N/A: Angela, eu amo você! Quantas reviews...obrigada! eu não posso dizer o que o Lord ta choramingando...só mais tarde...o Snape e a Fleur tem algumas "ligações extras" mas não é nada do que você está pensando...e o fato dela ter caído no gelo tem a ver com isso, mas não tão diretamente...realmente, ficar com o Draco dia e noite não vai ser nada fácil... Vou atualizar semanalmente, já tenho boa parte da fic escrita, só falta revisar e postar .Laura! O motivo aparecerá, no decorrer da trama, e eu não vou alongar mais os capítulos! Arf, eu já me esforço para deixá-los deste tamanho...obrigada!

À Procura da Fênix

"É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é tolo, do que falar e acabar com a dúvida"
Abrahan Lincoln

- Peço caras desculpas a todos os alunos que estão aqui, por ter interrompido suas atividades diárias. – Falou Dumbledore fracamente, estava de pé, à frente da mesa dos professores. – E peço desculpas também aos professores, que não lecionarão hoje.

Os professores se entreolharam aturdidos, Hagrid fungou em lamento, parecia estar bem ansioso para dar sua aula.

- Vamos perder aulas de poções! – Comemorou Rony em voz baixa, estava ofegante por ter corrido tanto, mas enfim, havia cumprido o seu sofrido dever de monitor, e agora estavam todos no salão, aguardando pela palavra do diretor.

- Como já devem saber, a nossa querida professora de defesa contra as artes das trevas sofreu um pequeno acidente. – Dumbledore admirou, por alguns instantes, os murmúrios dos alunos. – E está incapacitada de dar aulas no momento. Embora o Prof. Snape tenha feito a gentileza de se oferecer para dar algumas aulas, creio que será humanamente impossível, até para o mais dedicado dos professores, lecionar duas matérias.

Snape olhou ranzinza para todos os alunos do salão, menos aos sonserinos, para os quais lançou um olhar de lamento.

- Obviamente, terei que contratar um novo professor. – Continuou o diretor, agora com um olhar um pouco mais divertido. – Gostaria que me ajudassem nisso.

Os alunos ficaram confusos, se olhavam dando os ombros um para os outros.

- Ajudar-me-ão a escolher um novo professor, caros alunos. – Esclareceu ele. – Para tornar esta escolha um pouco mais divertida, promoveremos um torneio e o vencedor será o professor.

- Creio que não será necessário todo está alvoroço. – Interveio Snape. – Somente para escolha de um professor.

- Será necessário sim, há tempo que não temos testes de professores. – Dumbledore não notou, ou fingiu não notar o desgosto de Snape. – Assim, teremos a certeza que contratamos um professor bom. Agora, os professores acompanharão os alunos de suas casas até os jardins.

- Agora? – Perguntou McGonagall visivelmente surpresa.

- Sim, Hagrid arrumará os jardins para a prova. – Dumbledore parecia bastante calmo, agia como se promover um campeonato para a escolha de um professor de Defesa Contra as Artes das Trevas fosse fácil e rápido.

- Eu? – Hagrid quase derrubou a mesa dos professores, tão rápido foi seu movimento de levantar.

- E o resto dos professores ajudará, Snape, chame os concorrentes. – Dumbledore se dirigiu calmamente até a grande porta de entrada. – O que estão esperando?

Os professores, como os alunos, ainda estavam chocados com a idéia tão repentina do diretor. Depois de mais um olhar significativo do homem, eles levantaram rapidamente de suas cadeiras, e correram em várias direções, tentando cumprir suas missões, o mais rápido possível.

Ficaram todos os alunos observando o diretor, esperando serem guiados para os jardins, passaram-se cerca de trinta minutos até que Minerva surgisse por uma porta e levasse os grifinórios até os terrenos fora do castelo.

- O que exatamente vão fazer? – Sussurrou Rony, estavam parados na orla da Floresta Proibida.

- Não faço idéia. – Respondeu Harry.

