Espero que ainda estejam curtindo essa estória. Deixe-me saber... Ela está prestes a chegar ao fim. Só mais alguns capítulos.
Capítulo 16 – O abandono
House e Cuddy levaram Rachel adormecida e Wilson, também adormecido, para casa naquela noite.
"Eu entendo levar uma garotinha de seis anos, mas não um marmanjo". House reclamou e Cuddy riu. Ela acariciou o rosto dele enquanto voltavam para casa no carro alugado por ela.
"Eu te amo tanto. A cada dia tenho mais certeza disso".
"Que bom! Se você sobreviveu a essa noite, as expectativas começam a crescer".
Ela ficou séria e pegou a mão dele. "Eu realmente quero estar com você pelos dias que me faltam viver".
Ele sentiu o olhar grave que ela lhe deu. House dirigia, mas em um momento também a olhou com intensidade. "Eu também".
Ela sorriu e apertou a mão dele que respondeu apertando a mão dela de volta.
"Ei, vocês parem de falar e apaguem a luz!". Wilson disse e voltou a dormir.
"Ele realmente tem um problema com bebida".
"Definitivamente!". House respondeu.
Eles estavam felizes e era o que bastava. Nem Julia, nem Brian e nem ninguém iria quebrar aquela felicidade, só havia amor no coração de ambos.
Quando chegaram em casa eles tentaram acordar Wilson em vão.
"Eu não vou carrega-lo". House reclamou.
"Tão pouco eu".
"O que faremos então?".
"Não sei...".
"Vamos deixar ele no carro".
"O quê? Deixar ele aqui na rua?".
"Dentro do carro".
"Não! É perigoso".
"O que você sugere então?".
"Não sei, mas deixar ele no carro não é uma opção".
"Então você pensa em algo enquanto eu levo Rachel para a cama". House carregou a menina até o quarto de hospedes. Ele tentou preparar o quarto para ela, havia algumas coisas infantis que ele comprou pensando em Rachel. Ele estava ficando mole, não estava?
Enquanto isso Cuddy tentava despertar Wilson.
"Acorde!". Ela o chacoalhava e nada. Em dado momento Wilson agarrou Cuddy e a puxou para si. Ela lutou contra ele, mas Wilson a apertou contra o peito como se fosse um uso de pelúcia.
"O que é isso?". House perguntou intrigado assim que chegou e viu aquela cena.
"Me salve!". Cuddy pediu meio sufocada.
House a puxou de volta.
"Ele me puxou e eu não conseguia sair...".
"Teremos que deixar ele no carro mesmo. Ele bebe, desmaia e ainda por cima agarra a minha mulher".
"Sua mulher?". Cuddy olhou curiosa para ele.
"Sim, você é a minha mulher. E eu sou o seu homem".
"Uh... Eu gosto do som disso...".
"Ok, vamos trancar o carro e deixar Wilson, temos coisas melhores pra fazer no quarto".
"Não podemos...".
"Cuddy...". Ele respondeu frustrado.
"Ok, talvez só um pouco. Mas vamos deixar uma fresta do vidro aberta".
"Ok".
E eles fizeram isso. Trancaram o carro deixando parte do vidro aberto e foram para dentro do apartamento.
"Onde estávamos?". House perguntou malicioso assim que entraram.
"Você dizia que era o meu homem...".
"Uh... verdade". Ele se aproximou.
"E eu sou a sua mulher!".
"Você é. Minha mulher gostosa". House disse isso e a puxou pra ele bruscamente.
Cuddy gritou com o susto e começou a rir com aquilo.
"Agora... Rir vai tirar a intensidade da coisa toda".
"Desculpe". Ela tentou se conter, mas estava difícil. Até que House a jogou no sofá, arrancou a calcinha dela. Cuddy não esperava pelo rápido movimento e entrou novamente no jogo.
"Agora sim".
Ele começou o seu caminho pelo corpo dela, logo Cuddy estava uivando como uma loba no cio.
"Rachel está no quarto...".
"Vamos para o seu quarto. Já!". Ela ordenou com medo da menina despertar e aparecer na sala. Eles foram. Trancaram a porta e lá tiveram uma noite de amor inesquecível.
Perto das cinco horas da manhã Wilson acordou e se viu trancado em um carro.
"Oh meu Deus! Eu fui sequestrado!". Ele começou a procurar o celular sem sucesso. Então, desesperado, ele começou a bater no carro pedindo socorro.
Como era domingo pela manhã, não havia viva alma na rua.
De repente Wilson identificou a rua. "Espera... Essa é a rua do apartamento de House. E esse é o apartamento dele. Filho da puta!".
Wilson começou a procurar alguma coisa no carro, mas nada encontrou. Ele não reconhecia aquele SUV, de certo era de Cuddy. O fato é que ele ficou por lá pelas próximas horas, até que, perto das sete horas da manhã, ele viu um homem cruzando a calçada e o chamou.
"Por favor! Eu preciso que você chame meu amigo, ele mora ali". Wilson apontou. "Diga que eu estou aqui no carro".
