seus olhos afiados focando no teto de metal, um teto que ela tinha que chamar de lar, um teto que há muitos anos ela não sentia o calor de poder chamar oficialmente de lar, até o quarto pequeno que Kensuke gentilmente lhe deixou usar na vila de refugiados.
Balançando a cabeça para os lados, Asuka tentou desesperadamente limpar a mente, mas conforme ela tentava, mais isso doía, mais isso incomodava, a dor de saber que tinha perdido a única pessoa que ela realmente amou machucava mais que qualquer outra batalha.
"Droga Shinji!" Rosnou a mulher ao começar a sentir a represa sendo destruída pelas emoções, ela ainda se perguntava o motivo de ainda pensar nele, os motivos de ainda sentir sua perda, o luto não demorava tanto para passar.
Para todos dentro da Wunder Shinji estava morto, sentindo o peso de suas ações contra a humanidade, todos aceitaram isso de braços abertos, pessoas bebiam e gritavam canções de alegria para comemorar sua morte, mas para um pequeno punhado de pessoas, essa maldita data tinha virado um inferno, era a data que representava a falha como uma guardiã para Misato, uma pessoa que tinha recebido a responsabilidade de cuidar de sua vida.
Para Mari era a perda de uma parte feliz de suas memorias, a única coisa que a ligava com Yui, a alegria de saber que tinha uma família, para Rei era ter perdido um grande amigo, uma pessoa que lhe deu valor e a fez sorrir.
Mas para outros era o carinho que nunca mais iria poder receber, o toque gentil de seus braços, o calor de seu beijo, isso era o que mais machucava Asuka, era isso que ela mais temia no mundo, perder a felicidade que a tanto tempo ela desejou, mas parecia que ninguém no mundo poderia lhe dar isso, a única pessoa que conseguiu agora estava morto.
Se recuperando, Asuka se virou, buscando desesperadamente o consolo da solidão, seu vídeo game portátil, o lugar onde ela não teria que lidar com a dor do mundo exterior, ela não teria que lidar com a culpa de não ter feito nada no dia de seu retorno, a dor que a culpa estava fazendo com seu corpo.
Focando seus olhos atentamente no pequeno game, Asuka lutava contra inimigos que a muito tempo ela tinha conseguido, o jogo parecia sem vida neste mundo, nem os pequenos presentes de Kensuke tinha conseguido lhe trazer a vida de volta ao seu mundo.
Parando os pequenos gestos de seus dedos, Asuka pensou em sua última visita a vila, o pequeno lugar onde as pessoas que conheciam Shinji tinham preparado em sua memória uma lápide, foi a primeira vez que Asuka tinha visto sua velha amiga.
Hikari estava lá para lhe dar um pouco de boa vida, uma comida bem-feita, uma pessoa caseira que tinha conseguido se adaptar ao novo mundo, nem Asuka tinha conseguido entender como as pessoas estavam sendo felizes com menos, com menos recursos, comida chata e sem sabor, sem os prazeres da vida anterior.
Ainda olhando para a tela agora sem vida de seu game, Asuka pensou, ela sabia como isso era possível, Hikari tinha encontrado a pessoa que iria lhe dar suporte, tinha encontrado a pessoa que iria lhe ajudar nos momentos difíceis, tinha encontrado a pessoa que sempre estaria lá para lhe ajudar.
Fechou os olhos ao sentir sua memória querendo lhe trair, Asuka lutou para conseguir limpar a imagem de Shinji, o sentimento que tomou conta de seu peito, um sentimento de perda a tomou.
"Ele morreu, aceite isso." Asuka falou para si mesma, ainda com seus olhos focando na tela agora apagada, ela queria poder jogar, poder se desligar do mundo de merda em que todos tinha ficado, mas parecia que seu passatempo favorito tinha perdido sua força nestes seis anos, ela somente escutava a voz de Mari lhe dizendo que ela era mais uma pessoa como as outras.
"Eu não sou como eles!"
Fechou os olhos ao pensar em como essas palavras tinham machucado seu coração, Asuka nunca iria admitir, mas o sentimento de solidão tinha atingido seu corpo, ela não queria perder Mari, ela não queria perder mais pessoas que ela amava neste mundo, ela já tinha perdido Misato, perdido Shinji, não poderia perder Mari a pessoa que tinha conhecido sua mãe.
"Mama... o que você faria na minha situação?" Asuka perguntou deprimida ao olhar novamente para o teto, ela queria desesperadamente poder falar novamente com sua mãe, mas como sempre, ela somente recebia o silencio, mas no fundo ela sabia muito bem como deveria ter agido.
"Eu teria morrido com ele..." Asuka tentou falar, mas parecia que as palavras não saiam de sua boca, o medo tomou conta de seu corpo, o medo das pessoas se voltarem para ela como tinha se voltado contra Mari, mas diferente da sua colega de quarto e amiga mais próxima, a morena não se importava com isso, era exatamente como Mari dizia.
"O que é certo é certo."
Inspirando profundamente, Asuka se perdeu em quantas vezes os outros falavam sobre Mari pelas costas, a chamavam de traidora, tudo isso pelo simples fato de uma defesa par shinji, ela lutava pela sua memória, algo que Asuka sempre tentou deixar o destino limpar as feridas.
Olhando para suas mãos, Asuka pode as ver ambas tremendo, isso a deixou irritada, ela não sentia medo de nada, era uma guerreira de elite e uma guerreira não poderia sentir esse sentimento perigoso, ela tinha que ser forte, sem medo, sem fraquezas.
"Você errou..."
Era isso que sua mente lhe falava, e Asuka nunca tinha tentado pensar de outra maneira, pelo menos na frente dos outros esse era seu pensamento, essa era a hora onde ela pensava a respeito de seus atos, esse era uma das razões das brigas com Mari.
"Eu não quero morrer!" Rosnou a ruiva ao pensar no seu erro, ela sabia que tinha pisado na bola, ela sabia que Shinji merecia o apoio que nunca teve, as pessoas somente olharam para ele desejando sangue e ela e os outros deixaram isso acontecer.
"Eu não quero morrer!"
