Capítulo 8 – O pulo

Cuddy continuou o seu tratamento com a psicóloga e o assunto era sempre House, Rachel e o que aconteceu recentemente.

"Eu tenho que parar de me relacionar pelo bem de minha filha. Meu histórico recente envolve Lucas, um sujeito que não tinha nada a ver comigo, mas eu forcei uma situação porque senti que precisava dar um rumo a minha vida. Não podia viver esperando House... Ele era instável demais e Lucas... Na minha mente Lucas era estável e era o que bastava. Depois House... Eu me esqueci completamente sobre o Vicodin. E aconteceu o que aconteceu... Agora Joshua, quer dizer... Theodore. Porque ele era um homem estável e sério. Tudo isso pra ir adiante e tentar me relacionar novamente depois de House. Eu nem amava o sujeito. Eu nunca estive apaixonada por Theodore. Nem por ele e nem por Lucas e mesmo assim fiquei cega. Coloquei minha filha em risco algumas vezes. Definitivamente relacionamentos não são pra mim".

"Entendo que House sempre esteve envolvido em suas escolhas".

"Como assim?".

"Você escolheu Lucas porque era estável, diferente de House. Você escolheu Theodore/Joshua porque era sério e responsável, diferente de House".

"E eu escolhi House uma vez, mas não funcionou também".

"Uh... Eu acho que você escolheu House sem de fato investir na relação".

Cuddy ficou calada, ela havia pensado muito nisso recentemente.

"Você acha que realmente investiu na relação de vocês?".

"Não... Hoje eu vejo que não".

"Pois é. Talvez se você tivesse investido...".

"Você está dizendo que eu deveria tentar novamente com House?".

"Absolutamente. Quem tem que me dizer isso é você. Eu só estou aqui pra fazer perguntas e observações".

"E importunar a minha mente?".

"Talvez...".

Elas riram.


Quando House chegou em casa após a retirada dos pontos na ferida Rachel quis ver a cicatriz no braço dele.

"Nossa, que legal!".

"Temos uma garota que gosta de homens com cicatriz. Eu me daria bem com ela". House falou e Cuddy riu. Sua filha também nutria o crush por ele, tal mãe, tal filha.

"Posso ver também?". Cuddy pediu.

"Claro!".

Cuddy tocou o braço dele e uma corrente de eletricidade circulou pelo corpo de ambos. "Cicatrizou bem". Ela falou tecnicamente, tentando deixar as emoções de lado.

"Sim".

A cicatriz era a última coisa que Cuddy pensava, ela novamente sentiu o sangue se dirigir para aquela parte de sua anatomia. House também notou que começava a sentir-se esquisito, mas Rachel, como sempre, os salvou.

"Tio Jimmy disse que guardou a bala do revolver".

"O quê?". House e Cuddy perguntaram ao mesmo tempo.

"Ele me disse".

"Sério?". House estranhou.

"Sim".

House balançou a cabeça. "Wilson... Wilson...".

Depois do jantar eles foram para seus respectivos quartos. House tomou um banho e deitou-se, Cuddy também. Rachel dormiu rapidamente enquanto os adultos pensavam um no outro. Cuddy tinha ímpetos de ir até o quarto dele, mas não, ela precisava se controlar, afinal, o passado existiu, não foi apagado. Eles não eram bons como casal.

House estava tendo dificuldades em dormir depois da proximidade com ela, o cheiro de Cuddy ainda pairava no ar, ele nunca mais havia imaginado que sentiria esse perfume, ou mesmo as mãos dela o tocando.

