Capítulo 14 – Purim em família
A semana em Princeton passou lentamente, mas a fofoca reinou. Alguém vazou a informação de que House e Cuddy eram um casal novamente e que foram vistos juntos em Cleveland. Wilson jurou que não havia sido ele, e House acreditou, afinal, Wilson já teria falado muito antes, com certeza alguém devia estar no show de Maria Londge ou no museu onde levaram Rachel. Ou na sorveteria que foram depois do museu. Ou no parque... O que importava era que ele estava com Cuddy, então, exploda-se mundo!
"Você e Cuddy?". Chase teve a coragem de perguntar.
"Você tem alguma coisa contra?".
"Não, absolutamente. Eu acho que vocês foram feitos um para o outro. Eu só nunca imaginei...".
"Você não é o único". House respondeu cortando o assunto. "Paciente?".
"Cuddy está bem?". Chase não o deixou se esquivar.
"Sim. Você deve saber que ela é CEO em Cleveland".
"Sim, ela merece".
"Definitivamente. Agora... paciente?".
"Você levou um tiro por Rachel?". Agora era Taub.
"Ok, ninguém tem interesse no paciente? Estranhamento eu sou o único com senso humanitário e profissional?".
"Mas...".
"Paciente!". House disse em tom de voz firme. O time percebeu que não teriam mais informações sobre Cuddy, pelo menos não naquele dia.
Cuddy respirou fundo. Ela teria que fazer aquela ligação mais cedo ou mais tarde. Ela adiou o dia todo, mas chegou o momento. Era quase dez horas da noite quando o telefone de House tocou.
"Ei você!".
"Ei!". Cuddy respondeu sorrindo.
"Saudades de mim e não consegue dormir?".
"Também. Sempre!".
"Uh... O que mais pode ser?".
Ela respirou fundo.
"Lembra que combinamos que eu iria para Princeton na próxima semana?".
"Sim. Você não virá mais?". Ele perguntou desanimado.
"Sim, claro que eu irei".
"Então...".
"Só que... Contudo... Sábado teremos planos diferentes".
"Uh...".
"Purim da família Cuddy".
"O quê?". Ele perguntou rindo.
"Não é uma piada. Precisamos ir para a celebração de Purim".
"Cuddy...".
"Eu sei. Mas é importante para a minha família e a sua presença é importante pra mim".
Ele respirou fundo. "Onde será isso?".
"Na casa de minha mãe".
"Arlene!".
"Por favor!".
Agora foi a vez dele respirar fundo.
"Quem estará lá?".
"Toda a minha família praticamente".
Ele estava respirando tão fundo que Cuddy ouvia do outro lado da linha.
"Por favor!". Ela quase implorou.
"Você sabe que vão nos julgar".
"Sim, mas que se danem eles".
Ele não pode deixar de rir. "Você diz isso agora".
"Não... Eu já cansei de pensar nos outros, agora quero pensar em mim. Em mim e Rachel".
"Mesmo sendo a sua família?".
"Principalmente sendo a minha família".
House tomou um tempo. Ela esperou na expectativa.
"Ok... Nós iremos!".
"Eu te amo tanto!".
"Espero que me ame assim quando terminar a celebração de Purim da família Cuddy".
"Nada irá mudar isso".
'Eu gostaria de ter essa certeza'. House pensou, mas não falou.
No dia seguinte House preocupado procurou Wilson.
"Eu pensei que teria um final de semana tranquilo, mas será o inferno".
"Por quê?".
"Purim com a família Cuddy".
Wilson riu.
"É sério! Você ri?".
"Você em uma celebração de Purim?".
"Eu só irei pela comida...".
"E por Cuddy".
"E por ela".
Wilson riu novamente.
"Imagine que Julia estará lá. A mulher me odeia".
"Não é pra menos".
"Eu já paguei minha pena".
"Mas ela estava lá... Ela viu tudo. E ela não convive com você, não sabe que você mudou".
"Obrigado Jimmy, você me fez sentir-me muito melhor".
"A minha intenção não é amedronta-lo".
"Então você não está fazendo isso certo, porque você conseguiu tornar tudo ainda pior".