Os alunos da Sonserina vinham logo atrás de Snape, em três longas filas, pareciam marchar, Rony deu uma risadinha.

- Estão conjurando arquibancadas... – Disse Hermione apontando para as grandes arquibancadas, altas o bastante para caberem todos os alunos, pareciam-se com as do campo de quadribol, porém eram extensas, somente quatro

- Por quem estamos esperando? – Resmungou Harry. – Alguém sabe quem são os concorrentes?

- Fique quieto Potter. – Disse Snape friamente, seu lugar foi logo tomado pelos alunos sonserinos que vinham atrás dele. Alguns fizeram caretas para aos grifinórios, principalmente os do primeiro ano, mas havia exceções como Crabbe, que imitou um ogro com perfeição para Hermione.

Rony cutucou o ombro de Harry, ele ia virar par atrás e reclamar, mas viu que o amigo apontava para o céu. Ele observou, com admiração, a fênix de Dumbledore sobrevoar as cabeças de todos, sumindo no topo das árvores da floresta.

Um estrondo fez com que parassem de admirar o vôo da fênix, quatro pessoas vinham em um redemoinho, ao pararem de girar um homem caiu no chão.

- É uma chave de portal. – Falou Hermione apontando para uma sacola de plástico furada, a qual as pessoas ainda seguravam, com exceção da que havia caído no chão.

Harry notou que se tratavam de três homens e uma mulher. Um dos homens ajudou o outro a levantar, se dirigiram ao encontro do diretor.

- Bela chegada. – Saudou o diretor, nenhum tom de ironia tomava a sua voz cálida.

- Obrigada, nunca me acostumarei com esses portais, sempre acabo caindo... – Resmungou um dos homens.

Os outros cumprimentaram o diretor com uma reverência.

- Foi difícil encontrar a chave de portal? – Perguntou Minerva delicadamente.

- O Sr. Snape nos informou com muito sucesso onde se encontrava a chave de portal. – Disse a mulher, ela direcionou um sorriso suspeito ao professor de poções, alguns sonserinos soltaram assobios baixinhos. – Tivemos dificuldade com o pouco tempo.

- Ah, talvez eu tenha enviado os convites um pouco em cima da hora? – Falou Dumbledore calmamente.

- Não. – Resmungou outro. – De maneira alguma.

O velho homem concedeu a eles um sorriso sábio, e um olhar caloroso, tomado de expectativa.

- Hogwarts! – Falou o diretor aos alunos. – Estes são os concorrentes: Steve Fruod, - Era um homem alto e corpulento, cabelos negros que caiam nos olhos igualmente escuros. – Willy Sears, - Um homem de estatura mediana, estranhas roupas verdes e um cabelo quase tão vermelho quanto o de Rony. – Ed Odoy... – Harry deu um pulo em surpresa, era o mesmo Ed Odoy que o salvara dos Dursley, os mesmo cabelos-mola, ele deu uma discreta piscadela para Hermione, Rony e Harry. – E Millet Galli. – A única mulher do grupo era decididamente atraente, uma nuvem de cabelos quase negros e olhos azuis escuros.

- Podem se posicionar nas arquibancadas! – Anunciou a Profa. McGonagall soltando faíscas de diversas cores, pela varinha, para obter silêncio. – Corvinal, por favor, nos lugares esquerdos, Lufa-Lufa, sentem-se logo ao lado dos corvinais, Grfinória! Podem ir agora, na outra arquibancada.

Harry seguiu a fila, subiram as escadas das arquibancadas, acabaram por sentar em um dos últimos andares.

- Sonserina! À direita dos grifinórios, por gentileza...

O diretor observou os alunos se acomodarem, uma casa em cada arquibancada, e parecia que não havia sobrado nem faltado um lugar sequer.

- Peço silêncio para que os concorrentes à vaga entendam a tarefa... – Disse Dumbledore calmo. Após aguardar dez segundos, a agitação havia cessado. Ele falou alto o bastante para que todos pudessem ouvir – Os senhores, e senhora, terão que se embrenhar nesta floresta, conhecida como Floresta Proibida por nossos queridos alunos, e encontrar uma fênix. Quem trouxer antes o animal, vencerá.