Cuddy estava muito excitada e pensar que House estava no quarto ao lado só piorava essa situação. Ela lembrou-se de como eram bons juntos, de como sexo com House era diferente de tudo o que ela já provou. Cuddy dormiu com três homens depois dele: Theodore, por quem nunca teve atração de verdade, John, um advogado mais novo que era pai de uma menina na escola de Rachel. Ele era bonito e deu em cima dela, saíram e ela resolveu fazer sexo para tirar House do pensamento e seguir a vida, mas não funcionou como o esperado, John não conseguiu nem chegar perto de satisfazê-la e ela nunca mais o viu. E Norman, um garçom de um restaurante em Cleveland que Cuddy costumava frequentar. Ela só queria sexo naquela noite, mas deixou a cama dele sentindo-se usada e frustrada. Não que ele não fosse bom de cama, mas... Não era o que ela esperava pra si. Cuddy nunca mais voltou ao restaurante.

Theodore era ok na cama, mas só ok. Cuddy sentia-se fadada a aceitar a frustração sexual e a se resolver sozinha. Ela cogitou que a idade levou consigo a libido, mas agora... House estava ao lado. O homem que a deixava ligada, que a excitava como ninguém fez, que sabia o que ela precisava e que deixava o sexo alucinante. Mas não... Ela não podia. O que diriam? O que pensariam dela? O que ela pensaria dela mesma?

Cuddy olhou a gaveta e lembrou-se de seu vibrador. Ele foi o companheiro fiel nesses últimos três anos, então ela recorreu a ele para resolver o seu problema aquela noite. Claro que ela pensou em House. Claro que ela preferia que fosse ele. Mas o querer nem sempre é conveniente.

House deitou-se, mas seu pensamento começou a vagar para Cuddy. Em como ela cheirava. Em como ela o tocou. House sentiu sua masculinidade crescer. Então ele voltou para mais um banho. Ele se masturbou no banho até o alívio chegar.

House tinha sexo com Tina. Era bom. Mas só. E ele não queria Tina e nenhuma das prostitutas usuais, ele queria Lisa Cuddy, ele sempre iria querê-la, mas sabia que não podia ser. Esse pensamento o fez desejar não ter vindo a Cleveland com Tina naquele dia, afinal, não a vendo era mais fácil lidar. Vê-la era difícil demais. Ele realmente precisava voltar pra casa. Urgentemente.


Pela manhã eles tomavam café. Rachel estava falante e House e Cuddy com o coração partido por lembrar que se afastariam. House pegaria um voo para Princeton e Wilson o buscaria no aeroporto.

"House, você voltará mesmo?". Rachel estava arrasada.

"Sim Rachel, se sua mãe deixar".

"Ele voltará filha".

House sorriu. Mas pensava que Cuddy estava fazendo isso por gratidão e por Rachel. Ele não conseguiria estar presente e vê-la com outro homem, já bastava tudo o que aconteceu.

De repente uma batida na porta chamou a atenção de todos.

"Quem pode ser?". Cuddy se perguntou em tom de voz alto.

"Aquela sua vizinha?". House sugeriu.

"Não, Dora não é...".

"Bom, eu estou meio que por fora da sua lista de amigos e pretendentes...".

Cuddy encarou House querendo dizer que ela só tinha olhos, ouvidos e todos os sentidos voltados para ele, mas não. Claro que ela não diria isso.

"Eu vou ver quem é".

"Cuidado!". House a alertou.

Rachel correu para a porta antes da mãe e a abriu. "Vovó?".

House arregalou os olhos.

"Sua filha não aprendeu que não deve abrir a porta para alguém sem antes conferir quem é?".

"Sim, mas ela não obedece... O que você faz aqui?". Cuddy estava corando só em lembrar-se que House estava na cozinha.

"Que jeito ótimo de receber sua mãe que fez uma viagem longa. Posso entrar ou vai me deixar aqui na rua?".

Cuddy olhou para dentro, House tomava café na cozinha, ela hesitou por um momento.

"House voltou!". Rachel falou feliz.

"Eu soube". Arlene disse entrando na casa. "Onde está o bastardo?".

"Oi Arlene!". Ele apareceu.

"Oh, bastardo!".

"Bom te ver também".