"Você precisa mostrar que aquilo, o 'acidente', foi apenas um lapso. Um momento único".
"Uh, e como farei isso?".
"Dia a dia".
"Eu só terei um dia".
"Então eles vão te julgar, recriminar e podem até te agredir. Você terá que aguentar".
House arregalou os olhos. "Sabia que eu não devia ter vindo falar com você".
Ele se levantou.
"Mas Cuddy te escolheu. Vocês estão bem. Melhor do que antes".
"Será?".
"Claro que sim".
"Eu não tenho tanta certeza".
"Por quê?".
"Deixa a família dela começar o julgamento. E ela vai perceber que eu continuo sendo o mesmo de antes".
"Em primeiro lugar você é o mesmo em essência e foi isso que fez Cuddy se apaixonar por você repetidas vezes. Mas você não é o mesmo em coisas fundamentais".
"Eu estou sem Vicodin e todo o resto porque estou estável. Como será no primeiro problema?".
"Eu confio em você".
"Que bom que você confia... Fico muito tranquilo então". House respondeu irônico. "Porque eu não confio em mim mesmo. Não quando estou... feliz e algo acontece".
"Você precisa confiar em você. Você precisa confiar em vocês. Reconhecer o seu progresso".
"Fácil é falar".
"Só o dia a dia vai trazer isso".
"Wilson, eu as vezes só queria ter um pouco do seu otimismo".
"É questão de treino".
"Não... É questão de alienação".
Wilson balançou a cabeça e House abriu a porta para sair.
"Ei... O que você fará?".
"Vou preparar o meu quipá. O que mais eu faria?".
Wilson sorriu e House saiu.
Naquela noite Cuddy ligou para House. Eles se falavam todos os dias. Por mensagem e por telefone a noite.
"Eu já avisei minha mãe que você irá para o Purim".
"Fantástico". Ele respondeu desanimado.
"Eu faço questão de tê-lo conosco. Quero que você faça parte da minha vida e que minha família saiba que estamos juntos".
"Uh... Podemos mandar uma carta".
"É sério".
"Eu também fui sério".
"Vai dar tudo certo!".
"Como você pode ter tanta certeza? Você me conhece. Você conhece a sua família".
"Isso terá que acontecer eventualmente".
"Eventualmente pode ser... daqui a um ano".
"Eu não tenho nada a esconder de ninguém e tão pouco que esperar".
"Espero que você esteja certa".
"Eu estou".
Quando desligaram eles ficaram reflexivos. Nenhum deles tinha certeza de nada, exceto do amor que sentiam.
Sexta-feira perto das sete horas da noite House ouviu batidas na porta de seu apartamento.
"HOUSE!". Rachel gritou e correu para ele assim que o viu.
"Ei macaca!".
Cuddy sorriu e se segurou para não pular nele e beijá-lo. Ele sorriu e se aproximou e trocaram um beijo suave e doce. Não era bem isso o que queriam, mas havia uma criança presente.
"Eu preciso ir pra casa de minha mãe". Ela o informou enquanto acariciava a barba dele.
"Hoje?".
"Sim... A família estará toda lá".
"Pensei que você passaria a noite aqui".
"Minha mãe vai causar demais se eu não for hoje pra lá".
"Não podemos nem... Ficar juntos?".
"Amanhã. Eu prometo".
House estava frustrado.
"House, olha o que eu trouxe para a festa de Purim". Rachel mostrou um desenho. Ela estava estudando nessa escolha judia, e é claro que fariam algumas atividades para as celebrações.
"Uau... Quem é esse homem alto e lindo com a bengala?".
Ela riu. "Você, é claro!".
"Wow! Eu sou demais!".
Cuddy e Rachel riram.
"Você é mesmo". Cuddy disse enquanto o abraçava e o beijava delicadamente.
"Vocês começarão a celebração essa noite?". Ele perguntou.
"Sim". Cuddy respondeu. "E amanhã espero ver você lá comigo".
"A que horas devo estar lá?".
"Para o jantar. Hoje iremos para a sinagoga e ouviremos a leitura do livro de Ester, eu não vou te forçar a isso".
