N/A: Unf, como eu estava distraída, teve (sim!) uma pessoa que comentou meu outro capítulo: a salvadora do meu bom humor: Nina Black Lupin! ( Aêêê!) então, agora, os agradecimentos atrasados que devo à ela: obrigada! Eu sei que posso postar mais rápido, por isso, a partir de hoje, vou colocar os capítulos no ar de dez em dez dias! Ah, sei que afinal poderia ser de semana em semana...mas não tentem me apressar de mais que eu enlouqueço, por tanto: de dez em dez dias!

Cratera de Gelo

"Herói é aquele que faz a sua parte"

Desconhecido

- Se conforme, a Lula não gosta de maças!

- Mas isso é logicamente impossível...

- Hã?

- Segundo os meus cálculos, esta seria a fruta preferida dela.

Rony observou as maças boiando no lago, Luna havia jogado inúmeras delas na água.

- Acho que vamos levar uma detenção por casa disso...

- Por que? Estamos alimentando a Lula Gigante, antes que ela comece a devorar os alunos!

- Estamos poluindo o lago, e além do mais, você acabou com o estoque de maças do castelo!

- Dobby foi um amor, ele me deu tantas maças...

- Luna, você tem que entender que a Lula do lago não é carnívora, ela não vai atacar ninguém se você não alimentá-la.

- Hum... Talvez isso seja verdade, acho melhor que eu continue a minha pesquisa sobre corujas, antes que elas se rebelem contra os bruxos!

Rony grunhiu.

- Tudo bem aí? – Harry se aproximava calmamente do lago.

- Sim! – Luna falou animada, logo após saiu saltitando.

- Aonde ela vai desse jeito?

- Concluir a pesquisa sobre corujas, antes que elas devorem nossas cabeças como a Lula Gigante.

Harry lançou um olhar duvidoso a Rony que relaxou os ombros.

- Ignore o que eu disse, Luna está ficando loca gradativamente.

- É? Acho que ela é só um pouco diferente.

- Não era você quem estava aqui tentando descobrir a comida preferida da lula.

- Ok... Ah, sim! Eu tive um sonho bastante estranho.

- O que você sonhou? – Perguntou Rony enquanto começavam a voltar para o castelo.

- Algumas coisas sobre Voldemort...

- De novo? – Harry pode sentir que o amigo gelou pela pronuncia do nome, mas rapidamente disfarçou e continuou a conversa.

- É, acho que estou muito preocupado com a volta dele, e até sonho tenho com isso.

- Das últimas vezes que isso aconteceu, meu pai quase foi morto...

- Não, esse era diferente. Eu não estava no corpo dele, parecia que somente assistia a tudo, como em um filme.

- Fil o que?

- Filme, você sabe o que é filme...

- Acho que sim...

- Vá falar agora mesmo com Dumbledore! – Uma voz estridente soou atrás dos dois, era Hermione.

- Você não devia se intrometer na conversa dos outros! – Resmungou Rony.

- Dumbledore precisa saber deste tipo de coisa. – Continuou ela o ignorando.

- Vou lá depois da aula de Herbologia... – Falou Harry.

- Sonhos? Novamente? – Dumbledore alisava sua longa barba.

Harry estava sentado em uma grande mesa improvisada na sala do próprio diretor, em uma das extremidades sentava-se Dumbledore, ao seu lado direito Snape, ao esquerdo Delacour. Haviam montado uma reunião com os professores pertencentes à Ordem da Fênix, que não estavam dando aula no momento.

As paredes do escritório pareciam estranhamente mais escuras, os quadros cochilavam placidamente, em quando a fênix bicava alguma coisa em cima do armário.

- Não está inventando isso, não é Potter? – Sibilou Snape friamente.

- Obvio que não! – Respondeu Harry firmemente, um indício de indignação e desconfiança soou em sua voz.

- Vejo muitas justificativas para meu pensamento... Sempre foi alguém que adora ser o centro das atenções, - Harry podia ler "como seu pai" nos poços sem fundo que pareciam os olhos dele.- Nada mais formidável que começar a ter visões de Você-sebe-quem... – Snape continuou, ignorando totalmente a presença do diretor.

- O senhor cale-se! Como ainda tem coragem de ficar ao lado de Dumbledore, fazendo tudo que faz! – Gritou Harry, o ódio misturado com sede de vingança aflorando em sua pele.

- Senhores! – Exclamou Fleur escandalosamente, os olhos brilhando de excitação.