Pensou novamente Asuka ao imaginar o que tinha acontecido com Shinji, o seu medo de morrer, como ela reagiria em sua situação? Como ela iria reagir ao ter que ir para o pátio da ONU? Saber que aquelas pessoas iriam atirar contra seu corpo para acabar com sua vida?
"Eu não quero morrer!"
Pensou Asuka ao levar as mãos para a sua cabeça, ela sabia que Shinji nunca foi uma pessoa que mostrava coragem, uma pessoa que mostrava que não tinha medo, ele muitas vezes era visto como um covarde, se ela sentia medo da morte, o que ele sentiu ao saber que iria morrer?
Sentiu a respiração acelerando ao imaginar o menino que tinha conseguido roubar seu coração, sentiu o desespero tomando conta de seu corpo ao imaginar o olhar de medo que Shinji teria no rosto ao ter que enfrentar o pelotão de fuzilamento, o seu medo por saber que ninguém tinha lhe ajudado quando ele mais precisou.
Pelo menos nisso Asuka sabia como era o sentimento, ninguém lhe ajudou quando ela ficou presa dentro do inimigo, ninguém veio ao seu auxilio quando seu corpo era destruído pelas mãos da unidade 01, Shinji não tinha ido lhe ajudar.
Sentiu a raiva e o rancor tomando conta de seu corpo, a muitos anos ela tinha aceitado o fato que ele não poderia fazer nada contra o sistema Dummy, Mari a muitos momentos tentou lhe explicar sobre isso, como o sistema funcionava, como Shinji não teve controle sobre nada naquele dia em especial, mas ela não queria escutar.
Essa tinha sido uma boa forma de vingança? Asuka pensou sozinha em sua cama, ela olhava para o teto de metal que seu quarto tinha, ela queria poder se sentir viva novamente, mas parecia que a vida tinha escapado dela, uma boa punição para um erro, assim como ele.
Sentindo que nada mais restava em seu corpo, Asuka somente iria fazer o que mais importava para ela, lutar, poder mostrar seu valor para o mundo, era assim antes, antes de conhecer Misato, antes de conhecer Shinji, antes de poder sentir.
Fechando os olhos, Asuka tentou limpar a mente, mas como sempre ela falhava, com o som de uma porta pressurizada sendo aberta, a ruiva olhou para o lado, ela sabia que somente uma pessoa entrava em seu quarto e ela sabia exatamente quem, seus olhos tristes focaram no topo da cabeça de uma mulher morena.
Mari olhava para os lados, podendo ver a bagunça que ela tinha feito, muitos livros espalhados por todos os cantos, isso era uma coisa que ela mais amava, ler... expandir a mente dos males que assolavam o mundo moderno e vermelho.
Olhando rapidamente para cima, ela pode focar em Asuka, como sempre jogando em seu game portátil, mas Mari tinha conseguido ver por trás da grande mascara, ela podia ver que a ruiva ainda sofria pelo o que tinha acontecido com Shinji, sentiu uma pontada no coração ao saber que tinha falhado com Yui, muitas noites ela passou com Rei para conseguir limpar um pouco da culpa do corpo, ela sabia que a menina não era Yui, mas pelo menos Rei não julgava.
"Oi princesa... ainda olhando para o nada achando que isso vai resolver alguma coisa?"
Asuka soltou uma longa respirada, ela podia sentir o tom venenoso de Mari, sem ao menos abaixar o pequeno console Asuka respondeu tentando manter a voz neutra.
"Resolver o que? Que no fundo pensar não vai adiantar nada."
Mari removeu seus sapatos, olhou para Asuka com um olhar decepcionado, a seis anos ambas lutavam juntas contra Gendo, a seis anos ela lutava para conseguir limpar o nome de seu afilhado, ela queria poder esfregar na cara de todos quando mostrasse que não eram heróis como achavam que eram, ela somente tinha que conseguir se aproximar dos MAGIS.
"Pelo menos vai ajudar a aceitar que erramos..."
Asuka abaixou o mini console, ela não queria mais ter que lutar contra Mari, ela não queria mais sofrer por causa de Shinji, sabendo que o momento era esse para colocar algumas coisas em dia.
"Quatro olhos?" Chamou a ruiva ao focar seu único olho bom em Mari, podia ver que a morena não estava ligando muito para sua presença, era mais interessante procurar algum livro do que escutar.
Mari tinha escutado o pequeno apelo da ruiva, mas ela sabia aonde isso iria levar, em uma briga, como sempre, fechou os olhos ao pensar em Kyoko, Mari não queria ter que ficar brigando com a filha de uma de suas melhores amigas, ela sabia que Kyoko não iria querer isso.
Parando o que estava fazendo, Mari colocou as duas mãos na pequena e desconfortável cama que tinha recebido, dando profundas respiradas para pegar todas as gotas de paciência que tinha no quarto.
"O que foi?"
Asuka escutou o silencio que reinou depois disso, ela sabia que era agora ou nunca que tudo iria começar, mas ela tinha que falar, ela tinha que tentar melhorar as coisas um pouco com Mari.
"Podemos parar com isso? Não acha que você está levando isso por muito tempo?"
Mari colocou um pequeno sorriso no rosto, ela sabia que Asuka nunca iria se desculpar, ela sabia que a ruiva ainda sentia medo de agir pelo certo, com um longo suspiro ela se levantou, olhando para Asuka nos olhos.
"O que estou levando por muito tempo?"
Asuka revirou os olhos ao escutar isso, como sempre mais um desafio, ela queria que pelo menos ela aceitasse que Shinji estava morto, mas antes de poder começar a falar, Mari tomou o momento.
"Que eu não posso tentar salvar o que restou do meu afilhado? Que eu não posso tentar provar que ele não fez o terceiro impacto? É isso que eu tenho que parar Asuka?"
Ainda respirando profundamente, Asuka sabia que tinha que se controlar para conseguir atingir o objetivo que queria, se movendo em sua cama, ela se sentou, ainda olhando para a mulher nos olhos.
"Acha que vai conseguir? Acha que mesmo que prove que Shinji é inocente vai mudar alguma coisa?"
