Capitulo 4 – Esclarecimentos.
Remus acordou com dificuldade pela manhã, dormira muito mal, já que os acontecimentos do dia anterior não saíram da sua cabeça. Levantou-se e dirigiu-se para o banheiro, nem notara que Ninfadora não estava no quarto, a notando apenas quando adentrara a cozinha para tomar o seu café da manhã.
- Irei direto para o ministério. – respondeu ela, antes mesmo de Remus fazer menção de a cumprimentar.
Ninfadora estava com uma aparência péssima, também não tinha dormido direito durante a noite, sabia que Remus não iria sossegar até esclarecer tudo com aquela mulher, então precisava ocupar rapidamente a sua cabeça com outra coisa.
- Esta bem... – respondeu Remus, nem ao menos olhando para ela – Vou resolver uns assuntos e depois apareço por lá.
- Ok. – respondeu ela pegando seu casaco e saindo da sala.
Remus ficou calado, tomou um pouco de café e pegou seu casaco, precisava conversar com alguém sobre o acontecido, então foi direto para a casa de Sirius.
- Aluado...? – espantou-se Sirius ao abrir a porta – Mas o que esta...?
- Você a viu ontem não viu?
- Vi? – perguntou Sirius ainda não entendendo dando espaço para que Remus passasse – Vi que...? Ah! Também foi um choque pra mim. – continuou ele se sentando no sofá mais próximo - Sério, quase cai para trás quando abri a porta. Incrível como ela não mudou nada, esta exatamente como me lembro... Realmente ela continua tão atribu... Tá legal eu paro. – disse ele quando recebera um olhar com um alto nível mortal de Remus.
- Preciso saber onde ela esta morando... – disse Remus voltando ao seu estado normal – E você sabe.
- Como a... assim eu... eu não sei de nada Aluado. – respondeu Sirius se remexendo nervosamente no sofá e olhando para qualquer direção menos encarando o amigo.
- Você não me engana Almofadinhas, sei muito bem que ela te disse onde ela esta. – disse Remus ficando de pé.
- Prometi a ela que não te diria.
- E desde quando você cumpre com alguma coisa?
- Ei, também não é pra tanto! Guardo muito bem os segredos dos meus amigos.
- E então Almofadinhas, estamos entre amigos...
- Tá legal! Droga, seu lobo maldito! – disse Sirius olhando com raiva para Remus enquanto ele exibia um sorriso de vitória por ter conseguido arrancar a verdade de Sirius tão facilmente – Que droga, como você sempre consegue?
- Você não consegue agüentar ficar com um segredo só pra você Almofadinhas, e isso não é de hoje. Principalmente quando era segredos que não fossem de nós, os marotos, você logo saia espalhando aos quatro ventos.
- Você é desprezível e eu vou ignorar essa sua observação. – disse Sirius cruzando os braços – Acredite ou não ela esta na mansão da família Nimbus. – respondeu Sirius, que parecia bem incomodado com a situação.
- Mas a mansão foi destruída quando Devon morreu...
- Sim foi, mas Sharon a reconstruiu, em segredo. – disse ele olhando para Remus que parecia um tanto surpreso.
- Impossível Sirius! – afirmou Remus desacreditado – Fui naquela mansão dezena de vezes e tudo que vi foram apenas ruínas! É logicamente impossível!
- Impossível? Então busque na sua memória no que sua amada sogrinha era especializada? – perguntou Sirius astutamente se levantando do sofá e andando até uma janela próxima.
- Feitiços ilusórios...
- Exatamente! Tudo aquilo que viu era uma grande fraude! Sharon realmente queria que Kataryne não fosse encontrada...
- Vou vê-la. – disse Remus andando rapidamente até a porta de entrada – Preciso esclarecer isso tudo, o mais rápido possível se não fico louco.
- Só uma coisa Remus...
- O que? – perguntou Remus nervosamente com a mão na maçaneta da porta pronto para abri-la.