- Só? – Resmungou Fruod arrogantemente.

- Sim senhor, podem ir.

Os quatro se dirigiram em passos calmos até as primeiras árvores escuras.

- Oh, sim. – Avisou o diretor. – Os senhores têm duas horas, a fênix pegará fogo depois disso, e a tarefa será considerada invalida.

Eles olharam para o homem, como se tentando digerir a informação.

- O tempo de você está correndo... – Dumbledore respondeu aos olhares incrédulos, com toda a sua calma.

Depois de uma última olhada bastante descrente para o diretor, os candidatos ao cargo penetraram em passos rápidos na floreta, um em cada direção.

- Professor Dumbledore? – A voz estridente de Pansy veio de algum ponto indefinido da arquibancada à direita, enchendo o ar. – Iremos ficar aqui parados, por duas horas, sem fazer nem ver nada?

- Não! – Respondeu ele como se fosse obvio. – Seria tedioso. Minerva, por gentileza...

McGonagall recolheu quatro folhas de uma árvore qualquer, que estavam caídas no chão, e as jogou para o alto, com um jato de luz laranja que saiu de sua varinha, ela transformou as simples folhas em quatro grandes quadrados feitos de fumaça, que flutuavam no ar. Imagens se formaram na fumaça, cada um dos quadrados parecia uma grande tela de televisão, mostrando cada um dos concorrentes.

- Ela é a melhor no que faz. – Elogiou o diretor observando o resultado do feitiço. Minerva sussurrou alguma coisa em agradecimento.

Hermione deu um pulo sentada, estava extremamente inquieta com alguma coisa..

- O que foi? – Resmungou Rony que estava ao lado direito dela. – Você não vai parar quieta um minuto?

- Rony será que não está vendo? – Disse ela com os olhos vidrados em uma das imagens.

- O que? Os telões de fumaça? – Intromete-se Harry, ele se inclinou para frente, com o intuito de ver a expressão de Rony melhor.

- Não! - Xingou ela, logo em seguida apontou para o telão da extrema esquerda. – Ela está conjurando um feitiço muito complicado de localização! – Harry olhou para a figura da mulher no telão, de fato, ela estava fazendo algum feitiço que Harry não conhecia, e não tinha idéia de como Hermione havia identificado.

- Deixe, ela está encantada com a idéia de Dumbledore. – Resmungou Rony referindo-se à garota.

- Arre! – O grito de Filch fez com que todos se calassem. - Nada de apostas! Parem de passar estes galeões! Serão todos suspensos! – Um coral de lamentos foi o que o zelador recebeu em resposta. – Madame Nor-r-ra de assegurará que está tudo bem! – Disse ele jogando a gata para a arquibancada da Sonserina, ela foi chutada para fora miando alto, o aluno do terceiro ano que executou o golpe foi prontamente tirado dos jardins e levado para as masmorras, sabe-se lá com que intuitos vis...

A gata passou pelas pernas de Harry e se permitiu sentar ao lado de Rony para ter uma visão privilegiada do resto dos alunos.

- Esse bicho é cúmplice de Filsh - Mencionou Rony.

- Ah, gatos são muito espertos... – Disse Hermione observando Madame Nor-r-ra ir para o andar inferior.

Harry olhava Odoy se deslocar rápido pela floresta, mantinha um feixe de luz à sua frente. Fruod, diga-se de passagem, estava tendo um pequeno problema com um bando de centauros que insistiam em dizer que ele havia roubado uma princesa-centauro.

- Por que diabos eu a roubaria ? – Gritou ele em um visível acesso de raiva por estarem trancando o seu caminho.

- A princesa tem beleza exuberante... – Sussurrou o centauro mais novo em um tom sonhador.