Asuka queria se controlar, mas como sempre as emoções eram mais fortes que suas ações, sentindo pequenas pontadas de culpa, um leve tremor em sua voz, um pouco de mais umidade em seu único olho visível.
"Acha que isso vale o esforço? As pessoas falam de você Mari! Se você não fosse a única pessoa que pudesse pilotar a unidade 08 eles já teriam te largado em algum lugar!"
Mari apertou as mãos ao ver Asuka falando com indiferença sobre Shinji, se não fosse pelas pequenas reações emocionais em seu rosto ela com certeza teria socado o rosto de Asuka, se acalmando um pouco, ela manteve a voz controlada.
"Vai fazer! Eu não sou você ou Katsuragi, eu não me importo com o que falam de mim! Eu não me importo com o que acham de mim! Eu somente me importo com o que é o certo! Eu tenho que mostrar para essa cambada de burros que estão errados!"
Asuka finalmente perdeu a paciência, essa briga estava consumindo sua calma rapidamente, ela não perdeu tempo em descer de sua cama e falar com a voz mais irritada.
"Não vai trazer ele de volta! Tem que aceitar que ele morreu!"
Mari se esticou, olhando para Asuka como sempre fazia nas suas brigas, ela somente queria que Asuka visse a verdade e parasse de ter medo.
"Eu sei droga! Mas eu tenho que mostrar que ele não é um monstro!"
Asuka parou de falar ao escutar isso, olhando para os olhos cheios de lagrimas de Mari, vê-la sempre a machucou, no fundo ela sabia que Shinji não era um monstro, que tinha recebido a pior punição que o mundo poderia dar.
Mari respirou profundamente ao escutar isso, passou a mão pelo cabelo ao se acalmar um pouco, ela mesmo queria poder voltar a ser amiga de Asuka, acabar com a brigas.
"Eu... eu somente quero que ele descanse em paz." Asuka olhou para Mari, viu as lagrimas que escorriam pelo seu rosto, para todos os outros isso seria um forte sinal de fraqueza, mas para ela, isso era como ver Shinji.
"Eu somente quero isso Asuka, mas parece que todos estão com os olhos fechados, parece que todos esqueceram como é o verdadeiro Shinji, o filhote que tinha medo de falar com as garotas, o garoto pequeno que tinha pena de matar uma barata... todos somente desejam seu mal e sofrimento e é justamente isso que quero mudar." Mari começou a falar com a voz calma e quebrada.
"Eu quero que ele possa descansar, eu quero que as pessoas entendam que não podem fazer o que bem entender Asuka, eu sofro com isso todos os dias e me irrita que você não possa ver isso!"
Asuka olhou para Mari, podendo ver que suas palavras eram verdadeiras, ela queria que a verdade saísse, abaixando os olhos para o chão, ela sentiu novamente o peso da culpa tomando conta de seu corpo. Mari tomou isso como uma forma para poder continuar.
"O filhote está sofrendo mais que tudo neste mundo, eu somente quero que ele seja mais uma maldita vitima de Gendo e sua corja da SEELE... eu não me importo em lutar sozinha, mas não quero que me atrapalhem."
Asuka ainda olhava para baixo, apertando as mãos ao pensar em Shinji, aceitar isso somente iria dizer que Mari sempre esteve certa, aceitar somente iria deixar que Shinji voltasse para sua vida. Mas ela estava certa, Shinji merecia descansar em paz, e o mundo não permitia isso.
"Você não vai participar, Shinji merece somente pessoas que acreditavam nele..." A voz de Hikari tomou conta dos pensamentos de Asuka, elas machucaram sua mente, todos que ela julgava sua família e amigos lhe deram as costas, mas ela merecia isso afinal de contas.
"Vocês não vão apagar isso da história, ele não merece isso, eu vou rezar por sua alma e pedir para Deus não escutar sua voz e de todos naquela nave do inferno, eu vou rezar para ele poder encontrar a paz, e você não vai estar lá como se fosse inocente..."
A ruiva sabia muito bem como era ser ignorada, ela se lembrava de quando foi impedida por Hikari de poder ir à pequena cerimônia em homenagem a Shinji, ver aquele olhar de decepção nos olhos de sua mais antiga amiga machucou seu coração e isso era algo que ela teria que lidar para o resto de sua vida.
Um grande silencio tomou conta do pequeno quarto, Mari rapidamente limpou seu rosto ao se recuperar, ao seu lado uma foto mostrando todas as meninas nos tempos de faculdade, o belo sorriso de Yui lhe dando forças para conseguir seguir em frente.
"Eu... eu quero que ele possa ser feliz, seja lá onde ele estiver..."
Asuka escutou isso com atenção, a ideia de Shinji ter morrido ainda machucava sua alma, mesmo ela gritando para todos que estava bem com isso, mesmo ela aceitando todas as maldições que as pessoas diziam sobre seu antigo amor em silencio, ela ainda o amava, nada poderia mudar isso.
Pensando em velhas lembranças, Asuka focou o olhar em seu peito, o local onde Shinji tinha conseguido chegar, o local onde ela jurou que ninguém nunca iria conseguir roubar dela, somente ele tinha conseguido.
Mari ainda estava pensando em suas palavras, ela ainda tinha a mente cheia de lembranças dos tempos em que cuidou de Shinji, dos tempos onde ela podia conversar com Yui e Kyoko, as coisas eram realmente mais fáceis, ela somente tinha que lidar com as pessoas não aceitando seu estilo de vida, agora ela tinha que lutar para limpar o nome de uma pessoa inocente.
"Eu... eu quero te ajudar."
Mari levantou o olhar, sua mente não acreditando no que tinha escutado, Asuka tinha visto a dúvida no olhar de sua companheira de quarto, ela queria poder enterrar isso, mas algo em seu corpo não deixava, toda a vez que ela entrava em seu EVA, um sentimento ruim tomava conta de seu corpo, era como se ela estivesse sobre os olhos de sua mãe.
"O que?"
EM ALGUM LUGAR NA ÁSIA VERMELHA.