- Ela ainda esta doente. – disse calmamente Sirius para o amigo – Continua com todos os sintomas, as mesmas coisas do colégio... Mas dessa vez as coisas não são "tão leves" assim.
- Como assim? – perguntou Remus virando-se para Sirius e o encarando.
- Enquanto estava aqui, ela teve uma leve crise, sua filha logo a reanimou, a menina parece que já tem pratica. – respondeu Sirius com um sorrisinho nervoso – Só peço que tome cuidado com o que fale e da maneira que fale, se não dessa vez ela realmente vai dessa pra uma melhor, e não estou falando isso no sentido figurado.
Depois de ouvir essas palavras, Remus saíra do Largo Grimmauld, rumo a Yorkshire, lugar onde se encontrava a grande mansão Nimbus.
Aparatou próximo a uma grande árvore que compunha o jardim da mansão, andara calmamente em direção a uma colina, a cada passo que dava um filme passava em sua cabeça. Fora ali próximo a aquela grande árvore que Remus propôs casamento a Kataryne, naquele jardim era onde brincavam como crianças, correndo feito dois bobos para ver quem conseguia pegar o outro, fora ali sob a luz da cálida lua minguante que tiveram sua primeira vez. Tudo era perfeito naquela época, precisava entender o porque que Kataryne o deixara, não conseguia entender.
Quando chegou ao topo da pequena colina viu uma cena que o fez ficar muito surpreso, de tão surpreso não notara que sua boca ligeiramente se abriu. A mansão, antes apenas um monte de destroços e tijolos retorcidos, agora voltara a sua majestosa forma original. Quanto mais se aproximava da mansão, fora notando os detalhes que a ela pertencia, como os adornos nas janelas eram bem trabalhados, os tijolos se encaixando perfeitamente um sobre o outro e como as portas possuíam um tom de madeira muito negro, tudo muito bem conservado para uma casa com tantos séculos, e mesmo sendo destruída e reformada, mantinha o mesmo ar imponente da época em que fora construída.
Batera algumas vezes a porta e ficara esperando, não demorou para que a porta, com um leve rangido, se abrisse.
- Pois não, o que deseja? – perguntou uma voz esganiçada fazendo com que Remus olhasse um pouco para baixo.
- Você é... – sussurrou Remus analisando o pequeno elfo a sua frente, ficou surpreso em notar que aquele velho elfo era Katrien, aquele que Remus lembrava como um jovem elfo enérgico, pronto para ajudar em tudo.
- Pelas barbas de Merlin! – exclamou assustado Katrien, colocando as mãos sobre a boca e arregalando mais ainda os olhos já esbugalhados – Se... Senhor Lupin? – perguntou ele já com os olhos encharcados de lágrimas – É... É mesmo o senhor?
- Como vai Katrien? – perguntou Remus com um sorriso, logo que fizeram a pergunta, Katrien correu em sua direção e agarrou uma de suas pernas o abraçando.
- Que... Que bo... bom que o senhor voltou! – exclamou ele entre soluços.
- Também senti sua falta. – disse Remus um tanto sem jeito passando a mão na cabeça do elfo que continuava entre soluços agarrado a suas pernas.
- O... O senhor veio falar com a senhora Kataryne? – perguntou ele se soltando de Remus e enxugando as lagrimas com a parte de traz da manga de uma bela blusa. Os Nimbus eram conhecidos por tratarem muito bem os seus elfos, sempre bem vestidos e com condições de vida muito boas.
- Sim, eu vim sim. – respondera Remus seriamente – Será que poderia me levar até lá por favor?
- Mas é claro! – respondera o elfo prontamente, dando espaço para que Remus entrasse na casa – Por aqui senhor, ela esta na biblioteca.
Remus seguiu o elfo por longos corredores muito bem decorados, com quadros e muitas portas no decorrer deles, a casa dos Nimbus parecia um grande labirinto. Finalmente depois de caminharem um bocado, o elfo parou a frente de uma grande porta de madeira maciça, e levemente a abriu.
