Réquiem de Esperança
Capítulo XIV – Fatos e probabilidades
Disclaimer : Yoshiyuki Tomino, Hajime Yatate e Koichi Tokita são os criadores de Shin Kidou Senki Gundam W, e não eu... Extraordinariamente, este capítulo será apresentado pela Ophiuchus no Shaina :
COLUMBIA PICTURES APRESENTA...
RÉQUIEM DE ESPERANÇA...
UMA HISTÓRIA MARCADA PELAS OCILAÇÕES NA VIDA DE UM JOVEM, EM SEU NOVO CAPÍTULO... O CAPÍTULO XIV.
SERÁ QUE A RELENA É A VADIA DA HISTÓRIA OU O HEERO SIMPLESMENTE SEGUIU O CONSELHO DO DUO POR QUE É UM IDIOTA ?
NÃO PERCAM...
Agora continuemos com a nossa programação normal.
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"Que tu venhas do céu ou do inferno, que importa,
Beleza ! Monstro horrendo e ingênuo ! Se de ti
Vêm o olhar, o sorriso, os pés, que abrem a porta
De um Infinito que amo e jamais conheci ?"
Trecho de Hino à Beleza, de Charles Baudelaire.
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Hoje era meu aniversário.
Eu estava sozinho neste dia e, pela primeira vez na minha vida, isso me soava triste. Era como se faltasse uma pequena parte de mim, uma pequena alegria que ainda não sabia como preencher.
Quatre e Trowa fariam hoje as doações anuais para a Fundação Romefeller. Lembro-me bem de como elas começaram. Fazia dez anos, no dia em que nós ganhamos o reconhecimento pelo então presidente da época, Treize Kusherenada. Saiu nos jornais, tenho um deles aqui em casa. Quem sabe um dia não dê uma bela olhada nele ?
Foi nesse dia em que eu conheci o Duo também, embora não tenhamos nos falado. Ele era uma bela menininha, já que fora isso o que eu pensei na época. E ele continua muito belo, estonteante. Até que seria uma boa poder passar meu aniversário com ele.
Segui até o banheiro e comecei a fazer a barba quando o telefone tocou. Por que ele sempre toca em situações que não podemos atender ? Andei até o quarto com o creme de barbear ainda no rosto e o atendi.
- Alô ?
- Como está o aniversariante de hoje ? – a voz animada de Duo falou e eu me senti confortado.
- Ah, olá Duo ! Não pensei que nove horas fosse um horário em que você costumasse acordar.
Apesar das gracinhas costumarem partir dele, eu não conseguia deixar passar certas coisas quando estava falando com ele.
- Que conceitos vocês possuem sobre a minha pessoa... – ele falou muito animado e eu sorri.
Sorri não. Ri.
- Então quer dizer que você se lembrou do meu aniversário ! – minha voz saiu mais animada do que eu pretendera.
- Eu jamais poderia esquecer.
Duo... Isso significa o que eu penso que significa ?
- Nossa, que honra. Creio que você não pretenda ir ao orfanato hoje.
- Acertou na mosca. Mas acho que você deve ter programas para fazer hoje.
Como ele teria adivinhado que eu acabara de divagar sobre isso ? Mas uma idéia surgiu de repente : Duo poderia preencher a alegria que estava faltando em mim.
- Até que não. Como Quat e Trowa vão lá na Fundação Romefeller, pensei em te chamar para sair, jantar em algum lugar. Topa ?
- Mas é claro que sim ! – ele falou tão eufórico que meus joelhos tremeram.
- Ótimo. Você poderia vir aqui às oito e então poderemos ir a algum restaurante conversar. O que acha ?
- Perfeito. Estarei aí pontualmente.
- Finjo que acredito. – não resisti a mais uma gracinha.
- Como é seu aniversário, vou desconsiderar. Um beijo, Heero.
Meus joelhos amoleceram estranhamente.
- Outro, Duo.
Eu não costumava mandar beijos para ninguém, mas Duo simplesmente despertava meus instintos mais carinhosos. Não sei se era pelo fato de eu ser dez anos mais velho ou se pelo olhar de constante carência que ele apresentava. Só sei que simplesmente adorava mimá-lo.
