N.A.: Ai ai, não sabia que escrever fanfic dava tanto trabalho. Esse capítulo foi um parto. Bom, espero que gostem. Tem horas que a história parece que vai se perder, parece cavalo chucro. Eu tenho que segurar bem as rédeas para não sair do caminho. Mais uma vez, só para lembrar, Harry Potter e Companhia não me pertencem. E se quiserem me tirar uma dúvida eu agradeceria: o que é um Beta?

Beijos e uma autora nada pontual.

CAPÍTULO 16 - Vassouras e apostas.

Depois de uma aula tranqüila, na qual aprenderam a transformar um objeto qualquer em outro de uso pessoal, o quarteto resolveu passar o resto da manhã perto do lago.

- Nossa, esse negócio de transfigurar é muito legal. Pena que a professora não me deixou tentar. - Dizia Sofia sorrindo.

- Mas Sofeu, você não ia conseguir mesmo... - Retorquiu Hermione.

- Ah, mas eu podia ao menos tentar...

- Vocês duas querem parar de tagarelar aí? - Falou Harry, já sentado sob uma frondosa árvore, refastelado na relva.

- Isso aí, que matracas. - Dizia Rony aproveitando a sombra.

As meninas resolveram parar a discussão e acompanhar os colegas, o dia estava bem preguiçoso, poderiam ir fazendo os deveres de casa mas só Hermione estava com vontade para isso. Enquanto tentava convencê-los a terem mais responsabilidade, a trouxa olhava os arredores, até avistar algo no céu. Intrigada perguntou:

- Ei, o que é aquilo lá? - Apontando.

- Ah, deve ser um aluno numa das aulas de montaria de vassouras.

- MONTARIA DE VASSOURAS? Você quer dizer, voar nelas? - Questionou a menina. Harry assentiu. - Você sabe voar naquilo?

- Claro que sei. - Respondeu ele ofendido.

- ME LEVE LÁ! - Gritou agarrando-o pelo colarinho, os olhos brilhando de excitação.

- Ei, calma aí! Por que eu faria isso?

- POR FAVOR! - Ela praticamente se atirou ao chão, implorando ao rapaz. - Eu faço qualquer coisa!

- Hum, qualquer coisa mesmo?

- Tudo o que quiser! - Afirmou com a cabeça.

- Hum, vou me lembrar disso futuramente. - Disse sorrindo.

Harry, seguido de uma saltitante Sofia, que se esquecera momentaneamente de sua condição "masculina", dirigiu-se em direção aos vestiários do campo de quadribol para pegar sua Fire Bolt. De posse da mesma, partiu para o campo e montou na vassoura.

- Venha! - Chamou a colega.

- Vou montar com você? - Perguntou ela com um muxoxo.

- Ai... - Suspirou o bruxo. - Você sabe que não pode fazer magia, nem tem competência para isso. Agora suba logo que senão eu desisto!

- Não, não, tudo o que quiser! - Sofia correu para onde ele estava e sentou-se atrás dele, abraçando-o pela cintura. O rapaz sentiu um arrepio mas permaneceu impassível.

- Pronta? Então, vamos lá! - Com isso Harry levantou vôo rapidamente, atingindo logo uma altura razoável. Sentiu os braços da garota apertarem mais sua barriga. - Com medo? - Perguntou irônico.

- Um pouco... Pode voar bem rápido?

Ele estranhou mas obedeceu o pedido, impulsionando a vassoura e voando em linha reta para frente velozmente. Um sopro quente passou por sua nuca fazendo-o virar e ver o sorriso da menina, que aparentemente estava adorando tudo aquilo.

- Anda, coloca esse negócio para funcionar! - Incitou ela. O bruxo não se fez de rogado e iniciou uma série de piruetas no ar, subindo e descendo em espiral, dando giros aleatórios, contornando as altas torres do castelo. Sofia ria e volta e meia acenava para Hermione e Rony que assistiam tudo do gramado. Porém, num dado momento, após mais um giro, o velho boné da trouxa desprendeu-se de sua cabeça e caiu em direção ao solo. Sua dona ficou desesperada:

- Por favor, pega ele! Senão vão me descobrir. - Ela não pedia, implorava ao colega.