- Ela esta lá dentro senhor. – disse o elfo, fazendo uma reverencia e dando espaço para que Remus entrasse.
- Não vem comigo Katrien?
- Oh! Não senhor, Katrien tem muitas coisas para fazer na cozinha, e ainda tenho que ajudar a jovem senhorita Claudia a limpar seu quarto.
- Então tudo bem, eu mesmo a encontro então. – disse Remus dando um sorriso para o velho elfo e entrando na biblioteca.
A biblioteca dos Nimbus era muito grande, havia muitas prateleiras, repleta de exemplares de livros, tanto bruxos quanto trouxas, Remus se lembrava que Kataryne sempre tinha um exemplar diferente de livros quando estavam na escola, fora isso que fez com que eles tivessem sua primeira conversa na sala comunal da grifinória.
Enquanto Remus andava pela grande biblioteca, lembrava de coisas que havia passado na casa, coisas antigas que já haviam sido esquecidas, enquanto estava perdido em pensamentos, não notara o quão andara e quando viu já estava bem próximo de onde Kataryne estava, ficou um tempo a observando, ela continuava a ter aquele ar superior, estava vestida com um longo vestido negro, com um espartilho também negro com costura em relevo, seus cabelos estava presos pela metade, para apenas os tirarem dos olhos e mantinha a mesma maquiagem forte nos olhos da noite anterior. Dera um passo a frente chamando a sua atenção.
- O que faz aqui? – perguntara ela nem ao menos se levantando, apenas o olhando com aqueles olhos azuis penetrantes.
- Vim conversar com você.
- Sobre o que? Creio que já falamos tudo ontem. – disse ela voltando sua atenção para um papel que tinha em suas mãos.
- Não, não conversamos. – disse Remus se aproximando mais – Você não respondeu ás minhas perguntas.
- Já disse que as respostas não lhe importam mais. – disse ela se levantando e depositando os papeis que possuía em um grande fichário.
- Como pode ter tanta certeza que isso não me interessa? – perguntou Remus perdendo o controle e alterando um pouco a voz.
- Esta bem... – disse ela suspirando profundamente – Irei responder todas as suas perguntas. – disse ela o encarando profundamente e andando em sua direção parando apenas quando estavam muito próximos – Katrien? – chamou ela e logo o elfo apareceu ao lado do casal – Pode arrumar um chá com biscoitos para mim e o Sr. Lupin em uma das mesinhas da varanda por favor?
- Claro senhora. – respondeu o elfo logo sumindo da frente do casal.
- Me siga por favor. – disse ela passando por Remus e andando tranqüilamente pelos corredores da biblioteca.
Não demoraram muito para chegar a varanda, que ficava no segundo andar da casa, grande e espaçosa, dava um grande vista para o jardim da casa, com uma cerquinha preta contornando toda a volta e com mesinhas e cadeiras brancas alternando-se pelo caminho.
- Sente-se. – disse ela se sentando a uma das mesas, que já tinha o chá e os biscoitos cuidadosamente colocados em belas louças de porcelana – Irei responder o que quiser. – continuou ela calmamente servindo chá a ambos.
- Pode me responder onde esteve todos esses anos? – perguntou Remus sem rodeios a olhando profundamente e sem ao menos tocar na xícara de chá que estava a sua frente.
- Já lhe respondi isso. – respondeu ela tomando um pequeno gole de chá – Estive em Paris por esses 18 anos.
- O que aconteceu? – perguntou ele em tom aflito – Por que você desapareceu?
- Eu fiquei doente Remus. – respondeu ela tomando mais um gole de chá – Pelo visto você não havia percebido.
- Como assim doente? – perguntou ele estranhando.
- Como você se lembra muito bem, sempre tive tendência para legilimencia. – disse ela agora encarando Remus.
