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Então agora sem mais enrolação, boa leitura.
"Diálogos"
- Pensamentos -
"Conversa via Rádio"
"Auto conversa."
Nota de Responsabilidade:
Evangelion, seus personagens e cenário são propriedade de Hideaki Anno. Qualquer marca, filmes e séries mencionados nesta Fanfic é propriedade de seus criadores.
Capítulo 33
Sakura estava na enfermaria, seu porto, praticamente sua casa, ela tinha escutado como tinha sido a batalha, como tudo tinha sido um caos completo para os planos da WILLE, todas as pessoas escutaram e viram o que tinha acontecido na terra vermelha.
"Isso vai ser um caos completo." Falou um dos homens ao passar conversando com seus colegas, eles ainda pensavam em como tinha sido a inclusão não autorizada de Shinji contra o inimigo, eles tinham que ser um único time de combate contra o inimigo em comum.
Sakura estava separando seus equipamentos quando escutou a conversa das pessoas a sua volta, ela pensou muito com relação à Shinji nestes dias, ela nunca tinha cruzado com ele, falado com ele, parecia que homem do IPEA era um fantasma dentro da Wunder.
Mexendo nos materiais médicos escassos que ela tinha em mãos, sua mente sempre brigou para saber o que faria em uma situação de crise real, mas agora esse não era o foco, mas sim na conversa sobre uma certa pessoa que estava abordo do navio de guerra.
Parando a poucos metros de Sakura, um pequeno grupo de pessoas conversava sobre o que tinha aprendido na batalha, como sempre todos estavam com receio de Shinji pilotar novamente, para muitos ele tinha morrido há muito tempo, para outros saber que ele estava vivo somente deixou com mais raiva por busca de uma justiça que tinha sido tirada dele.
"O que esse pessoal do IPEA tinha na cabeça para dar outro Evangelion para aquele assassino?" Um dos homens resmungou com raiva ao pensar em Shinji novamente.
"Talvez acharam que mais um piloto seria útil." Disse outro com indiferença ao tomar um pouco de água.
"Hahahaha... mais um piloto?" Falou retoricamente o homem ao cruzar os braços de forma indignada. "Eles querem acabar com o que sobrou do mundo? Esse moleque deveria ter ido para a forca!"
Parando de mover seus equipamentos ao focar mais na conversa em questão, ela sentiu uma onda de adrenalina tomando conta de seu corpo com isso, sempre tinha sido assim quando o assunto era Shinji Ikari? Isso a jovem médica não sabia responder.
"Cara, eu somente quero poder acabar com toda essa merda e tirar férias, não me importo em ficar numa das colônias trabalhando em alguma colheita, somente quero paz." Falou outro homem cansado, mostrando as olheiras que seus olhos tinham e não queriam mais tanta pressão.
"Não podemos ser hipócritas aqui, a Wunder pode acabar com o que sobrou do mundo, sabe que estamos num clone de anjo modificado?" Falou rindo o homem ao terminar de beber seu copo de água sentindo o liquido morno satisfazendo sua sede, ele desejava poder tomar algo mais forte, mas agora não poderia.
Soltou um longo suspiro ao pensar nisso com cuidado, se sentando na cadeira ela cuidadosamente continuou a escutar aquela conversa.
"Anjo... anjo meu cú." Resmungou o mais irritado, mas essa informação ainda ficou em sua mente, mas agora eles não eram o foco da conversa.
"Não vamos destruir o mundo, esse moleque não é confiável. O que vai ser agora? O IPEA está escondendo o que? Gendo Ikari como aliado? Financiam os simpatizantes? São da SEELE?" Continuou a resmungar o homem ao apertar os dedos da mão, sua raiva ainda mais forte.
Sacudindo a cabeça para os lados, os dois mais calmos estavam tentando seguir com suas vidas, mas parecia que o assunto Shinji Ikari nunca iria morrer, coçando a cabeça em sinal de cansaço um dos homens falou ao começar a sair do grupo.
"Sei lá cara, só quero poder acabar com toda essa merda..." Falou o homem ao começar a caminhar para fora, ele ignorou seu companheiro resmungando logo atrás dele, seu corpo cansado somente queria o sono merecido.
"Deixa o piloto do IPEA em paz, eles devem ter seus motivos por terem feito o que fizeram, agora isso não importa mais."
Olhando para seu companheiro de forma indignada, o mais irritado falou ainda com os braços cruzados.
"Dá para acreditar? Ele acha que eu devo deixar aquele assassino andando livremente por aqui? Há vai tomar no cú."
Rindo falsamente com a fala de seu colega, o homem que sobrou assentiu levemente com seu colega ausente.
"Shinji era um problema no passado, o IPEA sempre teve a fama de não dar segundas chances para os simpatizantes, o comandante Albuquerque deve ter tido um bom motivo para pegar o garoto do corredor da morte, nunca vamos saber de todos os detalhes."
Sakura não percebeu, mas sua cabeça assentia levemente com o que tinha escutado, muitos anos ela escutou sobre o que acontecia durante os combates em campo do IPEA, as lutas eram ferozes, mas os recursos eram importantes para que o mundo começasse a se recuperar do que tinha acontecido no terceiro impacto, muitas vezes ela não conseguia ver se o IPEA era realmente um aliado.
"Um problema do passado!? O cara acabou com o mundo pelo amor de Deus!" Falou irritado o companheiro mais agitado, ele esperava que seu colega iria ficar ao seu lado nesta coisa toda.
Olhando para seu relógio, o mais calmo falou sorrindo levemente, eles ainda tinham mais carga para levar para outros setores, o intervalo tinha acabado.
"Se está tão indignado, vai lá para a ponte reclamar com a coronel Katsuragi." Falou o homem rindo ao caminhar lentamente, todos sabiam como era a fama de Misato, eles sabiam como ela era impiedosa com perda de tempo, e uma simples reclamação era perda de tempo aos olhos de todos.
Calando a boca rapidamente, o mais irritado respirou profundamente ao saber que isso era um luta perdida, sabia que tinha que se acalmar, finalmente teve um pouco de racionalidade em sua mente, era uma causa perdida lutar contra o IPEA, Shinji era um soldado emprestado do IPEA, eles não tinham jurisdição para reclamar.
"Maldição." Falou o homem ao começar a caminhar para fora, mas um grande silencio tomou conta da sala, olhando para que tinha passado pela porta, seus olhos se arregalaram com a pessoa que ali estava.
Sakura olhou para a porta, arregalando seus olhos ao ver aquela pessoa novamente, sentindo a adrenalina tomando conta de seu corpo, ela sabia que isso era um procedimento padrão depois de uma batalha.
Parado com o rosto sem vida e frio, Shinji olhou para todos os rostos, todos os rostos que ele indiretamente prejudicou, todas as vidas que ele arruinou, ele podia sentir a tristeza, ele podia sentir a raiva, a dor... ele podia sentir tudo.
Soltando um longo suspiro, Shinji queria sair, ele queria voltar para seu quarto, mas isso não era possível, de uma forma ou de outra ele teria que enfrentar as pessoas dentro da enfermaria, os procedimentos tinham que ser cumpridos, ordens de Albuquerque.