- Humpf, eu deveria deixar isso acontecer mas vá lá. - Com isso Harry inclinou a vassoura e avançou numa velocidade alucinante em direção ao chapéu, agarrando-o pouco antes deste tocar o chão e voando rasteiro sobre a grama.

- UAU! Você é incrível, como fez isso? - Perguntou Sofia impressionada.

- Sou apanhador o time de quadribol da Grifinória. O melhor apanhador dos times, por falar nisso. - Disse ele, nada modesto, entregando o boné à garota que tornou a esconder os cabelos negros sob ele.

- Quadribol? Que vem a ser isso?

- É a versão bruxa para o futebol. - Respondeu Harry calmamente.

- Quantas bolas usam?

- Quatro, por quê? - Estranhou ele.

- Porque estou vendo duas bolas vindo atrás da gente.

O bruxo olhou para a direção mencionada e viu duas goles indo diretamente na direção deles. Maldizendo sua sorte, tornou a subir com a vassoura porém percebeu que as bolas os seguiram. Tentou rumar para uma área um pouco mais afastada mas as esferas continuavam em seu encalço. Aquilo tinha cheiro de trapaça. E se havia trapaça, provavelmente havia...

- Draco Malfoy! - Ele escutou a colega gritar, apontando algo. Olhou para frente e viu o bruxo loiro numa Nimbus 2000, não muito distante, sorrindo ironicamente para eles.

- E então Potter, tentando atrapalhar o treino da Sonserina? Tsc, tsc, tsc, que coisa mais feia!

- Não estávamos atrapalhando nenhum treino Malfoy, só fui mostrar a Sofeu como se voa de verdade... - Respondeu com um sorriso sarcástico, parando bem na frente do rapaz.

- Vai ver nesse campeonato Potter, meu time vai acabar com esse lixo da Grifinória. - Retorquiu Draco, com o rosto corado de ira.

- Hahahaha, muito engraçado Malfoy. Se milagres fossem possíveis, aqui seria uma igreja e não uma escola.

Sofia não prestava atenção na discussão deles, estava de olho nas goles e as tinha perdido de vista num dado momento. Olhou para o gramado e notou dois garotos com varinhas em punho agitando-as sem parar. "Devem ser eles que controlam as bolas", pensou. Foi quando viu que as mesmas vinham em sua direção com uma velocidade impressionante e fatalmente iriam acertá-los. Só teve tempo de empurrar o companheiro para baixo, fazendo com que a vassoura se inclinasse:

- Cuidado! - Exclamou.

A primeira esfera passou rente às suas cabeças, atingindo com força o estômago do sonserino a sua frente, que cambaleou e despencou no ar. Ainda horrorizada com o que via a trouxa mal percebeu a segunda goles vir e colidir na vassoura em que estava, desestabilizando-a. Harry segurou firme no cabo e manteve a direção mas o impacto foi tão forte que Sofia largou sua cintura caiu, acompanhando Malfoy.

- SOFIA! - Gritou o rapaz, que desceu em sua direção rapidamente. Esta porém não ouvia, estava concentrada no loiro que descia um pouco abaixo dela, sabia que não haveria tempo do colega pegar a ambos e desconfiava que bruxos tivessem feitiços para reconstrução de crânios rachados. Então simplesmente fechou as pernas e manteve os braços ao longo do corpo, tomando uma posição de paraquedista e descendo a toda velocidade atrás do menino. Tão logo o alcançou, abriu os braços e agarrou seu corpo com força, rezando para que um milagre os tirasse dali sãos e salvos. Percebeu que suas preces foram ouvidas ao sentir uma mão forte agarrá-la pelo colete e a velocidade que tinha antes diminuir. Logo era depositada no solo em segurança, sem largar do rapaz que abraçava.

- Sofeu, Sofeu! - A voz doce de Hermione se fez ouvir às suas costas e ela criou coragem para olhar em volta. Sua amiga, Rony, Harry e os dois garotos que vira com as varinhas os olhavam preocupados. - Você está bem? - Ela parecia angustiada.

- Estou sim... Mas não sei se ELE está. - Respondeu a trouxa saindo de cima do sonserino e sentando-se ao lado dele.

- O que houve lá em cima afinal? - Perguntou Rony.

- Duas goles vieram atrás da gente, uma atingiu Malfoy e outra a nossa vassoura, foi sorte eu conseguir pegar ele antes que se espatifasse não. E sorte desse loiro o trouxa ter coração mole para tentar salvá-lo. - Respondeu o moreno; Sofia jurou ter sentido uma ponta de ressentimento na voz dele.