- Sim, eu lembro disso, você sempre teve problemas com isso na escola.
- Sim, eu tive, mas Dumbledore achou que isso nos beneficiara ter a melhor legilimente do nosso lado, seria uma grande arma contra Voldmort, já que tínhamos o melhor oclumentes. – continuou ela, apoiando a cabeça nas mãos – Um belo dia, durante uma reunião que tivemos da ordem, Dumbledore me chamou em um canto e me pediu que desenvolvesse esse dom o mais rápido que pudesse, pois precisaríamos desse poder para lutarmos a mesma altura que o Lord, e eu obediente fiz o que me foi pedido, tive aulas rigorosas com ele durante vários meses treinei escondido com Dumbledore para aperfeiçoar esse dom e evolui muito rápido, rápido demais. Conforme meus poderes de leitura aumentavam eu comecei a perder o controle, não lia as mentes por vontade própria parecia que as pessoas invadiam minha mente sem eu ter controle, gritavam coisas sem sentido e parecia que minha cabeça explodiria.
- Como eu nunca percebi isso? – perguntou ele um tanto inconformado, não conseguia entender como que não notara essas coisas.
- Você estava muito ocupado com seus próprios problemas. – respondeu ela se levantando e andando até uma planta que enfeitava as vigas da varanda – Ocupado demais para perceber que estava calada demais, pálida demais e vivia enjoada e passando mal, somente me notava quando queria que aliviasse sua tenção com uma noite de prazer, mas como nos últimos meses de nosso casamento eu apenas negava-lhe isso, você apenas brigava comigo, virava para o lado e dormia sem preocupações.
- Por que não me disse isso?
- Acha que eu não tentei? – disse ela se voltando para ele, parecia um pouco alterada, mas logo retomara a postura calma e sem emoções – Mas você não me escutava mais, por mais que gritasse pedindo ajuda, a única coisa que estava em sua cabeça era derrotar o mau que se infiltrava entre nós, nem percebeu o aviso que dei sobre seu amigo Peter...
Remus arregalara os olhos, assustado, uma cena muito rápida passara sobre sua cabeça como em um filme, ele saindo de casa e Kataryne, muito abatida, correndo escada abaixo e dizendo "Tome cuidado com Rabicho!", mas ele nem dera importância para as palavras dela, que acabaram sendo as ultimas que ele ouvira antes de ela desaparecer, e alguns meses depois foi avisado da morte dos Potters.
- Alguns meses antes da morte de James e Lily, minha situação piorou, Dumbledore fez de tudo para que os efeitos do progresso tão rápido não me afetassem de maneira tão drástica, mas nada adiantou. Com o tempo eu não conseguia mais ficar no meio de muita gente, pois seus pensamentos pareciam facas perfurando lentamente a minha cabeça, fui me isolando, e você frustrado por não ter mais uma esposa, apenas descontava a sua raiva e desapontamentos do dia a dia em cima de mim. – continuou ela agora deixando passar um tom de dor e tristeza na voz – Quando você foi viajar para a Irlanda atrás de alguns comensais que se esconderam por lá eu sucumbi a dor e apaguei, minha mãe veio imediatamente em meu socorro, trazendo consigo Papoula... Sabe o que era mais interessante nessa minha situação?
- O... O que? – perguntou Remus abalado, cada palavra contada por Kataryne o feria profundamente, se sentia culpado pelo que fizera ela passar.
- Mesmo passando por todo esse sofrimento, algo em mim persistiu e se manteve vivo, e essa pessoa hoje me aceita, mesmo não sendo uma pessoa muito presente na vida dela.
- E... quem seria essa pessoa?
- Sua filha Remus, Claudia. – respondeu ela encarando-o profundamente – Todos os sintomas que tive não foram apenas efeitos colaterais da sobrecarga de poderes, mas sim sintomas de inicio de gravidez.
- Então ela... aquela menina é mesmo...?