Terminei minha barba e segui para a cozinha, tomando um copo de suco de laranja que tinha preparado ontem à noite. Se nós iríamos sair, que fosse para algum lugar diferente e divertido. Poderíamos até esticar e passar naquela tal boate, Inferno, caso ele topasse.
Olhei uma lista dos melhores restaurantes de Sank e escolhi um italiano, sem tantas sofisticações. Aquele baka não iria gostar de ir a algum lugar extremamente chique. Liguei para o local e reservei uma mesa para dois, afinal não correria o risco de não haver mais lugares quando chegássemos lá.
Esta seria uma noite perfeita.
Passei o resto da tarde recebendo telefonemas e algumas visitas meteóricas, estando finalmente livre às seis horas. Segui para o meu banho e escolhi minha roupa. Calça social preta, blusa verde musgo e um belo par de sapatos. Vesti minha calça e, quando iria colocar minha blusa, a campainha tocou.
Não pensei que Duo chegaria tão cedo.
Caminhei até a porta e a abri, vendo a última pessoa que gostaria naquele momento : Relena, completamente trajada em azul.
- Parabéns, Heero ! – ela falou eufórica, entrando e me dando um abraço.
Apenas empurrei a porta, mas sem ouvir o característico barulho de quando ela fecha. Melhor assim, não queria que ela se demorasse. Eu tinha outros planos para aquela noite.
- Obrigado, Relena. Mas como você conseguiu subir ? – saí do abraço.
- O porteiro me reconheceu e permitiu que eu passasse, ou você achava que ele barraria uma Peacecraft ?
- Muito obrigado mesmo pela visita, Relena, mas eu vou sair daqui a pouco, então receio que você terá de ir embora.
- Vai sair ? Então eu te faço companhia !
- Não pode ser deste jeito, Relena. Conversamos uma outra hora, eu preciso terminar de me arrumar.
- E você vai sair sozinho ?
- Não, eu já tenho uma companhia.
- É aquele tal de Duo, não é ? – ela falou arrogante.
- Sim, é o Duo. Agora você pode ir ?
- Não, eu não vou ! – ela falou alto; minha paciência já estava no limite – Por que você prefere a companhia dele a minha ? Eu sou uma garota !
- Eu sei que você é uma garota, Relena. E eu realmente prefiro estar com ele a estar com você.
- Por quê ? Por quê ? – ela falou chorosa – Você o ama, é isso ? Então eu posso fazer você me amar também !
- Relena, não complique as coisas. Por favor, vá em...
Eu juro que não esperava por essa.
Ela veio rapidamente em minha direção e colocou as mãos na minha cintura. Quando dei por mim, nossos lábios estavam colados. Coloquei minhas mãos em seus ombros, com a intenção de empurrá-la.
Não sei por que diabos não fiz isso logo de uma vez. Talvez tenha sido necessidade. Talvez tenha sido porque ela beijava bem. Ouvi alguns passos no corredor, provavelmente do vizinho, e recobrei a consciência.
Eu estava beijando a Relena ?
Empurrei-a pelos ombros e ela me dirigiu um olhar aborrecido.
- Já chega, Relena. – falei ríspido – Você extrapolou todos os limites. É melhor você ir para casa e passar um bom tempo sem me ver.
- Esse foi o meu presente de aniversário, Heero. Espero que ele te faça perceber que eu sou melhor do que ele ou qualquer outra pessoa que esteja em sua vida. – ela saiu do meu apartamento e bateu a porta.
Tranquei-a imediatamente e fui até o interfone, esculhambando o porteiro e dizendo para que ele nunca mais a deixasse entrar naquele prédio.
Eram oito e quinze da noite. Duo estava atrasado, para variar.
Voltei ao quarto e escovei os dentes, tirando o gosto dela da minha boca. Ouvi uma freada violenta vinda da rua, mas ignorei. Não deveria ter acontecido nada demais com ninguém, estava acostumado a ouvir estes sons e nunca eram nada. Terminei de me aprontar e verifiquei o celular.
Oito e vinte e cinco e nenhum sinal de Duo. Isso já estava ficando estranho.
Segui até a varanda e olhei para baixo, vendo uma grande mobilização. Hum, desta vez realmente acontecera um acidente. Tinha um carro vermelho e uma ambulância partindo, provavelmente algum maluco atropelara alguém no sinal. Mais algum bêbado no volante, que perigo.
