Réquiem de Esperança
Capítulo VII – Inopinado

Disclaimer : Gundam Wing não me pertence, sou apenas mais uma maluca a judiar dos G-boys. Desculpem-me, mas estou sem criatividade para disclaimers agora...

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"Adeus meninos. E Duo, como seu médico, lhe digo que você está em perfeitas condições. Pode voltar para casa amanhã mesmo."

As palavras de Quatre ainda estavam em minha cabeça, colocando-me novamente na realidade. Sim, estava na hora de sair daquele apartamento. Não poderia viver ali para sempre. Sabia que o meu repouso estava chegando ao fim, mas fui alimentado de um otimismo parco que me dizia que ainda tinha mais alguns dias ali.

Levantei-me muito cedo e fui tomar um banho. Lavar os cabelos era uma boa opção – a falta de dinheiro restringia a quantidade de shampoo e condicionador que eu usava. Agora estava voltando tudo a estaca zero. Eu estava voltando para casa.

Contando que ainda não passara das sete horas, achei que pudesse sair de casa sem ser visto por Heero. Odiava despedidas. Saí até a sala esperando encontra-la vazia, mas vi o outro em pé, mirando uma parede com uma cara um tanto estranha. Poderia até dizer que ele estava um tanto pálido. Meus passos atraíram sua atenção e ele me viu com minha pequena bolsa em mãos.

- Já vai ?

- Sim. Acho melhor não incomodá-lo mais, já recebi a liberação do Quat ontem.

- Pensei que ficaria até o almoço.

- Não, tenho umas coisas pendentes a resolver. É melhor eu ir.

Não era uma mentira; minhas contas andavam vencendo e precisava juntar meus poucos tostões para pagá-las.

- Tem o número daqui, qualquer coisa é só ligar.

- Obrigado, Heero. Desculpe o incômodo.

Segui até a porta quando o ouvi falar.

- Venha jantar aqui. Como uma despedida pelo menos.

- Odeio despedidas. Mas aceito o convite.

- Eu te dou uma carona até a sua casa, já estou saindo para o trabalho.

- Não precisa, os dois lugares ficam em direções opostas. – dei um leve aceno e saí, fechando a porta.

Sem preâmbulos, sem rodeios, sem constrangimentos. Eu estava sendo um estorvo para Heero e era preferível que fosse embora o mais rápido possível. Ele deveria estar se sentindo muito mais aliviado agora. Não teria um idiota qualquer dentro da própria casa para invadir-lhe sua privacidade ou destruir a sua cozinha.

Caminhei até o ponto de ônibus mais próximo e aguardei um pouco. Eram nessas horas que via a inutilidade da minha carteira de motorista. Sendo aquela uma área nobre da cidade, era curioso perceber que desciam mais pessoas do que as que subiam nos ônibus. Os moradores daquele bairro certamente não necessitavam do transporte coletivo. Meu ônibus chegou e eu subi.

Sank era um país relativamente bom. Havia desigualdades, mas as pessoas mais pobres não eram miseráveis. Dava para se viver bem e as taxas de desemprego não eram tão ruins. Mas eu ainda fazia parte deste índice e precisava mexer o meu traseiro para pagar as malditas contas que se acumulavam em minha mesa. Só não havia sido despejado porque a Sra. Noventa fora com a minha cara. De toda forma, ter um médico morando no apartamento acima poderia se revelar bastante útil numa emergência.

Meu apartamento continuava entregue as sombras, do jeito que eu o deixara dias atrás. A claridade do apartamento de Heero havia me contagiado de uma forma que me vi abrindo as cortinas e deixando que o sol desse um pouco de vida ao ambiente. Notei que aquilo precisava de uma faxina urgente. Caminhei até o meu quarto e notei que as paredes amarelas sorriam ao me verem e a sentir a luz do dia. Abri minha gaveta onde guardava as contas e tive uma bela surpresa : havia um bilhete em cima delas e todas estavam pagas.