- Sim, sua filha. – respondeu ela voltando a se sentar – Não notou o quanto ela é parecida com você? Tem até um alto nível de "lupinidade" durante as luas cheias. – respondeu ela sorrindo.
- Mas... eu não entendo... como teve essa criança naquele estado? – perguntou ele preocupado.
- Minha mãe notando que, se eu ficasse em nossa antiga casa, iria acabar morrendo, então, mesmo sendo advertida por Papoula, ela me tirou de lá e me levou até a grande mansão da família em Paris, lá ela me deixou em sono profundo, em um lugar remoto e longe de qualquer tipo de pessoa, a não ser ela, Roberta e alguns criados. A gravidez se desenvolveu normalmente, e Claudia nasceu forte e saudável, mas com uma mãe sem nenhuma condição de criá-la. – continuou ela calmamente tomando um gole de chá e fitando o grande jardim da mansão.
- O que aconteceu com você? – perguntou Remus se exaltando um pouco.
- Eu... meio que perdi a sanidade. – respondeu ela – Ficando assim por mais ou menos uns 8 anos, havia me esquecido de tudo e de todos, não reconhecia nem mesmo minha mãe, parecia um bebê recém nascido tendo que re-aprender tudo, desde como comer a como fazer algum objeto flutuar. – continuou ela dando um sorrisinho irônico, como se risse da própria situação vivida no passado – Claudia mesmo pequena e me vendo daquele estado ainda me aceitava plenamente como mãe, me tratava com carinho e cuidado, é uma filha da qual me orgulho muito.
Os dois ficaram em silencio por um tempo, apenas ouvindo o barulho do vento nas árvores, já estava começando a anoitecer.
- Depois de 8 anos comecei a voltar a ser o que era, mas dessa vez com pleno controle de minha legilimencia. – concluiu ela se levantando novamente e caminhando para dentro da casa.
- Por que não me procurou? – perguntou ele a seguindo para dentro da casa – Eu a procurei feito um louco por todos esses anos...
- E encontrou outro alguém para consolá-lo. – disse ela se virando para ele e o encarando novamente – Remus não percebe? Somos passado agora, não passamos disso. Você tem uma vida lá fora e um relacionamento com muito potencial com Ninfadora, e aquela jovem o ama muito!
- E você não me ama? – perguntou ele a encurralando – Me responda!
- Isso esta fora de questão! – respondeu ela de maneira evasiva, essa pergunta repentina a fizera perder a pose.
- Me responda na minha cara que você deixou de me amar!
- E de que isso adiantaria! – respondeu ela alterando um pouco a voz – Me diga! Você já esta praticamente casado Remus, entenda isso!
- Isso não me importa! Aceitei Ninfadora porque tinha perdido as esperanças de encontrá-la... – disse ele também alterando a voz - Diz pra mim Katy, diz pra mim que você não me esqueceu... – falou ele quase que em um sussurro ficando muito próximo de Kataryne, tão próximo que podia sentir sua respiração.
- Faz muitos anos que não ouço esse apelido... – falou ela baixinho, desviando o olhar para qualquer lugar menos para Remus.
- Katy, se me disser que não me ama, eu sumo da sua vida, não aparecerei mais para lhe importunar, mas... – disse ele erguendo o rosto de Kataryne suavemente com uma das mãos – Se ainda me ama peço-lhe mais uma chance, me da mais uma chance pra te fazer feliz, por favor?
- Eu... – pela primeira vez desde que se re-encontraram, Kataryne ficara sem palavras, apenas olhava os olhos de Remus que a observava com profundo amor, quando tomara coragem para lhe dar a resposta algo lhe chamara a atenção as costas de Remus, onde se encontrava uma grande porta de vidro – Remus! – chamou ela arregalando os olhos se afastando rapidamente.