"Vamos homens!" Gritou Shinji pela sua máscara que filtrava o ar contaminado da terra vermelha, ao seu lado dezenas de rajadas de armas eram disparadas pelos outros soldados do IEPA, eles tinham que conseguir capturar esse homem.
"NÃO DEIXEM ELES PASSAREM!" Gritou um senhor na idade de sessenta anos, ele tinha sotaque russo, corpo levemente gordo, em suas mãos uma arma brilhante, ele corria com toda a sua força, a terra vermelha cobrando seu preço.
"SEGUREM ELES!" Gritou um dos homens vestidos como guerrilha, em suas mãos armas enferrujadas e mal funcionando, mas cumpriam bem seu propósito, eles tinham que conseguir salvar o salvador, eles tinham que conseguir salvar a pessoa que iriam fazer a evolução da humanidade.
Se virando e apontando sua arma na direção de uma porta em um pequeno estabelecimento que antes abrigava o centro de controle de um aeroporto, mas agora era um ponto estratégico da SEELE.
"Não permita que ele fuja!" Gritou novamente Shinji ao se lançar na direção da porta, todos os homens olharam para o homem com olhos arregalados, essa batalha estava muito intensa para todos se exporem assim.
MEIA HORA ANTES.
Um grande salão negro, todos sentados em círculos, ninguém falava, todos somente à espera da palavra de seu líder, a luta contra a WILLE e o IPEA estava cobrando seu preço, todos antigos líderes e milionários, donos de terras e empresários, diplomatas poderosos, agora eram homens que somente tinha recursos para tentar o cenário mais uma única vez.
Usando a mão de obra dos simpatizantes, pobre pessoas que achavam que iriam ter sua evolução garantida, burros como o inferno que caíram na lábia dos velhos, era fácil manipula-los, era somente dizer as palavras.
"Senhores, o IPEA está cada vez mais perto de nós, temos que tentar o cenário agora!" SEELE 03 falou com a voz preocupada, eles não tinham mais tanta facilidade para conseguir construir mais EVAS.
"A NERV está cada vez mais defasada, os simpatizantes estão começando a duvidar da nossa liderança, Gendo está nos deixando no escuro." SEELE 02 reclamou ao pensar em seu amigo, o homem bateu com o punho na mesa de madeira velha.
SEELE 01 ainda se mantinha calado, suas mãos plantadas na frente de seu rosto firmemente ao pensar no seu cenário, nada poderia dar errado, ele mesmo sabia que seus dias estavam ficando cada vez mais próximo da morte, ele podia sentir que esse dia estava chegando.
"Gendo está pedindo mais recursos humanos para completar os novos pedidos, o IPEA está desenvolvendo seus próprios EVAS, estamos ficando sem tempo." SEELE 05 falou com apreensão.
"Meu homem na ONU está coletando informações, não temos mais tempo!"
"Senhores... os manuscritos não estão completos, eu sei que todos estamos ansiosos para conseguir a evolução, mas temos que seguir isso a risca, não podemos fazer um impacto incompleto, já vimos onde isso nos levou." SEELE 01 falou, um grande silencio tomou conta da sala de reunião.
"Senhor, com todo o respeito que nosso líder merece, mas..." Engoliu a seco o homem com forte sotaque russo.
"Gendo Ikari já tentou levar o cenário para si mesmo, quem nos garante que ele não está fazendo isso novamente? Não podemos confiar nele!" SEELE 04 Completou.
"Eu entendo meu amigo, mas não temos onde produzir os nossos recursos, temos que manter Ikari ao nosso lado pelo menos por mais um tempo, nossos homens estão na NERV com ordem para matar com qualquer sinal de traição... mas quero que todos lembrem o que estamos fazendo aqui, temos que fazer o ritual da forma correta, temos que garantir que conseguiremos matar o anjo que se hospeda dentro do piloto da WILLE, somente falta mais um para conseguirmos isso."
Novamente todos ficaram em silencio ao escutar seu líder, SEELE 01 sorriu ao ver sua forte autoridade, usando a voz mais calma, ele tentou tranquilizar seus comparsas.
"Vamos conseguir, somente temos que agir agora, mandem mais unidades, atraem a Wunder e a emissária que carrega a libertação, assim que a matarmos teremos o controle novamente em nossas mãos."
"Assim será feito!" Todos gritaram juntos, somente SEELE 01 ficou para trás, seu corpo doendo ao se levantar, o homem caminhou até a sua sala, vendo como sua antiga mansão estava em decadência, mas ele tinha algum conforto, isso tudo graças aos simpatizantes, ele era um Deus para essas pessoas.
"Quero que faça algo por mim." Foi somente isso que Keel falou ao passar pelos simpatizantes, ele rapidamente sorriu ao ver os homens caindo no chão em submissão a sua vontade.
"Qual é sua vontade?" Falou um dos homens ao se ajoelhar perante Keel, ele sabia que essas pessoas iriam fazer tudo que ele mandasse, até mesmo dar esperança para o novo mundo.
"Tudo pelo cenário."
Keel lentamente voltou seu olhar para o antigo corredor, ele ignorou o som dos homens voltando a conversar, sua mente focando no seu cenário, em como ele não poderia mais errar, essa era a última chance, sua última chance de conseguir vencer a morte.
"Avancem homens!" Shinji gritou ao descarregar mais algumas rodadas, seus olhos focando na porta de madeira que escondia o seu alvo, SEELE, conhecido como Sergey Volkov, antigo magnata do petróleo russo, antes um dos homens mais poderosos da terra, agora somente um mero capacho que de um homem, ignorado como rato, o velho homem correu para seu escritório.
Correndo para o seu console geral, suas mãos tremiam ao digitar os comandos para que os equipamentos fossem destruídos, ele não podia colocar o cenário em risco, nas suas costas, dois simpatizantes estavam prontos para dar suas vidas para proteger esse homem.
Com som de tiros vindo do corredor, Sergey sabia que seu tempo estava no fim, o comitê estava escondido, mas sempre algumas coisas vazavam, nomes e localizações, recursos realocados para a causa, pronto para digitar os comandos finais, o som de estalo e disparos pararam por alguns segundos.