Quatre e Trowa já deveriam ter terminado na Fundação, já estava tarde. Mas onde estava Duo ? Será que ele não vinha ? Ele me deixaria plantado, esperando ? Esse pensamento me deixou triste, como nunca pensei que pudesse me deixar.
O celular tocou. O relógio marcava oito e quarenta e cinco.
Pensei que era Duo, me dando alguma bela justificativa, mas o visor indicava Quatre. Intrigado, atendi.
- Quatre ?
- Heero... – a voz dele estava grave e tive medo – Acho melhor você vir até o hospital agora.
- O que houve ?
- O Duo... Ele foi atropelado na porta de sua casa, você não ouviu ?
- Eu já estou indo, Quat. – minha voz saiu mecanicamente.
Então fora ele naquele momento ? Eu o ouvi ser atropelado e simplesmente o ignorei ? Eu não lhe dei o socorro ?
Meu coração estava pequeno, do tamanho de uma ervilha.
Eu não poderia perdê-lo. Não podia. E foi neste momento que eu percebi que Duo não preencheria a pequena alegria que estava faltando dentro de mim. Ele já fizera isso e eu ainda não tinha me dado conta.
Eu estava apaixonado por Duo.
Tudo passou como um borrão e me vi entrando rapidamente no hospital, encontrando Quatre com os olhos brilhando estranhamente. Não... Não poderia ter acontecido o pior... Não agora...
- Quatre... Onde ele está ? – minha voz saiu com dificuldade.
- Espere um pouco Heero, ele está dormindo agora.
- Então está tudo bem com ele ? – um lampejo de esperança se apoderou de mim.
- Graças a Deus, ele só quebrou o braço direito. Isso só pode ter sido algum milagre, a pancada foi violenta.
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Dói.
Dói pra burro.
Se eu morri, por que tudo está doendo ?
Alguém anotou a placa daquele maluco ?
Meus olhos estão pesados, não consigo abri-los. Tem uma imagem que quer aparecer na minha mente, mas tenho a impressão de que não quero revê-la. Estou com sono...
Chovia muito lá fora, dava para ver das janelas da sala. Eu gostava de ver a chuva, mesmo perdendo algumas explicações sobre sistema circulatório e como reconhecer vasos num microscópio. Não queria saber neste momento que artérias têm paredes mais grossas que veias, apenas queria continuar olhando a chuva lá fora.
Ouvi vagamente a porta da sala bater e voltei ao meu estado normal quando a voz do professor irrompeu num forte "Maxwell" dentro da minha cabeça. Tinha uma freira lá fora, eu a reconheci. Irmã Susan, da Fundação Romefeller. O que diabos eles queriam comigo agora ?
- É melhor pegar suas coisas, Maxwell. – o professor falou num tom tão sério e obedeci automaticamente.
Hilde apertou carinhosamente minha mão e lhe dei um sorriso.
Os olhos verdes de Irmã Susan estavam estranhamente nublados.
- Boa tarde, irmã Susan. – falei jovialmente – O que houve ?
- Duo, querido... Irmã Helen...
- O que houve com ela ? – falei intrigado.
- Ela está morrendo, Duo... E ela quer muito se despedir de você.
Minha tia estava morrendo ? Simples assim ? Aquela que cuidou de mim durante a minha infância, depois que eu... Que eu fiz aquilo ? Ela... Ela não poderia me deixar, poderia ? As coisas poderiam ficar ainda pior ?
Caminhei com a mente vazia até a Fundação e encontrei o local com um aspecto mórbido. Todos me olhavam quando passei, como se eu fosse alguma espécie de monstro de duas cabeças. Eu odiava isso, só Irmã Helen os fazia parar. E agora, se ela partisse, todos voltariam a me tratar como uma aberração ?
Era a primeira vez que via minha tia de cabelos soltos. Ela era loira e era linda, se não estivesse tão pálida.
- Duo... Meu pequeno, se aproxime.
Obedeci e me ajoelhei em sua cama, segurando sua mão. Era impossível impedir meus olhos de lacrimejarem.
- Irmã... Você não vai morrer !
- Duo... Shh... Ouça-me, não tenho muito tempo. – apertei sua mão carinhosamente e ela sorriu – Seja forte, meu pequeno. Algumas pessoas podem te recriminar pelo que aconteceu entre você e Lily, mas erga a cabeça e continue em frente.