A letra floreada de Quatre estava me dizendo que ele, Trowa e Heero haviam pago minhas contas, inclusive a dívida com a Sra. Noventa, que lhes dera acesso ao apartamento. Deixaram ainda algum dinheiro na gaveta para que fizesse algumas compras. Senti meus olhos se encherem de lágrimas. Apostava a minha vida que aquilo fora idéia do próprio Quat. Aquele loiro realmente fora uma benção quando entrei na universidade.

Passei um tempo analisando a letra de Quatre e percebi que era muito bonita, como a minha também era. Engraçado, médicos costumavam ter caligrafias horrorosas. Particularmente, não deixaria que minhas letras se tornassem ininteligíveis; Hilde as achava muito bonitas, fruto de anos de caligrafia mandados por mamãe.

Segui até a cozinha e fui ao armário onde guardava produtos de limpeza. Estava na hora daquele apartamento receber os devidos cuidados de seu dono. Munido de uma vassoura, calculei mentalmente as despesas que havia dado aos três. Decerto que costumava economizar ao máximo, porém os valores das contas continuavam bastante elevados, tanto que pensava em vender o computador. Realmente precisava agradecer a Quatre pela idéia.

Quando o relógio acusou duas horas, a faxina fora concluída. Estava cansado e sujo, mas rumei até o telefone e disquei o número do celular de Quatre.

- Alô ? Duo ? Aconteceu alguma coisa ?

- Calma, Quat, está tudo bem comigo. Liguei para agradecer a loucura que você, Trowa e Heero fizeram.

- Ah, que bom que você gostou ! – sua voz me pareceu bastante animada – Vou repassar o agradecimento a Trowa. Ligou para Heero ?

- Não, liguei para você, pois uma idéia destas só poderia ter saído da sua cabecinha.

- Não, Duo, a idéia não foi minha. Foi de Heero.

- Como ? – a idéia tinha sido dele ? Isso soava surreal demais !

- Heero convenceu a senhora que estava cuidando do seu apartamento para deixá-lo entrar sozinho. Ele mexeu nas gavetas e encontrou as contas, levando-as até a gente. Ligue para ele e agradeça-o você mesmo, certo ?

- Tudo bem... Mas muito obrigado mesmo, Quatre.

- Não precisa agradecer. Tenha uma boa tarde, Duo.

Heero... Ele realmente havia feito aquilo por mim ? Sem nem ao menos me conhecer profundamente ? Mas, por quê ? Havia ido tanto assim com a minha cara a ponto de pagar minhas dívidas ? Anjos da guarda de fato existiam, como mamãe tanto afirmara ?

Precisava pensar. Ar fresco ajudaria.

Deixei que minhas pernas me guiassem até uma praça que, surpreendentemente, estava vazia. Dirigi-me até um dos balanços e me sentei, com os cabelos soltos e levemente úmidos balançando ao sabor do vento. Deixei que minha mente vagasse até os acontecimentos da noite anterior.

- # - Flashback - # -

Estávamos sentados na mesa da pizzaria. Heero estava estranho naquele dia inteiro e parecia nem ao menos dar um mínimo de atenção ao falatório. Trowa apenas adicionava poucos comentários, então tudo se resumia a um diálogo entre Quatre e eu.

- E então, como tem sido esta semana de convivência com o Heero ?

- Tranqüila, Quat. Em algumas poucas vezes conversamos, mas ele tem estado imerso no trabalho e no laptop. – lembrei-me do aparelho com um tanto de ciúmes.

- Ele não tem jeito mesmo... – Quat sorriu.

- Heero conversa com você ? – Trowa frisou a palavra "conversa".

- De vez em quando.

- Isso é um verdadeiro milagre. Toda e qualquer conversa que se tenta engatar com ele sempre acaba em vácuo. Ele parece ter o dom de matar qualquer assunto com seus grunhidos. – Quatre emendou.

Sorri. Sim, ele tentava matar os assuntos com grunhidos, mas eu era teimoso o suficiente para continuar perguntando até lhe arrancar respostas completas. Insistência era a alma do negócio.

- Acho que é o meu carisma natural. – sorri e fui acompanhado pelos outros dois – Eu até utilizava a cozinha.

- Ele deixava você cozinhar ? – Quatre falou um tanto chocado.