"Obrigado! Você é uma ótima namorada".
Cuddy riu.
"Amanhã cedo também teremos a leitura do livro e faremos caridades aos pobres. Depois cozinharemos o resto do dia praticamente, para o banquete da noite".
"E será quando eu chegarei?".
"Sim! Você chegará para o banquete de celebração".
"Ok. Estarei lá!".
"Por favor! É muito importante pra mim que você esteja lá".
"Ok".
"House, eu não vejo a hora de você chegar lá pra brincarmos". Rachel disse e House riu. Seria tão mais simples se só houvesse crianças por lá, ele pensou.
"Rachel, porque você não vai ao banheiro? Vamos precisar pegar a estrada por alguns minutos ainda".
"Ok mamãe". A menina correu para o banheiro.
Nessa hora Cuddy praticamente empurrou House para a parede e o atacou. Ela o devorou em um beijo intenso. House não pode evitar, seu pênis começou a dar sinal de vida depois da semana de separação e expectativa.
"Pronto!".
Rachel interrompeu o momento de paixão explicita.
"Ei... Filha...".
"Vocês se beijam muito". A menina falou para Cuddy corar.
House tentou disfarçar sua empolgação no meio das pernas. "Ei pequena...".
"Vamos filha?". Cuddy disse tentando se ajeitar. Ela tinha certeza de que suas roupas estavam amassadas e seu batom totalmente borrado.
"Sim mamãe!".
"Amanhã nos vemos!". Ela falou para House com um tom de voz sedutor.
"E essa noite eu vou precisar tomar um banho pensando em você". Ele respondeu em tom de voz baixo.
"Eu também...".
Ela saiu completamente excitada e o deixou pra trás respirando fundo.
A noite seria longa.
"Finalmente!". Arlene reclamou quando Cuddy e Rachel entraram na casa.
"Olá!". Cuddy tentou ignorar o comentário da mãe.
Lá estavam tios, primos e sobrinhos. A casa estava cheia. Arlene morava em uma grande casa, mas mesmo assim alguns parentes precisaram dormir em algum hotel da região, pois havia muita gente por lá.
"Rachel correu para brincar com os primos. Eles eram mais velhos, mas a menina se dava especialmente bem com o filho caçula de Julia.
"Onde está o louco?". Julia perguntou se aproximando.
"Theodore está na cadeia". Cuddy respondeu sarcástica, pois ela sabia a quem a irmã se referia.
"Eu quis dizer... House".
"Eu sei a quem você se referia, mas House não é louco".
"Oh, eu vi com os meus próprios olhos".
"Julia, vamos nos entender desde já. Eu o amo, eu sou completamente apaixonada por ele e espero que ele seja bem recebido por você aqui amanhã".
"Você não tem vergonha? Todo mundo nessa casa sabe o que ele fez".
"Ninguém nessa casa o conhece como eu".
"Ele podia ter me matado".
"Ele é meu namorado, não seu".
"Eu tenho alguma participação nisso, desde que fui vitima também".
"Nada aconteceu a você ou a ninguém. Esqueça isso!".
"Impossível! Eu sonhei com isso por meses a fio".
"Ele salvou Rachel, se é que você se esqueceu. Isso muda todas as coisas".
"Então é uma questão de gratidão? De compensação? De cronograma? Se Theodore salvar Rachel ele também poderá entrar nas suas calças?".
"Cale-se! Você não tem o direito".
"Desde que eu estava lá, sim! Eu tenho o direito".
"Aquilo acabou. House ficou preso, a vida mudou. Se você não pode entender isso, eu entendo, então só fique longe dele. Só o respeito. Por mim".
"Por que você está com ele? É uma questão de sexo? Desejo? Proibição? Eu quero entender".
"Não, é uma questão de amor".
"Ei, vocês duas! Parem com isso já!". Arlene apareceu. "Deixe Lisa ser feliz!".
Cuddy olhou surpresa para a mãe.
"E pare com essa cara de tonta". Arlene disse para Cuddy. "Vamos para a sinagoga. Estamos atrasados".