Ouvir o nome dela fazia meu coração doer e a cruz em meu peito pesar.
Senti a mão livre dela soltar minha trança e pentear meus cabelos, colocando a cruz para fora de minha roupa em seguida. Ela passou alguns segundos em admiração.
- Você se parece tanto com Lily... Seus olhos desta cor peculiar... Como se eu a tivesse em minha frente agora, incrível. É uma pena, Duo querido, é realmente uma pena... Você seria uma garota absolutamente linda.,
Fechei meus olhos para não demonstrar a indignação que sentia. Ela tinha de lembrar disto justo num momento como este ? Como ela pôde fazer isso comigo ? Senti que ela já não mais apertava a minha mão e compreendi que ela se fora para sempre.
Eu não pretendia usar mais esta cruz maldita na minha vida.
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Meu coração voltou ao tamanho normal depois da notícia de Quatre.
- Então ele está perfeito ?
- Creio que sim. Ele vai continuar em observação até amanhã, mas acredito que tudo ficará bem.
- Que bom ! – dei um sorriso genuíno e notei que Quatre se animou.
- Venha, vamos ver se ele já acordou.
Seguimos até o elevador e o chamei.
- O que o Duo ia fazer na sua casa ? – os olhos curiosos me fitaram de uma maneira que não pude deixar de saciar a vontade deles.
- Eu o chamei para sair comigo. – Quatre sorriu de orelha a orelha – Calma, cara. Como amigo.
- Sei. Até parece que você não tinha nenhuma intenção a mais.
Dei um meio sorriso em resposta e o elevador chegou. Entramos.
- Bem, acho que a sua resposta me explica o que encontrei no bolso da calça dele.
- E o que foi ?
Ele colocou a mão dentro do bolso da bata e me entregou uma tulipa vermelha um tanto amassada.
- Mas por que isso estava no bolso da calça dele se ele ia me entregar ?
- Boa pergunta, Heero. Faça você mesmo a ele, vamos.
Coloquei a flor no bolso da minha calça e saímos, chegando rapidamente no quarto em que ele estava. Quatre abriu a porta e quase perdi o fôlego ao vislumbrá-lo de cabelos soltos, ressonando com o peito desnudo. A cruz ganhava um destaque entre seus mamilos róseos, subindo e descendo com sua respiração.
Embora não parecesse que ele estava tendo um sonho agradável.
Aproximei-me um tanto hipnotizado dele e me sentei na cama, sem me importar com os resmungos de Quatre sobre o quão errado era aquilo. Afagava gentilmente seus cabelos como que para espantar seus pesadelos. Pareceu funcionar um pouquinho.
Céus, eu realmente este apaixonado por este cara remendado na minha frente.
Ele franziu as sobrancelhas e abriu vagarosamente os olhos violetas. Aqueles olhos violetas. Olhou-me em confusão e, assim que percebeu meu carinho, se afastou como se eu pudesse maculá-lo de alguma forma. E isso doeu.
- Heero ? – ele falou devagar – Então eu não morri ?
Eu sorri em resposta.
- Não, Duo. – Quatre se aproximou – Você apenas quebrou o braço direito, vai ter de passar um bom tempo longe da sala de cirurgia. Mas pode continuar atendendo os pacientes no hospital.
- Tudo bem, Quat. Não há nada em minha cabeça ?
- Aparentemente não, mas você ainda está em observação. Se tudo estiver bem, amanhã será liberado.
- Obrigado.
- Agora vou deixá-los a sós.
Quatre saiu e um silêncio incômodo pairou no quarto. Ele estava me ignorando e eu detestava isso.
- Duo ? – ele parou de olhar para o teto e dirigiu sua atenção a mim – O que houve, por que não está falando nada ?
- Não aconteceu nada. A propósito, feliz aniversário, Yuy, e foi uma pena não termos saído, mas acho que não deve ter sido um problema para você.
Os meus lindos olhos violetas tentavam transparecer indiferença, mas eu via apenas mágoa neles. Será que ele...?
- Eu gostava quando me chamava de Hee-chan.
Ele lançou-me um olhar esperançoso que logo foi substituído por dor novamente.
- Não parecia. – falou seco.
- Olha, Duo, eu não sei o que foi que eu te fiz para você estar assim comigo, mas eu vou vir te buscar amanhã de manhã.