- Sim, pelo menos até hoje.

Eu não precisava dizer qual a razão de não poder mais entrar lá, certo ?

- Isso sim é um milagre. Só faltou ele te pedir favores e ajuda. – Quatre comentou.

- E qual seria o problema disso ?

- Heero nunca pede favores ou ajuda. Ele se acha auto-suficiente, além de julgar as outras pessoas como incapacitadas para a realização de coisas tão perfeitas quanto ele faz. Pedir favores ou ajuda seria um ato de extrema confiança da parte dele. – Trowa explicou.

- Ele nunca te pediu ajuda ?

- Ajuda, não. Mas já me pediu um ou dois favores. – Trowa concluiu.

- Mas eu gostaria de agradecê-lo de alguma forma.

- O aniversário dele é daqui a duas semanas. – Quatre falou baixinho – Você poderia fazer uma surpresa para ele, mas sem festas.

- O perfect soldier te mataria se você fizesse uma festa surpresa.

- Perfect soldier ? – murmurei intrigado.

- Era o apelido dele na faculdade. Ele o odiava.

"Soldado Perfeito", hein ? Típico dele.

- # - Fim do flashback - # -

Se Heero era tão rígido assim, por que me deixava fazer coisas que nem seus amigos de longa data faziam ? Tudo era muito estranho, desde o princípio. Ele não aparentava ser carinhoso com as outras pessoas. Imaginei a cara de choque de Trowa e Quatre se eu tivesse lhes dito que ele me abraçara duas vezes, para me confortar.

Uma pequena risada saiu de minha garganta com a imagem.

Aqueles abraços eram tão confortantes... Como se ele pudesse ler a minha mente e saber que era exatamente aquilo que eu estava precisando no momento. Mas Heero era estranho. Uma hora ele me dava atenção, carinho, conforto. Segundos depois, ignorava-me completamente. Era difícil tentar adivinhar o que se passava naquela cabeça.

Porém eu era o mais estranho de nós dois. Médico, desempregado, suicida, com uma bela caligrafia. Quantas figuras iguais a essa você encontraria por aí ? Espécime raro, praticamente extinto. Se ele tinha duas caras, eu também tinha. Poderia ser manhoso ou extremamente irritante e sarcástico. E ser sarcástico era uma máscara que já estava mais habituado a usar.

As minhas reações no boliche foram mais divertidas, confesso. É mais fácil ser assim num ambiente completamente descontraído. Sabe por quê ? Com um sorriso de cabide Duo Maxwell, as pessoas não reparariam nas máscaras. E você ainda saía no lucro de ter algumas horas de distração.

Enganar Heero foi uma das poucas coisas que me deram tanto prazer na vida ! Ele sempre ficava com aquela cara imparcial e com aqueles orbes azuis que pareciam me revirar pelo avesso... Não poderia ter ficado mais satisfeito quando ele disse com o seu tom de voz habitualmente morto e grave "você blefou". A minha vontade foi de olhar bem no fundo dos olhos dele e dizer "está mal acostumado a jogar no time dos vencedores... Aprenda que Duo Maxwell é uma caixinha de surpresas, sr. Perfeição."

Bem, na verdade não era isso que eu iria dizer. Eu não sei o que iria dizer. Era melhor nem olhar muito no fundo daqueles olhos. Estou ficando confuso, vamos mudar de tópico.

Havia ainda um pequeno grande problema não solucionado. Eu estivera empenhado demais em receber atenção de Heero, em ser aprovado, em ser aceito. Importava-me imensamente com a opinião dele a meu respeito, gostava de agradá-lo.

Eu estava me apegando a ele. E sentia que seria impossível não o fazer.

Afinal, quer eu queira ou não, ele havia me estendido a mão num momento de urgência. Ele salvou a minha vida. Ele quis que eu vivesse. Aquilo tocava demais o meu coração, solitário e perdido. Eu funcionava como uma criancinha que rapidamente se afeiçoa ao adulto que lhe dá atenção e que a trata com respeito. E era isso exatamente o que tinha acontecido. E isso assustava.