"Mamãe...". Julia tentou argumentar.
"Vamos logo!".
Cuddy cumprimentou outros parentes e foram para a sinagoga onde passaram as próximas horas da noite. Em casa, ela e Rachel ficaram dormindo em um quarto. Cuddy só esperava que o dia seguinte fosse bom.
Assim que amanheceu House ligou para Wilson.
"Vai comigo essa noite?".
"Eu? Não!".
"Mas você é judeu".
"E daí? Não é a minha família".
"Você conhece Cuddy".
"Mas eu não namoro com ela".
"Por favor! Eu nem dormi a noite, estou tenso".
"E o que você espera que eu faça?".
"Me ajude! Se você for comigo, você pode me guiar. Orientar...".
"Eu nem fui convidado".
"Eu estou te convidando".
"House... Não...".
"O que você fará que será mais divertido do que ver Arlene em ação e Julia me comendo vivo?".
"Uh... pensando por esse lado".
"Ótimo! Me pegue às sete horas!".
Na manhã as celebrações continuaram na família Cuddy. Julia e a irmã tentaram não falar mais sobre o assunto da discórdia. Cuddy não via alguns tios e primos há tempos, então o final de semana estava sendo bastante nostálgico. Ela descobriu que Julia havia falado coisas terríveis de House para toda a família, então Cuddy sentiu que precisava fazer algo antes do namorado chegar.
"Eu gostaria de dizer algumas palavras". Cuddy falou ao final do almoço em família. "Hoje à noite meu namorado estará conosco para o banquete, eu sei que a maioria de vocês não tiveram a oportunidade de conhecê-lo ainda, mas irão conhecê-lo essa noite". Julia bufou e seu marido pegou na mão dela. "Vocês ouviram falar muitas coisas de House, muitas verdades exageradas e algumas inverdades também, mas ele é o homem que eu escolhi pra mim. Ele é o melhor médico que eu já conheci, ele é um gênio e tem uma inteligência privilegiada. Além disso, House é o melhor homem que eu já conheci. Muito atencioso, carinhoso, tem grande senso de humor e é ótimo companheiro".
"E papai?". Julia a interrompeu. "Ele deveria ser o melhor homem que você já conheceu".
"Eu amava papai, como todos vocês, mas papai não era perfeito. House também não é, nenhum de nós é perfeito. Mas House me faz sentir-me como ninguém mais".
"Seu pai definitivamente não era perfeito". Arlene respondeu enquanto virava a taça de vinho.
"Então eu só peço que vocês tenham respeito por ele e por minha escolha. House pode ser peculiar, difícil as vezes, mas ele é o homem mais incrível que eu já conheci".
Julia balançou a cabeça em discordância.
"Eu nunca vi Lisa falar assim de ninguém, então ele deve ser realmente especial". Tia Beth falou divertida.
"Ele é!". Cuddy concordou corando um pouco.
"Ele fez o que fez... Isso é inegável". Julia disse.
"E ele salvou minha filha recentemente. Isso também é inegável. Quantos homens levaria um tiro pela filha de alguém?".
"Eu acho que o bastardo merece uma segunda chance". Arlene falou. "Ele é o único que fez minha filha ficar assim. Sem contar que finalmente ela está transando".
"Mamãe!". Cuddy disse corando muito.
"Crianças aqui!". Julia disse chocada.
"Coisas naturais da vida...".
A maioria riu. Exceto algumas tias mais tradicionais.
"Ok, você já falou o que tinha pra dizer. Ninguém vai tratar mal o seu namorado, mas ele que não venha com piadas...".
"Julia cale-se!". Arlene disse. "Beba vinho e seja feliz!".
Cuddy respirou fundo.
"Eu amo House!". Rachel falou e todos olharam para a garota. "Ele é meu herói! Ele sabe brincar como uma criança, mas ele é um adulto".
A maioria das pessoas se derreteu com a garotinha.
"Eu quero que House seja o meu papai".
Nesse momento Cuddy se surpreendeu, ela não esperava por isso.
"Ótimo! Até a menina já sabe que a mãe dela deveria se casar". Arlene comentou e algumas pessoas riram.