- Sou um humano. – Ele pareceu lembrar que gritar com centauros não era muito aconselhável, ainda se considerando que eles contavam com quatro patas... – Não tenho motivos para raptar sua princesa.

- Ousas dizer que a beleza de nossa princesa não ultrapassa a barreira das espécies? – Bradou um dos centauros.

- Não, espere, eu não falei isso! – Ele se defendeu em um misto de terror e raiva

- Pagarás pelo teu desacato! – Gritou o líder erguendo-se nas patas traseiras.

- Diabos... – Praguejou Froud. – Eu nem conheço essa princesa!. – Mas não houve tempo de tentar justificar, o centauro à direita do chefe avançou sobre ele, porém foi atirado longe por um feitiço lançado pelo homem.

- Ousastes! – Gritou o outro com sua voz grossa. Foi calado por um belo fecho de prata que Froud conjurou em sua boca.

Ele começou a correr, conjurando escudos diante das investidas dos centauros.

- Isso não é um pouco perigoso? – Perguntou Hermione.

- Ele é formado em Defesa Contra as Artes das Trevas, vai dar um jeito. – Resmungou Rony vidrado em outro telão, no qual estava a mulher, obviamente.

Ela andava desfilando por entre as árvores, com sua varinha em punho, mas um visível sorriso no rosto. Uma neblina negra formou-se trás da mulher, a fumaça tomou os contornos assustadores de um homem, e para o espanto de Rony, se materializou, carne e osso... ou talvez não.

Ele a agarrou por trás, rendendo-a, mas no exato momento em que Dumbledore impediu que Hagrid entrasse correndo na floresta, o homem já estava caído no chão. Millet Galli empunhava fortemente a varinha, colocou delicadamente o pé em cima do peito do homem.

- Não sabia que havia vampiros aqui. – Disse ela presunçosa, o vampiro sorriu, afastando os cabelos negros dos olhos de um azul estranhamente avermelhado.

- Ah, sempre soube que ficar perto de escolas não é um bom negocio. – Sussurrou ele em resposta. – Mas, às vezes, temos presas bem atraentes...

- Espero que não tenha mordido nenhuma aluna. – Repreendeu ela.

- A senhorita esta me ameaçando? – O mesmo tom de voz sussurrante.

- Eu, não. – Ela deu um pequeno sorriso. – Mas sei exatamente porque está me tratando bem.

O vampiro deu uma piscadela, Rony fungou indignado.

- Vamos, saia daqui antes que eu enfie uma estaca no seu peito sem coração. – Falou com os olhos pregados nele.Ele deu uma pequena risada descrente.

- Nos encontraremos depois. – Sussurrou ele, encostou a ponta dos dedos nos lábios, e direcionou a mão a ela, um segundo depois havia virado uma fumaça que se espalhou por todo o chão.

- Esses vampiros. – Resmungou ela. – Parece até não se lembrarem que estão mortos.

- Viu? – Disse Hermione. – Sem violência, ótima tática.

- Bem que ela poderia ter exterminado aquele vampiro nojento. – Chiou Rony.

- Você estava morrendo de inveja dele. – Disse Harry rindo.

- Não estava não! – Retrucou ele cruzando os braços e amarrando a cara, parecia uma criança de aproximadamente cinco anos que deixara de ganhar um doce.

Harry olhou para trás, podia ver o lago de onde estava, havia cerca de oito pessoas aglomeradas, estavam olhando para o chão.

- O que estão fazendo lá? – Perguntou Harry interrompendo Hermione que começava a discutir com Rony.

- Quem? – Resmungou o amigo, nem sequer olhar para o lago.

- Aquelas pessoas. – Disse Harry apontando par ao lago.

- São aurores. – Disse Simas Finnigan que se sentava logo abaixo deles. – Parece que o diretor tem razões para acreditar que o gelo não rachou por acaso.

Harry olhou de relance novamente para o lago, agora os aurores estavam tirando fotos de toda a extensão do lago, alguns jogavam feitiços na neve e outros estavam ajoelhados no gelo falando.