Será que eu queria viver com a mesma intensidade que ele quis que eu vivesse ? Eu nem sabia com que força ele desejara aquilo. Estava pensando demais nele, precisava focar em outros assuntos também pendentes.

Uma gargalhada genuína saiu de minha garganta. Desespero.

O que diabos eu iria fazer com a maldita vida que ele me dera sem perguntar se era o que realmente eu queria ? Estava recomeçando da estaca zero. O sonho finalmente tinha acabado, antes mesmo de eu perceber que estava jogando de volta a frieza da realidade. Não poderia viver ao lado de Heero para sempre. Ele tinha seus próprios problemas e outras coisas mais importantes para se preocupar do que com um maluco que abrigara dentro de sua casa.

Droga, precisava arranjar um emprego, pagar minhas contas, me alimentar decentemente. Mas, para que ? Para continuar vagando sem objetivo neste mundo ? Eu não tinha uma razão para continuar respirando. Ninguém dependia de mim. O mundo continuaria sua dinâmica se eu simplesmente desaparecesse dele, sem nem ao menos sentir minha ausência.

Era covarde o suficiente para preferir meter uma bala no meio de minha própria testa a ter de viver num lugar sem finalidade alguma.

Hilde teria me socado se pudesse ler meus pensamentos. Era inevitável que um sorriso se formasse em meus lábios ao me lembrar dela. Pena que o Shinigami que ela tanto elogiava nas nossas aulas na universidade não fosse mais voltar à tona. Ele estava enterrado em algum lugar e não tinha a mínima necessidade de emergir.

Senti meu estômago roncar num claro indicativo de que eu estava faminto. Foi nesta hora que despertei de meu transe e percebi que as cores do ocaso já pintavam o céu. Eu passara tempo demais sentado naquele balanço. Heero – sempre ele – havia me convidado para jantar, mas ainda teria umas duas horas até me deslocar para sua casa.

Voltei ao meu apartamento para tomar um banho e beliscar alguma coisa, pois meu estômago realmente não agüentaria esperar tanto tempo.

Com uma escova em mão, penteava meus cabelos cuidadosamente para então trançá-los. Apesar de odiar despedidas, aquele jantar serviria como uma luva. Era a última vez que pretendia ver Heero na vida. Ou melhor, aquele seria o último dia de minha vida.

A vida não tinha nenhum sentido para mim. Precisava de um guia, mas este nunca deu as caras. A única pena que sentia era de que, se mamãe estivesse certa sobre Deus e estas coisas, eu não iria para o paraíso me encontrar com a pequena Hilde e o Solo. Afinal, suicídio era um pecado.

Pecado tolo, eu diria. Pois, se a Igreja tanto afirma que Deus é quem deve escolher a nossa hora de morrer, como ter certeza de que Deus queria que eu morresse através de minhas próprias mãos ? Outro ponto a menos para a Igreja na minha opinião.

Não que eu me importasse com religião.

Fechei todas as janelas do apartamento e, com um sorriso amigável para a Sra. Noventa, saí para as ruas, mergulhando no total anonimato da noite. Migrei até o ponto de ônibus e não precisei esperar muito. Da janela, observava os letreiros luminosos da cidade e o vai e vem de pessoas em direção aos bares, a procura de diversão. O lado de fora exalava vida; eu, vazio.

Será que Heero cozinhara para nós dois ? Seria extremamente agradável que minha última refeição tivesse sido preparada por ele. Com tanto alarde por aquela maldita cozinha e depois de tanta propaganda, nada mais justo que provasse de seu tempero. Ter um selo de aprovação Duo Maxwell era uma grande honra.

Sorri fracamente. Eu era mesmo um grande idiota.

Ouvi-lo me chamar de baka mais uma vez com aquela voz grave seria bastante agradável também. Merda, eu estava muito encantado por ele. Mas era bom deixa-lo irritado de vez em quando. Ele ficava muito engraçado quando isso acontecia. Quando ganhei de lavada no boliche, a cara dele foi extremamente adorável.

Minha mente estava um pouco fora do normal. Se é que já fora normal algum dia.