- O que? Goles? Mas como foi isso? - O ruivo foi ficando irritado e já queria tirar satisfações com Goyle e Vicente Crabbe, os rapazes manipuladores das esferas; Harry estava acompanhando o amigo.

- Agora não, Rony! Não vê que ele ainda está desacordado? - Disse Sofia, virando-se para o loiro e dando leves tapas em sou rosto. - Ei Barbie, acorda. Acorda logo, Bela Adormecida!

Com um resmungo o garoto se mexeu e abriu os olhos, encontrando 2 pares de orbes bastante preocupados sobre ele. Um lhe era conhecido, castanhos, brilhavam a cada aula assistida e ele tinha prazer em vê-los orlados de lágrimas. Outro era negro, com longos cílios e lhe lembravam a zombaria e desrespeito que sofrera no dia anterior. Agora porém ambos estavam repletos de ansiedade e ele quase desejou que um deles não pertencessem justamente a um rapaz.

- Que fazem em cima de mim? Vão para trás, suas sangues ruins! - Exclamou ele se sentando e empurrando as garotas de lado.

- Credo Malfoy, nós estávamos tentando te ajudar, sabia? - Disse Hermione, ofendida.

- Não preciso de sua ajuda, Granger suja!

A menina mordeu o lábio inferior, sentindo que iria chorar. Sofia, ao ver a cena, deu um cascudo no sonserino.

- Que gentil você hein, loirinho? Eu te salvo, ela me ajuda a te botar de volta à realidade e é assim que agradece? Talvez eu devesse ter te deixado cair.

- Pois deveria mesmo, sua... sua trouxa! - Exclamou Malfoy, possesso de raiva.

- Não me ofende, seu cabeçudo. Esses xingamentos bruxos não me afetam em nada. E agora vocês dois. - Disse apontando para Goyle e Crabbe. - Levem-no pro médico daqui porque foi uma pancada e tanto lá em cima.

Eles obedeceram prontamente, com medo do brilho assassino no olhar da garota. Sem se importar com os débeis protestos do chefe, que realmente não estava muito bem, trataram de carregá-lo para a enfermaria de Madame Pomfrey. Após terem partido, a trouxa virou-se para a amiga e disse, alisando-lhe o rosto com uma mão:

- Não fique assim, Mione, eu disse que havia muito preconceito aqui mas acho que vocês todos podem mudar.

- Mudar o quê? Ele me odeia, sempre vai me odiar e me ofender. E a única coisa que fiz de errado foi nascer trouxa! Aquela loira não vale nada. - Finalizou Hermione com um ar cansado e triste. Sofia sorriu:

- Eu proponho uma aposta.

- APOSTA? - Exclamou todo o trio de amigos.

- Sim, eu aposto que até o fim da minha estadia aqui, se os alunos das casas não forem amigos, pelo menos não irão mais se ofender.

- HÁ! Duvido que isso aconteça! - Retorquiu Rony, crédulo.

- Pois digo que isso vai acontecer sim! E aposto o que vocês quiserem.

- Hum, então eu vou querer qualquer objeto trouxa que quiser! - Disse o ruivo.

- E eu vou querer aquela sua bola pra mim. - Falou Harry, com um sorriso malévolo. A garota o olhou com raiva.

- Feito! E eu quero minha Fofucha de volta, além de mais uma coisa que eu ainda não sei o que é. Mas se eu ganhar, vou poder pedir o que quiser e vocês terão que aceitar. Fechado?

- Fechado! - E os três apertaram as mãos para selarem a aposta. Hermione que a tudo assistia resolveu se intrometer:

- E eu?

- Vai ser a juíza, Mi. Eu vou tentar fazer o que puder pelos alunos daqui e eles não poderão me impedir. Mas pode me podar se achar que algo que eu fizer ofende os costumes de vocês. - Disse Sofia.

- Certo. Então, já que estamos todos acertados, temos que ir que está quase na hora do almoço. - Falou a bruxa.

- OBA, COMIDA!- Gritou a trouxa, agarrando a mão da amiga e puxando-a em direção ao castelo. Os rapazes suspiraram, restava para eles a tarefa de carregar as bolsas e livros.