Se virando para olhar para trás, Sergey tinha sérias dúvidas nos olhos assim como os jovens simpatizantes, sem gritos, sem disparos de armas, nada.
"Vão lá fora! Certifiquem que todos os não crentes estejam mortos!" Ordenou o homem ao apontar para a porta, os dois jovens da SEELE andaram em direção da porta, com um pequeno bip, tudo ficou preto, Sergey teria arregalado os olhos, mas nada deu essa chance.
Parado na frente da porta de madeira, Shinji olhou para os corpos dos homens que juraram que dar suas vidas pela causa da SEELE, suas mãos tremiam ao saber que a morte estava ao seu lado, quantas vezes ele desviou do mesmo destino que esses pobres bastardos tiveram? Quantas vidas mais ele teria? Essa era a pergunta que ele se fazia.
Se posicionando ao seu lado, Shinji olhou para o rosto dos homens que ele deveria confiar, mas todos sabiam qual era essa resposta, eles o admiravam, o soldado que não sentia medo, o soldado que era a ponta da espada do IPEA, muitos aprenderam a respeitar o jovem que somente queria sangue, parecia que ele não se importava se morresse ou vivesse.
"Coloque a carga na porta." Ordenou Shinji ao olhar profundamente para o soldado que tinha lutado várias batalhas ao seu lado, mas agora ele não queria pensar nisso, não tinha espaço em sua mente para conhecer essas pessoas, ele não queria conhecer essas pessoas, quando mais ele se aproximasse das pessoas, mais ele iria se machucar.
A dor sempre estaria lá, sempre o acompanhando, foi assim com Misato, foi assim com todos que ele sempre confiou e o que ele ganhou em troca? Uma passagem de ida para a forca, agora ele teria a oportunidade de conseguir se vingar, ele teria a oportunidade de conseguir algum prazer, pegar os SEELES era um prazer, assim ele teria a oportunidade de achar seu pai, o alvo mais valioso de todos.
Voltando ao mundo real, abaixou seu rifle velho e pegou sua arma, Shinji se sentia mais confortável com ela, rapidamente o menino se posicionou e esperou, não demorou para que uma pequena explosão quebrasse o silencio mortal que tinha se instalado no corredor velho.
Correu para dentro da pequena sala, o tempo parecia estar em câmera lenta, viu os jovens soldados caindo no chão com o impacto que sua carga tinha dado, ele não errou, sua mira não errou, suas munições não erram, mais duas vidas tinham terminado, mas duas partes de sua alma morreram quando ele apertou aquele gatilho mais duas vezes.
Voltando seus olhos assassinos e de águia para seu último alvo, ele queria acabar com aquilo, menos um SEELE, dar o que eles mereciam, descarregar sua raiva e rancor nas pessoas que tinham destruído sua vida, mas ele não poderia.
Correndo na direção do velho, ele era como um anjo da morte, sua arma apontado para o rosto da pessoa. Sentindo o medo contra seu corpo, Sergey olhou para aquele soldado, toda a SEELE tinha escutado sobre Shinji, ele era a única coisa que eles temiam mesmo não aceitando isso.
Sentindo o sangue correndo pelas suas veias, Shinji lutou contra o desejo de matar aquele homem que tinha sido um dos responsáveis por sua vida, um dos responsáveis dele ter perdido o amor de sua vida, tê-lo feito decepcionar Misato... quebrado o coração de Asuka.
Pegando o velho pelo colarinho da camisa velha, Shinji não perdeu tempo em colocar a arma em sua têmpora, ele podia ver a ansiedade no homem que se achava um novo Deus, seu dedo tremia, mas as ordens de Albuquerque eram claras, ele teria que esperar um pouco para ter sua vingança, ele viver era como dar um passo na direção de seu pai.
ATUALMENTE.
Shinji olhava para o rosto da unidade Mark 2 do IPEA, o monstro negro que o tinham juntado recursos para construir, seu rosto frio e sem vida o mesmo da unidade 08 de Mari, seus olhos cobertos pelos pesados óculos escuros que não mostravam como sua alma estava machucada, ele tinha que mostrar que era forte, ele tinha que conseguir manter as pessoas longe dele.
Os pequenos balanços que atingiam seu corpo pelo movimento do avião de transporte que levava o seu novo EVA para antiga cidade de Tóquio 03, o lugar que antes era seu lar, o lugar que ele começou a se sentir em casa, mas isso tudo parecia estar no passado.
Com um pequeno aperto em seu pulso, o apertado traje se pressurizou em seu corpo, resmungando ligeiramente por se sentir apertado, mas sua missão era uma prioridade.
"Capitão, tenho uma transmissão do comandante Albuquerque..." Relatou um dos tenentes que estava próximo a Shinji, com somente um aceno com a cabeça o homem respondeu ao caminhar para o console geral.
"Senhor?" Shinji falou profissionalmente, tentando ao máximo conter o nervosismo que tomava conta de seu corpo nesta hora, ele queria estar com sua arma para poder se defender, mas com essa roupa isso se tornava um pouco impossível.
Pegando a coisa feita de metal, Shinji gentilmente a colocou em seu colo, pronto para usar, ela estava lá para simbolizar o quanto ele confiava nas pessoas a sua volta, mostrar o quanto ele estava sincronizado com a instituição, ele somente queria poder se redimir consigo mesmo, poder fechar os olhos e ter alguma paz e essa paz somente viria quando ele acabasse com a ameaça da NERV e da SEELE.
Olhando para a estática na tela, Shinji olhou para o rosto de seu comandante, ele parecia com seu pai na postura e frieza, mas pelo menos Albuquerque mostrava alguma honestidade, ele até lembrava um pouco o jeito de Misato, sua arrogância com seus planos que iriam levar a morte.
Fechando os olhos para impedir as emoções de sair, Shinji lutou para limpar a mente de sua antiga tutora, a pessoa que tinha lhe dado um lar e um pouco de paz neste mundo infernal, mas como sempre ele tinha que estragar tudo, tinha que mostrar para que ele tinha vindo a esse mundo, causar dor e destruição para as pessoas, ele ainda sonhava com aquele olhar, ainda sonhava com a frieza em sua voz, ele ainda sofria por ter desapontado aquela mulher.