Desci do ônibus com a idéia de agradecê-lo por ter pago minhas contas. Poderia dar-lhe um tapinha no ombro e dizer "obrigado, cara, valeu pelas contas, mas não precisava pagar, não vou mais precisar de água nem de eletricidade". Não, definitivamente. Abraçá-lo e murmurar um "Hee-chan, muito obrigado por tudo, você é um anjinho, mais tarde vou me encontrar com você lá no céu" também estava fora de cogitação, até porque ele odiava o Hee-chan.

Acho que sou melhor com impulsividade e espontaneidade.

E foi justamente num gesto espontâneo que me detive alguns minutos numa floricultura. Seria um pequeno presente de gratidão a ele. Saí carregando uma hortência e uma camélia vermelha. O que significavam ? Frieza e reconhecimento, respectivamente. Frieza daqueles olhos azuis; reconhecimento do que ele fez por mim e que eu iria atirar pela janela mais tarde.

Mas para que diabos eu comprara aquelas duas flores ? Heero não fazia o tipo que amasse recebê-las, muito menos que as tratasse com carinho. Só colocou aquele amor-perfeito e a camélia rosada puramente por indicação de Quatre. A idéia – pelo menos esta sim – deveria ter partido do Quat. Com que cara eu iria chegar para ele e dizer "Heero, trouxe estas lindas flores para você. Sei que deve desprezar um pouco a natureza, mas azar o seu, perfect soldier." ? Isso não estava nos meus planos, definitivamente.

Chegando a porta do edifício, o porteiro de imediato abriu a porta, já prevenido de minha aparição por ali. Andei lentamente até o elevador e subi até o nono andar. Caminhei até a porta do apartamento, mas não bati. Havia algo errado, eu podia sentir. Algo muito errado.

Tentei diversas vezes dar meia volta e retornar ao meu apartamento, mas minhas pernas não me obedeciam. Pareciam estar grudadas no carpete do hall. Reuni todas as minhas forças e alcancei a campainha, tocando-a uma única vez.

Não houve resposta.

Toquei a segunda vez e aguardei. Fazia mais de cinco minutos que pressionara aquele botão e já estava impaciente. Não havia cheiro de comida exalando pelo lugar. Provavelmente Heero esquecera do combinado e saíra com Trowa e Quat para se divertirem. E eu estava fazendo papel de bobo mais uma vez na vida.

Já estava prestes a ir embora quando ouvi o barulho de chave sendo virada. A porta se abriu lentamente e meus olhos se arregalaram com a visão. Heero encontrava-se em trajes arrumados e estava de pé, apoiado na porta. Estaria tudo normal se ele não estivesse tão branco quanto as paredes e com um aspecto horrendo.

- Heero ? O que houve ? – aproximei-me.

Ele se jogou em meus braços, deixando o corpo mole totalmente apoiado em mim. Senti meu corpo se aquecer brevemente com o abraço. Encostou sua cabeça em meu ombro e respirava com dificuldade, tremendo. Passei uma mão pelo seu rosto e notei que estava quente.

Nossa, estava realmente encantado com aquela recepção amorosa que estava recebendo ! Porém não era suficientemente idiota para achar que aquele abraço e o calor em seu corpo era comoção por me ver novamente. O rosto – assim como as mãos – dele estava quente demais. Estava completamente alarmado e pronto para perguntar novamente o que estava havendo quando ouvi sua voz sair sufocada e extremamente baixa.

- Duo... Por favor... Ajude-me.

Continua...

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N/A : Muitas pessoas se revoltaram com o fato de Duo sair do apartamento do Heero. Uma ficou dividida. Mas, depois deste final, o que vocês realmente acham ? Façam suas apostas para o mal que acomete Heero ! Ta, eu sei que essa tirada não foi muito feliz... Deixa para lá.
Gostaria de mandar beijos especiais também para a Koorime Shinigami, Litha, Ana Paula, Ophiuchus no Shaina, Aryam, Shanty, Kitsune Lina, Tina Chan e Perséfone. As respostas das reviews estão lá no meu blog, chibi ponto weblogger ponto com ponto br. Muito obrigada e mil beijos ! E lembrem-se : reviews são sempre bem vindas !