- Razões? – Disse Hermione suspeitosa. – Mas o que poderia ter feito o gelo rachar?

- É isso que estão investigando. – Disse Simas em tom misterioso.

Harry voltou-se lentamente para aos telões, deixando para trás a visão das águas. Ele fixou o seu olhar na imagem da esquerda, o lugar que o homem ruivo, vestido de verde, percorria parecia estranhamente familiar aos olhos de Harry

Sears caminhava decidido pela floresta, fazendo alguns gravetos voarem, saído de seu caminho. A sua frente, uma grande clareira, ele continuou andando, agora em ritmo mais lento e receoso, chegava ao coração da floresta, supunha que lá deveria estar a Fênix. Com uma certa surpresa notou que agora o seu caminho tornava-se uma depressão íngreme, sorriu satisfeito.

- Encontrei você. – Ele esfregou as mãos apreciando o momento. No centro da depressão, uma área devastada, sem árvores, havia uma espécie de cúpula branca. O chão lá em baixo era preto, estranhamente escuro, em completo contraste com a brancura da cúpula.

Desceu lentamente, tomando cuidado para não cair, ao alcançar a área mais próxima ao centro, sentiu uma estranha coceira em ambos os pés, que subia vertiginosamente por suas pernas. A cada passo que insistia em dar, ouvia-se um sonoro clec .

Harry olhou para Rony, ele estava tenso, com os cabelos arrepiados.

- Aragogue. – Sussurrou ele, uma gota de suor gelado desceu de seus cabelos vermelhos.

O homem olhou, aterrorizado, para as aranhas que cobriam sua capa, a sensação de afundar em um mar de perninhas pretas era horrível, ele soltou um grito ao notar as criaturas gigantes que se locomoviam para o meio da depressão, cercando-o.

Um luz invadiu o lugar, as aranhas maiores se afastaram assustadas, o carro soltou uma forte buzina.

Harry olhou abismado para o Ford Aglina, Rony sorria.

- Parece que o carro acha que o Sears é mais um Weasley. – Sussurrou Harry.

O Ford Aglina arrancou, mergulhando na depressão, os faróis altos ligados, quase cegando o homem, sem muita escolha, ele se agarrou a uma das portas, entrando no carro, e foi conduzido aos solavancos pela floresta.

Os alunos podiam ouvir, não do telão, mas da floresta, os gritos do homem, todos viram quando o carro irrompeu das árvores, e jogou-o para fora. Em um pulo ele se levantou, tirou a capa, pulou em cima dela, chamando todas as atenções possíveis, começou a se sacudir, dar tapas por toda a roupa, ainda estava infestado de aranhas. Quando parou de tentar tirá-las das roupas, somente lhe restavam no corpo as calças e as botas.

Hagrid tentou ajudá-lo, mas Sears saiu correndo, pegou a vassoura mais próxima e alçou vôo, sob o olhar descrente de muitos e as risadas incessantes dos sonserinos.

- Hum, bem, acho que Willy Sears acabou de abandonar a competição. – disse o diretor com naturalidade.

- Ei, Olhem lá! – Gritou alguém do aglomerado de alunos da arquibancada da Lufa-Lufa, estava apontando para um dos telões de fumaça.

Millet Galli estava de fronte à fênix, ela viu um arbusto, do outro lado da clareira, se mexer, atirou um feitiço sem pestanejar.

- Ei, tome cuidado no que você atira! – Protestou Odoy saindo de trás da planta. – Você sabe que é proibido fazer isso?

- Isso o que? – Resmungou ela observando o homem.

- Jogar feitiços em uma pessoa desprotegida! – Disse ele indignado.

- Achei que o senhor fosse mais um vampiro. – Respondeu ela presunçosa.

- Atirar em vampiros não é o mais recomendado para imobilizá-los. – Falou ele em um tom monótono.

- Eu sei disso, sou formada nisso! – Ela gritou o empurrando para o lado, ia em direção à fênix.