- O Senhor Potter está claramente me agredindo... – Harry podia sentir o sorriso frio de Snape em seus ombros

- Snape está insinuando coisas! E todos sabem que...

Dumbledore bateu com o punho na mesa, em um ato inesperado dentro do conceito que Harry tinha dele. A mesa rangiu, como que em um gemido de dor, os quadros resmungaram em conjunto para que todos ficassem quietos. A habitual calma não estava mais estampada nos seus olhos azuis. Parecia ter envelhecido anos dês do último segundo que Harry o olhara.

- Dispenso discussões inúteis! Estamos aqui para resolver problemas, e não criar outros. Isso também se aplica ao senhor! – Disse ele apagando o sorrisinho cínico de Snape. – Esse tipo de coisa não é mais admissível... – Sua voz voltou ao tom normal, acomodou-se melhor em sua poltrona e voltou a alisar a barba calmamente.

- Hem... – Pigarreou Fleur quebrando o silêncio. – O que faremos então?

Ela estava inquieta, batia as unhas na madeira, provocando um ruído consideravelmente irritante, respirava com ardor, os olhos azuis dançando de um lado para o outro na sala.

- Vamos pensar. – Sussurrou Snape monotonamente. – No que diabos esse sonho quer dizer...

- Não seria uma visão decorrente da Oclumência? Você-sabe-quem pode estar tentando invadir a mente do garoto novamente...– Delacour deu um grande sorriso a todos, convencida de que havia encontrado a resposta.

- Não. – Resmungou, como se fosse obvio. – Mesmo que qualquer um possa invadir a mente do Sr. Potter, - Falou ele ironicamente. – já que ele fez o favor de ignorar minhas regras, e não treinar... Você-sabe-quem não teria motivos para fazê-lo ver o que viu.

- Caso seja verdade. – Disse Dumbledore sem levantar os olhos, como se estivesse pensando nisso há muito tempo.. – E se ele estiver querendo fazer-nos pensar que está fraco, com todos os planos arruinados? Seria bem típico de Voldemort.

- Pode ser isso... – Todos voltaram os olhares novamente para Harry, que agora voltava a falar. – Mas e se for verdade, e se tiver me mostrado por acidente?

- Realmente muito improvável... – Comentou Fleur afundando em sua poltrona, a desanimação tomando conta de sua face.

- Deve ter sido um sonho, somente um sonho do Sr. Potter... – Disse Snape. – Adormeceu pensando nisso e naturalmente, sonhou com o assunto.

Os olhares de Fleur, Dumbledore e Snape recaíram novamente sobre ele, teve a impressão de que até os quadros levantavam de seus cochilos para observá-lo. Estavam duvidando dele, todos.

- Vou embora, então, acho que minha parte por aqui já acabou. – Pegou os livros que carregava de cima da mesa e partiu, se não queriam acreditar nele, que não acreditassem. Só estava sentido por causa do diretor, sempre confiara tanto em nele e agora...

Decidiu não comentar sobre o ocorrido, mesmo que Rony e Hermione o tivessem pressionado para que contasse tudo nos mínimos detalhes, ele desconversou tanto que os dois acabaram desistindo. Não queria que notassem que Dumbledore não confiava mais nele, que afinal, havia se rendido como todos os outros que achavam que Harry Potter só queria ser o assunto da semana.

Os dias passaram relativamente rápido, talvez porque não estivesse prestando muita atenção nas aulas, mergulhado em seus pensamentos não se importava com que os outros diziam a seu respeito. Harry havia notado, algumas poucas vezes, que Mcgonagal o olhava por cima dos seus óculos de professora, enquanto parava um momento de escrever.Um olhar de mãe, quase de pena.

Depois de ter recebido cerca de sessenta cutucões de Rony, Harry foi obrigado a voltar ao mundo, deixar seus pensamentos de lado e suas teorias de onde Voldemort estava para a Ordem da Fênix.

O inverno havia chegado rigoroso em Hogwarts, a neve caia e o lago congelara. Havia sido comunicado pela manhã que poderiam patinar sem medo que o gelo quebrasse, pois este estava anormalmente grosso e forte para sustentar muito peso, Rony tentava aprender com Hermione, que também ajudava a Harry, que já sabia fazer aquilo graças aos mimos de Duda, os tios tinham que levá-lo junto, quando era criança, para a pista de patinação que freqüentavam, embora fizesse muito tempo que não fazia aquilo se lembrava perfeitamente bem. Fleur Delacour deslizava graciosamente sobre o gelo atraindo olhares de muitos garotos.