A mulher se aproximou dele e House ficou preocupado, ela podia esbofeteá-lo. Mas não, a mulher agiu mais baixo, literalmente.

"Ai!". Ele reclamou quando sentiu o chute que a senhora deu nas suas partes baixas.

"Mamãe!".

"Ele mereceu!".

Rachel ficou em choque e House estava sem ar. Cuddy correu pra ele.

"House... Você está bem?".

"Acho que sua mãe amassou as minhas bolas".

Rachel riu alto.

"Rachel, é assim que se faz com os homens quando eles fazem bobagem". Arlene disse.

"Mãe!". Cuddy estava em choque com a atitude de sua mãe.

"Mas House não fez nada... Ele me salvou!". Rachel interferiu.

"Isso foi antes. Sobre ele ter te salvado... Eu trouxe isso". Ela colocou algo na mesa.

"Um bolo?". Cuddy estranhou.

"Um bolo como agradecimento pela atitude heroica do bastardo".

"Você chuta as minhas bolas e depois me traz bolo?".

"Bolo de cenoura, pra combinar com as suas bolas". A mulher respondeu bem humorada.

"Mamãe!".

House riu. "Você é uma figura e tanto Arlene Cuddy".

"Nisso somos iguais, tirando o fato de que eu não entro na casa de ninguém com o meu automóvel".

"Também não leva tiros pra defender ninguém". House disse imediatamente.

"Isso é verdade, sou menos ousada".

Eles riram.

"Mas mais estável". Arlene complementou.

"Claro que sim. Você é sempre chata!". House disse.

A mulher riu surpreendendo a todos.

Cuddy ficou chocada com a interação entre os dois, eles pareciam amigos de longa data.

"Prove esse bolo, é divino!". Ela disse para Cuddy.

"Você trouxe o bolo de Nova Jersey?".

"Não querida, eu o comprei em uma confeitaria aqui perto".

"Você veio pra cá de avião?".

"Claro que sim, ou você acha que eu passaria meio dia em um automóvel?".

"É esquisito quando você diz 'automóvel'". House a provocou de boca cheia.

"É irritante quando você fala cuspindo bolo...".

Rachel riu. "Vocês dois são engraçados!".

"Ótimo que sejamos engraçados, mas eu preciso ir...". House disse.

"Você vai pra onde?". Arlene perguntou.

"Pra casa".

Arlene olhou para Cuddy esperando que ela dissesse alguma coisa. Mas ela não disse nada.

"Bom, depois de tudo eu acho que você está bastante em casa aqui". Arlene falou e House franziu a testa. Cuddy corou.

"Eu falei pra House morar aqui!". Rachel disse.

Cuddy e House estavam completamente desconfortáveis.

"Ok, eu vou pegar minhas coisas". House disse e saiu da mesa.

"Lisa, faça algo!".

"O que você espera que eu faça?".

"Beije o homem".

"O quê?".

Rachel riu. "Sim mamãe, beije House".

Cuddy corou. "Ok, vocês duas só podem estar ficando loucas. Rachel não sabe o que diz, mas você...".

"Lisa, ele é o homem pra você. Se você acredita nessa babaquice de alma-gêmea, ele é a sua".

"Ok, eu preciso lavar essa louça". Cuddy tentou mudar de assunto.

"Mamãe, House é a nossa alma-gêmea". Rachel anunciou em tom de voz alto.

"Rachel, eu não disse isso. Disse que ele é a alma-gêmea da sua mãe". Arlene corrigiu a neta.

"Vamos parar com esse assunto...". Cuddy pediu sentindo-se muito desconfortável.

"Está com medo de ele ouvir?". Arlene a provocou.

"Sim".

"Ah Lisa, você sempre foi tão atrevida com a sua carreira, com a sua profissão, mas é uma lástima com homens".

Rachel riu.

"Mãe, não devemos ter essa conversa aqui".

"Rachel? Ela precisa saber desde já. Aprender com os seus erros".