Seus olhos frios agora escondidos pelos fortes óculos de sol, o homem caminhou para o ponto de espera. Passou pelo pequeno grupo que conversava, Shinji olhou para o rosto do homem que há muito tempo dizia que não queria que ele ficasse ali.
Sentiu um frio na barriga ao ver aquele homem de uniforme negro, usando toda a sua força de vontade ele passou por Shinji, seu mente gritou para que sua boca falasse assassino, monstro, seu lugar não era aqui, mas isso não aconteceu, ele somente passou pelo homem que há muito tempo amaldiçoou.
Olhando de canto de olho para a pessoa que passou por ele, Shinji pensou em tudo que tinha acontecido, seu corpo não queria mais segurar esse peso, as correntes que o prendiam no fundo do oceano de dor e solidão, mas isso não podia ser mais desfeito.
Piscando para voltar ao mundo real, Shinji caminhou, esperando para saber quem iria fazer os devidos exames para que ele pudesse voltar para seu quarto, longe dos olhos, longe de toda a fonte de sua dor.
Sakura olhou para Shinji, bem diferente do homem que tinham removido de dentro do EVA a seis anos atrás, agora ele era um homem completo e alto, mas tinha alguma coisa em sua postura que mostrava dor, ela não sabia como podia ver isso, mas ela sentia essa aura de dor por trás de toda a mascara de força e determinação.
Sabendo que tinha que fazer seu dever, Sakura pensou em como seu irmão sempre foi mais corajoso que ela, assentindo em determinação, a jovem médica se levantou e caminhou em direção a pessoa que muitos não queriam se aproximar.
Colocando um sorriso simpático no rosto, mesmo que isso não fosse real, ela fez seu trabalho, muitas dúvidas estavam em sua mente neste momento, mas agora ela tinha que ser médica.
Parando na frente de Shinji, a jovem falou mantendo a postura calma e serena, ela pode dar uma boa olhada em Shinji, um homem bem mais alto que ela, quase tão alto quanto seu irmão, seu corpo, mesmo que por baixo de um pesado uniforme, mostravam um homem desenvolvido, bem diferente do homem que despertou quatorze anos atrás.
Olhando para baixo ao ver Sakura, Shinji rapidamente se lembrou de Toji, um de seus melhores amigos, uma das pessoas cuja a vida ele tinha destruído, parte de sua mente ficou feliz em saber que sua família tinha sobrevivido ao terceiro impacto.
"Dra. Suzuhara." Cumprimentou o homem com a voz calma e controlada, mas todos puderam sentir sua frieza, todos puderam sentir que ele não iria falhar mais do que o necessário.
Sakura assentiu com isso, ainda mantendo seu sorriso nervoso no rosto, ela falou com a voz profissional de controlada.
"Major Ikari."
Shinji rapidamente sentiu seu corpo ficando rígido, ele não queira mais ser associado ao seu pai, ele pensou que isso tinha ficado claro. Sentindo a mudança de clima, Sakura rapidamente percebeu seu erro, abaixando o olhar ao pensar em como poderia mudar essa situação.
"Ayanami... meu nome é Shinji Ayanami, por favor, nunca mais me chame de Ikari novamente Dra. Suzuhara." Falou o homem friamente, ele tentou ser calmo, mas sua voz foi fria como o mais gelado gelo.
Sakura assentiu levemente, se repreendendo por ter destruído o pouco clima que tinha feito antes disso.
"Peço desculpas Major Ayanami..." Falou a menina ao fazer uma pequena reverencia, finalmente voltando ao seu normal, ela apontou para o seu posto de trabalho.
"Podemos começar os exames pós batalha?"
Shinji assentiu levemente ao começar a seguir a jovem médica, ele podia ver os olhos dos outros seguindo seu corpo, ele se sentiu ansioso com toda essa atenção que estava recebendo, resolvendo levar isso o mais sério possível para terminar o mais rapidamente possível.
Se sentando na maca de metal, Shinji olhou para todas as pessoas que poderiam ser um alvo em potencial, sua arma pesando em sua perna, pronto para o dever a qualquer momento.
Sakura se aproximou de Shinji, podia vê-lo parado olhando para os lados como um animal encurralado, ela podia ver sua atenção, ela podia ver sua mão segurando sua arma, pronto para qualquer coisa que poderia causar ferimentos em seu corpo.
Colocando o pequeno recipiente de metal na mesa, ela olhou para Shinji, podia ver que ele estava pronto para qualquer coisa.
"Major? Poderia levantar a manga de seu uniforme, por favor?" Perguntou Sakura com calma, ela podia ver a mão de Shinji segurando sua arma, ele mostrava que não confiava nela.
Olhando para a médica ao seu lado, Shinji sentiu seu coração acelerando com a proximidade, tinha muitas coisas que poderiam dar errado, muitas coisas que poderiam lhe causar algum ferimento.
Levantando seu uniforme para que os exames pudessem ser feito, Shinji esperou para que isso terminasse logo, seus olhos nunca saindo de tudo ao seu redor. Sakura lentamente começou a trabalhar, ampola após de ampola ela removia amostras de sangue para que os exames pudessem ser feitos, mas seus olhos médicos e atentos nunca saindo de Shinji, ela podia ver sua tensão.
"Pode relaxar, ninguém vai lhe causar mal." Falou a médica com calma, tentando ao máximo mostrar isso, que pelo menos ela não era uma ameaça, eles não eram os simpatizantes da SEELE ou prisioneiros de uma prisão.
Shinji olhou para a médica, sentiu ela manipulando seu braço e fazendo os exames que ele não sabia como se pronunciavam, mas o que ficou em sua mente foram suas palavras, eles eram uma ameaça, todos tinham seus motivos para lhe odiar e Sakura não era uma exceção.
"Perigo? Todos aqui têm motivos para me querer morto." Shinji respondeu com frieza e calma, mas com extrema atenção a tudo que acontecia a sua volta.
Olhando para seu tablete pessoal, Sakura sentiu uma pequena pontada de tristeza ao saber que Shinji não confiava em ninguém, uma coisa surgiu em sua mente.
"Meu irmão não quer você morto."
Shinji respirou profundamente, fazia muitos anos que ele não via seu amigo de escola, sua mente rapidamente se encheu de lembranças de Toji e Kensuke, os tempos onde tudo era mais fácil, onde tudo parecia ser resolvido na calma e sem violência, os tempos em que ele não tinha estragado tudo.
Sentindo o forte silencio que se reinou na pequena sala de consulta, Shinji sentiu seu mundo desabando novamente, Sakura o olhou com atenção, podia ver pequenas mudanças em seu porte físico, sua experiência com soldados traumatizados lhe permitia isso.
Respirando calmamente para escolher suas palavras com cuidado, Sakura pensou em como poderia ajudar a situação, todos estavam no mesmo barco, todos estavam lutando para um bem maior, ela tinha seu dever médico de manter o moral elevado, principalmente dos pilotos.
Olhando para a mão livre de Shinji, Sakura pode ver que ele segurando a sua arma com força, tanta força que as juntas de seus dedos estavam mais brancas com isso, sabia que isso não podia mais continuar.
"Sabe de uma coisa Ayanami-kun, estamos sempre contando com os pilotos, eles são a nossa ponta da espada." Sakura começou a falar com calma, seus olhos focados nos procedimentos que fazia.