Quando Rony finalmente pegou o jeito da coisa e aventurou-se a patinar com os demais alunos e deu o extremo azar de chocar-se como ninguém menos, ninguém mais que Draco Malfoy, que estava conversando com Crabbe e Goyle no gelo, de pé equilibrando-se com alguma dificuldade.

- Weasley, seu idiota, quase me faz cair!

- Por que está aí parado? Vá conversar com estes brutamontes ogros os quais chama de amigos na neve!

- Foi você quem veio para cima de mim!E o lago é de todos, se eu quiser ficar aqui falando com uma pedra eu posso!

- Está atrapalhando todo mundo! – Nisso Rony tinha razão, Malfoy estava exatamente no meio do lago e todos que passavam tinham que desviar dele.

- Se eu quisesse atrapalhar não teria ninguém neste lago! – Resmungou ele colocando as mãos na cintura

- Convencido!

- Preste atenção Weasley, eu me acho no direito de ficar parado no meio do lago da minha escola sem ser atropelado por idiotas que seguem o Potter!

- Não sigo o Harry, não o meta na nossa conversa!

- Não vai pedir socorro aquela sangue-ruim que vocês chamam de amiga para que ela me ataque aos tapas?

- Tenho amigas trouxas e o Harry, são muito melhores do que o que você tem, um pai preso e comensal!

- Não meta meu pai nisso...

- Oh, ninguém mandou o seu pai ser um comensal! Acho que ele se decidiu quanto a isso sozinho.

- Weasley! – Grunhiu ele. – Se cale agora mesmo ou...

- Está me ameaçando? Olha que isso dá cadeia! – Rony começava a sorrir

- Agora todos têm medo de mim... Por sua causa e de Potter os alunos das outras casas me olham temerosos... – Draco Sussurrou se aproximando dele.

- Estou tremendo Malfoy! Tremendo! – Rony o emburrou com força, mas Malfoy parecia ter um mínimo domínio sobre os patins e somente deslizou para trás cambaleante, logo recuperou o equilíbrio com ajuda de Crabbe, e empurrou Rony de volta, que caiu com as pernas para cima.

- Tremendo de frio, eu até compreendo, não é muito recomendável ficar deitado no gelo. – E se afastou seguido de Crabbe e Goyle sorridentes.

Rony tentou levantar, mas caiu de novo, resmungando tentou uma segunda vez e caiu, sentou e chamou por Mione que estava ali por perto.

- Se meter em briga com o Malfoy!Rony, por favor!

- Foi ele quem começou!

- Odeio ter que tirar a sua razão e dar para o Malfoy, mas foi você quem o atropelou.

- Defendendo o Malfoy?

- Não, sendo justa. – Balbuciou ela desinteressada. – Eu falei que devia treinar mais um pouco antes de tentar patinar nesta parte do lago.

- Você caiu? – Harry patinava vagarosamente, parou na frente do amigo.

- O que parece? – Respondeu ele irônico, com alguma ajuda de Hermione ele se levantou.

- Que levou um belo tombo, e isso afetou o seu humor...

- Muito engraçado. – Respondeu para Harry. – Mas agora minhas costas estão doendo!

- Acho melhor sentar-se um pouco, antes que atropele mais alguém. – Disse Hermione o guiando até a neve

Sentaram-se em uma das margens do lago, a neve estava muito bonita naquele dia, Rony esfregou as mãos enluvadas sorrindo.

- Gosto de neve...

Um ruído aterrorizante cortou o ar antes que ele pudesse sequer terminar a sua frase. Parecia alguma coisa quebrando, um grito segui e depois dele o ruído de alguma coisa batendo água. Harry se levantou assustado, seguido de Hermione e Rony que caiu novamente.

- Droga. – Chiou o garoto. – nunca vou conseguir ficar em pé nesse negócio...

Ouviu-se o barulho cortante de um patim derrapando no gelo, e outra vez alguma coisa sendo jogada na água.

- O que está acontecendo? – Gritou Rony do chão.

Todos os alunos estavam parados e tensos, olhavam para um só ponto. – Harry deslizou suavemente entre os seus colegas, que agora pareciam estátuas de gelo no lago, havia uma grande cratera no solo gelado.

Hermione ia seguir Harry, mas foi puxada pelo ruivo que ainda estava no chão, ele parecia muito emburrado por ninguém ter lembrado que estava ali, e, além disso, suas costas doíam muito... Era o décimo primeiro tombo feio que havia levado só naquele dia.