Ainda respirando profundamente, Shinji se lembrou de sua antiga vida, do calor de uma cama decente, o som suave da geladeira, o cheiro suave dos produtos de primeira classe que Asuka usava, o doce cheiro de seu xampu inundando o pequeno corredor que ligava os quartos, isso era como o seu maior vicio.
"Asuka..." Shinji sussurrou abatido enquanto a conexão era estabelecida, esse pequeno intervalo de poucos segundos ainda era suficiente para que ele pudesse pensar e esse era seu maior medo.
"Capitão Ayanami, nossa inteligência confirmou uma ativação de EVA na antiga Tóquio 03, sua missão é ir de encontro e destruir essa nova arma, não podemos deixar que a NERV ou a SEELE coloquem mais armas no terreno..."
A voz de Albuquerque tomou conta do pequeno avião, Shinji balançou a cabeça ao saber que isso era uma missão perigosa, mas não iria reclamar.
"A WILLE não pode cuidar disso? Eles têm seus próprios EVAS." Shinji falou ao olhar para frente, podendo ver um pequeno sorriso no rosto de Albuquerque, o mesmo sorriso arrogante que Misato tinha antes de uma missão.
"Afinal de contas temos nossa própria guerra para lidar, os simpatizantes da SEELE estão se movimentando pela fronteira norte novamente, se eles tomarem os novos campos de cultivo estamos com risco de racionamento de alimentação."
Albuquerque concordou, mas ele tinha que fazer isso, ele tinha que mostrar que o mundo estava se armando contra a SEELE.
"Eu entendo seu ponto garoto, a inteligência tem monitorado o avanço dos simpatizantes da SEELE, mas até não encontrarmos os membros do comitê, nada poderemos fazer, mesmo que tenhamos conseguido pegar um deles, mas o filho da puta e durão não quer abrir o bico."
Shinji novamente balançou a cabeça, ele sabia que o homem estava tentando um acordo com a ONU, uma coisa que nem ele teve acesso.
"A ONU não perdeu a oportunidade de me mandar para a forca, porque estão demorando tanto com esse merda?"
"Burocrata, somente isso, eles querem informações sobre a organização e o exército de simpatizantes, até lá ele é intocável."
Shinji rosnou em aborrecimento ao saber que com dinheiro, mesmo no fim do mundo ainda tinha algum valor, esse gesto foi percebido por Albuquerque.
"Garoto, lembre-se do que tentei lhe ensinar, foque na sua missão e em nada mais, entendido?"
Shinji expirou em decepção, mas não pode deixar de pensar a respeito, ele tinha que ficar na dele, somente isso, com um aceno final ele aceitou sua ordem.
"Mas ainda temos que lidar com a WILLE, eles não vão saber que estamos no mesmo lado." Shinji falou ao pensar em Asuka, o gigante vermelho estaria sedento por sangue, assim era o estilo de Asuka, ela era a guerreira do fogo, não tinha piedade de seus inimigos.
Albuquerque assentiu ao saber disso, mas como ele tinha falado antes, ele iria cuidar da política, Shinji somente tinha que pilotar, ele era a ponta de sua espada.
"Nós temos, mas eu quero mostrar para a NERV que agora eles vão ter que lidar com mais adversários... sabemos que a Wunder está indo para a interceptação do novo inimigo, esses filósofos e pederastas não vão ficar com toda a atenção, temos que mostrar que não vamos ficar de braços cruzados e esperar pela salvação deles, não confio em deixar somente eles com as armas da salvação, quero ter algum controle sobre as armas do fim do mundo."
Shinji balançou a cabeça para os lados ao escutar o pequeno discurso de Albuquerque, mas isso rapidamente passou ao saber que iria rever a gloriosa Wunder, o lugar onde Misato e Asuka estariam, isso rapidamente fez seu corpo reagir, sentiu um leve tremor em sua mão ao pensar naquelas duas mulheres novamente.
"Lembre-se para quem trabalha, não se preocupe com a Wunder, deixa que eu lido com eles, faça seu trabalho para depois irmos aos campos de petróleo.
Wunder.
Misato estava no ponto de comando, na sua frente a imagem de mostrando os sinais de alertas, sua forte carranca mostrando como ela se sentia.
"Ativação de novo EVA na velha Tóquio 03!" Hyuga relatou apreensivo, os sistemas da Wunder tentando identificar como era essa nova ameaça, como era essa nova arma.
"Marquem a rota!" Misato ordenou friamente, seus braços tensos escondendo a sua ansiedade, sentindo uma velha raiva voltando a sua origem, sua velha cidade, o local mais próximo de Gendo Ikari, mas eles não poderiam deixar eles colocarem uma nova arma no jogo.
"Senhora! É território da NERV!" Shigeru falou com a voz mais controlada, na sua frente ele estava recebendo os status das primeiras análises.
"Não importa!" Gritou Misato, calando a voz de todos na sua ponte de comando, ela queira poder mostrar como eram as coisas para ela.
Ficando num silencio geral, com somente os alarmes para quebrar a forte monotonia, eles sabiam como as coisas tinham ficado nestes seis anos, Sumire sentiu isso, Koji sentiu isso, até Midori perdeu a coragem para falar sobre Shinji, Misato perdeu sua pouca humanidade.
"Traçando rota para Tóquio 3..." Koji falou normalmente, ele já tinha experiência de vida suficiente para saber quando se calar, Kaji tinha lhe alertado a como lidar com Misato nestes tempos.
"Acha prudente Misato?" Ritsuko perguntou ao ver os sistemas sendo carregados para a implementação dos EVAS, sua amizade de longos anos perdida em poucos minutos, Misato nunca tinha se recuperado da perda de Shinji, se tornando uma pessoa mais fria, sem se preocupar com a sua tripulação, ela somente queria poder ir para a NERV e atacar Gendo com tudo que pudesse, mas uma pequena parcela dela a impedia.
Tomando o silencio como resposta, Ritsuko voltou a digitar em seu computador, com mais um pensamento em mente, esse poderia ser seu último dia de vida, mais uma vez.