"Eu namoraria House". Rachel disse resoluta.

"Ok, eu vou sair daqui agora". Cuddy fugiu da cozinha.

"Rachel, precisamos agir em conjunto. Você gosta de House, não?". A senhora perguntou.

"Sim!".

"Então vamos trazê-lo de volta para a sua mãe".

"Oba!".


Depois de alguns minutos House apareceu com uma mochila, ele não tinha muita coisa já que não planejava levar um tiro. Ele ficaria só um ou dois dias a princípio.

"Você vai embora House?".

"Sim Rachel".

"Que pena!".

Ele sorriu.

"Eu vou leva-lo ao aeroporto". Cuddy falou.

"Não precisa se incomodar...".

"Não é nenhum incomodo pra ela". Arlene respondeu pela filha.

"Ok...". House estava confuso com a atitude da mulher.

"Posso ir com você mamãe?".

"Não!". Arlene respondeu bruscamente.

Todos olharam pra ela.

"Eu vou levar Rachel tomar um sorvete, quero aproveitar e passar um tempo com minha neta. Depois de tudo o que aconteceu, não ficamos mais juntas".

Cuddy estava corada, pois sabia o que a mãe estava fazendo. "Ok".

Todos ficaram em silêncio.

"Eu só vou trocar de roupa". Cuddy disse.

"Ótimo, quero ter uma breve conversa com House".

Cuddy arregalou os olhos. "Mãe!".

"Vá se vestir Lisa, o homem tem um avião esperando".

Cuddy fez uma careta para a mãe, mas subiu. Muito apreensiva.

"Vá com sua mãe Rachel".

"Eu não quero vovó, eu quero ficar".

"Só vá com ela, por favor!".

A menina foi contrariada.

House não sabia o que esperar e estava desconfiado.

"Veja bem Greg, eu sei que o que você fez no passado foi insano e motivado pelas atitudes estúpidas de minha filha".

Ele arregalou os olhos.

"Eu quis cortar os seus ovos com as minhas próprias mãos? Sim. Mas agora você pagou o karma".

House franziu a testa.

"Está quite com Deus e com minha filha e Rachel. Agora você já pode voltar a namorá-la, e, se me permite, acho que podemos pensar em casamento".

"Arlene...".

"Por favor, me deixe terminar. Nunca existiu outro homem para Lisa e nem outra mulher para você. Não podemos evitar pensar que vocês são almas-gêmea".

House riu.

"O quê?".

"É sério isso?".

"Sim".

"Arlene, sua filha me odeia".

"Não, ela te ama!".

"Ela está grata por tudo o que aconteceu recentemente, mas ela tem uma vida aqui e eu não pertenço mais a essa vida".

"Você é estúpido ou o que? Porque eu sempre pensei que você fosse inteligente. Você nunca deixou de existir na vida da minha filha. Você estava nas terapias dela, no mau humor, na pele ressecada, nas escolhas estúpidas de outros homens, em toda a parte".

Ele arregalou os olhos.

"Você e Lisa são gênios nas profissões de vocês, mas muito estúpidos no resto".

"Ei...".

"É a verdade".

Cuddy apareceu. "Podemos ir?".

"Por favor!". House respondeu.

Ele se despediu de Rachel com a promessa de que voltaria em breve.

"Tchau Arlene".

"Pense no que eu te disse".

Ele balançou a cabeça e seguiu para a garagem.

"O que ela te disse?". Cuddy perguntou curiosa.

"Nem queira saber".

"Oh... Por favor, você sabe que minha mãe...".

"Sim, eu sei".

O aeroporto não ficava longe da casa de Cuddy, então eles conversaram sobre coisas aleatórias até lá. Quando chegaram Cuddy disse que o acompanharia até o embarque, ele não recusou.

"Então você vai voltar para a natação?".

"Sim, estou sentindo falta, assim que estiver liberado eu voltarei".

Ela riu.

"O que foi?".