O homem olhou suspeito.
"Eu... Eu estou trancado aqui".
"O que houve?".
"Longa história... É só dizer que Wilson acordou e está trancado no carro".
O homem estava desconfiado, mas foi tentar chamar alguém. Ele bateu na porta de House e nada... Ninguém apareceu. Quando ele estava quase desistindo, Cuddy apareceu sonolenta e vestindo a camiseta de House.
"Eu... desculpe incomodar senhora, mas há um homem dentro de um carro branco estacionado aqui em frente pedindo para falar com algum House...".
"Oh meu Deus!". Cuddy lembrou-se finalmente de Wilson. "Ok, obrigada! Eu estou indo pra lá". Ela fechou a porta e saiu em disparada para o quarto.
"House". Ela o cutucou e nada dele acordar.
"House!".
"Uh...".
"Nós esquecemos Wilson".
"O quê?".
"Wilson... Nós o esquecemos trancado no carro".
"Uh...".
"Uh? Acorde!".
Mas ele estava rolando na cama. Cuddy bufou, vestiu alguma roupa e foi até Wilson.
"Oh me desculpe!".
"Eu simplesmente não posso acreditar que vocês me deixaram aqui".
"Você não estava muito cooperativo...".
"E vocês me abandonaram dormindo dentro do carro no meio da rua? Eu podia ter sido sequestrado, ter morrido de asfixia".
"Deixamos parte do vidro aberto".
"Oh, obrigado por isso".
"Wilson...".
"Vocês me abandonaram!".
"Não... Nós íamos voltar para te buscar, mas adormecemos".
"Ótimo... Grandes amigos!".
"Não faça drama".
"Agora me deixe sair que preciso esticar as pernas e urinar".
"Wilson você não é uma vítima, você não acordava ontem de jeito nenhum e eu não consigo te carregar. House tem a questão da perna...".
Wilson ignorou e entrou no apartamento. Ela trancou o carro e foi atrás dele.
"O que houve?". House apareceu sonolento na sala.
"Eu preciso urinar e depois podemos conversar em quão bons amigos vocês são".
"O que houve?". House perguntou ainda sonolento.
"Nós o esquecemos dentro do carro".
"Ah!".
"Pois é". Wilson respondeu indignado enquanto ia para o banheiro.
"Mas quem mandou ele beber daquele jeito? Ninguém aqui é mãe dele...".
"Obrigado por isso! Vou me lembrar dessas palavras quando eu precisar bancar a sua mãe novamente". Wilson gritou do banheiro.
"Shhhh, você vai acordar Rachel". Cuddy disse.
"Oh claro que sim, enquanto a família feliz está feliz aqui no quentinho, eu preciso dormir dentro do carro estacionado na rua".
"Oh... Supere! Eu já dormi em lugares piores". House falou.
"Eu não vou superar!".
"Wilson, nos desculpe. Ainda bem que nada te aconteceu". Cuddy falou.
E Wilson resmungou.
"Quer comer alguma coisa?". Ela ofereceu.
"Sim. Mas eu vou pra casa, não vou incomodar".
"Ei... Relaxa Jimmy!". House disse ainda sonolento.
"Onde está o meu carro?".
"Na casa de Arlene, óbvio".
"Vocês o deixaram lá?".
"Wilson vamos esclarecer as coisas... Você estava muito bêbado ontem à noite, dormindo no sofá da casa de Arlene. Nós fizemos um favor te trazendo pra cá e aguentando você agarrar a minha mulher".
"O quê?". Wilson corou.
"Então não exagere. Tome o seu café, vá pra casa e tome um banho, alguma Aspirina pra dor de cabeça e volte pra buscar o seu carro". House disse.
"Eu dormi no sofá na casa da mãe de Cuddy?".
"De tudo você só se ateve a isso?". House perguntou sarcástico.
"Eu tentei agarrar você?". Wilson perguntou pra Cuddy.
"Não exatamente... Quer dizer... Você me agarrou como se eu fosse um urso de pelúcia".
"Oh Deus! Eu preciso parar de beber".
"Totalmente de acordo". House disse.
Wilson resolveu voltar pra casa, House e Cuddy voltaram pra cama e dormiram até perto das dez horas, quando Rachel os acordou.
"Ei!". A menina pulou na cama de House. "Sua cama é boa!".
"Rachel, filha. Pare! A perna de House". Cuddy falou acordando de repente.
"Oh, desculpe!".
"Você não atingiu minha perna". House disse cobrindo a cabeça e rolando para o lado.
"Filha, você não deve entrar no quarto dos outro assim. Você precisa esperar as pessoas se levantarem sozinhas. Se você precisar de algo, bata na porta".
"Eu queria ver vocês. E House!".
"Eu sei que você está feliz em estar aqui, mas não faça mais isso. Tudo bem?".
A menina balançou a cabeça concordando.
"Agora vá se trocar". Cuddy disse.
"Eu posso colocar aquela roupa da Princesa?".
"Sim".
"Oba!". A menina correu para encontrar a roupa em sua mala de viagem cor de rosa.