Rasgando as ruas vermelhas de Tóquio 3, a nova unidade da NERV caminhava, seus braços caindo ao lado de seu corpo, sua postura relaxada e sem importância, ele somente andava e destruía tudo ao seu redor.
Seu rosto cavernoso procurava por alvos, procurava por pessoas que não iriam ajudar no cenário programado, o sistema Dummy melhorado para defesa, assim como o professor Fuyutsuki queria.
Olhando para cima como um animal selvagem, virando a cabeça para os lados ao ver a poderosa Wunder se aproximando, seus sistemas rapidamente mostrando o perigo, com o som de estalos ele se endireitou, mudando radicalmente sua postura, assim a criatura esperou.
"Iha!" Gritou Mari ao cair no solo vermelho, Mari estava feliz, pilotar sempre lhe dava esse prazer, olhando para o lado, a morena olhou para a unidade 02 aterrissando ao seu lado.
"Preparada princesa?"
Asuka olhou para o lado, vendo sua colega de guerra voltando ao normal, à conversa que ambas tiveram antes da batalha tinha ajudado um pouco na relação delas.
"Calma quatro olhos, ainda não sabemos..."
Antes de poder falar qualquer outra coisa, um forte soco acertou o rosto dela, caiu para trás ao sentir o forte impacto, olhou para frente com o rosto dolorido do soco que levou, Asuka estava surpresa pelo impacto que recebeu de repente.
"De onde ele surgiu!?" Mari gritou ao correr na direção de Asuka, fechando o punho e dando um soco na lateral do corpo do Mark 11 da NERV, sorrindo ao ver o inimigo caindo e cambaleando para longe.
"Está tudo bem princesa?"
"Vai precisar de mais que um soco para me derrubar quatro olhos!" Asuka falou com o orgulho ferido, pegou suas facas progressivas gastas e se preparou para o combate que iria se iniciar.
Se recuperando do golpe que recebeu, o Mark 11 se levantou e olhou para seus alvos, seus sistemas marcando os inimigos, abrindo a boca com raiva e soltando um longo rugido, como um grande animal.
Se preparando para uma batalha, ambos os gigantes olharam para frente, vendo o inimigo à espreita, ambas as mulheres focando no Mark 11, ambas estavam tensas.
Parando de rosnar para os céus, o Mark 11 rapidamente correu na direção de seus alvos, usando seus braços para lhe dar impulso, destruindo prédios e casas que estavam ao seu redor.
Pulando para cima, Mari e Asuka olharam quando o Mark 11 bloqueava a luz do sol, Mari e Asuka rapidamente pularam para os lados.
"Cuidado!" Gritou Asuka ao rolar para os lados, caindo com força ao seu lado, a ruiva lutou para conseguir ver dentro da grande nuvem de fumaça vermelha que levantou.
"Não posso ver nada!" Mari falou apreensivamente, mudando os sistemas para conseguir uma imagem melhor, mas não obteve tempo o suficiente, ela somente sentiu quando o Mark 11 acertava suas costas com um chute poderoso, mas ao mesmo tempo subindo em suas costas lhe dando socos na cabeça.
"HÁ!"
Asuka finalmente conseguiu se recuperar, mudando os sistemas para ter uma imagem melhor, a imagem termal dos dois gigantes lutando na sua frente ficou mais clara, vendo o inimigo em cima da unidade 08.
"Atacando pelas costas hein!" Asuka correu na direção do inimigo, girando sua faca numa forma altamente profissional, com um golpe poderoso ela tentou atacar, mas sua faca já danificada não tinha como conseguir penetrar a blindagem, sua força já perdida pelos anos de lutas anteriores.
"MALDIÇÃO!" Gritou Asuka ao ver sua arma se quebrando em vários pedaços, pronta para pedir socorro, mas antes de poder falar isso, o Mark 11 trocou de alvo, pulando na sua frente e correndo na sua direção.
"Danos massivos nas costas do EVA 08!" Sumire relatou apressadamente, ela digitava para conseguir contornar todos os erros no sistema.
"Unidade 02 sem arma operacional, inimigo atingiu cavidade óssea do pescoço, não vai demorar para danificar a medula!" Tama falou com medo, suas mãos tremiam.
Misato olhava para a batalha em sua frente, suas mãos tremiam ao ver que seus EVAS não estavam sendo capazes de derrotar o novo inimigo, somente uma única ideia veio em sua mente neste momento.
"Podemos atirar com a Wunder?"
"Negativo, não temos uma mira clara do inimigo, temos um alto risco de atingir nosso pessoal!" Hyuga relatou ao tentar configurar o sistema de armas, mas a poeira e pressa estavam dificultando isso.
"Droga!" Amaldiçoou Misato por não poder fazer nada.
"ATIVAÇÃO DE EVA DEDECTADA!" Ritsuko gritou atrás de Misato, todos olharam para ela com medo.
Caindo dos céus como uma bala, o gigante negro denominado Unidade Evangelion IPEA Mark II caia, seu piloto lutando para se adequar as novas sensações, essa foi a primeira vez que ligava esse monstro, na sua frente ele podia ver o inimigo, uma sensação ruim tomou conta de seu corpo ao ver ele mordendo o pescoço do gigante vermelho, ele sabia que isso deveria estar doendo em Asuka, a raiva ficou mais intensa.
Girando seu corpo, o Mark II rapidamente pegou sua arma, um pequeno canhão explosivo, mirando com cuidado, Shinji puxou o gatilho para conseguir separar o inimigo de sua colega piloto ruiva.
"Me larga maldito!" Asuka gritou ao sentir a dor percorrendo seu pescoço, ela podia sentir os dentes do inimigo rasgando sua carne com força, era como se fosse com ela.
"Aguenta ai!" Mari gritou ao se recuperar, seu EVA mancando com o dano que recebeu em suas pernas, ela queria poder ser mais rápida, ver Asuka gritando de dor machucou seu coração, mas ao ver pequenas rodadas de munição caindo dos céus chamou sua atenção, ela somente teve tempo para dizer um pequeno.
