CAPÍTULO 15 - O boato de Malfoy.
Sofia esperava encontrar seus colegas quando desceu para a sala comunal no dia seguinte; porém esta estava vazia.
"Acho que eles já foram comer". Assim pensando, virou ao contrário o boné em sua cabeça e partiu rumo ao refeitório. Ainda não sabia muito bem o caminho mas bastava seguir os alunos àquela hora da manhã para encontrar o local. Já ia passando pela porta quando uma figura de fios muito loiros, quase brancos surgiu a seu lado e entrou junto com ela. Nesse momento ouviu vários assobios e risinhos mal disfarçados. Sofia estranhou e notou que entrara com Draco Malfoy; este estava com as bochechas muito vermelhas. Deu de ombros e seguiu em frente, sentando na mesa da Grifinória. Escutou então um gracejo:
- Ih, parece que os dois namoradinhos brigaram.
A trouxa nem teve tempo de se perguntar quem fizera aquilo pois foi imediatamente puxada pelo colarinho e posta em pé por um furioso bruxo.
- Viu o que fez, seu trouxa desgraçado? - Malfoy a sacudia sem piedade, os olhos azuis repletos de ódio.
- Solte-me, isso machuca!
- Eu vou matar você, verme!
- Se não me largar agora eu vou fazer aquilo de novo. E aqui na frente de todo mundo! - Sussurrou a garota que tentava se libertar a todo custo.
Temendo que a ameaça se realizasse, o garoto a soltou e afastou-se de costas, analisando-a. Um sorriso malvado se formou em seus lábios.
- Vai se arrepender... - Disse sacando a varinha e apontando para a colega. - Impedimenta! - Gritou.
Sofia, mesmo sem saber como, se desviou e por um centímetro o raio luminoso não a acertou e passou raspando por sua cabeça.
- EI! Isso não vale!
- E quem liga? - Retorquiu o loiro, que se preparou para outro ataque.
A trouxa agarrou a bolsa e saiu dali correndo, com o bruxo em seu encalço, rajadas de luz voavam cada vez mais perto, ela subia e descia escadas, atravessava corredores, desesperada por ajuda, enquanto remexia no conteúdo da sacola. Sem perceber, estava de volta ao corredor da torre da Grifinória e assim que passou pelo retrato da Mulher Gorda este se abriu a tempo de três figuras assistirem à perseguição.
- Meu Deus, temos que ajudá-la! - Exclamou Hermione. Harry e Rony sacaram as varinhas e já se preparavam para estuporar o sonserino quando uma cena surpreendente ocorreu.
Encurralada por uma parede, a garota virou-se para seu algoz, com uma idéia lhe iluminando a mente. O rapaz apontava-lhe ameaçadoramente a varinha e sorria:
- E agora, pra onde vai fugir?
- De você? Nunca mais, Barbie! - E mostrou-lhe a língua.
Draco não agüentou e lançou-lhe novamente o feitiço paralisante; Sofia então retirou um espelho da bolsa e refletiu a magia, que acabou por acertar seu invocador. O loiro caiu duro no chão e ela respirou aliviada, escorregando pela parede e sentando no mármore frio. Viu seus colegas se aproximando e sorriu:
- E aí, me saí bem?
- Sofeu, foi fantástico! - Mione não conseguia parar de sorrir, de tão impressionada que estava.
- Bem feito, Malfoy! - Gritavam os rapazes, rindo da cara do sonserino.
- Agora temos que ir ou vamos nos atrasar! A professora Mac Gonagall é bem rigorosa com o horário. - Disse o ruivo estendendo a mão para Sofia, que a aceitou com prazer. O garoto corou ao sentir a pele macia da menina, os dedos mimosos fechando-se sobre os seus. Abanou a cabeça para afastar estranhos pensamentos e seguiu com todos rumo à sala de aula.