"Não consigo imaginar você levando a sério a natação".

"Você se surpreenderia".

"Eu sei. E Wilson? Como ele está na natação?".

"Como um pato se afogando na banheira".

Ela riu.

"Wilson não leva jeito para esportes em geral. Eu sou mais rápido do que ele e tenho uma perna ruim".

"Você tem porte atlético".

"Eu tinha...".

"Não, você tem".

Ele ficou surpreso com o som daquilo, mas não iria reclamar.

"E Foreman?".

"Foreman é um péssimo administrador".

Cuddy riu.

"Aquele hospital sente a sua falta".

"É, eu também sinto falta de lá".

"Mesmo sendo CEO de um dos maiores hospitais".

"Sim. Principalmente sendo CEO".

"Por quê?".

"Eu fico fora dos assuntos médicos, agora sim você pode dizer que eu não atuo como médica, eu lido com questões financeiras e administrativas basicamente".

"Você é boa nisso".

"Obrigada, mas não sei se eu estou feliz".

"Oh...".

"Pois é...".

Ela nunca havia dito isso pra ninguém, nem para a sua terapeuta, mas com House era diferente, ela sempre se sentia a vontade para se abrir com ele.

"Você está ganhando um salário exorbitante, mora em uma mansão, tem um carro que parece uma espaçonave, uma filha inteligente e educada, é linda e não está feliz?".

Cuddy corou, ela não esperava por aquelas palavras. "Não... Não totalmente".

"É por conta de Theodore? Ele quebrou o seu coração?".

"Não!". Ela respondeu apressadamente. "Quer dizer, ele fez mal a minha filha, ele me enganou, ele te baleou. Mas não quebrou meu coração da maneira que você pensa".

"Você não sentia nada por ele?".

"Não, eu te disse".

"Um dia você vai encontrar alguém que...".

"Oh pare com isso".

"É verdade. Será inevitável. Você não combina com a solidão, alguém vai chegar e vai...".

"Eu só quero uma pessoa".

House arregalou os olhos. Ela diria o nome de outro homem na cara dele? Já não tinha sido demais tudo o que ele passou?

"Ele é um idiota se não quiser...".

"Ele é?". Cuddy se aproximou.

"Definitivamente".

Ela sorriu e colocou a mão no rosto dele. Ela sentiu tanta falta de tocar aqueles pelos da barba que pinicavam suas mãos.

House gelou. Ela estava querendo dizer o que ele pensava que ela queria dizer? Ou ele estava alucinando? House nada disse, só engoliu saliva e ficou atento aos olhos dela que se aproximavam.

"Você iria me querer?".

"Eu?".

Cuddy se aproximava perigosamente.

"Você!".

"Sempre!". Ele respondeu com sinceridade e surpresa extrema.

Cuddy não se segurou mais e o beijou. Ela deixou tudo o que tinha naquele beijo. Não começou lentamente, não foi algo sutil, eles se beijavam apaixonadamente no meio do saguão do aeroporto. Cuddy sentia falta daquilo, dele. Ele a beijava como ninguém mais, era perfeito, era sublime. House não percebeu que a beijava até segundos depois dela iniciar o beijo, então se entregou como sempre fazia. A afinidade deles transcendia qualquer possibilidade de explicação teórica. Ao final eles se afastaram e continuaram se encarando, Cuddy queria continuar, mas o telefone dela vibrou, era Arlene.

"Aconteceu alguma coisa?". Cuddy atendeu preocupada com Rachel.

"Só pra saber se você já está em algum lugar transando com o bastardo".

"Ok, mãe, eu tenho que ir".

"Isso é um sim?".

"Senhores passageiros com destino a Princeton, dirigir-se imediatamente ao portão 2".

"Eu acho que tenho que ir". Ele disse.

"Sim".

"Eu...".

"Não diga nada!". Cuddy pediu.

"Ok".

"Ok".

E ele foi.

Continua...