- Não precisa. – ele tornou a fitar o teto.
- Mas eu quero, baka.
- Não perca seu tempo, eu sei o caminho de casa.
- Engraçado como volta e meia um de nós está internado no hospital.
Silêncio.
- Você vai ficar bem aqui sozinho ?
- Sim.
Ele conseguia destruir todos os assuntos que tentava puxar.
- Vejo que estou te incomodando. Vou indo, amanhã passo aqui para te pegar.
- Já disse que não precisa.
Esta não era hora de rebater, mas de tomar alguma atitude diferente. Aproximei-me e encostei delicadamente meus lábios em sua testa, fazendo um breve carinho em seus cabelos. Ele me fitou em confusão, mas nada respondi além de um sorriso.
Era hora de voltar para casa e refletir.
Ele sempre fora tão receptivo aos meus carinhos, então por que estaria tão arredio de repente ? É verdade que ele poderia ter me visto beijando Relena, mas não fora ele que sempre me incentivou a ir atrás dela ?
Não entendo. Pela primeira vez eu não entendo e me sinto frustrado com isso.
Uma música melosa estava tocando no rádio e me senti tentado a cantarolar junto.
"Entrou no meu coração
Um pouco de felicidade
Da qual eu conheço a causa(1)"
Não consigo delimitar o exato momento em que me apaixonei por ele. Pensei que ele sentisse o mesmo por mim, mas a mágoa que eu vi hoje me fez duvidar de que eu devesse tentar alguma coisa.
A mágoa dele me machucou também.
Gostaria muito de tentar algo com ele. Afinal, uso de todos os métodos para conseguir o que quero, conseguir com perfeição. Tudo bem que Duo não era um objeto, mas se ele me desse ao menos um sinal, um mísero sinal de que ele esperava do nosso jantar o mesmo que eu, eu agiria.
Não gostava de ver as oportunidades desaparecerem bem diante do meu nariz, por mais remotas que fosse. Afinal, a vida era feita de escolhas e riscos e Duo valia a pena. Eu queria salvá-lo. Queria que vivesse por minha causa.
Egoísta, não ?
Estacionei o carro e subi. Já era tarde e amanhã me acordaria cedo para levar Duo para casa. Quem sabe ele já estivesse mais normal comigo até lá ? Entrei no meu apartamento vazio e rumei direto para o quarto, acendendo o abajur. Coloquei meus pijamas, estava morto. Mas tinha algo a fazer antes de dormir.
Segui até o quarto onde Duo dormira e peguei o livro que comprei quando o conheci. Procurei no índice e achei prontamente a resposta para a minha pergunta : o que significava uma tulipa vermelha ? E, mais precisamente, a que repousava em minha mão neste exato momento.
Qual não foi a minha surpresa quando li o que estava escrito no livro ! Olhei bem para a tulipa em minha mão e não pude deixar de sorrir. Era a minha deixa. Passei novamente os olhos naquelas três palavrinhas que me deram um novo impulso para tentar.
Declaração de amor.
Continua...
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N/A : Para todas que quiseram me matar, tenham calma ! As coisas estão tomando um rumo finalmente, não é mesmo ? É o meu presentinho de Natal para vocês ! Falando em Natal, eu adoraria se vocês não me matassem caso eu demore um pouquinho a atualizar... Universidade vai voltar da greve e eu voltarei a ser escrava...
Um aviso : depois de mais capítulos da novelinha "Chibi versus Weblogger", eu resolvi arrumar as malinhas e me mudar. Minha nova casinha agora se encontra no endereço chibiusa-chan ponto blogspot ponto com. Lá vão estar as respostas das reviews anônimas, comentários sobre o capítulo ou devaneios da minha pessoa. Mando beijos especiais a Blanxe, Pipe, Kitsune Lina, Tina-chan, Litha, usagui no ashi, Ophiuchus no Shaina, Shanty, Anne (não me importo nadinha, queridinha !), Megara-20 e Perséfone (mas é lógico que postei seu fanart no blog, bobinha !). Um feliz Natal e próspero ano novo a todas (não sei se atualizo antes, mas quem sabe ?) ! E lembrem-se : reviews são sempre bem vindas !
Nota :
(1) Trecho da música La vie en rose, de Edith Piaf.