Os dois juntaram-se a Harry, o silêncio só era quebrado pela respiração arfante de alguns alunos, agora se aglomeravam em volta do buraco no gelo.

- O que aconteceu? – Sussurrou Rony para a menina de doze anos ao seu lado.

- A profa Delacour e mais um garoto caíram no lago. – Respondeu ela em um tom de voz ainda mais baixo, os olhos se enchendo de lagrimas.

- Alguém chame ajuda! – Gritou um garoto da Corvinal. – Alguém chame ajuda!

Cerca de quinze alunos, componentes de todas as casas, saíram correndo em direção ao castelo. Harry apalpava os bolso à procura se sua varinha, ele havia deixado-a no dormitório, com medo que acabasse se quebrando, uma vez que não lembrava exatamente como patinar.

Repentinamente um som amedrontador rompeu o silêncio, alguém emergia da água. Harry o reconheceu imediatamente, era Malfoy. Ele batia os braços continuadamente, lutando contra o peso de suas roupas, respirava com força e pela boca, um fino filete de sangue escorria pelos lábios que estavam tomando uma tonalidade azulada devido o frio.

- Me ajudem! – Gritou indignado para todos os alunos, que continuavam olhando-o estarrecidos.

- Onde está a Senhorita Delacour? – a voz chorosa da menina ao lado de Rony fez-se ouvir.

- Está lá em baixo! – Disse uma outra cheia de terror

- Onde estão os monitores? – Perguntou indignado um dos alunos do primeiro ano. – Tem uma professora se afogando! Ela vai morrer se não fizerem algo rápido!

Rony e Hermione ergueram as mãos prontamente, estavam se preparando para entrar no lago quando Malfoy sumiu de vista.

- Por que ele mergulhou? – Perguntou Rony confuso.

- Malfoy também é um monitor...

Rony olhou para Hermione, podiam ler um o pensamento do outro "o que ele está armando?".

- Vamos acabar perdendo Draco... – Lamentou-se Pansy para um grupo de meninas da Sonserina, suas amigas. – Será que não tem nenhum lufo idiota o suficiente para se atirar no lago?

- Os lufos estão dentro do castelo Parkinson, nem sabem que tem um lago em Hogwarts. – disse Zabini que estava um pouco mais distante.

- Hei! – Resmungou um lufo próximo.

- Acho que ele vai congelar pelo caminho... – Comentou Rony observando a água.

- Eu posso até ver ele em um grande cubo azul de gelo, descongelando em frente a uma lareira... – Disse Harry sorridente.

- Seria um desperdiço se Delacour morresse, mas ela não quis ir ao baile comigo no quarto ano, eu fiquei traumatizado sabia? Agora não posso mais chegar perto de veelas! Elas me dão medo!

- Pode parar Rony, Harry e eu sabemos que você adora veelas e faria qualquer coisa para estar perto de uma.

- Bem, apesar do trauma... Como eu sou muito forte e corajoso, alguém que luta contra os seus medos...

- Ah, sinceramente! – Exclamou Harry. – Acho que nunca encontraremos uma pessoa mais modesta que Ronald Weasley na face da Terra...

Os alunos começaram a se movimentar novamente, Malfoy havia voltado.

- Onde está a profa?

Malfoy pareceu levemente irritado por ninguém estar se importando com a sua saúde, ou com seu surpreendente ato heróico. Ele puxou Fleur rudemente pelo pulso para fora da água. Harry logo correu para professora, Hermione prestou alguns socorros, fazendo com que a mulher ficasse semiconsciente. Malfoy era ajudado a sair do lago pelos seus companheiros de casa. Rony e Harry carregaram Delacour ao longo do caminho até o castelo, Draco os seguia, auxiliado por Pansy.

- Senhorita Delacour! – Snape se aproximava em passos rápidos e largos, seguido por Goyle, que havia saído para buscar ajuda. – Como fostes cair no lago?

Com um simples movimento da varinha, ele tirou Fleur dos braços dos garotos, a fazendo flutuar, como se os dois fossem uma ameaça para ela.

- Sr. Malfoy tem condições de andar até a enfermaria? – Perguntou Snape.

- Acho que sim... – Disse ele um tanto melodramaticamente demais.

- Pobre Draco... – Sussurrou Pansy enquanto voltavam a andar. – Parece que ninguém mais valoriza sangue-puros, com atitudes nobres...