"Ele é judeu?". Tia Lourdes perguntou.
"Não... ele é ateu". Arlene respondeu.
"Bom... melhor do que ser um cristão". Tio Samuel disse.
Todos riram, exceto Cuddy. Ela estava tensa demais pela noite.
Julia estava ainda mais irritada, como Cuddy podia manipular a própria filha assim? Com certeza ela fez a menina dizer aquelas palavras apenas para que o seu argumento ganhasse força. Era inacreditável.
As oito horas em ponto batidas na porta foram ouvidas. Cuddy esteve tão ansiosa nas últimas horas que mal conseguia parar de andar pela casa.
House esteve tão nervoso que deixou Wilson louco.
"Eu abro!". Arlene correu para lá.
"Você?".
Cuddy ouviu a mãe dizendo e se assustou.
"Quem é mamãe?".
"O seu amigo Wilmor".
"É Wilson". Ele corrigiu. "Boa noite!".
"Wilson?". Cuddy se aproximou surpresa.
"Oi...".
De repente ela viu House atrás dele. House passou a camisa, aparou a barba e havia tentado pentear os cabelos. Ela sorriu ao vê-lo.
"Oi". House falou nervoso como um adolescente que estava indo conhecer a família da namorada.
"Oi". Cuddy respondeu de volta sentindo o seu coração acelerar.
"O que esse sujeito faz aqui?". Arlene apontava para Wilson.
"Eu fui convidado".
"Sim mamãe, eu o convidei. Ele é amigo e também judeu". Cuddy mentiu notando que House havia feito o convite.
"Uh... Ok... Por um momento eu pensei que você estava com ele agora. House é mais homem pra você, filha". Arlene disse para Cuddy, mas todos ouviram.
Wilson corou. House sorriu.
"Ei...". Cuddy foi até House e o pegou pela mão.
"Obrigado por isso!". Wilson disse para House.
"Foi divertido até agora". House respondeu segurando a mão da namorada.
"Venha! Eu vou te apresentar as pessoas".
"Ok". Era tudo o que ele temia.
"Wilson, fique a vontade. Sei que você é sociável e logo estará entrosado". Cuddy disse enquanto arrastava House.
"Ele logo estará casando".
"Muito engraçado". Wilson respondeu. Nem para Cuddy o apresentar? Ele ficou deslocado notando duas mulheres olhando pra ele com insistência. Quem seriam aquelas duas mulheres... feias. Muito feias.
Quando entrou na sala de jantar de mãos dadas com Cuddy, House notou duas coisas imediatamente: A mesa gigantesca e cheia de comida e Julia o fuzilando com os olhos.
"Acho que sua irmã está incomodada com a minha presença".
"Problema dela". Cuddy falou e o arrastou pela sala de jantar.
"Esse é Gregory House". Ela o apresentou para alguns tios. E continuou a saga. Tios, tias, primos, primas, sobrinhos, sobrinhas... Era uma enorme lista de pessoas, todas com o sobrenome Cuddy. House tentava ser educado e mostrar interesse em todos eles, mas no fundo ele estava achando entediante e estressante.
"Ei... Eu não preciso de apresentações". Era a voz de Julia. "Eu lembro bem dele, e do carro dele...".
Cuddy ficou vermelha.
"Oh, eu nunca me desculpei por aquilo... Sinto muito!". House falou tentando ser gentil.
"Você sente muito?". O marido de Julia se aproximou.
"Sim". House tentou manter a paz.
"Eu devia quebrar a sua cara". O sujeito ameaçou House.
"Brian, pare!". Cuddy o repreendeu.
"Meu marido só está tentando me defender". Julia intercedeu.
"Não existe razão para isso". Cuddy disse. "House não está fazendo nada".
"Ainda. Deixa ele beber alguma coisa ou usar drogas no banheiro".
Cuddy não pensou, simplesmente virou a mão no rosto da irmã. Todos os presentes pararam para olhar e House chocado arregalou os olhos.
"Ótimo! Assim resolvemos logo o problema". Arlene disse. "Nada como deixar as crianças resolverem seus problemas entre si".
Continua...