- Olhe! Encontramos! – Comemorou ele de repente, parecia que só havia notado a presença da fênix naquele exato momento.

- Não, eu a encontrei, sozinha. – Ela lançou um olhar fuzilando-o, ele não notou.

- Pois estamos os dois aqui, sem o bicho nas mãos. – Respondeu Ed calmo.

Os dois se entreolharam, ela desviou sua atenção para o pássaro mágico que estava acomodado no poleiro dourado, ele olhou também, seus olhos se encontraram uma última vez. No segundo seguinte, haviam sacado as varinhas.

- Accio! – Os dois gritaram simultaneamente, como estavam em lados opostos da clareira, a fênix continuou parada no mesmo lugar, porém, estava sendo esticada, em uma tentativa de ir para os dois lados ao mesmo tempo, ela soltou um urro.

- Pare! – Gritou a mulher.

Os feitiços cessaram, ele correu até a fênix, Millet teve o impulso de fazer o mesmo para pegá-la, mas ao ver que ele socorria o bicho, se aproximou devagar.

- Oh, no estado terminal em que está poderíamos tê-la matado. – Sussurrou Ed conjurando alguns feitiços de recuperação na fênix.

- Quem vai levá-la até Dumbledore? – Perguntou ela observando que o pássaro não parecia muito bem, o tempo se esgotava.

- Não sei. – Resmungou ele. – Mas devemos ser mais civilizados desta vez.

- Ok, nada de duelos. – Opinou ela colocando as mãos na cintura e relaxando os ombros. – Alguma coisa rápida, já que se ela pegar fogo, não terá muita utilidade toda a nossa disputa.

- Hum... – Fez Odoy passando a olhar para Galli. Seus olhos repentinamente brilharam. – E se nós tirássemos cara ou coroa?

- O que? – O seu rosto estava carregado de descrença. – Somos bruxos formados, esse tipo de coisa não é mais admissível na nossa idade.

- Ah, o que tem de errado, vai ser muito justo. – Rebateu ele catando um galeão em um de seus diversos bolsos da capa.

- Isso vai além de nós, não podemos escolher um professor de Hogwarts desse jeito. – Resmungou ela fazendo articulando com as mãos. – O melhor deve vencer.

- Você quer ou não a moeda? – Ele ofereceu um galeão para Millet. – Não vejo mais alternativas.

- Está bem... – Resmungou contrariada. – Cara.

Ela jogou o galeão para o alto, o sol da manhã refletiu no ouro enquanto a moeda descrevia círculos, por um breve momento, os dois fecharam os olhos por causa do reflexo, ouviu-se um pequeno estalo. Millet olhou para o chão.

- Coroa! Eu não acredito! – Xingou ela pegando o galeão do chão. – Isso é um absurdo! – Ela vistoriou novamente a moeda. – Impossível!

- Por que? – Perguntou ele desconfiado.

- Pombas, eu nunca perdi nisso! – Confessou ela jogando novamente a moeda para cima, quando caiu ela começou a gritar novamente. – Viu? Cara, olhe de novo... – Ela jogou mais uma vez. – Cara, cara, cara!

Ele observou a mulher jogar a moeda cerca de mais onze vezes, depois pegou a fênix cuidadosamente e a depositou em seus próprios braços.

- Deixe de ser obsessiva, foi sorte. – Disse ele começando a traçar o caminho de volta. Ele deu uma última olhada para Galli. – A senhorita vai ficar aí?

Ela grunhiu e deu as costas para ele, seguindo o caminho oposto sumiu entre as árvores escuras.

- Não vai me devolver o galeão? – Chamou Ed observando as árvores.

- Não! Eu vou encontrar o truque dessa moeda! – Ouviu-se um grito de algum lugar indeterminando entre os arbustos.

- Como quiser. – Resmungou ele.

N/a: Hamham, um novo professor de defesa contra as artes das trevas! Oras, era preciso eleger um...e nada como cara ou coroa! Hahaha, obrigada de novo pelas reviews!