"O que?"
Voando para longe de Asuka, o Mark 11 rolou pelo terreno ao sentir a forte ardência em suas costas, soltando um longo rosnado para cima ao ver seu novo inimigo.
Girando e acionando os propulsores em suas costas, o gigante negro caindo com força no chão, Shinji deu uma olhada na unidade 02 se recuperando dos golpes que recebeu, o menino se perdeu um pouco em lembranças ao pensar no seu piloto, a mulher que era dona de seu coração, mas agora ele não poderia pensar em mais nada, tinha um inimigo para matar.
Largando sua arma agora descarregada, Shinji não perdeu tempo em pegar sua faca e correr na direção do inimigo, usando suas técnicas de guerra, ele não ligou com ele mesmo, não ligou para a dor, não ligou para a estratégia, ele somente queria matar.
Mari lentamente se recuperou, mas tinha alguma coisa naquele EVA que chamou sua atenção, dando uma ampliada com os fortes sensores, ela pode reconhecer o símbolo do IPEA, um sorriso felino e crescente nasceu em seu rosto, seu antigo patrão tinha construído um EVA afinal de contas.
Asuka olhou para a luta que se seguia, seus olhos afiados e de soldados tentando entender o que estava acontecendo, sentindo os danos em seu corpo da luta perdida, a ruiva tentou pegar alguma arma, mas teria que esperar, não demorou para Mari se juntar a ela, ambas ignoraram as pessoas pelo rádio tentado entender o que estava acontecendo.
Shinji desviava dos golpes com delicadeza, mesmo ele estando enferrujado, na sua frente ele somente via um dos simpatizantes, ele tinha que matar e poder voltar a sua luta.
Lembrando de seu treinamento contra soldados, Shinji segurou sua faca e esperou, ele desviava com facilidade contra as tentativas do inimigo de tentar lhe ferir, tendo a vantagem de ter equipamentos de boa qualidade, ele conseguia fazer algum dano.
Pulando para trás e conseguindo ferir uma das pernas do Mark 11, Shinji sorriu ao ver o inimigo caindo de joelhos no solo vermelho, dando pequenos passos em sua direção, ele achou louvável quando o inimigo tentava revidar, coisa que ele conseguia desviar com facilidade.
"Ele usa um sistema Dummy, decapite para conseguir imobilizar e o resto você já sabe." Uma voz feminina inundou o plugue de entrada, Shinji não perdeu tempo em passar a faca pelo pescoço da coisa.
Olhando quando o corpo imóvel do inimigo caiu para o lado, Shinji rapidamente tratou de se aproximar, podendo ver as células já se recuperando graças ao sistema de regeneração do motor S2, não iria demorar para que a coisa estivesse com força máxima novamente.
Enfiando o braço dentro do buraco que tinha feito, Shinji sorriu ao esmagar o pequeno cilindro de metal, com um movimento lento e sem vida, o Mark 11 parou, mostrando para o mundo que era mais uma sucata feita de carne apodrecendo na terra vermelha, assim como o resto da cidade de Tóquio 03.
Se levantando, Shinji olhou para o horizonte, sentindo o sentimento de nostalgia que percorreu seu corpo, mas ele tinha problemas maiores, se virando, ele podia ver a poderosa Wunder ao fundo, pronta para destruir seu corpo, logo mais embaixo ele observou quando os dois gigantes da WILLE estavam apreensivos, sua mente lutando para manter o controle sobre dúzias de memorias que inundaram sua mente.
Sabendo que agora ele estava novamente sobre os olhos de Asuka e Misato, o homem abaixou o olhar, sentindo o medo de saber que estava tão próximo das pessoas que ele mais amava no mundo, pequenas bolhas saíram de sua boca, ele tinha que ter foco.
"Missão cumprida garoto, agora deixe a política comigo, uma nave de transporte vai te pegar." A voz de Albuquerque inundou o lugar, a luta poderia ter acabado, mas para Shinji sabia que velhos demônios estavam prestes a nascer novamente, ele teria que conseguir segurar a onda, mesmo ele rezando para não ter que rever aqueles olhos novamente.
O mesmo acontecia na Wunder, todos olharam para o novo integrante do grupo, Misato sentiu como se tivesse levado uma punhalada pelas costas ao ver o símbolo do IPEA, ela com certeza iria ter uma conversa com Albuquerque, o mundo estava produzindo EVAS novamente, mesmo eles estando do mesmo lado.
Observando tudo de longe, duas pessoas olharam o resultado da batalha, tendo dado as ordens para ficarem sozinhos, um velho homem olhou cansado para sua nova criação sendo destruída pelos novos.
Mais ao fundo, homens amaldiçoavam a derrota, algumas dezenas de simpatizantes choravam pela derrota, mas para Gendo e Kozo, isso foi um aprendizado.
"Tanto trabalho para nada." Kozo falou abatido.
"Não é isso, o Mark 11 mostrou que estamos no caminho certo, as forças da coronel Katsuragi não foram capazes de vencer nossas armas." Gendo falou ao observar com frieza o gigantes voltando para seus respectivos donos.
"O Mark 11 se provou ser eficiente, ele está dentro do esperado, os velhos vão aprovar isso."
"O IPEA está com recursos para produção de novos EVAS, isso não era esperado." Kozo falou ao se virar, uma rápida olhada para o chão revelou a maleta onde Gendo tinha a chave da unificação, a mesma que ele não conseguiu usar no dia do terceiro impacto falho.
"O comandante Albuquerque está se mostrando mais astuto do que pensávamos, nosso homem lá dentro não nos contou sobre isso." Gendo falou ao olhar para a Wunder, a poderosa nave ao fundo ainda era grande, mesmo a uma distância considerável.
O cenário não era mais tão fácil como Gendo pensou que seria, isso lhe deu o mais mortal dos calafrios percorrendo suas costas, e isso não era bom.
Notas do Autor: Olá pessoal Calborghete aqui, temos enfim o capítulo 29, espero que tenha sido de agrado de todos, como sempre não deixem de segui-la e salva-la em seus favoritos para não perderem mais nenhuma atualização futura.
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