Ao verem o socorro chegar, os alunos começaram a caminhar através da neve, voltando para o lago para patinar. Percebendo que não poderia ajudar mais, Harry fez menção de voltar para o lago, Rony fez o mesmo, porém, foram puxados de volta por Hermione.

- Hermione, vamos para o lago patinar, Rony já consegue, eu o ajudo. – Disse Harry observando Snape, Malfoy, Delacour e Parkinson se afastarem seguidos de alguns alunos de outras casas.

- É, Mione, estou quase lá. – Rony parecia mais esperançoso que não cairia uma décima segunda vez.

- Não perco o que acontece com a Delacour e o Malfoy nem morta! – Os olhos dela tinham um brilho estranho.

-Não conhecia este seu lado curioso Mione, não foi você que quis nos parar quando Harry ia duelar com o Malfoy no primeiro ano? – Perguntou Rony muito surpreendido.

-Você ainda lembra disso? – Perguntou ela indignada mais para si mesma do que para Rony. – Os dois iam quebrar uma regra, não estamos quebrando nenhuma regra seguindo o Malfoy até a enfermaria. – Justificou-lhes impelindo os dois a seguirem a comitiva de alunos que já havia entrado no castelo, rodeando os feridos.

Os corredores pareciam interminavelmente longos para o gosto de Harry, sem constar o fato que estava morrendo de frio, já que tivera que tirar os patins para neve e agora corria só de meias pelo chão de pedra. Ele podia jurar que Snape havia seguido um caminho três vezes mais gelado só porque tinha notado que ele estava sem sapatos.

O professor invadiu a enfermaria sem ser anunciado. A enfermeira pulou de susto ao ver tanta gente entrando em seu local de trabalho sem o mínimo respeito aos doentes, as garotas que choramingavam por causa da professora não estavam ajudando muito a acalmar os ânimos.

- O que é isso, que gritaria é essa? Professor Snape, o que significa esta invasão? – Gritou ela exaltada, no entanto não deixou que o professor respondesse, e começou um discurso que prometia durar horas. – Eu tenho pacientes a cuidar aqui! É um lugar em que deve reinar o silêncio! – Então ela viu Delacour que continuava a flutuar, mudou o seu tom de voz imediatamente, pousou a ponta dos dedos nos seus lábios e sussurrou – Por Merlin!

- A Professora Delacour caiu no lago, não parece muito bem. – Resmungou Snape a colocando delicadamente em um dos leitos. – Receio que tenha ficado muito tempo sem ar...

Harry observou a enfermeira pegar uma prancheta, e anotar em um pedaço de pergaminho algumas coisas, correndo de um lado para o outro, catando ervas e pós para fazer uma poção...

- O Sr. Malfoy também caiu. – Avisou Pansy com sua voz estridente, a garota se pôs em frente a enfermeira, a olhava como se exigisse que atendesse Draco antes de Delacour.

- O Sr. Malfoy teve mais sorte. – Sussurrou Madame Pomfrey observando o garoto enquanto preparava uma poção de aspecto pegajoso.

- Ele nadou até a superfície, e salvou a professora. – Sibilou Parkinson se mantendo firme. – Sozinho.

Snape pigarreou ao notar o olhar perturbador que Pansy lançava à enfermeira, fazendo com que sua aluna voltasse para o lado de Draco.

- E o que ainda fazem aqui todos vocês? – Urrou o professor de poções olhando para os alunos que choramingavam à porta da enfermaria. – Fora! Aqui permanecem somente os envolvidos, e não os curiosos, logo, fora! – Ele enxotou todos os alunos com alguns olhares feios. – Pode ficar Weasley, me parece que estava discutindo com o Sr. Malfoy antes dele cair, não é?

Harry Rony e Hermione se entreolharam.

- Ele está me culpando de ter feio aquela cratera? – Sussurrou o ruivo.

- Se for, você está em péssimos lençóis... – respondeu Hermione observando o olhar satisfeito de Snape.

N/A : Espero que tenham gostado do capítulo, afinal, ele é importante... Hum, comentem, digam o que acharam sobre o acidente de Delacour, se ela vai se juntar ao clube de professores de defesa contra as artes das trevas despedidos, mortos, desmemoriados, ou psicologicamente abalados... ou ainda o que foi este episódio "Malfoy herói"? Teria sido Rony, se revelando outro gênio do mal (...) ? Puft, comentem alguma coisa!