"Como vamos poder confiar em você, se você não confia em nós?"
Shinji sentiu alguma coisa se movendo em seu corpo, uma raiva crescendo em sua mente, como Sakura tinha coragem para pedir uma coisa dessas? Ele foi morto por ter confiado nas outras pessoas.
"Confiar em vocês?" Shinji falou baixo, mas sua voz carregava amargura, mostrando claramente seu sarcasmo.
"Da ultima vez que confiei nas pessoas eu fui mandando para o corredor da morte..." Shinji falou ao virar a cabeça e olhar para Sakura, seu rosto se convertendo para raiva, ela podia ver que a menina tinha começado a ficar ansiosa.
Shinji, tomado pela raiva, não sentiu pena em começar a derramar suas amarguras, ele podia sentir seu coração acelerando com a ansiedade, sua mente tomada por lembranças de quando esperou pela salvação das pessoas que nunca vieram, das pessoas que ele esperou que nunca vieram, a única coisa que ficou foi o desespero.
"Eu esperei pelas pessoas que eu confiava, eu esperei pelas pessoas que diziam que eram meus companheiros, sabe o que eu recebi, doutora? Nada, eu fui largado como uma merda num local onde eu sabia de nada, sendo acusado de coisas que eu nem sabia que tinham acontecido, quer que eu confie em você? Não... eu não vou confiar em vocês, não vou virar minhas costas para vocês."
Sakura sentiu seus olhos arregalados com isso, sua respiração acelerada com a ansiedade de não saber o que fazer, ela podia sentir a raiva de Shinji, era como olhar para um vazio que somente tinha dor.
Shinji ainda tomado pela raiva, culpa, dor e todas as emoções que poderia controlar um homem, continuou com sua mente lotada de lembranças da prisão, da primeira vez que matou uma pessoa, do desespero em saber que sua morte estava chegando.
"Quando eu confiei nas pessoas, quando eu achava que tinha a felicidade, essas mesmas pessoas me abandonaram, essas mesmas pessoas me mataram!" Shinji falou com determinação, ele nem percebeu que todos ao seu lado o olhavam agora, eles podiam sentir sua dor, concordando com ele ou não.
Sakura abaixou o olhar ao escutar isso, sentia como se tivesse falhado como uma médica, não sabendo mais o que fazer para conseguir seguir com seu trabalho, ela ficou calada.
Com um suspiro final, Shinji sentiu seu corpo se acalmando da sua pequena explosão, mais uma vez sentindo pena da jovem médica, ela somente estava fazendo seu trabalho.
"Terminou?"
Sakura olhou para os seus materiais, sabendo que tinha terminado e que agora era somente relatórios para serem preenchidos, ela respondeu desanimada.
"Sim, está tudo bem."
Assentindo, Shinji rapidamente se levantou, podia ver as pessoas a sua volta tentando disfarçar o clima ruim que tinha se instalado, finalmente pronto, o homem caminhou para fora, mas nem Shinji estava preparado para as pessoas que ele encontraria do outro lado.
Olhando como um cervo na mira do caçador, na frente de Shinji estavam Mari e Asuka, ambas mostrando claramente que tinham escutado o pequeno discurso de Shinji.
Olhando para o homem que procurava, Asuka estava com raiva, ela estava a procura da fonte de sua raiva, seu tapa-olho brilhando forte mostrando seu humor queimando em aborrecimento pelo comportamento de Shinji na batalha, escutar aquelas palavras somente deu mais gasolina para o fogo que queimava em seu interior.
Apertando as mãos com força, a ruiva pensou em todos os anos que passou pensando nesta pessoa, em todos os anos que ela queira saber os motivos dele não tê-la salvado, ela era a sua namorada na época, ele tinha deixado ela para morrer, mesmo com todos os discursos de Mari dizendo sobre o que tinha acontecido naquele dia, ela queria escutar isso dele.
"Pirralho idiota!" Rosnou Asuka ao se aproximar de Shinji, mas seu alvo não queria conversa, isso somente deixou à ruiva ainda mais irritada.
Mari sentiu que a tempestade iria explodir, mas os dois tinham que ter essa conversa, de uma forma ou de outra, soltou um longo suspiro ao saber que teria mais uma noite perdida com Asuka fazendo seus intermináveis discursos de como Shinji era um idiota.
Sakura rapidamente percebeu isso, mas antes de poder falar ou fazer qualquer outra coisa, ela olhou para o braço de Mari a impedindo de agir, uma olhada rápida em seu rosto mostrava tudo que ela queria falar.
"Deixa eles." Foi tudo que Mari falou, Sakura queria impedir um briga, mas sua amiga tinha mais experiência com pessoas do que ela, com um aceno ela voltou, prontamente com Mari ao seu lado para o exame pós batalha.
Shinji caminhou para fora da enfermaria, sentindo o corpo agitado por estar ao lado de Asuka novamente, ele podia sentir que agora era um mau momento para conversar, mas uma certa ruiva pensava diferente.
"Pirralho!" Falou a ruiva ao caminhar ao pelos corredores em busca de respostas, seu olho ardendo pela contaminação, ardendo de raiva por todos os anos que passou sozinha graças a Shinji, os dias sofrendo com a solidão de perder a pessoa que entendia o que era ser piloto de EVA, perder a única pessoa que entendia ela.
Shinji andava com passos pesados, olhando para baixo, ele somente queria poder ir para seu quarto, sua mente não estava preparada para estar ao lado de Asuka novamente, ela o odiava, ver aquele olhar de abatimento era a ultima coisa que ele queria.
Acelerando o passo, Asuka não perdeu tempo em esticar a mão e segurar o ombro de Shinji, ela queria algumas respostas, ela queria saber porque ele lutou da forma que tinha lutado, ela queria saber porque ele não foi ajudar ela.
"Pirralho! Olha para mim quando eu falo com você!" Ordenou a ruiva ao puxar o ombro de Shinji, olhando para o rosto da pessoa que assombrou seus sonhos, o rosto que ela não via a mais de sete anos.
Sentindo seu corpo sendo puxado, Shinji lutou contra a vontade de puxar sua arma, ele lutou contra a vontade de lutar, mas ver Asuka parada na sua frente, somente o deixou com medo.
Podendo olhar para o rosto de Shinji em muitos anos, Asuka queria poder falar como antes, olhar nos olhos do garoto covarde, frágil e de fácil manipulação, mas agora ela não conseguia ver isso, não conseguia ver seus olhos que há muito tempo demonstrava toda a sua inocência e bom coração, agora era somente uma pessoa com o rosto e corpo de Shinji Ikari.
Asuka finalmente pode se recompor, Shinji mantinha a postura fria a todo o momento, mas isso não refletia como ele se sentia, seus olhos estavam olhando para cada detalhe de Asuka, como ela tinha se tornado uma bela mulher, seu rosto angelical, seu belo cabelo ruivo brilhando como uma bola de fogo, mas uma coisa chamou a atenção de Shinji, o tapa olho que marcava a sua falha como pessoa, não importava quantas vezes ele tinha falado para si mesmo que tinha feito tudo que podia naquele maldito dia, a culpa nunca iria sair de sua mente.