Quando Remus se virou, viu a coisa que mais temia, uma grande e cheia lua estampando o céu estrelado, logo que a luz da lua o atingira seu corpo começou a formigar e ele começara a arfar, respirando fundo e rapidamente, estava em completo transe olhando para a lua. Kataryne ficara parada em um canto da sala, vendo os olhos amendoados de Remus se transformarem em apenas dois orbes negros sem emoção, já havia presenciado a transformação de Remus antes, então rapidamente puxara sua varinha e lançara feitos em todas as portas e janelas que havia na sala, assim mantendo apenas os dois dentro de um grande hall que dava acesso ao andar de cima da casa e a varanda.
A essa altura Remus já estava "criando" pelos e urrava de dor por causa da transformação.
- Senhora! – gritou uma voz do lado de fora de uma das portas – Jovem Kataryne o que esta havendo ai dentro? – continuou gritando esganiçado Katrien começando a socar a porta.
- Esta tudo bem Katrien. – respondeu ela calmamente perto da porta onde Katrien se encontrava – Me escute com atenção, quero que leve Claudia daqui para casa de Lisa esta me ouvindo? Imediatamente!
- Mas senhora...
- Sem mas, vá logo! – gritou ela para o elfo, que, meio contrariado, correu para o quarto da jovem a levando da casa ouvindo reclamações.
Kataryne ficara fitando a porta por alguns instantes, quando notou um certo silencio na sala, lentamente se virou para onde estava Remus, mas ele não se encontrava mais lá.
- Mas aonde...? – se perguntou ela, mas logo obtivera a resposta, pois sentira algo bufando em sua nuca, virou-se novamente e deu de cara com dois grandes olhos negros a encarando com uma porção de ódio retraído, ela o encarou em resposta, mas com um olhar de profundo carinho.
O lobo passou a olhá-la com ar de incompreensão, estava confuso, parecia que a conhecia e algo o impedia de atacá-la, deu um passo para frente e instintivamente Kataryne ficara parada, essa atitude o enraiveceu, com um urro ergueu a pata e ameaçadoramente golpeara o ar muito próximo da face de Kataryne, esta nem se mexeu.
- Faz muito tempo que não o vejo, não é! – disse ela com um sorriso estendendo a mão cautelosamente com intenção de acariciá-lo, este em resposta a aproximação, rosnou alto como desaprovação – Sou eu, Katy, se lembra? – perguntou ela ainda sorrindo e não se intimidando pelo rosnado, logo sua mão pousou suavemente no rosto do lobo e a acariciou lentamente – Continua o mesmo, só um pouco crescido. – disse ela rindo-se do grande lobo, que de mal passou para um cachorrinho graças a suas caricias.
Depois de alguns minutos, Kataryne se sentara no chão do hall e o lobo se deitara próximo dela.
- Ei, não precisa ficar tão afastado. – disse ela sorrindo – Deita aqui. – continuou ela dando um tapinha no próprio colo.
Meio cauteloso o lobo se aproximou lentamente, deu uma olhada em volta depois encarou Kataryne por algum tempo, meio tímido deitou seu corpo no chão e sua cabeça no colo dela.
- Acho que vamos ter uma noite longa não é! – perguntou ela recebendo um uivo baixinho como resposta.
Kataryne pousou sua mão na cabeça de Remus e acariciava lentamente, ficou assim por um longo tempo, até que o sono pesou, se recostara na parede próxima, tentando não se mexer muito para não acordar o lobo que dormia profundamente em seu colo.
- Boa noite... – sussurrou ela chegando bem próximo do ouvindo dele – E... eu ainda te amo... – depois de dizer isso, Kataryne recostara a cabeça na parede e adormecera tranqüilamente.
N/A:
HEYYYYYYYYYYYYY PESSOAS!
mais um capitulo lol
ai ai acho que as pessoas pensam que eu morri U.U
nem aparecem mais pra ler e comentar U.u'
bom não morri não viu ;D
nos vemos na Prólogo 8D
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