"Pensei que você havia trancado a porta". Cuddy falou se aconchegando nas costas de House.
"Eu também".
"Ainda bem que não estávamos nus...".
"Uh...". Ele ainda estava muito sonolento.
Cuddy beijou a nuca dele. "Eu te amo!".
"Ehfkffifnsuhgropg". Ele falou palavras sem sentido.
Cuddy sorriu e voltou a beijar a nuca dele. "Eu vou cuidar de uma garotinha, levante-se quando estiver pronto".
"Ytsgdhdjdle". Novamente ele murmurou coisas incompreensíveis. Cuddy levantou-se, vestiu o hobby dele e saiu.
"Você e House estão namorando?". Rachel perguntou e Cuddy corou.
"Sim filha".
"Eba!". A menina a abraçou. "Eu amo House".
"Eu sei. Eu também!".
"Espero que ele não bata em casa com o carro outra vez pra não ter que ficar longe".
Cuddy queria rir, mas a situação era séria.
"Rachel, House errou muito, você sabe disso, não sabe?".
"Sim mamãe".
"Mas as pessoas aprendem com os erros, algumas pessoas".
"Joshua vai aprender?".
Cuddy se surpreendeu com a pergunta. "Não sei... Eu espero que sim".
"Eu não quero ver Joshua nunca mais". A menina disse preocupada.
"Eu sei querida, eu também não quero". E ela abraçou a filha.
"House é bom pra nós. Joshua era ruim".
"Sim, eu sei disso. E me desculpe por isso".
"Ok, agora temos House!".
Cuddy sorriu. A inocência das crianças era algo contagiante.
Eles passaram um domingo preguiçoso juntos, como uma família. House jogou um jogo de tabuleiro com Rachel e com Cuddy. Todos se divertiram muito, mas House e Rachel zombavam da inexistente habilidade de Cuddy com desenhos. Até Rachel desenhava melhor do que a mãe.
"Isso é um gato?". House perguntou divertido.
"Claro que sim, olha o rabo". Cuddy respondeu irritada, ela não gostava de perder em nada. Nem em jogos recreativos.
Rachel e House riram alto. "Só se for o gato de Júpiter".
"Vocês não entendem nada". Ela respondeu irritada enquanto os dois riam.
"Ok, cansei de brincar disso". Cuddy levantou-se.
"Sua mãe não sabe perder". House disse.
"Não! Mamãe é brava. Quando Dora ganhou um jogo de cartas mamãe quase bateu nela". Rachel falou rindo.
"Sério?".
"Sim, ela arremessou as cartas longe. Mi tem medo dela até hoje".
"Ei, eu estou ouvindo mocinha". Cuddy chamou a atenção da filha. Eles riram ainda mais.
"Ok, desisto de vocês!".
House levantou-se e foi até ela.
"Não fale nada!". Ela ordenou.
Então ele a abraçou pelas costas e a puxou contra ele.
"Pare!".
"Ei... Eu amo esse seu jeito bravo. Você fica sexy brava". Ele sussurrou no ouvido dela.
"Você está abusando da sorte!".
"Eu estou ficando louco já...". House roçou suas partes masculinas e ela percebeu que House estava se animando.
"Eu...". Ela se afastou rapidamente. "Crianças aqui".
"Não posso evitar".
"Controle-se!". Cuddy queria parecer mais séria do que realmente estava.
Ele sorriu e tentou mudar o pensamento.
Cuddy e Rachel passaram a noite na casa dele, ele pode ficar mais uma vez com Cuddy antes dela voltar para Cleveland. Mas na segunda-feira cedo elas pegaram o caminho de volta.
House sentiu que parte dele tinha ido embora também. A vida era tão mais divertida e colorida quando Cuddy estava por perto, ainda mais colorida se Rachel estivesse junto.
Na segunda-feira ele foi trabalhar mal humorado.
"Não fez todo o sexo que queria no final de semana?". Wilson perguntou.
"Não é isso...".
"O que então? Quem ficou bêbado, foi abandonado no meio da rua, precisou ir buscar o carro na casa de Arlene e sofrer todo o tipo de humilhação, além de sentir uma terrível ressaca... Fui eu...".
"É uma droga que Cuddy tenha que voltar pra Cleveland".
"Uh... entendo".
"Eu só a verei no final de semana agora".
"É complicado... Mas pelo menos você fica na expectativa de algo bom no final de semana. Eu nem isso tenho atualmente".
"Não sei se é melhor ter essa expectativa e ficar ansioso esperando a semana chata passar ou não ter nada".
"O que é isso? Claro que a sua situação é muito melhor".
"E se ela se encher dessa distancia?".
"Ela já reclamou com você?".
"Não".
"House, ela e ama!".
"O amor nunca é o suficiente".
"Mas deveria ser".
"Wilson, você vive em um mundo de Contos de Fadas".
"Vocês não estão mais namorando como da primeira vez. Dessa vez é diferente".
Wilson sempre dizia isso. Talvez fosse verdade. Talvez...
Continua...