Um grande silêncio reinou no corredor, com somente o som das maquinas funcionando, da tubulação velha transportando água ou qualquer outro liquido que era essencial para o funcionamento da Wunder.
"Capitã Shikinami." Shinji falou com a voz mais fria que conseguiu, sua mente rapidamente se lembrando de como ele tinha sido abandonado por essas pessoas, os sentimentos que ele jurou que nunca mais iria se importar.
Asuka respirou fundo ao escutar Shinji a chamando pelo seu sobrenome, isso de alguma forma machucou seu ego, mesmo depois de muito tempo, parte de seu corpo e alma queria que Shinji pelo menos a chamasse de Asuka, mas eles tinham assuntos para serem resolvidos.
Ficando com uma carranca aborrecida no rosto, Asuka pensou nos momentos que passaram na batalha que tinha acontecido, a imprudência de Shinji, em como ele claramente não demonstrava confiança, não a via como uma companheira de guerra, ela podia ver que Shinji não confiava nela, não confiava na WILLE, não confiava em ninguém.
"Mas que merda você estava fazendo!? Porque não seguiu o plano!?" Perguntou Asuka aborrecida ao se lembrar da sensação.
Shinji fechou os olhos ao pensar nisso, cada segundo que se passava perto de Asuka era uma forte tortura, cada momento perto das pessoas que ele mais amava era uma tortura, ele podia ver a raiva nos olhos de Asuka, ele podia ver como ela estava incomodada com sua presença, isso machucou seu coração profundamente.
"Porque não era o meu plano." Foi a sua resposta fria e simples, Asuka apertou suas mãos para se conter, ela queria poder voar para o pescoço de Shinji, mas isso não podia ser mais possível.
"Seu plano?" Asuka repetiu de forma mais perplexa, ela não estava costumada em lidar com Shinji agindo dessa forma, parte de suas memorias não queriam aceitar o fato que ele tinha mudado tanto.
Sentindo uma forte impotência tomando conta de seu corpo, Asuka rapidamente soltou uma risada sarcástica, sua mente não querendo acreditar que isso tudo era verdade.
"E qual era o seu maldito plano? Se lançar e torcer para dar certo?"
Shinji ainda olhava para Asuka com indiferença, seu corpo querendo sair correndo daquela situação o mais rapidamente possível, mas parecia que Asuka não estava facilitando as coisas.
"E o que importa isso? Não é como se fosse de grande valor os planos que fazemos, destruímos o inimigo, não destruímos?"
"Sabe... que merda você acha que vai conseguir se expondo assim!?" Asuka perguntou aborrecida, na sua mente era para Shinji estar do seu lado, mais um soldado contra a NERV, mas ele estava deixando isso mais difícil do que ela podia imaginar.
"Acha que pode fazer tudo sozinho?" Perguntou Asuka ainda irritada, mas sua voz estava tentando manter a pouca calma que carregava seu espirito.
Shinji respirou profundamente para se recuperar, sua mente relembrando de todos os momentos que passou na prisão, dos sentimentos que há muito tempo ele jurou não sentir mais, mas a pressão estava destruindo sua mente agora.
"O que você esperava? Lutar do seu lado como antigamente?" Shinji atacou com força, mas sua voz carregava raiva, assim como sua postura.
Asuka deu um passo para trás ao escutar isso, realmente ela não esperava que ele tivesse mudado tanto assim, apertou suas mãos ao ficar totalmente aborrecida.
"Como é terceiro?" Asuka resmungou ao ficar com a testa franzida, Shinji se mantinha imutável com a coisa toda, a ruiva começou a pensar que suas preocupações não estavam sendo levadas a sério, não era sobre ele era sobre o mundo, ou pelo menos era como ela pensava.
"Acha que isso tem alguma coisa a ver com você!? NÃO!" Gritou a ruiva com força, sua voz ecoando pelos longos corredores da Wunder, qualquer pessoa que fosse esperta o suficiente saberia que não era para se intrometer.
"Acha que sair correndo e se matar vai mudar alguma coisa!? NÃO! Essas pessoas estão contando com a gente! Não podemos agir como um bando de moleques que acham que sabe como é ser um piloto com responsabilidade!"
Shinji finalmente começou a perder calma, com uma longa respirada ele começou a falar, sua voz carregando cada vez mais intensidade conforme ele se irritava ainda mais, muita coisa estava em sua mente, muita emoção guardada, muito rancor em todos esses anos em que passou pensando em tudo que tinha acontecido com ele.
"Piloto com responsabilidade?" Shinji repetiu a ultima frase de Asuka, sua mente inundada por lembranças e o forte sentimento de traição, ele queria respostas, assim como todas as pessoas.
"E que responsabilidade é essa?"
Asuka pode ver que Shinji estava ficando em seu limite, mas sua imprudência somente mostrou que ele estava num caminho muito errado em sua vida, apertou suas mãos com força.
"Acha que isso vai te levar aonde, pirralho? Acha que lutar e se matar vai fazer seu lindo papai te reconhecer?"
Shinji sentiu como se isso fosse a gota d'agua, sua mente sentiu como se ele nunca fosse entendido antes, Asuka não entendia como era a sua vida, como ela poderia entender tudo que ele passou? Como ela poderia entender o que ele estava fazendo? Quem era ela para dizer como ele deveria lutar?
"O que isso importa para você?" Perguntou Shinji com calma, sua voz carregava abatimento e tristeza, ele somente queria respostas, as respostas que ele tanto esperou na prisão.
Asuka se sentiu chocada com tudo isso, mas de alguma forma ela não conseguiu responder a essa pergunta, sua mente se lembrando de todos os sentimentos que eles tinham passado.
"O que?" Perguntou fracamente à ruiva.
Shinji, alimentado pela raiva e rancor, sua mente revivendo cada momento ruim que passou na prisão, dos pensamentos que o atormentaram.
"O que importa em como eu estou lutando? O que importa para vocês se eu viver ou morrer?" Perguntou o homem com raiva.
"Acha que eu vou virar minhas costas para vocês? Acha que isso é como nos velhos tempos? Não vou permitir que vocês me usem. Entendeu?" Falou Shinji com raiva e rancor, seu corpo agindo por instinto.
Asuka franziu o cenho ao escutar aquelas palavras, sentindo uma raiva forte com toda essa conversa sem sentido, Shinji não era uma pessoa assim no passado, ele não era como seu pai.
Shinji vendo o silêncio em que Asuka estava, resolveu continuar seu ataque sem piedade.
"Acha que isso vai mudar alguma coisa? Não vai... você não me conhece Asu...Shikinami, não me conhece nem um pouco." Shinji falou com forte rancor em sua alma, ele queria poder falar tudo que sua mente gritava para ele dizer, mas um pequeno fio de calma o impedia de fazer isso.
Asuka se sentiu chocada com isso, ela conhecia Shinji, sabia sobre seu passado e como ele era antigamente, parecia que esse homem em sua frente não era o menino que ela tinha conhecido há muitos anos atrás, isso tudo somente a deixou ainda mais chocada.
"Eu te conheço muito bem..." Respondeu a ruiva fracamente, sua mente buscando a todo o momento respostas para quebrar os argumentos de Shinji contra ela, mas nada vinha.
