CAPÍTULO 12 - Aula de Poções.
- E agora, Mione?
- Hum, deixe-me ver... - Disse enquanto olhava o horário da colega. - Que bom, Dumbledore colocou você junto com um de nós em todas as aulas para te ajudar. Finalmente terei alguém para discutir sobre Runas. Agora, vamos ter... POÇÕES?
- Hum, é, Poções. - Afirmou a trouxa verificando o papiro na mão da colega. - Qual o problema?
- É a aula de Snape... Isso não vai dar certo.
- Snape? Aquele velho com os cabelos ensebados? Ah, não pode ser tão mau assim. - Brincou Sofia.
Hermione a olhou de forma assustadora. - Não, pode ser pior.
Chegaram à porta da sala e entraram, a bruxa ainda suspirando de desalento. Quase todos os alunos haviam chegado e já estavam em duplas. Harry e Rony acenaram para as duas que se sentaram numa mesa ao lado.
- E aí, o que decidiram? - Perguntou o ruivo.
- Sofeu vai assistir às mesmas aulas que nós, até mesmo a de Runas.
-Runas? Eca, que azar! - Disse Rony com cara de nojo. Hermione fulminou-o com o olhar e a trouxa começou a achar que não devia confiar tão cegamente na amiga. Ia ponderar sobre o que conversavam quando uma figura toda vestida de negro surgiu à sua frente e mirou-a.
- Senhor Motta, creio que já estamos atrasados para a aula. Cinco pontos a menos para Grifinória. E por favor, troque de lugar com o senhor Weasley, ele fará par com a senhorita Granger e você com Potter. - Snape agora sorria-lhe, de maneira desagradável. A garota não questionou e mudou de mesa, olhando feio para o professor.
- Bom, alunos, como sabem, temos aqui a ilustre presença de um trouxa, o senhor Motta. - A voz arrastada do bruxo estava carregada de sarcasmo e um toque de rancor. Ainda não engolira a decisão de Dumbledore. - Estará aqui neste semestre como intercambista e creio que neste meio tempo poderá nos brindar com suas maravilhosas habilidades no preparo de poções. - Olhou para Draco Malfoy e este riu baixo. - Continuando, hoje iremos nos deter na confecção da Mentus genis. O que vem a ser isso?
Hermione imediatamente levantou a mão mas o professor simplesmente ignorou-a. Quando percebeu que ninguém mais se pronunciaria, respondeu:
- Uma poção extremamente difícil, cujo preparo demora cerca de cindo meses para finalizar. Iniciaremos hoje e a prova final de vocês será uma Mentus genis razoavelmente adequada.
- E o que essa gororoba faz? - Sofia perguntou sem se importar com as conseqüências. Snape sorriu sardônico.
- Menos dez pontos para Grifinória pela interrupção. Essa poção, caro aluno trouxa, é capaz de transformar o maior dos idiotas em um gênio.
- Como você? - A menina tapou a boca com as mãos, saíra sem pensar. Tarde demais.
- Compareça à minha sala hoje às oito da noite para sua detenção. - Disse o bruxo. - Ah, e Potter, estou adotando um método que implica em apoio mútuo entre as duplas, tanto nas glórias quanto nos castigos. Irá acompanhar o senhor Motta na detenção. E podem começar a poção.
Harry sentiu o sangue ferver, com raiva do professor e de sua colega tagarela. Foi com muito esforço que não sacou a varinha e sapecou uma azaração nela. Ouviu-a murmurar, corada:
- Desculpe... - Ele respondeu algo ininteligível.
Iniciaram todos o preparo da poção. Parecia ser realmente difícil, a quantidade de ingredientes utilizados era enorme e numa porção ínfima de cada vez. Sofia lia e relia o livro que lhe fora dado, tentando entender que materiais eram aqueles. Seu parceiro por sua vez colocava coisas sem pensar dentro do caldeirão, esperando que o mesmo explodisse e fosse parar em cima do professor, tamanho era seu ódio. A trouxa suspirou, aquilo ia acabar pior do que já estava.
- Harry, desculpe mesmo o que eu fiz. Agora, ou a gente se concentra no que está fazendo ou isso vai acabar igual à gororoba que minha tia prepara para o almoço. - Disse admirando a coloração fúcsia que o líquido apresentava. Era muito bela porém sabia que estava errada, pois via nas outras mesas escorrer algo verde, de aparência nojenta. - Ah, se você quer continuar emburrado que fique mas eu vou tentar dar um jeito nisso aqui.
Ela então derramou fora todo o trabalho que tinham feito e se concentrou em separar os ingredientes minuciosamente e colocando-os em diversos potinhos que achou espalhados pela sala; depois daria um jeito de juntá-los. Nem notou que o tempo da aula acabara e que todos estavam recolhendo suas coisas e saindo. Ela enfiou rapidamente os potinhos na bolsa e olhos para a mesa do professor. Snape olhou-a e a seu colega, sorrindo:
- Potter, mais um zero para sua coleção; e você e seu parceiro devem me trazer, além da lição, uma redação sobre "Por que não devemos deixar mãos inábeis tocar em poções".
Ambos assentiram e fugiram correndo da sala.