Shinji sorriu ao escutar isso, mas não foi um sorriso de felicidade, alegria ou qualquer outro sentimento feliz, mas sim um sorriso morto, um sorriso sem vida, cujo dono era somente um pedaço de carne viva que andava, sua alma tinha morrido a muito tempo.
"Me conhece? Que parte de me conhecer vocês fizeram?" Falou o homem aborrecido, seu coração batia forte em seu peito com toda a tensão acumulada em seu corpo.
Asuka olhou para frente ao escutar isso, ela podia imaginar onde essa conversa iria chegar, mesmo que isso era uma coisa que sua alma ansiava para fugir o mais rapidamente possível.
Shinji vendo isso deu mais um passo para frente, seu corpo carregado de raiva e rancor por tudo que essas pessoas fizeram com ele.
"Se me conhecessem mesmo, saberiam que eu não queria que isso acontecesse, saberiam a verdade e tentariam fazer o certo... Mas não, vocês me deixaram para morrer, me deixaram para trás como um pedaço de lixo e ainda querem que eu olhe para vocês e acredite nas palavras que saem de suas bocas?"
Asuka olhou para cima novamente, seu corpo paralisado com tudo que estava acontecendo, uma forte tristeza tomando conta de seu corpo, como se cada palavra dita pela pessoa que ela mais confiava em seu mundo fossem mil facas penetrando seu coração.
Shinji ainda tomado pela raiva, não ponderou as palavras.
"Vocês me mataram... acha que somente eu estando aqui dentro me ajuda em alguma coisa? Acha que eu queria isso? Não, não queria estar perto de Katsuragi ou você novamente, não sabe como é viver assim, não sabe como é estar morto."
Asuka fechou os olhos para lutar contra as lagrimas, ela não podia acreditar no que seus ouvidos escutavam.
"Você não é assim! Porque está fazendo isso?" Pensou Asuka ao escutar cada acusação em silêncio, sua mente repleta de lembranças dos momentos bons que passaram no apartamento de Misato, nos dias escolares sem fim, onde uma pequena arvore era o paraíso.
Shinji ainda com adrenalina tomando conta de seu corpo e mente, pensou em tudo que tinha passado, de toda a dor que tinha sofrido por saber que tinha machucado pessoas que não mereciam, de sofrer punições que não merecia, tudo isso por causa de duas pessoas.
"Eu fui burro ao imaginar que minha vida poderia ser diferente, eu não era mais que uma ferramenta para vocês o tempo todo, alguma coisa me dizia que não era verdade, pena que eu somente descobri isso mais tarde."
Asuka finalmente sentiu uma gota de coragem, como Shinji ousava dizer que o que eles tiveram no passado foi algo forjado? Como ele ousava dizer que era somente uma ferramenta para Misato? Todos tinham sido manipulados, não somente ele.
"Acha que foi tudo uma grande farsa?" Falou a ruiva com tristeza em sua voz, os melhores momentos da sua vida estavam sendo atacados pela pessoa que ela menos esperava, mas quem era ela para julgar isso, para Shinji eles eram os inimigos, as pessoas que não lhe deram a chance.
Ela não tinha lhe dado a chance, sentia sua mente sendo inundada pelo despertar dele, de como ele ficou feliz em vê-la, o puro alivio em seu rosto, mas como ela retribuiu essa preocupação? Atacando, depois o arrependimento veio naquela noite, ela pode sentir quando a esperança tinha sido removida de seus olhos.
Shinji a olhou, seus olhos frios nunca saindo do belo rosto de Asuka, sua mente lembrando-se dos tempos na prisão, onde ele somente queria uma única forma de prazer, escutar a voz ou saber que ainda era alguma coisa para Asuka ou Misato, mas ele não recebeu nada disso.
"Se aqueles tempos fossem verdade, você nunca teria deixado eles fazerem o que fizeram comigo, nem você ou Katsuragi." Shinji finalmente começou a sentir a adrenalina saindo de seu sistema, seu corpo se acalmando da onda de emoções que assolaram seu espirito e alma.
"Agora eu não tenho mais nada para pensar, não tenho mais medo de agir, pois não tenho ninguém para me proteger que não seja eu."
Asuka respirou profundamente ao escutar isso, seu coração sangrava forte com cada palavra que Shinji tinha lhe acusado, ela queria retrucar, tinha os melhores argumentos para retrucar, mas seu corpo não conseguiu agir, sua mente não conseguiu dizer as suas defesas, ela somente ficou parada.
"Minha confiança em vocês acabou quando me mataram." Shinji finalizou ao se virar e sair, deixando Asuka atordoada para trás com o peso de suas palavras, ele não queria mais ficar ali, somente seu quarto era a única coisa que ele queria, com sua velha amiga ao seu lado, a garrafa de destilado de arroz.
Asuka olhou para frente, escutando e vendo Shinji se afastando a cada segundo que passava, seu corpo querendo desabar, mas somente seu orgulho a mantinha em pé, ela sabia que tinha parte da culpa, mas nem ela merecia essas palavras, ela somente ficou parada lá, respirando calmamente.
Uma pequena mão pousou em seu ombro, Asuka teria se importado, mas a julgar pela cor da manga ela sabia quem era.
Mari tinha escutado tudo, cada palavra, cada sentimento que foi lançado, ela sabia que Shinji tinha pegado pesado com Asuka, que suas palavras com certeza tinham machucado o espirito da ruiva ao seu lado, mas isso não era uma batalha fácil, pena que não teve tempo para avisar.
"Vamos princesa, Sakura tem que fazer os exames."
Asuka se virou para voltar a enfermaria, com seu espirito quebrado e ego destruído, ela lentamente fechou suas mãos em punhos, com somente a raiva como companhia, ela não percebeu quando se sentou na maca hospitalar, ou quando Sakura se aproximou para coletar algumas amostras de sangue, sua mente somente pensava em Shinji.
"Aquele pirralho maldito!" Rosnou a ruiva ao olhar para Mari, ela podia ver que a conversa tinha afetado Asukai. Sakura tentava fazer seu trabalho o mais calmamente possível.
Mari estava abatida, sua mente pensando em como poderia remediar essa situação, iria ser uma tarefa difícil, ela teria que conseguir se aproximar de Shinji.
"A gente conversa depois, agora deixa nossa médica favorita te examinar." Mari falou sorrindo.
"Ele fala como se... o que ele acha que vai ganhar fazendo isso!?" Resmungou a ruiva com raiva ao sentir seu braço sendo espetado.
"Ele acha que está morto, como... quando eu por minhas mãos nele eu vou!..." Asuka começou a falar com mais raiva ainda, seu corpo querendo descarregar a energia que tinha acumulado.
"Ele está certo..." Sakura falou com calma ao terminar de coletar as amostras, ela sabia que isso não era uma hora certa para se intrometer na vida dos outros, mas ela já tinha errado muito antes, agora era hora de começar a consertar esse erro.
"O que?" Asuka e Mari falaram juntas, nunca elas esperavam que Sakura fosse entrar na conversa, principalmente quando Shinji era o assunto.
Sakura lentamente separou tudo que tinha feito, seu rosto estava pensativo com tudo que tinha pensado e aprendido nestas ultimas semanas, ela podia sentir que Mari e Asuka estavam a espera de uma resposta.
"Onde aquele pirralho está certo!?" Perguntou Asuka com raiva.
"Pensa se fosse no seu lugar..." Sakura começou a falar, sua mente viajando para se colocar na posição de Shinji.
"Acabar destruindo o mundo, ser abandonado por todos, não poder contar com ninguém... estar vivo não significa se sentir vivo... Então eu posso entender ele neste ponto, não sei ainda como me sinto com relação a tudo que aconteceu, se foi ou não culpa dele, mas a realidade é que eu perdi meu pai no terceiro impacto... então não posso defender ele sobre isso, mas... pelo menos eu entendo ele, entendo sua raiva e desconfiança."
Mari abaixou o olhar, ela sabia como era esse sentimento, ela estava feliz por saber que Sakura estava começando a mudar sua opinião a respeito de Shinji, mas ainda tinha um longo caminha percorrer.
"Iria confiar em nós?" Sakura falou com um sorriso triste no rosto ao pensar no passado, em como ela teve que começar a estudar medicina ainda muito jovem, o mundo precisava de pessoas para ajudar os refugiados, ela não podia se sentir jovem e curtir a juventude como uma adolescente normal.
Asuka e Mari olharam para Sakura se retirando, elas sabiam que ela estava certa, mas isso era outra historia, Shinji tinha mudado muito e o mundo era o culpado, soltando um longo suspiro e colocando a mão sobre o rosto, Asuka pensou em tudo que aconteceu neste longo dia.
"Droga, agora recebo lição de moral de Sakura."
Mari soltou uma risada sem vida, com um movimento simples ela passou o braço sobre o ombro de Asuka, lutando para conseguir encontrar as melhores palavras.
"Vamos conseguir consertar o nosso filhote, ele somente precisa de tempo e quem sabe uma visita noturna para acabar com o atraso." Falou a morena com um sorriso no rosto e a julgar pelo rubor no rosto de Asuka, sua investida tinha funcionado.
"Quem sabe podemos dar um show particular para ele."
Asuka balançou a cabeça para os lados com infantilidade de Mari, mas esse comentário não impediu de um sorriso nascer em seu rosto, esse sempre foi o super talento de Mari, fazer as pessoas ficarem felizes.
"Você é uma puta mesmo."
Mari sorriu ao ver que tinha conseguido melhorar o humor de Asuka, usando sua mão livre para apalpar seu seio e falar gesticulando com as sobrancelhas.
"Aposto que ele não iria reclamar."
"Pare com isso sua vagabunda!" Asuka falou rindo ao se soltar das garras de Mari.
"O que foi?" Foi a ultima coisa que Asuka escutou ao caminhar para longe de Mari, que não perdeu tempo em correr para seu lado, ambas tinham muita coisa para fazer neste dia.
Misato estava em seu escritório, seu rosto apontado firmemente para o painel na sua frente, lá estava reproduzindo as imagens das câmeras de segurança, para seu desgosto e dor ela pode ver e escutar a conversa entre Shinji e Asuka.
Fechando os olhos para esconder a dor em sua alma, ela lutou para conseguir se manter em pé, manter a forma fria que cultivou em todos esses anos de luta, a imagem da mulher forte e sem medo que enfrentava todos os inimigos sem mostrar nada além de determinação e raiva contra a NERV.
Soltou um longo suspiro ao repetir aquelas palavras dita por Shinji como um disco quebrado em sua mente. Colocou a mão sobre o rosto e pensou em como poderia reverter toda essa situação para que pelo menos ficasse menos incomoda.
"Ele tem que ser repreendido por sua conduta na batalha." Ritsuko falou com calma, mas sua voz estava aborrecida, todo o seu esforço para conseguir fazer uma estratégia de batalha perdida com a imprudência de Shinji e os danos sofridos pelos EVAS, estavam dando uma dor de cabeça para a mulher de cabelos curtos.
Misato moveu a cabeça lentamente para sua amiga, sabendo que suas palavras estavam corretas, mas como ela poderia fazer seu papel de comandante com Shinji agindo assim? Como ela poderia pedir confiança para a pessoa que ela abandonou? Essa culpa estava matando sua alma, assim como tinha matado a de Shinji.
"E espera que eu faça o que?" Misato falou cansada.
Ritsuko virou a cabeça para o lado, dando uma boa olhada nas costas de Misato, com somente o som dos motores da Wunder inundando o ambiente, em suas mãos estava um cigarro parcialmente fumado. Soltando uma pequena nuvem de fumaça, a mulher falou.
"Misato, Shinji não pode agir da forma que bem entender, ele colocou todos em risco com sua manobrinha agora a pouco!"
Misato não pareceu se importar com a frieza e irritabilidade na voz de sua amiga, ela parou de se importar a muito tempo, quando parte de sua humanidade morreu... junto com Shinji, seus olhos ainda focavam na tela mostrando o corredor agora vazio.
"Matamos o inimigo, isso é o que realmente importa."
Ritsuko parou de olhar se tablet pessoal, sentindo uma raiva aumentando dentro de seu corpo, ela sabia que Misato estava indo cada vez mais fundo na sua luta contra a NERV, deixando todos em perigo quase todos os dias para conseguir colocar o inimigo no lugar onde eles realmente mereciam, mas seu dever moral não poderia deixar o capitão do navio colocar a tripulação em risco por desejos pessoais.
"E se ele acabar se matando?" Atacou a loira falsa com um olhar arrogante no rosto, ela sabia que desde a perda de Shinji isso representou uma grande coisa no comportamento de Misato, a mulher de cabelos roxos nunca aceitou ter perdido seu antigo protegido.
Finalmente sentindo uma coisa em seu corpo, Misato levantou a cabeça, podendo ver que sua amiga estava querendo incomodar, querendo provar seu ponto e mostrar que suas ações estavam erradas, lutando contra o desejo de socar Ritsuko, ela falou com frieza.
"Acha que eu lutar com ele vai mudar alguma coisa? Você mesma viu e escutou o que ele falou, Shinji-kun não nos vê como seus aliados e... e... ele tem razão com isso." Misato finalmente sentiu um pouco de emoção em seu corpo, uma emoção que a muito tempo ela não sentia.
Ritsuko percebeu esse pequeno deslize, sabendo que a conversa iria levar para um ponto onde não estaria confortável, mas pelo menos ficou parada e escutou.
Misato sabia que tinha saído de seu personagem, mas sua vida estava lhe dando uma chance de consertar as coisas, pelo menos um pouco, doía em seu coração que Shinji não confiasse nela, mas pelo menos ela tinha a decência de reconhecer esses pontos, a Wunder nunca tinha sido um lugar seguro para pessoas de fora, o mundo não era um bom lugar como já tinha sido.
Ainda vendo que tinha o silencio ao seu lado, Misato sabia que isso poderia lhe dar os pontos que mais desejava, Ritsuko nunca foi uma pessoa que mostrou se importar com o que acontecia ao seu redor.
"Nos não demos a chance, somente o pegamos e entregamos ao matadouro..."
"Não tinha como sabermos que ele iria ser condenado a morte, isso não é sua culpa." Ritsuko tentou falar, era essa a desculpa que ela dava em sua mente, uma das únicas formas de conseguir fechar os olhos com algum conforto.
Misato cruzou os braços sobre o peito, por muito tempo ela falou exatamente isso, mas nada pode realmente fazer sua mente pensar assim, ela sempre se culpou, sempre pensou em como deveria ter agido naquele tempo, muitos anos tinham se passado, muita coisa aconteceu na ausência de Shinji, ela perdeu a humanidade naquela época.
"Não tem desculpa, sabemos o que o mundo faz com traidores, o tribunal mundial nunca teve clemência com os simpatizantes da SEELE, pessoas foram mortas por terem feito muito menos, eu deveria ter imaginado que isso iria acontecer com ele." Falou a mulher com a voz cansada e abatida, sua mente inundada com lembranças daquele dia, o desespero ao saber que a sentença tinha sido dada, o desespero pela culpa em saber que tinha contribuído para isso a machucou ainda mais.
"Eu nunca vou me perdoar por ter entregado ele assim, Shinji nunca mereceu isso, eu deveria ter chamado Kaji e achado um modo dele ter vivido na vila III, eu poderia ter feito isso, eu tinha o poder para fazer isso... mas não fiz."
Ritsuko olhou para sua amiga com tristeza, realmente esse era um ponto valido, para o mundo Shinji estava morto depois do terceiro impacto, depois do seu despertar elas tinham feito como o protocolo mandava.
"Acha que Kaji iria conseguir ajudar? Acha que isso iria mudar em alguma coisa?"
Misato olhou para Ritsuko sentindo uma raiva com o modo que ela falava da pessoa que ela tanto tempo dividiu a cama, dividiu o coração, mas no fundo ela sabia que sempre poderia confiar em Kaji.
"Ele teria feito alguma coisa, Kaji sempre soube como se esconder, como esconder as pessoas, ele teria ajudado, Kaji como muitos foi um dos poucos que sempre acreditou na inocência completa de Shinji, ele iria saber o que fazer."
Ritsuko assentiu com isso, sabendo que o assunto não iria mudar mais, ela tinha pisado na mina, mexer com os sentimentos das pessoas era uma coisa perigosa, uma lembrança surgiu em sua mente, uma que a muito tempo ela não pensava a respeito.
"Será que ela ainda vai te matar?"
Misato olhou para os papeis em sua mesa, sabendo que não poderia ficar parada em melancolia, muita coisa tinha que ser feita na Wunder para que o funcionamento sempre ficasse perfeito, mas ela ainda se lembrava da promessa de Mari, sabendo que nunca iria impedir se a morena realmente a cumprisse.
"Isso não muda nada, Mari tem todo o direito de querer me matar depois do que eu fiz... ela era a madrinha dele afinal de contas."
"Madrinha, isso não vale nada nesse mundo... ela pode ate ter voltado do mundo dos mortos, mas se Mari se importava tanto assim com Shinji, porque nunca tentou fazer nada?"
"A única coisa que eu a via fazendo era paquerar o modelo Ayanami, que bela madrinha essa."
Ritsuko falou com arrogância, mas no fundo ela sabia que era um argumento fraco, que nunca pensou em como poderia se aproximar de Mari para entender o que a garota do IPEA fazia em suas horas vagas.
"Ela tentou." Foi à resposta simples de Misato, recebendo um olhar de interrogação de sua colega de trabalho, isso lhe deu mais tempo para explicar.
"Mari entrou em contato com Kaji muitas vezes, eu sempre me fazia de desentendida para ver se alguma coisa poderia realmente ser feita, mas nem ela ou Kaji conseguiram fazer alguma coisa a respeito disso."
Misato lentamente se levantou de sua cadeira, olhando para Ritsuko com um olhar feroz que somente ficou ainda mais ameaçador pelos pesados óculos de sol que carregava.
"Então não faça acusações antes de saber a verdade, Mari lutou sozinha para conseguir fazer alguma coisa a respeito de Shinji, mas nunca conseguiu chegar a lugar nenhum."
Ambas as mulheres se olharam por uma eternidade de tempo, Misato sabia de sua culpa, nunca o perdão iria tocar a sua porta, não importa quantas vezes Kaji tentasse lhe ajudar, não importa quantas vezes ela tentasse se ajudar, nunca ela iria ficar em paz.
Ritsuko sentiu a indireta. Sentiu a pressão do golpe que Misato deu, ela percebeu que tinha que se manter em seu devido lugar, Misato era uma mulher que nunca mudava de opinião, nunca desistia, nunca abaixava a guarda, era uma batalha perdida tentar mudar isso.
Com um suspiro abatido ela recolheu seus documentos e se preparou para sair, sabendo que seus EVAS precisavam ser consertados antes da nova batalha, sua mente ainda pensava nas palavras que Misato tinha falado antes, mas antes de sair pela porta do pequeno escritório, ela falou com a voz ainda cansada e pensativa.
"Shinji precisa aprender a se perdoar por tudo que aconteceu, ele tem que saber que as pessoas aqui dentro estão contando com ele querendo ou não... Shinji terá que ver que um dia terá que cooperar, um dia ele vai sair para lutar, e os inimigos serão mais fortes e mais rápidos e ele vai ter que contar com as pessoas que ele mais odeia."
Finalmente falando o que queria a loira falsa se virou e saiu, deixando Misato sozinha em seu escritório, soltando um longo suspiro, lentamente e mulher removeu seus óculos, deixando a vista seus olhos cansados e tristes expostos.
Sua mente pensando em como poderia melhorar o relacionamento de Shinji, como poderia fazê-lo entender que agora todos estavam do mesmo lado? Como ela poderia tentar recuperar o que eles tinham no passado?
"Droga..." Resmungou a mulher ao pensar em todas as suas opções, mas como sempre, nada vinha em sua mente, somente a dor, culpa, desespero, sentimento de impotência, ela queria poder mudar isso, ela queria poder voltar no tempo, fazer o que não tinha feito, ajudar a pessoa que era para ser ajudada, mas isso era impossível.
"Me desculpe Shinji."
Thanato lentamente olha para Shinji em seu quarto, ele o olhou tomar dose após dose de sua bebida, novamente o garoto estava tomando seu veneno liquido para esquecer a dor, esquecer a solidão, esquecer tudo.
"Lilith? O que eu devo esperar?" Perguntou o ser com tristeza, ele queria mais respostas de sua colega, mas como sempre nada aconteceu.
Respirando profundamente, o Deus da morte sabia que esse ato simbólico de encher seus pulmões de oxigênio não levaria a nada, mas pelo menos parecia trazer um pouco de calma ao seu corpo imortal.
Como sempre ele esperou, a cada segundo que passava, cada nuvem que passou do lado de fora, cada vida que ele ceifava nesta terra morta, mas assim foi para ele, ele esperou para o momento certo.
Novamente ele olhou ao redor, podendo ver que o cenário tinha mudado, antes um pequeno parque para crianças, agora um apartamento muito comum para sua memoria divina, ele sabia onde era, o velho apartamento da pessoa que se chamava Katsuragi, o local onde foi moradia de Shinji no passado, o lugar onde sua alma tinha ganhando um pouco mais de vida.
Deu pequenos passos e percorreu esse cenário buscando a pessoa que ele queria conversar, Thanato pensou se estava no lugar certo, se isso não era somente mais uma manifestação das memorias de Shinji, mas lentamente ele encontrou o menino que procurava.
Parando a porta de madeira final, Thanato olhou para Shinji, podendo ver que desta vez era o homem adulto que estava sentado na cama de uma garota, ele sabia quem era essa garota, em suas mãos tinha uma pequena pelúcia, era um boneco simples de uma garota ruiva e um bordado com um nome... Asuka.
"Novamente aqui." Falou o homem com asas negras no batente da porta.
Shinji olhava para a pequena pelúcia, ele se lembrou do tempo que deu esse presente para Asuka, somente não esperava que ela tivesse guardado por tanto tempo, com um olhar triste ele olhou para seu amigo que sempre o visitava em sonhos, notando a falta da luz ao seu lado.
"O que faz aqui? Não cansa de me seguir?"
Thanato ainda olhava para as mãos de Shinji, com um olhar curioso ele se lembrou do dia do presente, um pequeno sorriso nasceu em seu rosto.
"Você fala que não quer mais saber de seu passado, mas sempre acaba voltando para ele... para ela principalmente."
Shinji olhou para baixo, sua mente se lembrando desses tempos onde era feliz, seus amigos nunca iriam acreditar que um dia ele namorou o demônio vermelho, mas essas palavras ainda o perseguiam, os sentimentos nunca morriam.
"Eu nunca neguei que amo Asuka, eu somente penso... penso que... deixa pra lá." Shinji falou abatido ao colocar a boneca novamente na cama, Thanato pode sentir a forte atmosfera que rondava aquele pequeno quarto, eram as lembranças de Shinji.
"Eu acho que ainda pode ser possível, não acha?"
"Agora não importa mais, ela me odeia... como todos." Shinji falou tristemente ao sair do quarto, não se importando com o fato de estar tão perto de Thanato, ele somente queria que a dor acabasse, a bebida não estava mais ajudando a lidar com a dor.
"Como você sabe? Elas foram te ajudar na luta, não foram?"
"Elas não foram me ajudar." Shinji falou irritado, mas sua mente sabia que teria que confiar em Mari e Asuka nas batalhas, mas sua raiva nunca permitia isso, ele somente queria ficar sozinho.
Thanato soltou um longo suspiro abatido, ele podia sentir o coração das pessoas, muitos o condenavam ao inferno, mas uma pequena porção de pessoas ainda rezavam para seu bem e era isso que Shinji deveria sentir também.
"Sabe que isso não vai lhe levar a lugar nenhum, um dia terá que se perdoar por tudo que aconteceu."
"Me perdoar?" Shinji falou rindo, uma risada falsa e sem vida, assim como sua alma, o mundo do lado de fora cinza assim como seu coração, com somente pequeno locais com cor, o quarto de Asuka e a cozinha de Misato, os locais mais felizes da sua vida.
"Nunca vou me perdoar por ter destruído a vida delas, principalmente a de Asuka."
Thanato ficou triste com isso, lentamente o mundo ao seu redor começou a desmoronar, simbolizando a mente de Shinji, ele sabia que o tempo estava acabando, ele podia sentir quando a hora das pessoas estava chegando e essa sensação estava chegando para Shinji, foi um momento raro que ele sentiu preocupação.
"Tem que mudar, um dia sua sorte pode acabar."
"Se ela acabar, esse dia vai ser o melhor dia da minha vida." Shinji falou sorrindo, Thanato sentiu medo ao ver isso, não era uma sensação boa para o Deus da morte sentir, não tinha muita coisa que ele pudesse fazer no mundo dos vivos, ele somente poderia observar, ele tinha uma função para cumprir.
"Espero que um dia você perceba que as coisas não são tão fáceis assim, o perdão pessoal é uma coisa divina, sua vida é tão importante como a dos outros, não importa quanto negue, o quanto deseje que acabe, nunca ficamos felizes com o resultado."
Shinji olhou para cima ao escutar isso, essas palavras mexeram com sua mente, ele sabia que de alguma forma tinha que conseguir vencer seu pai, o mundo precisava disso, ele precisava disso, era a sua redenção, ele poderia voltar a sorrir assim que seu pai perdesse.
"Não tenho mais espaço neste mundo, as pessoas que acham que gostam de mim não podem sofrer por minha causa."
Thanato pareceu perceber os pensamentos de Shinji, com um pequeno sorriso ele falou com calma, na esperança que isso pudesse ajudar na mudança de postura do garoto.
"Sua mente ainda fica focando nas pessoas erradas, o que importa se é odiado por muitos, mas amado por poucos, esses poucos não são suficiente? Não dá para ser apreciado por todos." Thanato olhou para a palma de sua mão, lembrando-se das vidas que a muito tempo ceifou.
"O que importa é ter aquelas pessoas especiais, o resto é somente resto."
Finalmente pensou em Misato, Asuka e todos que tiveram suas vidas arruinadas por causa dele, isso era seu presente para o mundo, ele iria dar outra chance para as pessoas serem felizes, mas para isso acontecer seu pai teria que sumir, a SEELE teria que ser derrotada, ele teria que conseguir dar paz ao mundo, de uma forma ou de outra.
"Eu somente quero paz, somente isso. E se for necessário dar a minha vida, com certeza eu vou." Shinji parou de andar e olhou para trás, podendo ver claramente o rosto de Thanato, não se importando mais com a entidade que a muito tempo assombrava o seus sonhos.
Thanato olhou para Shinji, ele sentiu pena da pobre alma que estava na sua frente, ele queria poder fazer mais, mas não podia, o mundo dos vivos tinha o livre arbítrio, ele não poderia interferir nas decisões das pessoas, isso foi exatamente como Lilith tinha lhe falado a muitos anos atrás, os homens tem suas próprias responsabilidades para lidar, não podemos interferir.
"Se você acabar morrendo, como acha que isso vai afetar as pessoas que estão na sua volta? Como acha que isso vai dar paz?"
Shinji pensou na resposta, lentamente os rostos das pessoas que ele amava vieram em sua mente, ele teve muito tempo para pensar no que faria, muitos anos e sentimentos assolaram sua mente depois que foi preso e abandonado.
"De que adianta viver, se não podemos nos sentir vivos."
Lentamente o mundo foi começando a se demonstrar, peça por peça foi sumindo até que nada ficasse naquele lugar que há muito tempo Shinji chamou de lar, a casa de Misato lentamente foi perdendo o brilho e vida, até que mais nada ficasse no lugar, somente a escuridão, assim como o coração de Shinji.
Thanato novamente se viu sozinho, longe da mente da pessoa que ele esperava poder ajudar, ele podia sentir a alma de Shinji, ele podia sentir que alguma coisa grande estava para acontecer com esse homem que jurava que era odiado por todos, ele somente esperava que isso não fosse o fim.
Olhando para a lua, Thanato sabia que isso simbolizava Lilith, com os olhos fixos ele rezou.
"Lilith, o que espera de mim?"
Notas do Autor: Olá pessoal Calborghete aqui, temos enfim o capítulo 33, espero que tenha sido de agrado de todos, como sempre não deixem de segui-la e salva-la em seus favoritos para não perderem mais nenhuma atualização futura.
Por favor revisem, suas críticas (Boas ou ruins) são muito importantes para mim, vocês sabem que eu levo muito em consideração o que é dito e também me dá forças para continuar.
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